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História Desejos do Passado -Jeon Jungkook - Atacado!


Escrita por: Admminpuk

Notas do Autor


Boa noite amores

Capítulo 19 - Atacado!


Fanfic / Fanfiction Desejos do Passado -Jeon Jungkook - Atacado!

Quando cheguei ao hospital, já eram quase nove horas da noite. Tentei parar o carro perto da porta, para não ter de andar muito e não congelar, mas a sorte não estava a meu favor. Precisei andar cinco minutos da lateral do complexo até a entrada principal depois de, finalmente, encontrar um lugar para estacionar. Fiquei resmugando que precisava de um cigarro e esfregando as mãos uma na outra para esquentá-las quando parei de repente, depois de chegar ao prédio principal.

A Sakura estava na calçada, andando pra lá e pra cá. As luzes do prédio a iluminavam de um jeito etéreo e cintilante. Parecia que seu brilho vinha do céu, e cada floco de neve preso em seu cabelo reluzia. Sempre achei que seu nome deveria ser “santa”... Parecia que uma força superior estava tentando me fazer vê-la de um outro jeito. Seu cabelo, que normalmente está preso, estava todo solto e espalhado, emoldurando seu rosto de pele branquinha com tons de cobre e de fogo. Os flocos de neve estavam se acumulando nos fios soltos mas, pelo jeito, ela não estava percebendo. Estava usando o jaleco, sem casaco nem luvas. E parecia que o frio não tinha nenhum efeito sobre ela, que não parava de ir e vir. A Sakura estava se mexendo freneticamente, com os braços cruzados com tanta força que parecia que queria se dar um abraço de urso.

Sabia que não queria nada comigo, que preferia fingir que não existo, mas não podia passar reto por ela sem perguntar o que estava acontecendo, sem ver se estava bem. Não sou esse tipo de pessoa e, mais do que isso, fiquei preocupado de verdade, queria saber por que ela estava lá fora, obviamente chateada, e por que não estava usando casaco já que estava tão frio. 

– Sakura?

Chamei seu nome baixinho e cheguei mais perto. Quando se virou para mim, vi os rastros congelados de lágrimas no seu rosto e dava quase para sentir a tensão acumulada no seu corpo. Fiquei surpreso de ver que, por causa de todo aquele calor e energia que ela emanava, a neve que caía no seu rosto e ficava parada nos seus cílios não derretia logo.

– Você está bem?

A Sakura piscou os olhos como se não me reconhecesse, e achei que tinha sido por causa da touca, que cobria meu rosto. Abriu a boca e, em seguida, fechou de novo, como se as palavras não quisessem sair. Aí soltou os braços ao longo do corpo e ficou me encarando, sem falar nada nem se mexer por um tempão. Bem na hora que eu ia pedir desculpas por incomodá-la, mais uma vez, ela veio na minha direção... e me atacou de um jeito, como se o mundo fosse acabar. Não fazia ideia do que ela estava fazendo, mas sua expressão era inabalável e penetrante. Me preparei para levar um tapa no rosto ou um chute no saco. Com essa garota, a gente nunca sabe o que pode acontecer. Só não estava preparado para ela se jogar contra o meu peito. Fiquei tão abismado que tive que dar um passo pra trás e a abracei na altura da cintura.

A Sakura pôs as mãos em volta dos meus ombros, pôs os dedos gelados embaixo da gola do meu moletom, encostando-os na minha nuca. Amassou seus peitos contra o meu, e seu cabelo comprido se enrolou nos meus dedos, que estavam no final das suas costas. Os fios eram sedosos e gelados, parecia que eu estava tocando na geada acumulada em um para-brisa. Fiquei chocado, tentando entender o que essa mulher estava fazendo. Foi aí que ela tascou um beijo em mim. Ainda bem que a Sakura é alta e não precisou levantar muito porque, se eu tivesse que segurá-la, a chance de eu derrubá-la no chão, de tanta surpresa, era grande.

Sua boca estava quente, frenética, selvagem e desesperada. Tinha gosto de inverno e de algo bem cítrico. Sei disso porque ela não hesitou em rolar a língua dentro da minha boca perplexa. Já fui beijado por um monte de garotas, provavelmente garotas demais, esses anos todos. Mas nenhuma me fez passar de “à vontade” para “estou usando uma cueca dez tamanhos a menos” em uma fração de segundo, como a Sakura. Nem foi um beijo incrível.

É que tinha algo a mais, algo diferente, mais significativo do que qualquer beijo que eu conseguia lembrar. O jeito que seus lábios macios apertavam os meus com força, o jeito que ela me mordia na medida certa, o jeito que enfiou as unhas nos dois lados do meu pescoço me virou do avesso.

Se eu não estivesse parado no frio, no meio da rua, com neve caindo em cima de mim, teria grudado a menina na parede... Sério, teria encontrado um lugarzinho no chão e deixado a Sakura processar o que a estava incomodando do jeito mais sensual e sacana possível. Se aquela mulher estava precisando liberar as emoções de um jeito físico, ofereço meu tempo e meu corpo com o maior prazer. Tenho fortes suspeitas de que, se eu tiver a sorte de tirar roupa dela um dia, nunca mais vou deixá-la se vestir de novo.

Aí ela escorregou as mãos para o meu rosto e segurou minhas bochechas. Começou a tremer e, quando se afastou, fiquei preso na tempestade do seu olhar. Levei uma das mãos ao seu rosto e enxuguei uma única lágrima cristalina que estava presa nos seus cílios. Ela soltou um suspiro, trêmula, fechou os olhos e disse:

 – Desculpa. Não queria te atacar com a boca.

Sua voz tinha um tom de vergonha e de tristeza. Caí na risada e dei um passo pra trás. Ela soltou as mãos de mim. Deve ter recuperado um pouco da consciência, porque começou a tremer muito. Soltei um suspiro, abri o zíper do meu moletom e lhe entreguei o casaco. A Sakura ficou me olhando em silêncio por um instante, depois aceitou.

– Sakura, você pode me atacar com qualquer parte do seu corpo, a qualquer hora do dia. Não vou reclamar. Jamais.

Ela deu uma risadinha sem graça e respondeu:

– Valeu.



Notas Finais


Até amanhã 😜
Play list: kiss me - Ed Sheeran


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