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História Desculpa se te chamo de amor. - One centimeter from your heart


Escrita por: willtraynor

Notas do Autor


Eu disse que seria breve...

Capítulo 14 - One centimeter from your heart


Fanfic / Fanfiction Desculpa se te chamo de amor. - One centimeter from your heart

Ela havia feito amizade com algumas mulheres no banheiro. Depois que Zayn decidiu que deveria pegar bebidas sozinho – ela não entendia o que tinha feito de errado para ele mudar tão depressa – chamou Luna para ir ao banheiro se olhar no espelho.
Talvez não estivesse tão bonita para ele, quanto imaginou que estava. Ou sei lá, ela não sabia lidar com os altos e baixos.
Ainda não tinha tocado no assunto sobre o quase beijo no corredor e achava que já não tinha mais coragem.  Ele simplesmente mudava de uma hora para outra. Em um instante parecia que a desejava tanto quanto ela, mas do nada ele se afastava e criava um muro entre eles.
Uma barreira quase impermeável.
Quase.
Ela daria um jeito.
Na verdade já estava dando. Anna, Letícia – que para Candy era Lety – e Beatriz – Bea – estavam a aconselhando. Luna tentava conversar com ela sobre Zayn e sobre como os homens eram e para ela estava tudo bem ele querer ficar com outras mulheres, desde que não fosse na sua frente e desde que Luna a ajudasse a ficar com um homem, mas na frente dele.
As três estavam juntas e entendiam ambas conversando em inglês, entraram no assunto, falando que a garota não devia se dar por vencida daquele jeito e nem por um milhão podia deixar ele fazer com que ela se sentisse menor, muito menos desistir.
As cinco saíram do banheiro rindo, contado fatos sobre seus relacionamentos. Todas eram compromissadas e estavam loucas procurando por Malik, para descobrir se ele era tão lindo e do outro mundo como Candy havia dito.
Porém ele ainda não estava na área vip deles.
– Nos vemos mais tarde, vou procurar meu marido. – disse Anna, sendo acompanhada pelas demais jovens.
– Você prestou atenção em tudo o que elas falaram? – indagou Luna.
Candy assentiu em silêncio, suspirando fundo.
Ela não podia se sentir menos que ninguém nunca. Mas às vezes, talvez por tudo que havia passado ainda tinha algo dentro de si que incomodava. Porque ela sabia que quando passava pelos corredores da escola, sempre tinha um idiota que fazia questão de lembrar e cochichar para o amigo, que fazia isso para uma terceira pessoa e eles nunca esqueciam. Mesmo ela perdendo um ano, mesmo ela mudando de colégio.
Eles não esqueciam.
E ela também não.
E toda vez que Malik se afastava, mesmo sabendo que a culpa não era sua e que ele não sabia de nada, seu inconsciente gritava falando que era óbvio que a culpa era dela, que era nítido que ele sabia que seu corpo havia sido marcado para sempre.
Com dor e ferida. E para uma adolescente, elas eram incuráveis.
– Ah, não olha agora.  – disse Luna.
– O que foi? – indagou ela, parando no mesmo instante.
– Zayn está conversando com uma loira.
Ela segurou o ar.
– Qual o problema desse homem com as loiras? Santo Deus!
Luna riu baixinho.
– Você quer ir até lá?
– Eu?  Eles estão... ? – perguntou aflita.
Luna observou Zayn por alguns segundos.
– Ainda não, não sei. – respondeu incerta.
Candy bufou, derrubando os ombros. Ela já tinha tomado coragem de beijá-lo, mas sabia que os conselhos das amigas novas não serviriam de nada agora.
– Preciso ficar com alguém na frente dele! – disse ela desesperadamente – Não posso ficar aqui. Ele não olha pra mim!
Luna mordeu o lábio inferior. Nem ela sabia o que dizer.
Candy começou a caminhar ao lado oposto de onde Malik estava. Ela encontraria alguém absurdamente lindo e o arrastaria onde Zayn a pudesse ver e lascaria um beijo na pessoa até perder o ar.
E não choraria. Mesmo sentindo um nó na garganta.
Candy olhou para trás, mas não encontrou Aniballe. Talvez ela não concordasse com aquilo, ou simplesmente tivesse decido não se intrometer mais.
Seria melhor assim. Ela encontraria alguém por conta própria.
Silverstone suspirou, colocando a mão na cintura. Não tinha uma alma viva ali que ela quisesse mais do que ele e por conseqüência, não existia ninguém que chegasse aos seus pés.
Por que ele era tudo o que ela queria.
Inferno!
– Oi, aceita dançar comigo?
Ela sorriu sem graça, não havia entendido uma palavra do que o rapaz disse.
– Desculpa, eu não falo português.
Ele sorriu balançando a cabeça. Tinha o cabelo um pouco comprido e cachos nas pontas.
– Eu não falo inglês.
Ela sorrindo, olhando para os lados, procurando Zayn. Não queria ser rude, mas não podia perder ele de vista.
– Você... You ... ahm.. – ele colocou a mão na própria cintura e rodopiou.
Candy riu. Aquilo só podia ser uma tentativa de convite para dançar.
– Você quer dançar?
– Sim! Dançar!
– Ah, claro!
A garota pegou a mão dele gentilmente e ele a rodopiou rindo em seguida.
Quando se aproximaram ele perguntou em inglês:
– Qual é o seu nome?
– Candy.
– Candy? – repetiu ele incerto.
– Isso. – concordou ela – E o seu?
Mas antes que ele pudesse responder as pessoas começaram a dar alguns passos para trás, os empurrando e quando ela se deu conta viu que uma briga estava acontecendo no meio da festa. Seu coração gelou.
Zayn Malik estava prestes a levar um soco.

Luna surgiu na hora empurrando um covarde que ia bater em Malik pelas costas.
O mesmo havia se virado para Aniballe pronto para machucá-la. Candy estava petrificada, não sabia o que fazer.
Deixou o rapaz que estava dançando sozinho e correu até onde seus amigos estavam.
Por sorte ela viu do outro lado da confusão Anna, Lety e Bea puxando Luna para fora da briga. Uma delas gritava alguma coisa em português e seus respectivos conjugues entraram junto entre socos e gritaria, foi só quando um dos que parecia ser inimigo, puxou o corpo para cima do outro que ela percebeu que se tratava de Liam Payne.
Meu Deus, o que eles estavam fazendo?
Por entre a multidão Candy viu a silhueta de Zayn, ela não podia ficar parada ali. Precisava fazer alguma coisa. Ele não podia se machucar. Silverstone empurrou algumas pessoas que estavam na sua frente sem nem ao menos pedir desculpas ou sentir medo de se machucar, ela só queria ajudá-lo. Ajudar Payne.
A garota chegou esbaforida entre Malik e um outro homem. Por sorte Zayn não estava apanhando, mas seu supercílio sangrava e a boca parecia estar cortada.
– Já chega Zayn! – pediu ela desesperada.
O homem se virou para encará-la e talvez por querer ou não, ela não sabia dizer, deu uma cotovelada na sua têmpora a deixando meio zonza.
Merda. Merda. Merda.
– Candy, você ta bem? Candy! Ah seu verme inútil!
Ela segurou o braço de Malik, só queria sair dali. Queria ver Luna, saber se Liam estava bem e sumir. Que ideia era aquela. Ah, sua noite havia sido uma grande merda.
Silverstone colocou a mão onde havia levado a pancada e Zayn a abraçou pela cintura a puxando para o lado, no mesmo instante que os seguranças surgiram acalmando todos.
– Por favor, você está bem?
– Estou, só estou tonta, confusa. O que está acontecendo? Porque você e Liam estavam brigando?
Ele bufou, gemendo de dor.
– Eu não sei, só vi que Liam estava socando um cara, imagino que seja por causa de Luna.
– Não acredito que isso aconteceu.
– Você está bem mesmo? – indagou ele preocupado.
Candy concordou com a cabeça. Ela colocou a mão na boca dele, limpando um pouquinho de sangue. Ele fez careta.
– Se eu estivesse com vocês nada disso teria acontecido.
– Não, a culpa não foi sua. Fui eu quem a deixou sozinha.
Zayn a apertou contra seu corpo e beijou sua testa.
– Não vamos discutir de quem é a culpa agora, eu só quero que você esteja bem e Luna também.
Ela sentiu seu corpo estremecer. Só precisava dele para ficar bem.
– Eu estou, juro. É de você que temos que cuidar.
Candy ficou na ponta dos pés e não pensou muito no que fazer, apenas fez.
Ela umedeceu os lábios e o beijou no canto da boca, onde provavelmente um soco havia o cortado. Malik não fez nada, apenas fechou os olhos a apertou com força.
Seu coração estava a mil por hora.
Sua sanidade havia se esvaído.
A única coisa que ela sabia era que precisava dele.
 

                         DSTCDA – Z.

Zayn se afastou. Não porque queria. Mas aproveitou um último segundo de racionalidade dentro da cabeça e deu um passo para trás.
Não queria magoá-la, queria aquilo tanto quanto ela, talvez até mais.
Só que aquele momento não era o certo. Se fosse para alguma coisa entre eles acontecer, ele faria da maneira que ela se sentisse única.
E muito longe de Liam Payne.
Ele sorriu para Candy beijando de leve onde havia sido atingida. Se algo lhe acontecesse, ele mataria o homem.
– Vamos conversar com os dois. – disse ela, apontando com a cabeça para Liam e Luna.
Aniballe estava com cara de choro abraçada em Liam que estava com o cenho curvado e o nariz sangrando. Ao lado deles tinham algumas pessoas que haviam os ajudado.  Não tinha pensado muito bem que poderiam levar uma surra histórica, mas quando viu seu amigo puxando o verme que parecia estar tentando agarrar Luna, ele partiu pra cima também. Não deixaria Payne sozinho e muito menos alguém tocar em Aniballe.
Malik abraçou a garota do seu lado por cima dos ombros, ele a protegeria de qualquer coisa nem que o deixassem estendido no chão como um cadáver. E sabia que era nisso que Liam estava pensando quando se envolveu na briga.
– Não fomos apresentados. – disse ele aos três rapazes ao lado de Payne – Sou Zayn Malik, obrigado pela ajuda.
Todos eles sorriram. Não precisavam ajudar, mas eles teriam sido destruídos se não fosse por isso.
– Acho que poderíamos ir para o hotel. Venham conosco, é o mínimo que podemos fazer por hora. – comentou Payne – Vamos comer algo porque estou faminto. Brigar tira nossa energia, não lembrava disso.
Todos eles riram alto, deixando a tensão passar um pouco.
 
No caminho Malik descobriu que Marcos e Anna eram casados há poucos meses e estavam morando no Rio de Janeiro apenas um mês. Marcos era da marinha. Letícia – um nome que ninguém conseguia pronunciar, então Candy a apelidou gentilmente de Lety – e João, namoravam e João era irmão de Marcos e Lucas que era casado com Beatriz ou Bea. Eles estavam os quatros respectivamente, passando férias na casa nova dos recém-casados. E nunca imaginaram que em uma festa que eles achavam absurdamente cara, fosse render uma briga e tanto como aquela.
Nem ele, pensou.
Liam levou os convidados para a cobertura onde todos estariam bem acomodados e então pediu um café da madrugada e pacotes de gelo. Os homens queriam fazer pose, mas ele não estava aguentando.
Aquela dor era o diabo.
Mas a sua sorte era que quanto mais enfermo ele parecia estar, mais atenção recebia da garota loira dos olhos do Tenerife.
E talvez, mas só talvez, ele tenha se aproveitado disso.
– Vou pegar um pouco de água. – disse ele baixinho, apenas para ela ouvir.
– Deixa que eu pego pra você.
– Não precisa.
– Zayn, você está ai todo machucado.
Ele sorriu.
– É só um copo de água, por Deus.
– Eu faço questão.
Malik suspirou fundo.
– Eu te acompanho então.
Ela piscou algumas vezes e depois concordou sorrindo. Pelo canto dos olhos ele viu seu melhor amigo o queimando vivo. Sabia que aquilo estava errado, mas não estava mais conseguindo evitar.
Ficar perto de Silverstone lhe dava paz.
– Eles são legais, não são? – indagou ela, pegando um copo no armário.
Seu corpo estava todo inclinado para alcançar. Ele podia fazer a gentileza de pegar para ela, mas a visão era melhor da onde estava e Malik mal conseguia se mover.
– Quem? – indagou ele.
– Ora, os brasileiros! – ele ficou em silêncio observando o modo como a alça fina caia sobre os ombros dela.
– Que brasileiros?
Candy se virou para encher o copo de água bufando.
– Zayn, você não ta prestando atenção no que estou falando? Marcos, Anna...
– Ah claro, os brasileiros. Sim, eles são muito legais.
Ele pigarreou quando ela voltou com a água. Só estavam os dois na cozinha.
– O que você tem? – perguntou ela sorrindo desconfiada.
– Eu? Nada, por quê? – ele agradeceu sorrindo pela água e tomou um gole, sua garganta estava seca.
– Está me olhando de um jeito estranho.
Ele tossiu.
Não queria admitir, mas ela estava diferente ali. Talvez fosse a forma como tinha se preocupado com ele durante a briga, ou como seu cabelo tinha caído de leve sob os olhos ou o jeito que ela ria tentando falar algumas palavras em português com as novas amigas.
Ele não tinha certeza o que era, mas cada minuto a mais que passavam juntos, alguma coisa dentro dele mudava a forma como via Candy Silverstone.
– Está me olhando de novo. – disse ela ficando com o rosto vermelho.
Ele curvou o canto dos lábios para cima.
– É que você está muito bonita hoje.
Candy mordeu o lábio inferior. Ele não sabia o que ela estava pensando, queria desejar decifrá-la como fazia com Amber, mas Silverstone era diferente.
Ela sorriu e depois curvou o cenho colocando uma mão sobre a testa dele.
– Você deve ter recebido uma pancada muito grande na cabeça.
Zayn riu alto. Ele até tinha levado um belo de um soco, tinha que confessar, mas não tinha afetado em nada dentro da sua cabeça.
– Só estou dizendo o que acho. E é verdade, você está muito bonita.
Ela sorriu e virou a cabeça para outro lado. Não tinha coragem de encará-lo. Ele se perguntava como em um momento ela tinha toda segurança do mundo para beijá-lo e momentos depois se sentia constrangida com um elogio dele?
Mulheres.
Seres de outro mundo.
Ele jamais teria a capacidade de entendê-las.

                                         DSTCDA – C.

Claro. Certo. Minha nossa.
Ele tinha dito em voz alta que ela estava bonita? Porque sempre ficava abalada com um comentário dele? Por Deus, era exatamente isso que ela queria, mas sentiu seu rosto queimar quando Zayn a elogiou.
Inferno.
Ele tinha que deixá-la constrangida, parecia adorar fazer isso, toda vez que a via.
Candy sorriu olhando para outro lado da cozinha. Não conseguia sequer agradecer, porque teria que olhar para ele e se fizesse isso, desintegraria.
– Não precisa ficar tão envergonhada assim. – comentou ele dando uma risadinha tosca no fim.
– Nossa, agora você me deixou muito confortável Senhor Malik.
– Senhor? – ele arqueou uma das sobrancelhas – Aqui do outro lado do mundo? Onde eu poderia ser qualquer outra coisa.
Ele devia ter levado mesmo uma bela pancada na cabeça. Era a única e sensata explicação.
Ela umedeceu os lábios antes de virar para encará-lo.
– Você queria ser o que... Se pudesse.
Ela viu a mandíbula dele se contrair. Se pudesse escolher, queria que Zayn fosse ele mesmo, mas dela. Candy sorriu sozinha com a ideia e depois sorriu ainda mais quando ele a encarou por um segundo.
– O que está pensando? – indagou ele, bebendo um pouco de água.
– Se eu pudesse ser qualquer outra coisa – ela deu ênfase na última palavra –, com certeza seria Julia Roberts em Uma linda mulher, quando todos os funcionários do hotel ficam atrás dela, e ela compra roupas e vai ao salão... – Candy suspirou entusiasmada – seria maravilhoso.
Malik sorriu.
– Ela era prostituta.
– Eu sabia que você ia falar isso. – Candy limitou-se a dar de ombros – Eu não me importo se ela é garota de programa ou não, a história deles é linda e eu adoro a maneira como ela sonha em viver um conto de fadas.
– Como é o nome dele?
– Quem?
– O ator.
– Richard Gere.
Ele entreabriu os lábios antes do sorrir maléfico com o copo na boca e penetrar os olhos nela.
– Queria ser ele então.
Candy balançou a cabeça e saiu da cozinha antes que ele escutasse as batidas desesperadas do coração dela. Mas ouviu sua risada alta e divertida no meio do caminho.
Ah que homem amaldiçoado. Ele sabia exatamente o que fazer com ela. Não havia questionamentos do porque todas as mulheres que ela conhecia serem apaixonadas por ele. Zayn Malik não era apenas lindo e feito a mão por Deus, ele tinha um charme e aquele tom de voz rouco. Sem contar na maneira como os olhos dele ficavam serenos e talvez um tanto quanto devassos.
Inferno, inferno, inferno.

Quando voltou para a sala as quatro mulheres do recinto não paravam de olhá-la de um jeito inquietante. Candy sabia que Luna provavelmente havia contado há elas que o homem que estavam conversando sobre no banheiro, era o mesmo que ela estava na cozinha.    
E Silverstone soube que elas estavam sem ar com a presença dele tanto quanto ela.
– Candy, vamos jogar? – indagou João.
Ele era o mais novo dos casais e namorava Lety.
– O que vocês estão jogando? – quis saber ela, sentando ao lado dele.
– Hands Off!
– Eu adoro esse jogo! – exclamou Anna.
– Eu começo. – disse Lucas, com o celular na mão.
Ela viu pelo canto dos olhos Zayn voltando da cozinha. Não sabia se estava bem da audição, mas tudo indicava que quando ele surgiu na sala novamente, as três cunhadas suspiraram.
Malik parecia tranqüilo, se sentou ao lado do Sr. Payne conversando sobre alguma coisa aleatória, provavelmente sobre a primeira reunião deles e às vezes durante o jogo ficava a fitando até suas bochechas corarem e de longe ele sorrir com o constrangimento dela. 

– Boa noite então. Te vejo amanhã? Antes de ir para a reunião? – perguntou Liam, a Luna, esperançoso.
Ela assentiu que sim. Não aguentariam ficar tanto tempo longe um do outro.
– Ótimo. Vou contar os segundos. – disse ele, a puxando delicadamente para um beijo.
Os minutos passaram, todas as pessoas já haviam ido para casa e só faltava Luna e Liam se despedirem. Malik estava parado ao lado dela na porta, vendo os dois se beijando e um momento constrangedor.
– Humph... – suspirou ele, a fazendo sorrir cúmplice.
O casal se afastou sorrindo.
– Eu disse Caramella. – comentou Zayn – Essa viagem ia ser como uma lua de mel para alguns.
– E eu cheguei a pensar que você estava errado. – respondeu ela debochada – Mas veja só. Só vejo corações saindo dos olhos dos dois. 
– Engraçado. – disse Luna os encarando com os olhos semicerrados – Acho que posso dizer o mesmo de vocês.
– Não sei do que está falando. – disse ela primeiramente e depois fuzilou Luna com os olhos.
– É, não entendi. – completou Malik, mas seu tom de voz era sarcástico.
Luna e mesmo sendo difícil de acreditar Liam o seu chefe, riram da cara dela. Aniballe deu um selinho se despedindo do Sr. Payne e então, ela, Luna e Malik seguiram sozinhos.
Quando Payne fechou a porta, sua namorada desatou a falar.
– Preciso que me ajudem com o aniversário do Liam. É daqui dois dias.
– O que está pensando em fazer?
– Preciso pensar em alguma coisa. Ainda não tive nenhuma ideia, pois nem sabia que estava tão próximo.
– Faça um laço na cabeça e pronto. – brincou Zayn.
– Engraçadinho.
– Aproveita que estamos em outro país e cria algo. – falou ele, sério dessa vez – Você é boa nisso.
– Não conheço nada aqui!
– Alguém no hotel pode nos ajudar. – sugeriu Malik.
– Ah! Eu conversei com umas mulheres brasileiras. – começou Candy.
– É claro que conversou. – cutucou Zayn.
– Enfim, eu ia dizendo que conversei com umas mulheres brasileiras e elas me falaram sobre escolas de samba, o que acha? O carnaval é muito famoso.
– Não. As mulheres andam quase peladas. 
– Opa! Então quem deve ir lá, sou eu. – falou Zayn, todo animado.
Candy revirou os olhos.
– O aniversário é seu? Acho que não!
Malik gargalhou e Luna como uma boa amiga que só ela era, o acompanhou.
– Ela falou de uma ilha também. – disse Candy ignorando os comentários de Zayn – Ilha do Farol. Disse que só as pessoas importantes vão para lá. 
– Procure imagens na internet e quanto tempo leva pra chegar, por favor. Vou ter que encontrar uma loja de roupa íntima. 
– Se quiser posso fazer isso pra você. Sempre quis fazer compras em uma loja dessas. – comentou Zayn sarcástico e pela graça do Senhor Aniballe deu um tapa de leve em seu braço.
– Ficaria agradecida se fizesse alguma coisa realmente útil e liberasse ele amanhã depois da reunião.
– E arranjasse um meio de transporte para os dois, porque a ilha fica a 170km daqui. – comentou ela, mexendo no celular.
– Pode deixar comigo. – disse Zayn parando em frente à porta do seu quarto. – Até amanhã, ou melhor, até daqui a pouco.
– Obrigada Zayn. – agradeceu Luna – E obrigada por hoje.
– Imagina, não pensei duas vezes antes de ajudar você.
Luna sorriu realmente agradecida.
– Boa noite.
Ela se despediu dele com um abraço e um beijo na bochecha, de leve, porque estava levemente roxa. E então saiu rapidamente virando o corredor para entrar no elevador, deixando os dois sozinhos.
– Boa noite. Coloca mais gelo nesse machucado. – comentou ela.
– Pode deixar Caramella. Obrigado pela noite agradável em sua companhia. E por favor, não fique constrangida.
Ela sorriu. Não tinha como não ficar perante ele.
– Também foi bom passar esse tempo com você. – ela suspirou fundo, vendo ele curvar o canto dos lábios para cima – Até daqui a pouco.
– Até.
Zayn apertou os lábios em uma expressão contrariada. Ela só queria entender o que passava na cabeça dele. Só isso.
Candy se afastou sorrindo, tudo tinha ocorrido levemente bem e até a briga de um modo geral tinha ajudado ela se aproximar dele.
– Caramella. – chamou ele, antes que ela virasse o corredor.
Silverstone virou para encará-lo. Ela tinha quase certeza que ele sabia o que ela queria que ele pedisse há ela. Quase.
– Sim?
Zayn sorriu de lado, balançando a cabeça.
– Eu queria te falar uma coisa.
Ela o fitou curiosa e com uma ponta de esperança de que independente do que fosse, seria algo que finalmente a faria ver unicórnios e arco-íris aquela noite. Porque, por mais que Zayn Malik fosse terrivelmente irritante e a deixasse confusa a maior parte do tempo com suas insinuações e seus afastamentos repentinos, ela sabia que ele era um homem extremamente gentil e jamais faria alguma coisa que não fosse para seu bem.
– Fala. – pediu ela, não se aguentando de curiosidade.
Malik deu alguns passos curtos se aproximando dela o máximo que sua sanidade suportava.
– Eu menti sobre ser Richard Gere. – confessou ele.
Candy ergueu uma sobrancelha.
– Se eu pudesse se qualquer outra coisa aqui, eu seria um homem com coragem.
Ele beijou a testa dela com carinho e se afastou, ganhando um centímetro a mais do seu coração.

                                      DSTCDA – Z.

Ele estava acabado. Não, acabado não.
Ele estava mais para um defunto. Sua mandíbula estava doendo, assim como sua boca e seu supercílio e todo o resto do seu corpo.
Nossa vida, ele estava realmente destruído.
Levantou da cama quatro horas depois de ter deitado. Não conseguia fechar os olhos, não conseguia parar de pensar nela e nem o quão idiota era por não tê-la agarrado até agora.
Ah, ela estava absurdamente linda com aquele vestido vermelho. E tinha feito aquilo depois da briga. Tinha mais coragem que ele e isso o deixava tonto.
E ela era tão ingênua.
Ele sabia que ela sequer tinha notado o jeito como aquele cara, irmão de Marcos, o mais novo, João, nossa, Zayn podia socar a cara dele, apenas pela maneira como encarava Candy sem sequer respeitar a namorada que estava no mesmo ambiente que ele.
Silverstone era tão ingênua ou talvez cega que ele tinha medo de estar se aproveitando dela em alguma situação. Porque Malik sabia que quando começasse a beijá-la, não conseguiria mais parar.
Ele simplesmente não teria forças para isso.

Estava no restaurante tomando café da manhã quando a viu perambulando pelo saguão do hotel infernizando a vida dos pobres coitados. Candy tentava se comunicar com um grupo de pessoas fazendo mímica e com o dicionário nas mãos.
De longe ele se divertia sozinho.
Ela estava com um vestidinho branco de alcinha. Odiava vê-la de vestido, porque suas entranhas simplesmente se reviravam.
Ele chamou um garçom e pediu educadamente que chamasse a moça tagarela até ele.
Não demorou muito para que os olhos azuis os encontrasse. Ela sorriu do outro lado do hotel e pediu licença caminhando até onde ele estava.
– Meu Deus você está acabado. – comentou ela, antes de qualquer coisa.
– Bom dia pra você também.
Candy sorriu. Aquele sorriso genuíno que só ela tinha.
– Sente-se, por favor. Já tomou café? – indagou ele, enquanto ela puxava uma cadeira para se sentar.
– Ainda não. Estou fazendo a programação de Luna.
– Programação?
– Sim. Eu não consigo ficar aqui sem fazer nada. Conversei com algumas pessoas, ela tem o dia lotado, já que vocês mudaram o horário da reunião.
– Como você sabe que...
– Eu tenho meus contatos.
Ele não se surpreendeu. Era óbvio que ela sabia de tudo.
– E então? – quis saber ele – O que tem programado?
– Primeiro o café depois coisas de mulheres. Mais tarde uma massagem e compras. E então vem você.
– Eu?
– Sim ou meu plano vai por água a baixo. Não acha que eles vão querer viajar por 170 km depois de ontem, não é?
– Ah claro. Com isso não se preocupe. – ele pegou o celular, também tinha seus contatos – É só dizer o horário que o helicóptero estará os aguardando.
Ela abriu a boca e depois sorrindo de um jeito engraçando.
– Cinco da tarde. Eles têm que aproveitar o pôr do sol.
– Você pensa em tudo mesmo hein. – ela assentiu – Já pensou em trabalhar com alguma coisa relacionada a eventos?
– Eventos? Como produtora de eventos?
– Sim. Você parece saber o que está fazendo.
Candy corou. Tinha demorado um pouco demais para isso acontecer e Zayn sentiu algo estranho com a maneira que ela o encarou.
– Vou pensar sobre o assunto.
– Pense. – disse ele – Mas antes disso, coma alguma coisa.
– Não estou com fome.
– Não estou perguntando.
Silverstone piscou algumas vezes e depois assentiu sem graça, enfiando um pão de queijo na boca. Depois de mastigar ela o fitou com os olhos brilhando.
– O que é isso? – indagou de boca cheia.
– Pão de queijo.
Candy pegou o copo de suco dele, tomando um grande gole em seguida.
– É muito gostoso.
Malik riu.
– Se quiser eu peço mais.
– Com certeza eu quero mais.
Ele pediu ao garçom para trazer mais comida e enquanto eles não vinham, ele ficava a observando, tentando descobrir o que ela tinha de tão especial que despertará nele aquele sentimento que não conhecia.
– Você está fazendo aquilo de novo. – comentou ela, erguendo a cabeça para encará-lo, enquanto mordia o lábio inferior.
– Estou fazendo o que?
– Fica me olhando desse jeito. – disse ela.
– Que jeito?
Ela riu, o que ele adorava. Ela tinha uma risada gostosa.
– Esse jeito, não se faça de desentendido.
Candy ergueu uma perna sobre a cadeira e deixou a mostra um pouco da sua coxa, fazendo ele engolir em seco. Droga, ele sabia mesmo o olhar com qual estava a fitando.
Não deveria olhar a garota daquele jeito, mas ela era... ela era... linda.
– Senhor Malik.
Ele revirou os olhos.
– Odeio quando me chama desse jeito.
– Então é assim que vou chamar você... Digo, o senhor.
– Você é uma peste. Sinto pena dos seus pais.
– Se sou uma peste, porque me convidou para sentar com você?
Droga, ela era boa. Um pouco dramática, mas boa.
– Porque eu gosto de implicar com você.
Ela sorriu sarcástica.
– Quanta amabilidade sua.
Zayn se inclinou para frente no exato momento que o garçom chegou com mais comida para a garota, mas assim que ele se retirou, Malik deu um sorriso de gato.
Mas precisamente o gato de Alice.
– Eu sou o cara que você sempre quis, confessa. Brooklin não chega aos meus pés.
Candy sorriu colocando a mão na boca.
– Quanta pretensão Zayn Malik, por Deus!
– Vai negar?
Ela ficou em silêncio por alguns segundos. Depois enfiou um pão de queijo na boca, talvez dois e murmurou algo inaudível enquanto mastigava.
– Isso é trapaça. – comentou ele, achando graça das bochechas cheias dela.
Candy pegou o copo de suco dele novamente, mesmo o garçom tendo levado outro para ela.
– Nós não estávamos falando que eu era uma peste? Como o assunto mudou tão depressa?
Malik sorriu, estralando os dedos. Nem ele sabia. A verdade era que não sabia por que tinha enfiado Brook na história também. O garoto estava à milhas de distância deles e ele ainda se importava com a ideia dos dois juntos.
– Estava brincando apenas. Viu você fica afetada com qualquer coisa. É divertido te provocar.
– Ah claro, agora virei alvo de suas brincadeiras.
– Não é isso...
– Estou brincando com você. – disse ela, divertida, tomando outro gole de suco dele – O que vai fazer depois?
– Tenho reunião.
– Não. Digo, depois da reunião, quando Liam sair com Luna.
Ele pensou um pouco. Não tinha ideia, talvez fosse dormir, estava acabado e não tinha mais idade para badalar e entrar em brigas sem se sentir um zumbi no outro dia.
– Acho que nada.
– Você podia me levar ao Cristo. – pediu ela totalmente sem graça – Algumas pessoas me falaram que lá é o lugar mais lindo do mundo.
Ele sorriu.
Era mesmo um tapado. Liam Payne não estava mais no seu caminho. Pelo menos por algumas horas. E ela tinha pensado em tudo. Bem, tudo não, mas tinha pensando em passar um momento com ele. E ele sendo o acéfalo que era, sequer tinha cogitado a ideia.
Só seriam os dois.
Claro que tinha o resto dos engenheiros da empresa hospedados lá, mas a única pessoa de suma importância para ele, era ela.
E parecia que para ela era a mesma coisa.
Ele lembrava da festa de formatura de Luna. Ela havia dito em alto e bom som que Candy Silverstone nutria sentimentos verdadeiros por ele. Mas era tão diferente o saber do sentir.
– Claro se você não tiver outros planos. – emendou ela, já cabisbaixa pela demora dele.
– Eu estava pensando na verdade em jantarmos em um lugar diferente e amanhã depois da reunião, podíamos ir visitar o pão de açúcar.
Ela abriu um sorriso imenso e seus olhos brilharam mais que diamante.
Malik se sentiu diferente. Como se aquele sorriso tivesse cortado o último fio que sustentava sua força de manter distância dela.
Ele estava ferrado.
Ela inclinou a cabeça, apoiando o cotovelo na mesa, o fitando com a língua entre os lábios.
Ah não.
Ele não estava ferrado.
Ele estava muito, mas muito ferrado.


Notas Finais


Espero de coração que tenham gostado. Eu disse que esse seria muito breve, porque eu tava morrendo de saudade do meu casal, ( que não é casal ) hahahahah
Logo tem att de Em Memória, pra quem acompanha.
É isso, comentem aqui em baixo o que acharam e bom final de semana a todos!

PS: Esse é o link pra quem quiser entrar no grupo da fanfic ( a gente fala de tudo lá e viramos bff's <3 )
https://chat.whatsapp.com/8ySUHnwszR3KcbFMJe9FX6


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