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História Desejo mais infernal - Onde está Grace?


Escrita por: Sophielouou

Notas do Autor


Hello Hello
Como vocês estão?
Eu estou bem e trouxe um novo capítulo para vocês
espero que gostem
Me digam o que acharam

Capítulo 16 - Onde está Grace?


Fanfic / Fanfiction Desejo mais infernal - Onde está Grace?

                 Sebastian

           Não consegui dormir porque Grace não estava comigo e porque eu não parava de pensar no que ela tinha me dito antes de sair daqui. Ela ficou muito magoada. Eu passei dos limites.

         É claro que eu queria ter um bebê com ela e que isso seria motivo suficiente para eu querer viver. Grace era motivo suficiente para eu quer viver. Estava tão arrependido por ter feito uma tentativa de suicídio. Eu coloquei ideias absurdas na cabeça de Grace. Tinha medo que ela não quisesse me ver novamente.

           Garrett entrou no quarto do hospital com comida. Eu não tinha fome. Só queria Grace. Ela falou sobre gravidez no dia anterior, por isso talvez ela estivesse esperando um filho meu.

           — Bom dia, meu grande amigo! Eu trouxe croissants para você. — Garrett falou e se aproximou.

           — Garrett, onde está Grace? Eu preciso vê-la.

           — Não sei onde ela está. Apenas seu sogro está aqui.

           — Como assim Grace não está aqui? Ela não está no hospital?

           — Exatamente.

           — Liga para ela, por favor! Eu preciso saber se ela está bem. Eu fui um idiota com ela ontem. — Eu estava desesperado. Se ela tivesse saído do hospital na hora em que discutimos, talvez tivesse acontecido alguma coisa. Ela não podia sair sozinha aquela hora. Principalmente se estivesse grávida.

            — Calma, Sebastian, eu ligo. — Garrett falou e começou a ligar para Grace. Ele colocou o celular na orelha e esperou. Ele olhou para mim. — Desligado.

           — Não! Por favor, vai procurá-la. Procure no meu apartamento e no dela.

           A porta abriu e Ray entrou por ela. Ele era a última pessoa que eu esperava ver nesse hospital. Ele não presta. O que estava fazendo?

           — Que bom que acordou, Sebastian. Eu pensei que Grace estava com você. — Ele olhou para mim.

           — Não. Ela não está. Onde ela foi ontem?

          Ele se aproximou. — Ela me viu conversando com Hugh e depois saiu do hospital. Não consegui alcançá-la.

            — Ela estava triste? — Perguntei.

            — Quando saiu daqui, estava muito triste, mas ficou mais ainda por minha causa.

            Cerro os meus punhos. — O que você fez com a minha Grace? Você a machucou? Porquê não se afasta dela? Você só a faz sofrer!

           — Eu não fiz nada. Ela apenas me viu com Hugh. Você a deixou triste!

          — Cala a boca!

          — Você fez a minha filha sofrer durante muito tempo.

          — Você fez ela sofrer por toda a vida dela. Você ganhou! — Falei.

           Ele desviou o olhar. — Eu vou procurar Grace. — Ele falou e saiu.

          — Ele não é meu sogro. — Falei para Garrett.

          — Porque é apenas seis anos mais velho que você?

            — Porque Grace não o considera como pai.

            — Coma alguma coisa. — Ele disse.

            — Tudo bem. Me dê meu celular. Quero falar com Grace primeiro.

            Ele me entregou. — Qualquer coisa, estou lá fora.

            — Não! Procure ela, por favor! — Implorei.

            — Se você insiste tanto! — Ele saiu e fechou a porta.

            Liguei para a Grace. Caixa postal. Suspirei e deixei a minha mensagem.

            — Pequena, por favor, atenda! Eu estou muito arrependido. Vamos conversar. Quero você do meu lado, quero ver você e falar com você. Eu errei. Quando você ouvir isso, me liga. Estou preocupado com você. Te amo.

      [...]

         Passaram duas horas e ainda não tive nenhum sinal de Grace. Será que ela não queria mais me ver? Queria terminar comigo? Eu estraguei tudo!

         Tentei ligar para ela mais de vinte vezes, mas estava desligado. Eu não podia sair e procurar ela. Eu não sabia o que fazer. Se tinha acontecido alguma coisa com ela eu não ia me perdoar.

          Michelle entrou no quarto com o rosto preocupado. Eu fiquei com medo. Podia ser alguma notícia de Grace. Ela se aproximou de mim e sentou na cama.

            — Garrett pediu que eu viesse buscar você. Ele disse que você vai ter alta.

            — Onde está Grace?

            — Ele foi procurar ela. 

         — Descobriu alguma coisa? Eu preciso saber! Ela é minha namorada.

          — Ele vai nos encontrar no seu apartamento. Vamos. Lá ele vai nos contar tudo.

           Eu assenti. — Tudo bem. Vamos.

        [...]

             Michelle fechou a porta do meu apartamento e eu levei a cadeira de rodas até o meu quarto. Eu precisava ficar calmo, mas não estava conseguindo. Grace não dava nenhum sinal. Eu não podia fazer nada porque estava naquela maldita cadeira de rodas.

           — Sebastian, você quer comer alguma coisa? — Michelle perguntou.

             — Não. Eu só quero Grace. Liga para Garrett, por favor! Não aguento mais ficar no escuro.

               — Eu ligo. — Ela pegou o celular, mas a campainha tocou. — Deve ser ele. — Michelle foi correndo com seus saltos muito altos e eu também me dirigi para a sala.

               Garrett entrou e Michelle fechou a porta. Garrett olhou para mim com tristeza e com preocupação. Ele parecia cansado, parecia ter percorrido a cidade inteira por busca de informações. Eu fiquei ainda mais assustado.

            — Onde está Grace?

            Ele sentou no sofá e Michelle fez o mesmo. — Sebastian... eu fui ao apartamento dela como você pediu. — Ele parou para respirar. — Ela esteve lá. Houve testemunhas. Eles viram ela às uma entrando no apartamento, mas às três ela saiu. Alguém levou ela à força. Mas ninguém viu o rosto dessa pessoa. Apenas afirmam que foi um homem.

           Meu coração se despedaçou. Eu fechei os olhos com dor e senti uma raiva absurda por mim mesmo. A culpa era minha. Se eu não tivesse sido tão idiota e frio, ela estaria segura. E não sabia se ela estava grávida. O que eu ia fazer?

            — Por favor, não fala isso, Garrett! Diz que é mentira e que Grace está vindo para cá. Por favor! — Não conseguia esconder minhas lágrimas.

            — Eu lamento muito. — Ele disse.

            — Ela está grávida! Eu preciso encontrar ela.

            — Eu já falei com a polícia, Sebastian. Eles vão resolver o assunto. Eles vão achar Grace!

            — Eu preciso fazer alguma coisa. Não posso ficar aqui sem fazer nada. Grace precisa de mim!

           — Você não pode, Sebastian. Eu lamento.

          Cobri o meu rosto com as mãos. — Vai procurar Grace! Eu imploro, Garrett! Por favor, faça isso por mim. Procure ela por todos os cantos. Encontre a minha Grace! — Eu estava completamente desesperado. Estava sentindo um vazio no peito e medo. Muito medo.

             Quem quer que tenha levado Grace podia ser um assassino, um psicopata ou um violador. Ele podia machucar Grace. Ela deve estar muito assustada.

             — Ela deve estar com muito medo. — Falei. — Ela não vai saber se defender. Minha pequena não vai saber se defender.

             — Você precisa se acalmar, Sebastian. — Michelle falou.

            Olhei para ela. — Calma? Você está me pedindo para ter calma? A mulher que eu amo está desaparecida, nas mãos de um possível assassino em série, assustada e sofrendo, e você quer QUE EU TENHA CALMA? ESSE MERDA PODE FERIR IMPIEDOSAMENTE A MINHA GRACE! ELA PODE FICAR GRAVEMENTE FERIDA OU PIOR! — Eu fechei os olhos. — NÃO PEÇA PARA ME ACALMAR! — Gritei.

               — Não grita com ela, Sebastian! — Garrett me repreendeu.

            — Garrett, encontra Grace! Por favor!

            — Eu vou tentar, Sebastian. — Ele beijou Michelle. — Eu já volto, amor.

           — Tenha cuidado. — Ela abraçou ele.

           Garrett levantou e saiu. Olhei para Michelle e ela estava chorando. Eu estava sendo cruel com as pessoas que estavam me ajudando.

            Suspirei. — Desculpa ter gritado com você. Eu... você sabe como Grace é importante para mim. Eu amo muito aquela mulher. Eu não sei o que fazer sem ela.

            — A culpa não é sua. Tenho a certeza que ela vai aparecer. Tenha fé!

           — Vou tentar.

          [...]

          Passaram seis horas e nada de Grace. Garrett ligava sempre dizendo que a polícia não tinha encontrado nada e Ray apareceu dizendo que ia procurar ela.

           Como não podia fazer o mesmo, fiquei no meu quarto chorando e lembrando dela enquanto Michelle estava dormindo no outro quarto.

          Lembrei do dia em que conheci Grace. Ela tinha acabado de chegar de Madrid e era tão diferente! Ela tinha medo de mim, mas quando apertou a minha mão, não aparentava estar assustada embora no fundo eu tivesse percebido.

        No dia anterior, ela pensava que eu não a amava o suficiente para viver por ela. Eu estava muito mal com a minha situação, que não estava mais pensando. Eu não podia ter feito aquilo nem ter dito que não faria qualquer coisa pelo nosso bebê. Se tivesse feito tudo certo, ela estaria aqui no meu lado.

         Eu queria ficar com ela não importava o que estava acontecendo comigo. Eu queria fazê-la feliz de qualquer jeito. Ela não quis se afastar de mim porque me amava e não dava demasiada importância à minha situação física. Ela era tudo o que eu sempre quis.

        Michelle bateu a porta e entrou com um copo de água e me entregou. Eu só queria saber se Garrett tinha noticias.

          — Ainda não há pistas? — Perguntei.

          — Não. Garrett disse que ainda não encontraram nada.

          — Eu quero que ela volte para casa sã e salva. Se eles querem que pague o resgate, eu posso tentar. Só quero ela de volta.

           — Você não tem ideia de quem poderia ter levado ela? Alguém que não gostasse dela ou que fosse doentiamente obcecado por ela?

          Eu não sabia, mas achava que Grace não tinha inimigos nenhuns e possivelmente, Peter e Connor fossem obcecados por ela, mas Peter não a teria demitido se fosse. Então, eu podia dizer que Connor era louco por ela. Ele sim, era obcecado.

            — Talvez Connor Travor. Ele não consegue deixar Grace em paz. Uma vez, ele quis fazê-la mal. Felizmente não conseguiu.

             — Você acha que pode ter sido ele de novo?

            — Acho que sim. Sei que ainda "ama" Grace. Mas pode ter sido outra pessoa. Eu não sei. — Bebi a água. — Quero ir à delegacia. Preciso de mais informações.

             — Você precisa ficar aqui. Vamos esperar.

          — Tudo bem.

          — Quer comer alguma coisa?

         — Não me fale em comida.

         — Mas você precisa comer. Eu posso fazer alguma coisa. Qualquer coisa.

           — Eu vou descansar.

           — Tudo bem.

           Ela saiu do quarto e me deixou sozinho. Eu fechei os olhos para tentar dormir, mas a campainha tocou. Pensando que era Grace, abri os olhos e tentei me levantar.

            Sarah vinha em passos rápidos no meu quarto e sentou na minha cama me abraçando. Michelle ficou na porta.

            — Ela entrou sem a minha permissão, Sebastian. — Falou Michelle.

            — Não faz mal.

            — Estou na sala se precisar de alguma coisa. — Ela falou e saiu.

             Olhei para Sarah e seus olhos estavam vermelhos. Ela acariciou o meu rosto e beijou a minha testa. Eu tentei afastá-la.

             — Sarah, não faça isso!

             — Eu soube apenas agora o que aconteceu com você, Sebastian. Me parte o coração saber que você está desse jeito.

            — Eu também não estou bem com isso, mas só tenho que aceitar.

             Eu só queria continuar com Grace. Ela me queria de qualquer jeito, tentou fazer tudo dar certo e eu estava ocupado fazendo ela se arrepender e fazendo coisas idiotas e egoístas.

           — Fica comigo, Sebastian. Prometo que vou cuidar de você. Não me importo com a sua condição.

            — Eu amo Grace, Sarah. Amo muito. Eu não posso ficar com você por isso. Sinto muito.

           — Mas um dia ela vai querer outro homem. Eu não. Mesmo que você não possa andar...

            — Sarah, chega! Não fala mal da minha namorada.

           Ela se afastou, mas continuou sentada na cama olhando para mim. Estava chorando e tinha a certeza que não era por Grace.

           — Desculpa. Você sabe que eu tenho saudades de você.

          — Sarah...

          — Eu sei, eu sei. Grace é quem você ama. E você é quem eu amo.

          — Somos apenas amigos. Entenda isso.

          Ela me abraçou apertado. — Espero que você consiga superar isso. Eu quero te ajudar a superar isso. — Ela falou.

         — Com Grace, vou superar tudo.

         Ela sentou no meu colo e me abraçou carinhosamente. Eu não a afastei apesar de me sentir mal com aquilo.

          Sarah se moveu e o botão da sua calça estava machucando a minha perna. Era uma dor mínima, mas insuportável. Eu a tirei do meu colo.

           — Desculpa. — Falei. — O botão da sua calça estava me ferindo.

            Ela arregalou os olhos e riu. — Isso é... muito bom! Isso é bom, Sebastian!

            — Como assim?

            — Você sentiu a dor. Significa que você pode voltar a andar.

            As palavras me atingiram de um jeito positivo. Eu estava sentindo. Eu ia voltar a minha antiga vida. Ia andar novamente. Quase chorei de alegria, mas comecei a chorar de tristeza porque lembrei de Grace. Onde será que ela estava? 



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