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História Deserve you - Puppies


Escrita por: taewonhi

Notas do Autor


Annyeong!!

Desculpem a demora!!! Muito obrigado pelos comentários e favoritos!!!

Adivinhem o casal?? Espero que gostem!!

Capítulo 54 - Puppies


Eu saí as pressas de casa. Simplesmente coloquei uma camisa limpa e penteei meus cabelos antes de correr escada abaixo, com a carteira e celular no bolso da calça. Na entrada, calcei meus sapatos de qualquer forma e saí correndo.

Depois de duas semanas, finalmente Changkyun havia aceitado conversar comigo. Eu estava mais eufórico do que imaginava que pudesse ficar. E estava sorrindo. Sorrindo tanto que meus lábios estavam encurvados enquanto eu corria pelas ruas. Nós não morávamos muito longe, cerca de 20 minutos a pé. O ônibus provavelmente levaria 10 minutos para passar, então correr debaixo daquele sol quente era minha única opção.

Depois de alguns minutos correndo, parei para puxar o ar fundo. Estava quase desmaiando. As pessoas na rua me olhavam como se eu fosse maluco, ou como se eu estivesse correndo por minha vida. Olhei para a vitrine do meu lado, e meu olhar foi atraído para algo além dela, nos ganchos presos na parede. Entrei lá dentro, mesmo bufando como um animal. E toquei o pequeno pelúcia de chaveiro, de um cachorrinho.

Changkyun. Acho que ele iria gostar. Pedi para que a moça embrulhasse e a peguei, antes de colocar o pacote em meu bolso e voltar a correr pelas ruas.

Não sei quantos minutos levei para virar na esquina de sua casa, quase caindo sobre minhas pernas, sem ar. O suor escorria por todo meu rosto. Eu estava morto de cansaço, mas poderia correr mais vinte minutos caso fosse necessário. A vontade de vê-lo me dava forças. Toquei o bolso, verificando se o embrulho estava ali.

Parei no portão de sua casa e me encurvei, respirando fundo e tentando me recompor antes de apertar a campainha e me apoiar na parede, enquanto meus pumões imploravam por mais ar do que eu conseguia enchê-los, e eu apenas estava a espera de que aquela porta abrisse.

Escutei um baque surdo, e poucos segundos depois a porta foi aberta. Minha visão foi tomada por um Changkyun vestido com uma bermuda e camisa azul super grande em seu corpo. Seus lábios estavam tomados por um pirulito e sua expressão, em uma careta. Eu logo entendi porquê: ele havia caído de bunda no chão. Eu ri e olhei para seus pés, apenas para verificar se as meias de bichinhos estavam ali. E sim, estavam. Talvez houvesse sido este o motivo dele ter caído.

Ele tirou o pirulito da boca.

"Por que você está todo suado, Jooheon?"

"Eu..." Respirei fundo. "Vim... Correndo."

"Por quê?" Ele olhou para a esquina de sua rua, no mesmo momento em que o ônibus passava bem a poucos metros de nós. 

"Estava apressado... E você... Parece que tam...bém, não é?"

Ele desviou o olhar e abriu mais a porta.

"Entra, Jooheon. Você está quase morrendo. Quer água?"

"Quero" Falei, com uma das mãos apoiadas na cintura. Não era fã de exercícios, então a corrida realmente havia acabado comigo. "Eu vou subir para lavar o rosto e... Você sobe para conversarmos... tudo bem?" Encarei seus olhos e ele afirmou com a cabeça. Ele não conseguiu manter seu olhar apenas no meu, passando-o por todo meu rosto.

"E-eu levo a água p-para você" Gaguejou e se virou para ir para a cozinha. Eu segurei seu pulso. Apertei no início, então tentei ser mais delicado. Ele olhou para mim.

"Uma última coisa antes disso" Eu me aproximei dele e selei nossos lábios em um selinho demorado, esperando que seu choque houvesse passado. Então movimentei meus lábios contra os seus em um beijo simples que ele rapidamente retribuiu. Tinha gosto de tutti-fruti. Eu queria apenas manter meus lábios nos seus.

Separei lentamente e encarei seus olhos fechados. Ele os abriu em seguida, e assim como eu, lambeu seus lábios. Nos olhos continuaram conectados por vários segundos, enquanto eu lutava entre subir as escadas ou beijá-lo novamente.

"Eu preciso subir antes que tudo que eu queira fazer seja te beijar" Murmurei antes de quebrar o contato entre nossos olhos e me virar para as escadas, que subi rapidamente. Minhe repiração que começara a se acalmar, elevou-se um pouco.

Entrei no banheiro do corredor. Já conhecia a casa de Changkyun como minha, e também andava à vontade ali como se fosse um morador. Escostei a porta e me encarei no espelho. Meu rosto brilhava pelo suor, impregnado também na raiz do cabelo. Abri a torneira e joguei água fria no rosto, lavei toda aquela sujeira, e joguei água no pescoço também, de uma forma que não sujasse o banheiro de Changkyun.

Meu corpo aos poucos esfriava. Respirei fundo depois de secar o rosto. Eu iria me resolver com ele.

Deixei o cômodo e fui para seu quarto. Encarei-o, sentado na cama com as pernas dobradas. Girava o pirulito entre os lábios. Tirou-o e lambeu. Eu desviei o olhar da cena. Ele sabia que praticamente insinuava... Ele devia saber. Eu acho que sim. Prestei atenção no criado ao lado com uma jarra de água gelada e copo. Caminhei até ali, centrado em tirar aquela imagem da cabeça e tomar um água refrescante. Minha boca ainda tinha o sabor do doce que estava na boca de Changkyun. Um pirulito.

Isso não é justo comigo. Não posso ser assim. Eu nem me resolvi com ele e... por que estou pensando essas coisas eróticas? Ah meu Deus, eu preciso tirar essas imagens da minha cabeça!

Fechei os olhos enquanto tomava grandes goles d'água, que faziam um barulho audível. Um copo não foi suficiente. Tive que tomar três.

Olhei para ele, e peguei seus olhos em mim. O pirulito que acabava em uma de suas mãos, e a língua passeando sobre seus lábios. Ele desviou o olhar assim que percebeu que eu havia o pego me encarando. O que ele estava pensando? Eu tinha que aceitar que não conseguiria saber.

 

Eu sentei na sua frente, e seu olhar subiu para mim novamente. Seus olhos me encaravam com ansiedade. Eu precisava contar-lhe tudo o que sentia. Ele já estava a espera. Queria saber se eu estava sendo verdadeiro com ele. 

"Changkyunnie..." Eu comecei, e respirei fundo. Manifestar meus sentimentos, principalmente em palavras, era um desafio. Claro, também havia aquela parte de mim que eu tentava calar, mas insistia em dizer que gostar de garotos era errado. Eu não pensava mais isso. O errado é se proibir de ser feliz, e ainda machucar alguém por causa disso. Se a questão é garotos, eu gosto de Changkyun. Um garoto específico, que fosse como ele fosse, meus sentimentos estariam aqui. Por um tempo, escondidos sobre o pano, mas ele apenas precisou puxar a pontinha e me deixar o resto para que eu fizesse o trabalho. 

Pois isso era sobre mim, e sobre nós, e ele não poderia fazer tudo sozinho.

Eu ri desconcertado e desviei meu olhar. Meus batimentos haviam acelerado como se eu estivesse correndo. Voltei a escará-lo, com seus lábios vermelhos e olhos atentos.

"Eu não consigo te tirar da minha mente por um segundo sequer, Changkyun. O seu sorriso, a forma como fala, seus traços, os momentos que passamos lado a lado e eu fui um idiota... As coisas que eu poderia ter feito por você, o sabor e a textura de seus lábios, em qual bichinho deve estar nos seus pés nesse momento... Em você, Chang. E meu peito dói de ficar longe de você, em te ter me ignorando, mesmo que tenha suas razões. A única vontade que tenho e te puxar para mim e abraçar e..." Coloquei a mão sobre o peito e fechei os olhos. Eu parecia estar prestes a sofreu um ataque cardíaco. Eu ri da minha reação. 

Senti os dedos de Changkyun tomarem espaço em cima dos meus. Eu mantive os olhos fechados, esperando pelo o que viria a seguir. Certamente, eu não esperava seu peso sobre minhas coxas. Eu abri os olhos, descendo o olhar para o garoto na minha frente, com um pirulito entre os lábios, uma das mãos sobre a minha, o olhar no meu rosto.

Eu envolvi sua cintura com uma das mãos e vi-o afirmar com a cabeça, como se estivesse me dando permissão para rodear seu tronco com ambos os braços. E assim eu fiz, encarando seu rosto. Seu olhar evitava diretamente o meu, e suas bochechas estavam vermelhas. Havia sido ele a sentar no meu colo, se ficava envergonhado com isso, não deveria ter feito tão cedo.

"Chang, eu..." Ele colocou um dedo sobre meus lábios para pedir que eu não falasse.

"Você falou o suficiente."

"Eu não falei o mais importante" Seus olhos se fixaram nos meus, a espera do que viria. "Eu gosto de você, Changkyun."

Ele me encarou em silêncio por alguns segundos, e eu ousei tocar sua cintura e acariciá-la levemente. Apesar dele ter sentado em meu colo, eu tinha medo de assustá-lo, sendo apressado.

Estendi uma das mãos em direção a sua boca e puxei o pirulito de entre seus lábios, e o coloquei na minha boca sem desviar nossos olhares. Changkyun lambeu seus lábios doces, que eu tanto queria beijar.

"Eu te amo, Jooheon" Ele disse um tempo depois. Eu sorri. 

"Eu sei, Kyunnie" Eu tirei o pirulito de meus lábios e aproximei meus lábios pelos poucos centímetros que faltavam dos seus e sussurrei. "Eu amo ter o seu amor" para então colar nossos lábios.

Nada de línguas. Apenas beijos calmos, desesperados, e que me excitavam. Uma parte da culpa era por Changkyun estar no meu colo, e eu poder sentir tanto seu calor. Outra era porque ultimamente eu estava imaginando coisas demais. Eu apenas ignorei isso e continuei sentindo o sabor de seus lábios. Desde que ele não percebesse, estava tudo bem. Eu poderia me controlar... Um pouco. O suficiente.

"Lindo" Murmurei e selei seus lábios. "Fofo" De novo. "Maravilhoso" De novo. "Gostoso" De novo. 

Essa parte, por exemplo, eu não conseguia controlar. Ele riu com os selinhos, mas ficou vermelho. Eu abracei seu tronco, e ele deitou a cabeça em meu ombro, com suas mãos dos meus lados. Suspirou.

"Eu tenho um presente para você" Eu disse. "Acho que você vai gostar. Combina totalmente com você."

"O quê, Joo?"

Joo? Gostei.

Peguei o pacote do bolso e estendi para ele. Suas mãos me deixaram pelo embrulho.

"Um cachorrinho!" Disse animado enquanto observava o pequeno pelúcia. Senti seus lábios em meu pescoço, beijando a região, assim como um abraço tão forte que me deixou sem ar. Seu nariz deslizou pelo meu local que havia beijado, me enchendo de arrepios. "Muito obrigado, Jooheon!"

"Eu quero beijos e atenção como agradecimento."

"Você mudou o dinheiro por isso foi?"

"Antes eu não sabia que seus beijos poderiam ser tão bons. Vale mais que dinheiro."

E para mostrar sua satisfação e me agradecer, selou seus lábios aos meus.

Eu estava resolvido com meu Changkyun, depois de incontáveis declarações por mensagens e alguns cachorrinhos feitos de tecido.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!! Eu achei fofo (e safado da parte do Jooheon!)
Esse casal me quebra de tão lindo ma'am

Leiam "higher" é uma short fic que irei postar de 2won: https://spiritfanfics.com/historia/higher-2won-10951188

Annyeong!! eu amo vocês <3 !!


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