História Desejos Vorazes - O bosque sagrado (Arya Stark x Meera Reed)

Sentia-se feliz por ter se reencontrado com o seu irmão Bran, por mais estranho que estivesse com toda aquela conversa do corvo de três olhos. Ele havia regressado para Winterfell, mas não sozinho, Meera Reed estava com ele.

A garota parecia prestes a partir, e dessa vez para nunca mais voltar quando Arya a encontrou perto do bosque sagrado portando uma lança e uma rede. Essas duas coisas eram tudo o que tinha.

— Então é isso? — Perguntou se aproximando silenciosamente como uma sombra. — Vai partir?

Meera pareceu se assustar julgando pela forma como ela se virou ao ouvir sua voz, mas logo ao descobrir que era Arya sua expressão ficou mais amigável.

— Acho que sim. — Ele afirmou com a cabeça. — Cumpri com o meu dever. — Voltou o olhar para a árvore-coração. — Estava apenas me despedindo dos deuses antigos.

Arya mordeu o lábio.

— Uma última luta. — Sugeriu. — Sei que você é boa com isso. — Falou apontando para a lança de Meera.

Nesse momento um vento frio bateu forte jogando os cabelos cacheados de Meera no rosto. Ela sorriu e os prendeu atrás da orelha.

— Tem certeza? Então vamos lá.

Ela pousou a rede no chão e segurou a lança com as duas mãos. Arya se pôs em posição de combate desembainhando a Agulha. As duas andaram em círculo, uma sem tirar os olhos da outra, até que a garota da lança deu a primeira estocada e Arya a tirou a com a espada.

— Nada mal. — Falou.

Meera deu um convencido sorriso. Arya investiu de volta atacando de cima para baixo. Meera bloqueou o golpe erguendo a lança acima da cabeça e as duas ficaram se encarando a centímetros de distância. Dava para sentir a respiração gélida e irregular em seu rosto.

— Nada mal também. — Meera disse se afastando dela.

Deu um passo para trás, mas Meera foi rápida em bater com lança de lado do seu tornozelo fazendo Arya tirar um pé do chão caindo em desequilíbrio no meio daquelas folhas vermelhas que forravam o chão do bosque. Meera caiu logo por cima, com as pernas abertas sobra a cintura de Arya e apontando a ponta da lança para o seu pescoço. Mais uma vez seus rostos estavam muito próximos.

— Você realmente é muito boa.  — Arya disse revelando uma adaga próxima ao abdômen de Meera. — Mas não o suficiente.  

A garota jogou a lança de lado como se houvesse perdido todo o interesse no combate. Não ligava nem mesmo para a adaga apontada para si. Os olhos dela permaneceram imóveis fitando os de Arya.

Ficou séria ao sentir a boca de Meera aproximando-se da sua. Saberia reagir a qualquer golpe, mas aquilo era diferente. Então fechou os olhos e baixou a guarda. Seus lábios se encontraram. O beijo veio com uma mordida carinhosa, a língua dela passeando por sua boca revelando desejos que não sabia que existiam dentro de si, mas então Meera afastou o rosto do dela retomando o fôlego ao mesmo tempo que envergonhada.

— Eu... nã-nã-o devia... — Gaguejou desconsertada.

— Porque não? — Arya perguntou tentando beijá-la novamente, tomada por impulsos.

— Você é minha princesa. — Meera respondeu se mostrando relutante.

— Então como sua princesa eu peço que continue. — Sussurrou olhando para os seus lábios.

A garota abriu um sorriso. Ainda por cima numa posição dominante beijou seu pescoço e mordeu sua orelha. Arya a pegou pela nuca, agarrando os seus cabelos com força, ofegando. Logo percebeu Meera se movimentando de uma maneira diferente sobre ela. Os quadris indo para a frente para trás num ritmo pesado e lento. A perna dela se encaixou entre as suas e sentiu um calor lá embaixo.

— Me beija. — Arya pediu. Meera o fez sem parar de roçar a virilha na dela. Queria se livrar das roupas, mas sabia que aquilo era loucura, ainda mais do que já estavam fazendo. A vontade ir além a fez colocar a mão por trás de seus quadris e descer por dentro de seu longo calção de pele de urso. O dedo médio deslizou entre as nádegas de Meera e se enterrou ali mesmo, encontrando uma brecha difícil de ser aberta.

— Ah, merda, isso é bom... — As palavras da garota saíram abafadas, pois não paravam de se beijar por um segundo.

— Já fez isso com alguma vez?

— Não. — Segurou Arya pelo o queixo lhe dando um beijo molhado e selvagem. — E você?

— Também não. — Brincou com o dedo massageando a sua cavidade. — Mas quero que seja a minha primeira.

Por um momento Arya lembrou que estavam no bosque sagrado. Aquilo parecia errado, tanto o fato de fazerem aquilo, quanto de ser naquele lugar. Mas era bom, e queria que aquele momento nunca mais terminasse.