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História Desperdício - Monólogo


Escrita por: Pudim_D_Abobora

Notas do Autor


Eu simplesmente adorei escrever esse primeiro capítulo e quero escrever muito mais! Vááárias ideias vindo por aí! Eu acho sinceramente que vocês vão gostar! O capítulo ficou curtinho, ótimo pra passar o tempo! Aproveitem!

Capítulo 1 - Monólogo


Já faz anos que venho prestando atenção nele. Não que seja só eu que repara, toda a escola repara, como não reparar! Seu nome quase sempre está presente nas conversas daqui, um assunto recorrente, então fica difícil esquecer-se de sua existência... Mas não é somente por causa das conversas que venho lhe observando, há algo amais em sua pessoa que me cativa. Mantenho isso em segredo, nem meu melhor amigo sabe sobre isso que sinto quando o vejo, é estranho.

Já faz muito tempo desde quando ele entrou para a mesma escola que eu, no quinto ano pelo que me recordo, lembro que tivemos de fazer um trabalho juntos na sétima série, depois disso já quase não consigo me lembrar de sua presença. Começa a ficar mais claro novamente no início do segundo ano, num dia em que ele chegou à sala de aula com os lábios cortados e um hematoma em um dos lados da face, começaram a surgir várias histórias sobre seu nome a partir daí, algumas delas chegando a dizer que ele havia sido estuprado ou tentado suicido... Nunca o vi comentando nada sobre isso que diziam, na verdade quase nunca ouço sua voz!

Mas agora não sei o que está acontecendo, olho pra ele com mais frequência do que o normal, e sei que ele percebe porque ele também me encara às vezes.

Hoje ele está com um moletom cor de rosa e uma calça jeans clara, apertada.

Me provoca... Não, acho que “provocar” é uma palavra com várias formas de interpretação, é melhor “incomoda”. Me incomoda como a calça colada se encaixa perfeitamente em suas pernas, exibindo-as. E me incomoda também como fico incomodado com isso! Não é como se fosse agredi-lo, mas como se eu fosse... Não sei.

 

Ele parece triste, uma aura melancólica paira sobre sua cabeça baixa e ombros tensos, é bastante comum isso. Não mais comum do que o erotismo que ele transmite em cada gesto, até mesmo num simples tamborilar de dedos e...

 

“Miguel!”

Chamou o professor de sociologia, interrompendo seu monólogo, toda a turma o observava, inclusive Ele.

“Miguel, continue a leitura do texto, por gentileza!”

“Me desculpe, mas eu não sei onde pararam de ler.”

“Quinto parágrafo.” Disse o professor, impaciente.

Quando Miguel localizou o parágrafo e iria iniciar sua leitura o sinal da troca de horário bateu, “Salvo pelo gongo”. A maioria dos alunos se levantaram e formaram suas rodas de conversas.

Miguel abaixou a cabeça e fechou os olhos.

 

Merda. Eu realmente não entendo! Porque eu estou excitado? Porque Ele me excita tanto? Não faz sentido!

 

Miguel elevou um pouco a cabeça, passeou os olhos por toda a classe até chegar a Ele, que o observava. Mesmo percebendo que Miguel o observava, Ele não desviava o olhar, permanecia imóvel.

Então Ele se levanta, cruza a sala, passa perto da carteira onde Miguel permanecia sentando e sai. Todos da sala de aula param, o silêncio invade, mas não é um silêncio comum, é um silêncio pesado, barulhento. Aos poucos as pessoas começam a se entreolhar e a cochichar, algumas fazendo cara de abismadas, outras soltando estrondosas gargalhadas, mas Miguel permanecia imóvel, olhando para a carteira onde Ele estava sentado.

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Miguel e mais dois amigos estavam sentados esperando o ônibus, todos admiravam o céu nublado que trazia pesadas chuvas.

“Estão sabendo da nova?”

Disse Diego rompendo o silêncio entre eles.

“Sobre?” Diz Felipe.

“Eu fiquei sabendo que o nude do Rafael ta rolando por aí!”

Miguel ergue a cabeça, interessado na conversa.

“Dizem que é uma foto dele com outro garoto, aparentemente o Rafael ta comendo a bunda do menino!”

“Que nojo!” Felipe cospe no chão.

“Você já viu a foto?” Pergunta Miguel, brincando com um dos chaveiros presos a sua mochila.

“A Clarice disse que ia me mandar, mas até agora nada! Ouvi também que uns meninos do outro terceiro ano estavam querendo bater nele!”

“Porque, ele fez algo?” Como se Miguel não soubesse o porquê!

“Se um cara daqueles chegasse e pedisse pra comer a minha bunda eu matava, na boa!” Felipe diz isso dando socos na própria mão.

“O Rafael é bonito pra porra! Um desperdício ele ser esse gayzão!”.

Miguel levanta a cabeça em direção ao céu. Vê uma rachadura luminosa cortar as nuvens em seguida de um trovão.

Desperdício.

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Notas Finais


Eu espero sinceramente que vocês tenham gostados e que eu tenha acendido um fogo no cú de vocês! Pretendo escrever muito mais coisitas (algumas bem picantes). Obrigado por ter tirado um tempinho pra ler o meu trabalho! Beijos <3


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