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História Desired Death - O Plano - Parte Final


Escrita por: KodokunaShiro

Notas do Autor


Desculpem pela demora, vou tentar escrever com mais frequência.
Boa leitura!

Capítulo 12 - O Plano - Parte Final


— Já trocou o soro? — perguntou o médico à enfermeira, anotando algumas observações na prancheta que segurava.

— Sim, senhor — ela respondeu, pegando alguns remédios e guardando no armário do quarto de Seijuro. Em seguida, saiu do local junto ao médico.

O hospital estava tranquilo (obviamente pela ausência dos jogadores de basquete) e os médicos conversavam entre si, ouvindo-se murmurinhos sobre a tentativa de suicídio do ruivo. O pai resolvera voltar para a mansão a fim de terminar alguns negócios, aproveitando para descansar e procurar alguma solução para o que estava acontecendo.

No silencioso cômodo em que se ouvia somente a máquina de batimentos cardíacos, o rosto sereno de Akashi mostrava o contrário do que estava acontecendo em sua vida, que estava um completo caos. Não se sabia o que ele estava sonhando ou sequer se sabia se voltaria ou não. Estava realmente em um estado de vida e morte.

Porém, determinado a não deixar o filho morrer, Masaomi o deixou nas mãos do prodígio chamado Seiji Takano, mesmo que tivesse que apelar para pessoas do submundo. Akashi era seu único filho, seu único herdeiro. Deixá-lo partir não era uma opção, não era aceitável.

[...]

— Vamos nos divertir muito esta noite — sorriu, um sorriso de um predador prestes a devorar a presa. Um arrepio passou pelo corpo de Kuroko, que apertou os punhos e tentou se acalmar.

— Prazer, Seiji-san… e-estou aos seus cuidados essa noite — Tetsu se curvou, nervoso e quase sem voz.

— Ora, não precisa ser formal assim, pequeno. Me chame de Takano, vamos ser amigáveis um com o outro, certo? — piscou, passando os braços ao redor do azulado e o induzindo a entrar no hotel. Ele fez um sinal com as mãos para que o carro em que ele chegou fosse embora, em seguida entrando no local e sendo cumprimentado por vários funcionários.

— Boa noite, Seiji-sama — um homem, que mais parecia um mordomo do que um funcionário do hotel, o cumprimentou, curvando-se.

Seiji passou reto, ainda com os braços em volta de Kuroko, entrando no elevador. Nenhuma das pessoas ali presentes se incomodaram com aquele comportamento suspeito, pois todas sabiam o que o jovem médico fazia. Todos eram pagos ou ameaçados para que fingissem não verem nada.

O elevador demorou cerca de alguns segundos para chegar no andar desejado. Enquanto isso, Seiji resolveu quebrar o silêncio, fazendo algumas perguntas pessoais.

— Então, o que faz da vida?

— Eu estudo…

— Sim, sim, isso eu sei — deu um sorrisinho de lado, tentando parecer menos óbvio. — estou falando do que você gosta de fazer.

— Ah… — Kuroko desviou o olhar, não gostando dos olhares maliciosos que o homem lhe lançava sem sequer disfarçar — eu jogo basquete…

— Hm… interessante — ele fingiu estar interessado. — mas não é difícil para você? Tem um corpo tão pequeno e… delicado. — comentou.

— Não… — o garoto respondeu, tentando não se mostrar incomodado. Estava aguardando o momento certo para mandar a mensagem, porém o homem não tirava os olhos dele.

Quando o elevador parou, os dois saíram. Tetsuya achou que finalmente conseguiria avisar o resto do pessoal, já que Seiji deu um passo à frente. Porém, para seu desespero, o homem voltou para trás e novamente o envolveu em seus braços, fazendo o azulado tirar o mão do bolso onde estava o celular para não ser pego. Claramente, ele estava fascinado com Kuroko.

— A-Algum problema? — perguntou, olhando para cima e o encarando nos olhos.

— Nada… só gostei muito de você, Hiro. — chamou-o pelo primeiro nome falso, sentindo-se mais íntimo.

— Obrigado… — Kuroko agradeceu, começando a realmente se desesperar. Estavam quase chegando no quarto e ele não conseguia oportunidade para avisar os outros.

— Diga-me, onde conseguiu meu número de celular?

O azulado foi pego de surpresa, sentindo o coração falhar uma batida. O que responderia? Tentou pensar em algo, mas estava tão apavorado que a mente ficou em branco e não conseguiu uma resposta de imediato. Abaixou a cabeça e já sentiu o olho começar a lacrimejar. Sua vontade era de sair correndo dali.

— Não vai me responder? — arqueou uma sobrancelha.

— É.. É segredo — falou a primeira coisa que veio à mente, torcendo para o homem não insistir.

E, para sua sorte (ou não), Takano parou com as perguntas quando chegaram na frente da porta da suíte. Ele retirou um cartão do bolso e passou na fechadura, abrindo a porta e dando lugar para Kuroko passar. O menor entrou, em passos pequenos, vendo o homem o acompanhar e fechar a porta em seguida. Estavam sozinhos.

[...]

— Kurokocchi ainda não mandou a mensagem? — Ryouta perguntou, deitado na grande cama de casal.

— Ainda não… — respondeu Momoi, impaciente e com celular na mão, encostada na enorme janela de vidro do quarto. Era uma suíte muito luxuosa.

— Cara, tô com uma sensação muito ruim — Aomine comentou, deitado ao lado do loiro. Estava tão impaciente quanto Momoi.

— E-ei — Kagami chamou a atenção de todos, quando resolveu olhar pela janela o que estava acontecendo lá embaixo — Kuroko não está mais ali…

— Já faz uns 20 minutos desde que a gente subiu, né?! — Kise perguntou.

— Se acalmem, temos que esperar — Momoi tentou acalmá-los. — Tetsu-kun ouviu minhas instruções, vamos agir quando ele agir também.

— Mas já se passou muito tempo e nada até agora…! — Kagami reclamou. — E se ele não tiver conseguido nos avisar?!

— Puta que pariu, isso pode ter acontecido mesmo… — Aomine concordou.

— Tô indo lá é agora! — Taiga ia sair do quarto, mas Murasakibara o agarrou e não deixou que saísse.

— Calma, não sabemos o quarto que ele está, além disso temos que ser discretos pra não levantar suspeitas — Satsuki avisou.

— Como assim você não sabe o quarto, Momoicchi?!

— Eu tentei descobrir de todos os jeitos, mas todas as informações que eu encontrava estavam diferentes. Estava contando com Tetsu-kun para nos passar a informação…

Todos se calaram e tentaram pensar em alguma coisa. Parecia que estava tudo dando errado, quando o plano tinha começado tão certo.

[...]

Seiji afrouxou a gravata do terno, tirando o casaco e o colocando em cima da poltrona. Tetsuya o observou calado, até que viu ele ficar de costas. Era agora ou nunca, tirou o celular no bolso e começou a digitar a mensagem, tremendo. Quando ia apertar o botão de enviar, uma mão arrancou o celular de suas mãos, o fazendo pular de susto e cair na cama.

— Ora ora, o que temos aqui — disse o homem, balançando o celular na sua mão — Não acha que é um momento importuno para estar mandando mensagens? — sorriu cínico.

— N-não é isso, eu… me devolve! — Kuroko pediu, desesperado, se levantando da cama e dando pulos,  tentando alcançar o celular que Seiji levantava alto.

— Achei que não ia avisar mais os seus colegas — disse.

Tetsuya levou um susto e deu passos para atrás. Como ele sabia do seu plano? Como sabia das suas intenções?

— Jovens como vocês são tão ingênuos… — falou, dando uma risada em seguida, se sentando na poltrona e cruzando as pernas, adorando ver o rosto de confusão e pavor do azulado. — Achou mesmo que eu cairia em um planozinho mal bolado desse? Eu sou um homem cheio de inimigos e já perdi a conta de quantas vezes as pessoas tentaram coisas como essas comigo… Todas falharam, é claro. — gesticulou com as mãos, lendo a mensagem no celular. — Hm… Momoi Satsuki, né? — repetiu o nome do contato, vendo o número e discando ele. Kuroko sequer conseguia se mexer, nem sabia o que deveria fazer. O médico começou a ligar para Momoi, fazendo uma expressão de quem estava se divertindo.

Dois segundos depois, ouviu uma voz feminina no outro lado da linha.

“Tetsu-kun?? Onde você está?”

— Hmmmm, então você é a Satsuki, certo? — respondeu.

“Quem é você? Não me diga que… Seiji Takano? Onde está Tetsu-kun??” Ao fundo, ouviu-se a voz de Kise. “Momoicchi, o que está acontecendo?!”

— Estou vendo que está com outras pessoas também. Vamos lá, “Tetsu-kun” está aqui, ao meu lado. Venham até meu quarto, gostaria de ver seus rostos incompetentes de perto — disse, sendo o mais direto possível. Deu o número do quarto e em seguida desligou. — Além de tentar um plano falho, me deu um nome falso, não é, Tetsu? — encarou o azulado com um sorriso no rosto. — Só para saber, tenho um hacker que trabalha para mim. Nenhuma informação minha vaza sem eu estar sabendo. Dessa vez, nem precisei ir atrás dos intrometidos… vocês que vieram até mim, hahaha.

Tetsuya ficou com a respiração pesada, tentou falar algo, mas não conseguiu. Não tinha como correr dali e, para piorar, o resto do grupo também havia sido descoberto. Alguns minutos depois, ouviu baterem na porta do quarto, que foi aberto por Seiji, que, no momento em que abriu, foi agarrado por Kagami e Aomine pela gola.

Kise e Momoi correram até Tetsu, o abraçando, enquanto Murasakibara tentou fazer com que os outros dois não espancassem o médico. O que não foi necessário, pois três seguranças enormes, já conhecidos do hospital, apareceram e seguraram os garotos, trancando a porta do quarto.

Seiji ajeitou a gola da camisa e passou as mãos no cabelo, tentando se recompor.

— Só são esses? — perguntou.

— Aparentemente, sim — um garoto da idade de Tetsuya apareceu, de cabelos brancos e olhos verdes, vestindo um moletom cinza. — São os mesmos que foram expulsos do hospital naquele dia, Seiji-sama.  — ele foi caminhando até o médico, que estava sentado na poltrona do quarto, sentando em seu colo e sendo abraçado por ele.

— Você!!! — Momoi apontou para o garoto. — Então você trabalha para o Seiji?! Que droga, me enganou, cretino!!

— Baixe seu tom, mocinha. Todas as informações que conseguiu com Shiro foram permitidas por mim. Senão, não teria nem sequer descoberto meu nome completo. — o gênio falou, colocando o rosto apoiado no ombro do garoto.

— Então tu sabia de tudo desde o início?! — Kagami gritou, incrédulo, sendo imobilizado pelo segurança.

— Claro que sim. Sou um homem muito influente e cobiçado, sabia? Tenho que manter controle de tudo que me diz respeito — enfatizou.

Tudo havia ido por água abaixo. Todo o esforço deles, além da oportunidade de rever Akashi. Tudo.

— Mas e então, o que vocês tanto querem de mim? Contem-me. Dinheiro? Vingança?

— Eu quero ver Akashi-kun… — Kuroko comentou, para a surpresa do médico.

— Akashi? Ah, sim… o filho de Masaomi. É o garoto que tentou se matar com uma facada no estômago, que louco! — deu uma risada alta, fazendo o azulado cerrar os punhos.

— Cala a boca, seu estuprador filho da puta!! — Aomine gritou, querendo bater no médico, porém não conseguia mover um dedo.

— N-não fale assim do Akashicchi! Você não sabe o que ele passou! — Kise também gritou e fez menção de se mover, mas foi impedido por Murasakibara que tentava se manter calmo, mesmo que sua vontade fosse quebrar aquela cara cínica em pedacinhos.

— Mas é a verdade. Quem em sã consciência enfiaria uma faca na própria barriga? Devia estar em estado de insanidade para fazer isso. Sorte a dele que eu estava lá, senão teria morrido horas depois.

Todos estavam paralisados. Akashi havia mesmo tentando se matar?

— Bem, não posso negar que o pai dele é um cara bastante influente, então não posso deixar o filho morrer. Mas não é como se fosse fazer alguma diferença na minha vida. O que vocês acham?

— O… O que está insinuando? — Kise perguntou, querendo entender onde o médico queria chegar.

— O nome desse garoto é Tetsuya, não é? Então, Tetsuya — olhou para o azulado — parece que você é bastante próximo do garoto suicida. E, como você já deve ter percebido, estou interessado em você. Sabe, um acidente ou mesmo uma falta de energia repentina no hospital podem acabar piorando o estado do paciente…

— Ei, onde tu tá querendo chegar?! — Kagami perguntou, nervoso.

— Acho que vocês já entenderam. — falou, passando a mão nos cabelos brancos do garoto sentado em seu colo. — Tetsuya, eu quero seu corpo em troca da vida de Akashi Seijuro. 



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