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História Desolation the vampire - 20


Escrita por: MisaMisaFanfiction

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 20 - 20


Fanfic / Fanfiction Desolation the vampire - 20

Eu estava realmente feliz,algo que eu a muito tempo não tinha certeza de sentir.Ao chegar em casa empurrei a porta do seu quarto vagarosamente,e ele se mantinha ali,deitado e adormecido,sua testa úmida pelo suor,coberto da cintura para baixo.Seu corpo exposto me pareciam ainda mais tentador,queria ser protegida e envolvida por aqueles braços, e repousar minha cabeça em seu peito.Não resisti,entrei a passos lentos. Depois da conversa com Gaara eu sentia que Jaqueline não era mais alguém com quem eu devesse me preocupar,na verdade sentia pena da forma como desperdiçou a sua vida,se tivesse se esforçado para conquistá-lo talvez nada disso tivesse acontecido...Ainda bem que não se esforçou.Retirei o cachecol e o depositei sobre  criado- mudo,me acheguei a cama e pude olhar seu rosto mais de perto,angelical e quase inacreditável,pude entender o porque Jaqueline o queria tanto,e porque a inveja a consumiu,ele era perfeito,em todos os sentidos e formas.Passei a mão pelos seus cabelos âmbar,estava ardendo em febre,não pensei que fosse possível,ele estava doente,alguém que não podia morrer estava deitado em uma cama ...Doente.Seus lábios opacos róseos respiravam serenamente,sua mão repousava ao lado de sua cabeça.As vezes eu pensava que não o merecia,olha só pra mim!Eu não era ninguém, como alguém como ele podia gostar de alguém como eu?Uma rebelde desbocada viciada em nicotina. Talvez seja por essas e outras que todo o esforço que eu fazia para ajudá-lo nunca era o suficiente. Gaara se comprometeu a achar a bruxa, e eu a desenterrar o corpo de Hinata, “Meu Deus” – Eu iria mesmo fazer aquilo?Eu seria tão fria a ponto de não me importar com os sentimentos dela?Bloqueei aquele pensamento de minha cabeça, eram tantas vidas que estavam em jogo, e mesmo que eu me sentisse mal por envolvê-la em tudo aquilo, ela precisava entender que eu era louca por ele,e participaria do feitiço querendo ou não!

 

Só me faltava o broche, se Zei não soubesse onde estava ninguém mais poderia saber. Me dobrei sobre ele,unindo seus lábios quentes e macios aos meus,os olhos orientais e azuis se abriram vagarosamente,pude sentir sua mão em minha nuca numa caricia gentil,um arrepio passou por todo o meu corpo como uma corrente elétrica.Ele me olhou de forma tão familiar,pensei que entre o delírio febril me chamaria de “Jaqueline” como sempre fazia,mas aquilo já não me afetava mais.Me encarou por alguns instantes,seu rosto ainda tão próximo ao meu.Ele se afastou para o canto da cama,erguendo o lençol me dando espaço para que eu me deitasse.Retirei os sapatos e me aninhei em seu peito,estava tão quente,diferente da temperatura fria que sempre tivera.Apoiou o queixo em minha cabeça,remexendo em algumas mechas do meu cabelo,queria permanecer assim para sempre,sentindo suas mãos em minhas costas de forma protetora.Tinha medo que tudo desaparecesse como um sonho,mas na realidade era ele quem estava sonhando,seu estado parecia inebriá-lo em uma fantasia dentro de sua cabeça:

 

—Eu te amo tanto... — Eu disse em confissão — Sou capaz de qualquer coisa pra proteger você...

 Continuou a acariciar meus cabelos. Ele balançou a cabeça positivamente, como se ouvisse o que eu dizia,mas não soubesse o que significava. Continuei. Aquela era a minha única chance de tentar descobrir algo sobre o broche:

—Eu quero que me ajude a fazer isso, a te proteger. Se lembra do nosso segredinho?Do nosso objeto secreto?Sei que temos um...

Olhei para cima, e o seu olhar era profundo e intimidador, o medo de que o transe pelo qual estava passando acabasse me fazia pensar em como ele reagiria, mas ao vê-lo sorrir e demonstrar a perfeição do seu sorriso eu me acalmei:

—Claro que temos.

 Me apertou em seus braços enlaçando minha cintura, se eu pudesse parar o interrogatório ali mesmo e me entregar aquelas caricias... “Se concentra!”

—E você sabe onde está o nosso objeto?Quero dizer... Se lembra onde guardamos?

Ele riu. Com seus braços me ergueu me pondo sobre ele, senti seu corpo rígido e forte abaixo de mim, espalmei as mãos em seu peito:

—Você quer me dizer? — O encorajei. Imaginar que ele achava que tudo aquilo era um sonho por estar doente me partia o coração, queria ter momentos reais como aquele todos os dias, e saber que era aquilo que ele também queria.

—E porque quer saber? — Mordeu seus lábios inferiores como se me provocasse como uma criança pirracenta, mas não durou muito tempo, ele me sorriu astuto.

—Por quê?Bom, acho que me esqueci então... Pensei que soubesse — Respondi como quem não tem interesse.

—Jaqueline... —Me repreendeu carinhoso achando que se tratava dela — O broche que eu te dei é coisa de família, deve estar nas suas coisas em algum lugar.

Nas coisas dela?Até onde eu me lembrava ela não tinha nada. Uma luz passou por minha cabeça, como eu não havia pensado nisso?Ele estava certo quando disse que o broche era coisa de família, da minha família!Se não estivesse em Portland, no mesmo lugar onde achei o diário, não estaria em lugar algum.

—Hei... — Chamou minha atenção, me puxou para ele num beijo carinhoso e sedento, meu corpo se arrepiou em resposta. O que era tudo aquilo que ele me provocava?E porque eu nunca tinha forças para resistir um simples carinho seu? Olhou pra mim — Não se preocupe, eu vou encontrá-lo e vou trazer você de volta.

Me despertei daquele momento,me lembrei da realidade e me afastei dos seus lábios,ele mais uma vez estava certo,também estava procurando pelo broche e eu não podia perder tempo.Saí de cima dele correndo para porta e calçando os sapatos:

—O que foi? — Se sentou encostando as costas na cabeceira da cama, parecia preocupado, culpado pela minha reação — Pra onde vai?

—Tenho que fazer uma coisa e você precisa descansar — O olhei enquanto me apoiava no batente da porta para calçar o ultimo par — Não vou demorar.

—Espera!Foi algo que eu disse?— Ele esboçou um sorriso culpado e arfou decepcionado com sigo mesmo — Seja o que for eu não vou fazer de novo, por favor... Por favor, fica.

Apertei a maçaneta da porta com mais força que o necessário, eu queria ficar, na verdade eu queria ficar pra sempre, e a expressão de arrependimento que ele tinha em seu rosto parecia querer me castigar sem piedade. Se aquilo não era amor então eu não sabia o que era, fechei os olhos e respirei fundo, tomei uma coragem que eu não tinha.

—Eu sinto muito, não dá.

Eu parti sem olhar para trás,sabia que não conseguiria caso eu fizesse,precisava achar um meio de encontrar Sasori, ele naquele momento era a minha única salvação, o único que poderia ir atrás do broche por mim e me revelar onde enterraram Hinata, mas como ir até ele sem correr o risco de perder um membro do meu corpo com todos aqueles vampiros revoltados por perto?

Novamente eu precisaria que alguém fizesse isso por mim, me lembrei então que na casa eu tinha uma “cúmplice” alguém que não media esforços para me ajudar, depois de tudo aquilo eu deveria dar férias prolongadas a ela:

—Shizune! — Gritei por trás da mesma e ela saltou num susto levando as mãos ao peito, parou imediatamente de regar algumas flores no jardim, o que não me pareceu algo natural já que o tempo estava bem frio para ela se preocupar com isso:

—Me assustou senhorita — Riu voltando a regar as flores — Elas precisam ser regadas constantemente ou podem morrer por causa da seca. Mas posso ajudar em alguma coisa?

—É eu... Eu preciso que faça algo pra mim, mas é bem longe daqui. Tem uma caneta aí?

—Não, mas pode me dizer e depois eu anoto.

—Quero que vá até uma propriedade rural em se eu não me engano Phoenix e procure por uma escola interna para adolescentes e encontre um rapaz chamado Sasori Akasuna...

 

Dei todas as instruções a Shizune e mesmo que fosse perigoso pra ela eu não podia deixar a casa, Zei estava passando por um processo de personalização, tinha mais de Naruto nele mesmo do que podia imaginar, não queria arriscar tudo em uma viagem como aquela. Assinei um bilhete com meu nome e lhe entreguei, porem não anotei o endereço, se aquele papel caísse em mãos erradas eu queria garantir que Naruto estivesse a salvo. O que eu estava dizendo?Ele era um imortal! Então porque eu tinha aquele pressentimento de que a qualquer hora ele poderia desaparecer?

Shizune não sabia o que estava acontecendo, mas mesmo assim fez o que eu pedi,dei a ela as chaves do carro e a vi partir da grande janela do casarão. Pedi que tudo desse certo dessa vez, já estava cansada de dar murro em ponta de faca pra não conseguir nada.

 

Pensar em tudo aquilo acabou me esgotando, senti minha cabeça girar e uma ânsia subir a minha garganta, me apoiei à parede tentando manter o equilíbrio, caminhei rapidamente para um dos banheiros. Nada como estar tão pálida quanto uma folha de papel!Joguei uma água no rosto e me encarei novamente no espelho. Meus olhos estavam fundos e opacos e novamente fui atacada pela tonteira repentina.

 

Eu não queria incomodar o Zei, até porque aquela altura ele já devia estar recuperando os seus sentidos e voltando a ser o mesmo Zei de sempre. Que se dane! Se eu tomasse um pouco de sangue talvez pudesse melhorar.

Bati na porta do quarto e não recebi nenhuma resposta, por isso entrei sem cerimônia. Ele olhou para mim e voltou a fazer a tarefa de vestir a camisa regata branca, não se importou com a minha invasão,o que devia ser um bom sinal.A cada vez mais eu podia ver um pouco de “Naruto” em suas atitudes,e talvez Zei pudesse estar um pouco preocupado agora,com certeza ele também sentia a mudança,imaginei que estivesse começado a ter medo de não conseguir fazer o ritual a tempo:

—Eu não to bem...

Ele novamente olhou para mim não me dando a mínima importância, vestiu a jaqueta de couro preta:

—Não pode tomar um desses remédios de humanos?Acho que têm alguns no banheiro.

—Pensei que pudesse me dar um pouco de sangue, ia ser bem mais rápido — Me aproximei da cama — Só o suficiente.

Seu suspiro foi alto e impaciente, arregaçou as mangas da jaqueta e mordeu o próprio pulso. Tomei o seu braço e levei a ferida à boca. Bebi o quanto pude, mas não deu certo...

Meu organismo pareceu rejeitar o sangue em uma náusea repelente. O vomitei imediatamente, minha cabeça parecia querer explodir, levantei os olhos e percebi que outros azuis se encontravam fechados num visível semblante de repugnância, não acreditei quando vi a sua camisa suja, repleta de sangue, ele parecia ter medo de olhar para si mesmo e constatar que estava coberto de vômito.

 

—Me desculpe... — Levei à mão a boca. Ele abriu os braços e olhou para o próprio corpo, retirou a jaqueta e em seguida a camisa:

—Droga... — Sussurrou enquanto jogava a peça no chão e se limpava. Caminhou para o closet procurando outra — Eu vou à farmácia...

— Por quê?Eu não to tão mal, e só tentarmos de novo e...

Ele me fitou com seu olhar ameaçador, sem duvida não queria tentar de novo. Me sentei na cama esperando que terminasse de se vestir.

—Se não consegue beber o sangue é melhor que apliquemos em sua veia.

 

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Shizune desceu do carro e olhou envolta, era mesmo um lugar grandioso. Aproximou-se do portão e segurou as grades. Como acharia alguém num lugar daqueles? Procurou por algum tipo de campanhinha, mas não encontrou nada. Se alegrou quando viu alguém se aproximando.Ruivo e sério trazia uma mochila nas costas,parecia não tê-la visto,mas quando ele abriu a porta de um dos carros estacionados do lado de dentro do portão e olhou para ela,percebeu imediatamente que a estava ignorando:

—Olá!— Gritou para o rapaz — Estou procurando pelo senhor Akasuna!

 Ele nada respondeu, deu a volta no veiculo e abriu o porta malas:

—Será que pode me ajudar? — Tentou novamente. O rapaz girou os olhos entre as órbitas não dando a mínima importância. Shizune arfou cansada. Alegrou-se novamente quando percebeu mais uma figura masculina se aproximando, indo também em direção ao carro:

—Oi!— Não perdeu tempo — Estou procurando pelo Senhor Akasuna.

O moreno que também trazia uma mochila pendurada nas costas parou no mesmo instante, olhou para o colega e vendo que o mesmo não faria nada a respeito se aproximou do portão:

—Sou eu.

A mulher esboçou um sorriso alegre e aliviado. Desastradamente se pôs a procurar alguma coisa dentro da bolsa que trazia consigo, retirou de lá um papel amassado:

—Eu tenho um recado da senhorita Sakura e...

O ruivo que não tirava os olhos do portão pareceu eufórico quando ouviu aquele nome, correu para o mesmo se pronunciando:

—Eu sou Akasuna, o recado é pra mim. — Tomou o papel das mãos finas que se retiraram imediatamente, Shizune olhou para os dois confusa — O que foi?! — O ruivo a intimidou.

— A senhorita Sakura pediu que eu viesse procurá-lo.

Sasuke olhou para a mulher desconfiado. Como saberiam que não era uma armadilha do Zei?Até onde sabia Sakura era uma refém. A mulher não tirava os olhos do bilhete, esse era lido atentamente pelo Akasuna.

—Onde ela está? — Sasuke perguntou autoritário, precisava saber se estava bem ou se pelo menos estava viva, e se arrependeu no mesmo instante pois recebeu um olhar intrigante do ruivo,não queria ter problemas ou seria arriscado que ele fosse sozinho procurá-la,já tinha sido difícil ameaçá-lo e convencê-lo de que não iria procurar a bruxa sem ele,talvez matar a mesma tivesse sido o único jeito de tentar salvar a Sakura.

—Ela está em Kettering — Shizune respondeu receosa — E quer ver o senhor Akasuna — Olhou para os dois — Seja quem for...

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Capitulo pequeno ^^ mas aproveitando o final de semana,acho que só vou poder postar neles mesmo,mas estou ansiosa pra contar os novos acontecimentos,acho que por esse capitulo podem adivinha um pouco o que vai se seguir,um bjuss a todos e até o próximo...


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