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História Desejo (Hiatus) - Surto Psicótico Part.1


Escrita por: KookJung

Notas do Autor


AHHHHHHHHHHHH!
Voltei mais rápido do que até mesmo eu imaginava... E venho com um capítulo fresquinho para vocês. Me perdoem por ele ser tão curtinho, já que sempre os caps são acima de 3 mil palavras, mas decide que dessa vez abriria uma exceção.
Primeira vez que posto capítulo durante a madrugada, mas é porque acabou não dando postar um pouco antes... Espero que isso não atrapalhe em nada T.T
Boa leitura <3

Capítulo 34 - Surto Psicótico Part.1


Fanfic / Fanfiction Desejo (Hiatus) - Surto Psicótico Part.1

POV NARRADOR

- Não deveria ter escolhido esse caminho, Hani. – Sorrir tampando a boca com a mão – Burra acha que pode me enganar. – Anda até a penteadeira para pegar uma escova para os seus cabelos – Acha que eu nasci ontem... – Começa da raiz, deslizando até as pontas – Aqueles outros panacas nem sabem onde estão se metendo. – Olha seu reflexo diante do espelho – Tenho uma surpresa para cada um de vocês. – O objeto em suas mãos se parte ao meio com a força empregada – Me aguardem.

 

- - - - - - - - - -

 

Segunda-Feira, 17h30min

Os pingos de chuva aos poucos cessavam.

Uma fraca neblina tomava conta das ruas da cidade.

O sol começa a se pôr.

Todo o conjunto formava uma bela vista para os amantes do clima.

O sinal vermelho para o trânsito e uma jovem coberta da cabeça aos pés atravessa a faixa de pedestres apressadamente.

Seus passos apressados a fizeram chegar rapidamente em seu último local de destino.

Durante todo o trajeto sentiu-se estranhamente observada.

- Por que demorou tanto? – Andrew exclama impaciente.

- Por que marcamos de nos encontrar aqui? – Raven espreme as mãos por conta do frio horripilante.

- Pensei que a Emma também viria. – Hani esconde as mãos dentro do casaco olhando atentamente ao redor do beco escuro e sujo em que se encontravam.

- Ela está em prisão domiciliar. – Andrew diz obvio – Enfim... Já estamos com a fita em mãos, você tem a gravação dela confessando todos os seus crimes, o que mais falta para entregá-la a policia? – Pergunta em busca de uma resposta plausível.

- Ela já sacou tudo! – Esperneia de forma desesperada – Eu tenho a quase certeza que sim.

- Não tem como ela ter percebido! – A cacheada cruza os braços, desacreditada – Fomos o mais discreto possível.

- Cadê o Luke? – Hani desvia de assunto.

- Está em casa, não quero envolvê-lo mais nisso. – Andrew suspira estressado.

- Eu também não quero mais me envolver nisso! – Lunna rende as mãos para cima começando uma lenta caminhada para a entrada do beco – Isso tudo é uma loucura. Eu só quero ir para casa e fingir que nunca estudei com essa psicopata... Que isso tudo agora é apenas um ensaio para uma peça escolar...

- Lunna...

- Me avisem quando essa cena se encerrar.

- Você fica! –Um click de arma deixa todos atentos.

Da pequena entrada do beco sem saída uma figura feminina surge com um andar vitorioso e um sorriso debochado em seu rosto.

Hani prende o ar frio em seu corpo

- Lauren...

 

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- Sim, mãe. Voltarei para casa amanhã. Prometo! – Luke diz pela décima vez a mulher do outro lado da linha – Sim! – Revira os olhos. Emma prende um riso para não atrapalhar a ligação – A Emma está bem, está aqui na minha frente. O Andrew saiu, daqui a pouco está de volta. Está tudo ok! – Depois de mais algumas curtas palavras, o moreno pode finalmente encerrar a ligação.

- Que mãe insistente!

- Nem me fala. – O pequeno joga-se do outro lado do sofá – Ela nunca me permitiu dormir fora de casa, imagina então na casa de namorado...

- Aposto que na infância ela já fugiu muito da casa dos pais para namorar em algum lugar escondido. – Emma diz crente de sua afirmação.

Luke rir movendo a cabeça para os lados – Segunda coisa que ela mais fez na adolescência.

Emma cerra os olhos.

- Ah é, e qual a primeira?

- Ehh... Ehh... – Coça a nuca sem jeito – Vamos trocar de assunto?

- Querem pipoca? – William estende uma tigela de vidro em direção aos dois que aceitam de bom grado – Então o que vamos assistir? – Senta-se ao lado de Emma pondo o seu braço por trás.

- Eu sinceramente estou sem animação para assistir qualquer coisa que seja. – A ruiva olha para o relógio pendurado a parede da sala – Estou preocupada.

- Também estou. – Luke respira desanimadamente.

- Eu sei o quanto vocês querem que isso acabe logo de uma vez, mas devemos levar em conta que os pais da Lauren possuem tanto influência politica como financeira. – William mostra ser racional – As chances de ela escapar das acusações são enormes. – Diz em forma de lamento.

- Se os pais soubessem das barbaridades que a filha já fez jamais a acobertariam. – Luke estava convicto de sua fala – Se são pessoas públicas, poderíamos expor tudo isso a público.

- Não é tão fácil quanto parece, Luke. – William descartar a possibilidade.

A conversa cessa e o silêncio volta a reinar no ambiente.

Luke tentava prestar atenção em um programa exibido na TV, mas sua mente trabalhava constantemente a cada segunda.

Querendo dar privacidade ao casal ao seu lado, o garoto decide por fim descansar um pouco o seu corpo.

Sobe as escadas, bocejando pelo sono e cansaço.

Estava com medo do que pudesse acontecer futuramente, queria ter coragem o bastante para encarar essa situação de um modo diferente, mas se achava incapaz demais para isso.

- Definitivamente preciso de um bom sono. – Por conta do escuro do quarto, suas mãos começam a tatear em busca da cama. Ao senti-la joga-se sem cerimonia alguma em cima da mesma, se embolando entre o colchão e o edredom.

Seu sono vem em poucos segundos, e com um semblante preocupado estampado em sua face, Luke adormece.

 

- - - - - - - - - -

 

- Se juntem! Se juntem! – Repete ao apontar a arma para Lunna – Rápido caralho!

- Lauren, não precisa disso... Abaixa essa arma, não precis...

- Cala a boca sua desgraçada! – Lauren se põe a andar lentamente – Você é muito tola mesmo Hani, acha que eu não monitoro todos os seus passos? – Cerca-os por completo – Responde sua idiota! – Ameaça a atirar.

- Você é completamente louca, garota. – Andrew afasta Lunna e Hani da mira da arma – Está muito enganada se acha que vai escapar dessa.

- Haha! – Um riso divertido escapa por entre os seus lábios – Uma pena o Luke não estar aqui, eu adoraria enfiar uma balinha naquela cara tosca dele! – Provoca-o com eficácia – E Emma? Eu amaria vê-la pegar fogo na minha frente... Uma pena essa vagabunda ter escapado daquele incêndio.

O ruivo fecha os punhos diminuindo a distância a cada passo que os seus pés davam.

- Eu tenho quatro balas aqui. – Sua mão acaricia o cano da arma – Uma para você. – Aponta para Lunna. A mesma recua um passo – Outra para você. – Sorrir divertidamente para Raven – E duas para você, meu amado Andrew! – Seus olhos transbordavam o mais completo delírio – Isso está tão divertido! – Balança a cabeça de um lado para o outro como se estivesse ouvindo uma canção.

- Você não precisa fazer isso... – Com os olhos trêmulos de medo, Hani se aproxima de forma temerosa – Lauren, você não está bem... Abaixa essa arma.

- Eu estou bem! – Um largo sorriso se forma em seu rosto – Estou ótima, na mais completa lucidez. – Seu olhar brilhava de forma insana. As íris faiscantes são tomadas por um brilho macabro e impactante – Não vê?

A pressão sobre a arma aumenta de forma significativa.

Os músculos de Hani travam em seu lugar.

- Quem será o primeiro? – Sorrir travada – Façam uma votação! – Bate palmas animadamente.

Raven recua alguns passos.  Seu pé esquerdo de repente encosta-se a uma pedra do chão.

Solta o ar pela boca antes de agachar-se lentamente e pegar a pedra fria do chão.

- Eu não tenho todo o tempo do mundo! – Grita impaciente, arremessando sua bolsa contra a parede.

Sons de sirenes policiais preenchem todo o ambiente.

Lauren gira de um lado para o outro, perdida em seu delírio e sem noção alguma do tempo e espaço.

- Se entregue de uma vez que será melhor para você, Lauren. – Em sua distração, o ruivo se aproxima puxando a arma de si.

Falha por um segundo perdido.

Lauren chuta-o na canela apertando o gatilho da arma.

Andrew vê por um milésimo de segundo a bala passa de raspão por seu rosto, atingindo certeiramente o ombro de Hani.

Um doloroso grito escapa de suas cordas vocais.

- Seus malditos! – Caça a sua bolsa do chão direcionando um olhar repleto de ódio para o grupo.

- Vadia! Vai pagar caro por isso! – Raven a assiste correr, sumindo por entre os carros em movimento.

- Ahh... Dói muito. – Hani perdia sangue em quantidades absurdas.

- Chamarei a ambulância, enquanto isso pressione um pano contra a abertura. – Lunna ordena, sendo prontamente atendida.

- O que foi isso? – Raven pergunta em choque.

- Eu não sei. – Andrew retira o seu casaco e pede para Hani apoiar a cabeça em seu colo – Mas isso vai ter um fim... E será hoje mesmo...

 

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- Caralho... Caralho... – Com as mãos a tremer constantemente, Lauren retira do seu bolso a chave de casa. Abrindo e fechando-a em um baque.

- Filha, está tudo bem? – A senhora de idade corre ao seu encontro olhando-a de cima para baixo – Me diga!

- Sai daqui mãe! – Grita histérica assustando a mais velha – Eu preciso ir embora... Isso...

- Filha...

- Eu vou embora, mãe. – Começa uma corrida até o seu quarto, onde puxa uma cadeira, subindo e tirando uma mala vazia de cima do guarda-roupa.

- Lauren! Pare agora mesmo! – A mulher tenta contê-la tendo em resposta um forte empurrão em si – Eu sou sua mãe, como pode fazer isso?

- Cala a boca! Cala a merda dessa boca... – Sussurra assustadoramente empregando força em seu maxilar – Você não vai me impedir... Está me ouvindo?

- Lauren, você está me assustando, para onde vai? – Pasma, assiste a filha esvaziar todo o guarda-roupa jogando tudo na mala.

Os cabides vão ao chão.

- Eu vou sair mãezinha. Só isso... – Rir mostrando os dentes – Irei espairecer a mente... Eu preciso... – Anda para a escrivaninha jogando tudo que havia nela em uma sacola.

- Meu deus... – Seus olhos se encham de lágrimas.

Surto.

Sua filha estava tendo mais um surto.

Conhecia os sinais.

Depois de tantos anos dando a sua vida para ver o melhor de sua cria, a mesma voltara a regredir.

- Lauren, vamos conversar... – Tenta aproximar-se novamente.

- Sai daqui sua velha imunda. – Ameaça atirar um vidro de perfume – Você não vai me prender de novo... Não vai... – Balança descontroladamente a cabeça – Não vou voltar para a camisa de forçar... Não vou voltar para aquele lugar.

- Lauren...

- Vocês não podem me prender. – Joga mais um punhado de panos dentro da mala, a fechando desajeitadamente – Eu agora sou dona de mim mesma. – Bate contra o seu peito.

- Filha, eu só quero o seu bem. Ouça-me... Por favor. – Salta assustada para trás quando um retrato de vidro vai de encontro à parede.

- Ahh! – Grita descontrolada – Sua voz me irrita! Sai daqui!

- Eu irei ligar para o seu pai. – A passos apressados deixa o quarto na esperança de ter ajuda para conter a sua filha.

- isso vai... Liga pra ele... – Ao se encontrar sozinha, Lauren destampa o fundo falso de seu guarda-roupa e visualiza algumas poucas caixas cheias de bichos peçonhentos – Meus filhos... – Alisa com uma medonha admiração uma das caixas – Mamãe vai voltar para buscar vocês, ok? Eu não irei abandona-los, assim como vocês nunca me abandonaram. Irei levar todos comigo. – Sorri contente ao ver seus escorpiões se agitarem dentro do pequeno cubículo – Irei voltar, é uma promessa. – Tampa as caixas, voltando à atenção a sua mala.

Ouve uma voz vinda do andar de cima.

Sabia que era sua mãe falando ao telefone, e antes que a mesma desses as caras, Lauren arrasta a pesada mala consigo e ao sair do seu quarto, tranca a porta.

Ha passos cuidadosos, a mesma sobe os degraus do porão, chegando ao andar de cima.

Caminha rapidamente até a garagem de sua casa, destrancando a porta do conversível branco e adentrando no mesmo.

A porta da garagem abre-se e Lauren liga o moto do carro com a chave.

- Ninguém vai me prender novamente. Ninguém! – Rir triunfante dirigindo pelas ruas vazias do bairro – Eu sou livre! –Grita batendo suas mãos contra o volante.

O semáforo fecha e Lauren avista de perto um rosto a tanto conhecido por si.

- Que bela surpresa...

 

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- Ok. – A ruiva concorda novamente – Entendi muito obrigada. – Encerra a ligação com os dedos trêmulos e a respiração descompassada.

- O que foi mãe? – Emma segura suas duas mãos preocupada pelo estado da mais velha.

- O Andrew está no hospital!

- O que houve?

- É isso o que precisamos saber!

 

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Notas Finais


Até a próxima, prometo não demorar, beijos <3


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