História Descobrindo o Japão - 11 - Descobrindo o Japão

Duas semanas se passam depois do piquenique do Luka e do Ryuu. Muita coisa aconteceu e uma dela foi...
 
《Inglês》
 
—Kallie: Como você está?
 
—Luka: Eu estou bem, só um pouco dolorido.
 
—Kallie: Por que eles fizeram isso com você em?
 
—Luka: Eles disseram umas coisas...
 
Três dias atrás.
 
—Luka: Puts eu já estou muito atrasado... eu já vou indo tá Kallie?
 
—Kallie: Claro, vai lá eu termino sozinha!
 
—Luka: Valeu, fico te devendo uma!
 
Por conta de um trabalho da Kallie e do Luka, após as aulas eles ficaram no colégio para poder fazer, e tentar concluir. Como o Luka tinha um compromisso com os pais não podia ficar na escola até muito tarde, então deixou a Kallie terminando o que faltava.
 
—Luka: Eu só espero que eles não fiquem bravos!
 
Luka sai do colégio e coloca seu fone de ouvido e começa a ir para a sua casa. Logo a frente uma rua que costuma ter um movimento grande pessoas está deserta, ele não se incomoda nada com aquilo e continua a andar. Segundos depois.
 
《Japonês》
 
—Luka: E-E-EI O QUE É ISSO?
 
Por conta do fono ele acabou não percebendo. Alguém chegou por suas costas furtivamente e deu um tapa em seus óculos pela lateral de sua cabeça. Em seguida, mas três pessoa surge atrás dele.
 
—Akio: Andem logo segurem nos braços dele, sem óculos ele é quase cego pelo grau que ele usa!
 
No momento que um dos garotos abriu a boca, o Luka reconheceu a voz no mesmo instante.
 
—Luka: Vocês de novo!
 
—Akio: Se lembrou da gente foi!
 
—Toyo: Agora você vai se ver com a gente seu merda!
 
—Luka: Essa voz também... — pensa ele. — Foi o garoto com quem eu briguei na fila...
 
—Akio: prendam esses óculos de natação nele, eu pintei para que não desse para ver nada.
 
—Toyo: Vamos te levar para dar um passeio pelo Japão.
 
—Daisuke: O que vamos fazer com isso? — pergunta ele segurando os óculos do Luka.
 
—Akio: Quebra!
 
No mesmo instante ele taca os óculos do chão e o Jiro pisa. Luka escuta o barulho que soa alto e claro, que seus óculos tinham sido quebrados.
 
—Luka: Meus óculos... porquê?
 
—Toyo: Cala a boca!
 
Com um de cada lado segurando em seus braços Luka fica praticamente sem escapatória, o garoto começa arrastá-lo, ele não conseguia enxergar absolutamente nada, além de já não conseguir ver naturalmente; eles puseram um óculo de natação pintado de preto para evitar a luz.
 
—Luka: Para onde estão me levando em?
 
—Akio: Um passeio, não ouviu o Toyo?
 
—Luka: SOCORRO... SOCOOOOOORROOOO----
 
—Daisuke: Cala a porra da boca seu verme. — Ele dispara uma cotovelada no estômago do Luka. — Se continuar gritando assim a gente vai te apagar na porrada!
 
—Jiro: Nem adianta gritar também, é horário de trabalho, não tem muita gente na rua.
 
Luka tosse por conta da porrada que levou.
 
—Luka: P-P-Por... que... estão fazendo isso?
 
—Akio: Por sua culpa a gente foi perseguido pelo Tanaka naquela semana que você chegou, o nosso amigo Jiro quase perdeu um dente por conta daquele Yakuza escroto. E o nosso amigo Toyo quer se vingar por aquele dia no refeitório.
 
—Luka: Sobre o Tanaka eu não tenho nada a ver com aquilo, eu não pedi para ele ir atrás de vocês... e você Toyo... é tão covarde à ponto de precisar de amiguinhos para resolver nosso problema---- — antes do Luka acabar de falar um soco é transferido em seu rosto fazendo seus lábios sangrar. — AHHHH...
 
—Toyo: Cala a merda da boca seu estrangeirinho sujo... olha sua posição, perdeu a noção foi!
 
—Luka: Vai se fuder seu lixo...
 
—Toyo: Ah seu----
 
—Akio: Para Toyo... aqui não, mesmo não tendo ninguém se ficarmos chamando muita a atenção, alguém vai notar, deixa a gente chegar no lugar primeiro.
 
—Toyo: Tá...
 
Eles arrastam o Luka por becos estreitos, por quase 30 minutos. No percurso o Luka não se rendia, ele gritava por socorro, mas era impedido por socos em seu rosto e boca, e chutas no estômago. Eles chegam em um terreno baldio, era bem afastado das casas habitadas, eles tiram os óculos do Luka e o lançam conta um muro, ele cai no chão sentado. Com a cara muito machucada e as roupas manchadas de sangue, ele tenta levantar. Mas em seguida o Toyo lhe chuta com muita força em sua orelha fazendo ele caiu de lado no chão a ponto de apagar.
 
—Akio: Agora você vai aprender algumas coisinhas do Japão, primeiro: não mexa com a japoneses estando no país deles. Segundo: você é um estrangeiro fudido, então deve se rebaixar a gente. Terceiro: a gente odeia pessoas como você, sua bichinha!
 
O Luka já estava ouvindo tudo zunindo, e uma sequência de chutes dos quatro começaram por todo o seu corpo. Por instinto os braços do Luka protegeram a sua cabeça para evitar danos graves. Aquele ato horrível e covarde durou dez minutos que para o Luka foi uma eternidade.
 
—Akio: Acho que já deu, ele já deve ter aprendido.
 
—Jiro: Já está tarde, melhor a gente ir!
 
—Toyo: Vamos sim, mas antes...
 
O Toyo abre seu zíper e urina no Luka parcialmente desmaiado e em seguida chuta terra nele.
 
—Toyo: Pronto, tudo isso deixou minha bexiga quase estourando. Vamos!
 
Os quatro somem em meio as vielas daquele lugar. Depois que o Luka saiu do colégio se passaram duas horas, sendo que ele tinha saído de lá as quatro da tarde.
 
《Português》
 
—Júlia: Onde o Luka se meteu em...
 
—Rafael: Ele não atende o celular.
 
—Júlia: Rafael, eu estou ficando preocupada... o Luka nunca sumiu assim...
 
—Rafael: Será que ele não esqueceu do nosso compromisso e foi para a casa do Ryuu?
 
—Júlia: Liga para ele por favor e pergunta.
 
Ele liga.
 
《Inglês》
 
—Ryuu: Alô!
 
—Rafael: Oi Ryuu, é o Rafael.
 
—Ryuu: Oi Rafael-san, aconteceu alguma coisa?
 
—Rafael: Liguei para saber se o Luka está com você?
 
—Ryuu: Não, ele não está, porque?
 
—Rafael: A gente combinou de sair a duas horas atrás e ele não chegou até agora!
 
—Ryuu: Ele ficou com a Kallie no colégio fazendo um trabalho, será que ele não foi para a casa dela?
 
—Rafael: Você poderia verificar com ela para a gente?
 
—Ryuu: Claro.
 
Após o Ryuu conversar com Kallie ele retorna à ligação ao Rafael.
 
—Ryuu: Ela disse que ele saiu do colégio mesmo.
 
—Rafael: O Luka não é dessas coisas, de sumir assim.
 
—Ryuu: Se o senhor quiser eu posso ir procurá-lo, conheço muito bem essa cidade.
 
—Rafael: Seria ótimo Ryuu, a gente também vai procurar ele aqui pelo bairro e tentar ligar para ele de novo.
 
—Ryuu: Tá, eu já irei procurá-lo.
 
—Rafael: Obrigado Ryuu!
 
Ele deliga.
 
—Luka: Agh... Ahh...
 
Com muita dificuldade ele senta e inclina a cabeça para trás apoiando no muro.
 
—Luka: Onde... eu... estou?
 
Ele tenta se mexer, mas seu corpo todo dói, ao tossir ele sente uma pontada na lateral de seu abdômen que o faz dá um grito esganiçado de dor.
 
—Luka: Aqueles idiotas...
 
De raiva seus olhos se enchem de lágrimas. Ao tentar se apoiar com as mãos ele toca em sua mochila e então a puxa para perto. Ele fuça dentro, mas esquece que não trouxe seus óculos reserva.
 
—Luka: Droga...
 
Lutando contra a dor ele consegue se levantar, e tateando e com passos lentos e curtos ele consegue sair daquele beco. Ao ver a claridade dos postes de luz que já estavam se acendendo, ele pede por ajuda.
 
—Luka: Alguém me ajuda... Alguém?
 
As pessoas que passaram ali nem lhe deram atenção, e se afastaram, por conta de todo o sangue, terra e o cheiro forte de xixi que saia dele. Caminhando e tateando o Luka caminhou naquele estado por quase duas horas, porém para o lado contrário de sua casa.
 
—Motorista: A onde vai senhor?
 
—Ryuu: Eu vou procurar a pé, um carro não entrar nessas pequenas ruas.
 
—Motorista: Está bem.
 
—Ryuu: Fique de olho para ver se você consegue achá-lo!
 
—Motorista: Pode deixar!
 
Andando a pé por aquelas ruas estreitas, Ryuu de longe avista uma silhueta e vinha se arrastando se apoiando no muro. Ele acelera o seu passo. Ao ficar a uma distância ele percebe que é Luka.
 
—Ryuu: Luka... LUKAAAAAAAAAA!
 
Ao escutar a voz do Ryuu o seu corpo cria força de algum lugar e grita de volta.
 
—Luka: RYUUUUUU? RYYYYYYYYYUUUUUUUUUUUU!
 
Ryuu corre até ele e o abraça o segurando, os dois se ajoelham no chão e o Luka o segura forte e começa a chorar em seu peito.
 
—Luka: Ryuuu... que bom que você apareceu... — ele fala com as lágrimas escorrendo pelo rosto.
 
—Ryuu: O que aconteceu com você, porque está assim...
 
—Luka: Aqueles caras... do primeiro dia que encheram o meu saco, mais aquele que eu briguei na fila do refeitório...
 
—Ryuu: O que eles fizeram?
 
—Luka: Quando eu sai do colégio eles me emboscaram quebraram meus óculos e me levaram para algum lugar, onde eles me encheram de chutes...
 
—Ryuu: Aqueles imbecis de deixou todo machucado..., Mas eu não vou perdoa-los... NÃO VOU...
 
—Luka: Me leva para casa, eu não queri ficar aqui!
 
—Ryuu: Claro! Eu vou ligar para o meu motorista vim nos pegar aqui. — Ele liga. — Pronto, a quanto tempo você está andando por aí assim?
 
—Luka: Eu não sei, acho que quase a duas horas...
 
—Ryuu: Duas horas?
 
—Luka: É...
 
—Ryuu: Desculpa eu não ter te encontrado antes...
 
—Luka: Você não tem que se desculpar...
 
—Ryuu: Eu não vou deixar mais aqueles caras encostar um dedo em você!
 
—Luka: Tá...
 
O motorista do Ryuu chega, ele coloca o Luka sentado e eles partem...
 
—Luka: Foi isso...
 
—Kallie: Mas que babacas em!
 
—Luka: Se eu encontrar um deles novamente, eu não vou me segurar!
 
—Kallie: Mas você não fraturou nada?
 
—Luka: Uma das minhas costelas do lado direito quebrou, mas os médicos falaram que não tinha com o que se preocupar.
 
—Kallie: Isso é ótimo!
 
—Ryuu: Oi... fui entrando já...
 
—Luka: Oi Ryuu.
 
—Kallie: Oi Tanaka.
 
—Ryuu: E aí Kallie. Como está Luka?
 
—Luka: Eu estou bem melhor.
 
—Ryuu: Fico feliz em saber.
 
—Kallie: O que seus pais fizerem, foram a polícia?
 
—Luka: Bem, aqueles idiotas são de menores, a única coisa que aconteceu foi eles ficarem de castigo. A escola não tem responsabilidade já que foi fora dela.
 
—Kallie: Então seus pais foram conversar com os pais deles?
 
—Luka: Fora sim.
 
—Kallie: E eles disseram alguma coisa?
 
—Luka: Os pais deles lamentaram muito o ocorrido e se certificaram que isso não vai mais se repetir, além de se oferecerem para pagar o hospital. Mas meu pai recusou, só o pedido de desculpas já era o bastante.
 
—Ryuu: Eu ainda acho que eles tinham que pagar sim.
 
—Luka: Mas os pais deles não tem culpa, e eles também não tem uma condição muito boa né, tem só o dos estudos dos filhos e para sobreviver.
 
—Ryuu: Entendo.
 
Enquanto os três conversavam a Júlia põe a cabeça entre a porta e o arco.
 
—Júlia: Tem mais alguém que quer o ver Luka.
 
—Luka: Quem é?
 
Ela abre a porta por completo.
 
—Shin: Oi Luka.
 
—Luka: Oi Shin!
 
Shin entra no quarto e se aproxima da cama onde ele está deitado. Ryuu no mesmo instante revira os olhos dá as costas dando de ombros e sai sem falar absolutamente nada.
 
—Luka: R-Ryuu... ué...
 
—Shin: Acho que ele não fica muito a vontade perto de mim.
 
—Luka: Mas eu perguntei se tinha acontecido algo entre vocês dois e ele falou que não.
 
Kallie olha para o Shin.
 
—Shin: Bem... como você está?
 
—Luka: Ótimo, eu achava que quando a gente quebrava uma costela era algo muito doloroso, mas só dói realmente quando quebra o pós operatório é bem tranquilo.
 
—Shin: Que bom!
 
—Hugo: KAAAAAA...
 
Hugo entra correndo pela porta e dá um pulo para cima do Luka.
 
—Kallie: Nossa que pulo...
 
—Luka: A-A-Aí Hugo...
 
—Hugo: Desculpa, ainda dói?
 
—Luka: Só quando tem um garotinho em cima de mim.
 
—Kallie: Vem Hugo eu te seguro.
 
Ele vai para o colo da Kallie e fica olhando para o Luka.
 
—Shin: Quando você vai receber alta daqui?
 
—Luka: Amanhã, então já vou poder voltar para o colégio, já estamos quase perto das finais então quero evitar perder os assuntos.
 
—Kallie: Verdade, tinha esquecido que o ano letivo já está quase acabando.
 
—Luka: Eu fico nervoso, porque ano que vem vamos entrar em uma turma normal e não uma para estrangeiros.
 
—Kallie: Real!
 
—Shin: Relaxem, as "normais" são mais fáceis que as de estrangeiros.
 
—Luka: É?
 
—Shin: Sim, as de estrangeiros trabalham os mesmos assuntos que as normais, porém o professor de vocês traduz, ou seja, tudo tem que ser modificado para vocês que acaba complicando tudo ainda mais.
 
—Kallie: Não sabia...
 
—Shin: Só a matemática que não muda nada, mas o resto sim.
 
—Luka: Bom, já me tranquiliza um pouco.
 
—Shin: Bem Luka, eu passei mesmo para te ver e te dar um olá, eu tenho que ir agora!
 
—Luka: Está bem, obrigado por ter vindo me ver.
 
—Shin: Imagina, a gente se ver!
 
—Luka: Tá.
 
Ele sai.
 
—Luka: E vocês dois em?
 
—Kallie: Oi?
 
—Luka: Você e o Shin.
 
—Kallie: De novo essa história.
 
—Luka: Vocês foram ao cinema a um tempo atrás, mas eu esqueci de perguntar, não rolou nada?
 
—Kallie: Luka, não... bem... assim...
 
Meses atrás no mesmo dia do piquenique.
 
—Shin: Agora que estamos com os ingressos e as comidas, vamos entrar!
 
—Kallie: Vamos.
 
Os dois entram na sessão e caminham até os seus respectivos assentos. Eles apoiam os refrigerantes no porta-copos das poltronas e coloca o balde de pipoca entre as pernas.
 
—Kallie: Qual o filme que você escolheu?
 
—Shin: O nome é "Segredos de um diário".
 
—Kallie: Do que se trata?
 
—Shin: Pelo que vi, é um garoto que se transfere para uma escola nova, e eles acaba tento problemas com um dos valentões da escola. O mesmo também tem problemas com o padrasto e ele usa um diário para expressar os seus sentimentos.
 
—Kallie: Parece ser interessante, é de drama e romance será?
 
—Shin: Acho que é, é uma obra LGBTQIA+!
 
—Kallie: Legal, já gostei e nem começou.
 
O filme começa e eles assistem. Passas os minutos e o filme começa a chegar no fim.
 
—Kallie: Que chato, jurei que ele tentaria alguma coisa... aff... decepcionante... — pensa ela. — De qualquer forma o filme é bom!
 
—Shin: Eu pensei que ele tentaria uma aproximação... acho que eu me equivoquei pensando que ela sentia algo por mim... bem... o filme foi bom! — pensa ele também.
 
Após os créditos os dois saem da sessão, sem dizer nada eles caminham pela aquela região. Por coincidência a casa da Kallie ficava ali perto.
 
—Kallie: B-Bem, você vai fazer algo agora a tarde?
 
—Shin: Não, porque?
 
—Kallie: Vamos na minha casa?
 
—Shin: Pode ser!
 
Eles chegam à casa dela. Ela o convida para ir para o seu quarto.
 
—Shin: Seu país não estão?
 
—Kallie: Não, eu já te disse uma vez, eles trabalham.
 
—Shin: Verdade, eu tinha esquecido.
 
Os dois ficam ali em pé, olhando em volta como se quisessem dizer algo, mas não conseguiam. De repente os dois avançam e se encontram no meio entre eles.
 
—Kallie: Eu quero----
 
—Shin: Eu quero----
 
Pelo visto os dois estavam com os mesmos pensamentos e então eles se beijam. Kallie a empurra prensando ele conta a parecer.
 
—Shin: Eu não tentei nada no cinema, porque eu não queria parecer indelicado ou chato...
 
—Kallie: É eu também...
 
—Shin: Eu gosto de você, e comecei a sentir algo dias depois que começamos a andar juntos.
 
—Kallie: Comigo foi a mesma coisa, que doido né.
 
De volta ao presente.
 
—Luka: Então rolou?
 
—Kallie: Rolou.
 
—Luka: Eita, e como foi?
 
—Kallie: Foi muito bom!
 
—Luka: Foi sua primeira vez?
 
—Kallie: Não, eu namorava lá na Inglaterra.
 
—Luka: Ata.
 
—Hugo: O que que rolou? Eu quero saber também!
 
—Luka: Você não pode, você é pequeno ainda!
 
—Hugo: Não é justo... — ele desce do colo da Kallie e sai do quarto.
 
—Luka: É oficial? Tão namorando?
 
—Kallie: Ainda não, apensar da gente ter feito, ainda estamos em processo de adaptação digamos assim.
 
—Luka: Entendi.
 
—Júlia: Luka, o médico disse que já vem para aplicar mais uma injeção.
 
—Luka: Está bem.
 
—Kallie: É melhor eu ir indo embora, a gente se ver!
 
—Luka: Tá, tchau!
 
—Kallie: Tchau!
 
—Luka: Mãe, você viu o Ryuu por aí?
 
—Júlia: Ele saiu do hospital ele parecia muito bravo, aconteceu algo?
 
—Luka: Não.
 
—Júlia: Deve ter acontecido alguma coisa na sua família.
 
—Luka: Deve ter acontecido...
 
Depois de ganhar alta ele volta para casa. No mesmo dia o Shin vem até ele.
 
—Shin: Oi senhor Rafael, o Luka está?
 
—Rafael: Está sim, entra, ele deve estar em seu quarto!
 
—Shin: Obrigado e com licença.
 
Shin vai até o quarto do Luka que está com a porta a aberta.
 
—Shin: Oi Luka.
 
—Luka: Oi Shin, não sabia que vinha.
 
—Shin: Eu estava passando aqui em frente, então resolvi te dar um oi e também esclarecer algo.
 
—Luka: O que?
 
—Shin: Acho que o Ryuu não te contou né.
 
—Luka: O do porque ele não gosta de você?
 
—Shin: Sim.
 
—Luka: Não, eu já perguntei, mas ele não me diz, ele fala apenas que não tem nada entre vocês dois.
 
—Shin: Então, não é bem isso. Eu resolvi te contar porque eu acho que você tem direito de saber já que é namorado do Ryuu.
 
—Luka: Certo.
 
—Shin: Bom, eu era o ex-namorado do Ryuu.
 
Luka fica surpreso em saber.
 
—Luka: Sério?
 
—Shin: E é por isso que ele não gosta de mim e nem de estar no mesmo ambiente que eu.
 
—Luka: Mas porque, você terminou não foi?
 
—Shin: Bem, sim, mas não foi de um jeito fácil. Como você sabe eu sou japonês e russo, quando estávamos namorando eu precisei viajar para Rússia, para ficar um tempo lá, e o Ryuu ficou sabendo cedo ou tarde. Ele quis manter um relacionamento a distância, porém eu não quis, eu não queria impedir ele de conhecer outras pessoas; foi aí que eu terminei com ele de uma forma muito ruim, eu simplesmente o ignorei e fui para a Rússia sem lhe dar nenhuma satisfação, então ele ficou muito chateado e me odeia agora, ele nem olha em minha cara quando passamos um pelo outro. Eu contei isso a Kallie, porém não foi toda a história.
 
—Luka: Então é por isso...
 
—Shin: É... e ele deve ter ficado com mais raiva por conta de mim e você ter virados amigos, não fala a ele que eu te falei isso tá?
 
—Luka: Tá bom, não se preocupe!
 
—Shin: Eu já disse o que eu tinha para dizer, vou indo, a gente se ver amanhã no colégio.
 
—Luka: Tá, até amanhã!
 
—Shin: Até.
 
O Shin vai embora. No dia seguinte no colégio já no intervalo, o Ryuu e o Luka sentam em baixo da árvore que eles sempre ficam.
 
—Ryuu: Fico feliz que você está de volta, esses dias sem você aqui foram um saco.
 
—Luka: É bom está de volta, é muito chato ficar naquele hospital.
 
—Ryuu: Desculpa eu não ter ido te visitar no dia que você teve alta, estive um pouco ocupado.
 
—Luka: Não tem problema. O Shin foi lá.
 
—Ryuu: Um... — resmunga ele com um tom de desdém.
 
—Luka: Ele me contou o porquê você não gosta dele.
 
—Ryuu: Ele contou?
 
—Luka: Sim, e eu acho muito infantil da sua parte!
 
—Ryuu: Você não sabe como é doloroso a pessoa se distanciar e não te da satisfação.
 
—Luka: Realmente eu não sei, mas eu entendo... mesmo assim você poderia dar um desconto, ele não queria que você ficasse preso a ele estando tão longe.
 
—Ryuu: É sério que você vai ficar no lado dele?
 
—Luka: Eu não estou do lado de ninguém, eu só estou tentando fazer você entender que nada dura para sempre Ryuu. Ele teve motivos para terminar e você ignorou esses motivos criando uma raiva infantil e desprezando ele.
 
—Ryuu: Sério Luka, eu não estou afim de escutar essas coisas, já não basta ele sempre me perguntando isso, agora você também... perdi até a fome se quiser pode ficar com o meu lanche... — diz ele levantando-se e saindo dali.
 
—Luka: Ryuu... Ryuu!
 
Ele some dentro do colégio.
 
—Luka: Mas que droga... quanto remorso...
 
Depois daquela pequena discursão, o Luka não tinha noção da proporção que aquilo tomaria. No dia seguinte que ele e o Shin se encontraram, o Luka notou que ele estava com alguns pequenos hematomas e curioso ele perguntou o que tinha havido. Shin explicou que o Ryuu veio até ele e os dois brigaram.
 
—Luka: Desculpa Shin, você me pediu para não falar e no calor do momento escapou...
 
—Shin: Você não tem culpa, cedo ou tarde ele iria descobrir que eu tinha tem contado.
 
—Luka: O Ryuu passou dos limites agora, eu vou conversar com ele.
 
Só que estranhamente, o Ryuu não apareceu no colégio por quase uma semana. Ele sumiu completamente de tudo, tanto da sua casa já que o Luka ia todo dia a sua procura, mas nunca o achava em casa, quando também das redes sociais e de ligações.
 
—Luka: Onde o Ryuu se meteu?
 
Uma semana se passa e ele não tem nenhuma notícia do Ryuu.
 
—Kallie: O Tanaka, sumiu?
 
—Luka: Sim, já faz uma semana que ele não vem para o colégio, não está em casa e nenhum retorna minhas ligações.
 
—Kallie: Que estranho, ele não é de fazer essas coisas, não é?
 
—Luka: Não, por isso é estranho.
 
—Kallie: Se eu souber de alguma coisa eu te aviso.
 
—Luka: Tá bom Kallie, até amanhã.
 
—Kallie: Até.
 
Os dois seguem caminhos diferentes, enquanto o Luka caminhava para a sua casa ele olha para dentro de uma pequena viela e ver as costas do Ryuu. Ele então acelera os passos a ponto de quase correr, ele evita a gritar seu nome apenas o alcança e segura em seu braço.
 
—Luka: Te encontrei... o que deu em você em e sumir assim sem falar nada eu fiquei preocupado...
 
Ao perceber que é ele segurando em seu braço, o Ryuu dá um solavanco muito rude se soltando do Luka.
 
—Ryuu: Me larga!
 
Luka no mesmo instante se surpreende com aquela atitude estranha dele.
 
—Luka: Ryuu... o que houve?
 
—Ryuu: Não é da sua conta, agora me deixa!
 
Ele continua andando, Luka não desiste e novamente segura em seu braço com mais intensidade.
 
—Luka: Olha aqui, você vai me explicar o que está acontecendo, você some por uma semana e agora tá me tratando desse jeito depois de tanta preocupação!
 
—Ryuu: Eu já mandei me largar!
 
Ele ao invés de dá um solavanco, ele empurra o Luka para trás e puxa o braço, fazendo ele cambalear para trás.
 
—Luka: Qual o seu problema em?
 
—Ryuu: Hmpf... 
 
Ele dá as costas novamente. Luka avança passa por ele e para em sua frente.
 
—Luka: Eu não vou deixar você passar enquanto você não me explicar o que está acontecendo!
 
—Ryuu: Sai da frente!
 
—Luka: Não!
 
—Ryuu: Você é irritante hein!
 
—Luka: Me fala o que está havendo?
 
—Ryuu: O que está havendo é que eu cansei de brincar com você, simples!
 
—Luka: O que?
 
—Ryuu: Sim, Ka-chan. — Fala ele com tom de deboche. — Isso tudo foi apenas uma brincadeira para eu poder me divertir um pouco.
 
—Luka: Como assim, eu não estou entendendo.
 
—Ryuu: Eu nunca ficaria com você se eu não tivesse entediado, você realmente achou que eu sentia alguma coisa por você achou? Eu só quis me divertir um pouco e provar algo diferente, não tem muitos estrangeiros por aqui sabe.
 
—Luka: Isso não é verdade...
 
—Ryuu: Você é tão ingênuo que nem percebe, eu nunca gostei de você realmente, eu só fingia porque queria experimentar algo diferente, estava cansado de japoneses!
 
—Luka: Não, esse não é você...
 
—Ryuu: Pobre Ka-chan, sabe, é pessoas como você que temos gente bem sucedida sabe, porque vocês veem tanto o lado bom das coisas, que chega a ser patético, por isso pessoas como eu vem e passa por cima, isso é bom nos ajuda, então continua tá!
 
—Luka: ...
 
Luka não conseguia, mas falar nada, apenas ouvir aquelas coisas horríveis das pessoas que ele até então estava apaixonado.
 
—Ryuu: Você, a Kallie e o Shin são tudo do mesmo saco, isso me irrita. Foi difícil eu confesso ficar próximo a você com toda essa baboseira que me dava ânsia constantemente, bom, agora que já acabou não preciso mais usar essa máscara de "garoto bom". Pode ficar com isso também, é muito feio! — diz ele mergulhando a mão pela gola da sua camisa e puxando o colar que o Luka o deu. — Pega!
 
Ele puxa arrebentando o colar e taca no chão aos pés do Luka. O mesmo olha para o chão e se ajoelha juntando todas as miçangas que voaram.
 
—Ryuu: É isso, vê se não enche mais a porra do meu saco que não vou ser mais tão paciente.
 
Luka ergue seu rosto olhando para ele, chorando em silêncio e volta a sua atenção novamente para as miçangas. Ryuu dá as costas e segue para onde estava indo. Após aquela horrível cena presenciada pelo Luka, o mesmo junta todas a miçangas coloca em seu bolso e vai embora. Ele chega e entra em sua casa, no mesmo instante o Hugo vem correndo até ele.
 
《Português》
 
—Hugo: KAAA! Vamos brincar hoje? — ele abraça a perna do Luka.
 
Luka sem dizer nada apenas põe sua mão na cabeça dele e empurra fazendo o ele cair sentado e batendo sua cabeça em uma mesa de centro. O Hugo abre o berreiro.
 
 
Continua...