História Desta vez, não vamos fugir... - Oceano

Os corações falharam uma batida simultaneamente, Usopp afastou os lábios dos dela apenas pelo tempo suficiente para confirmar que Nami estava entregue, em seguida perdeu-se nos lábios macios, o gosto dela o enlouquecendo de uma forma absurda.

Ele nunca pensara que o desejo era algo tão intenso, e tendo Nami abaixo de si, o corpo ardente como um raio de sol do meio dia, submissa e receptiva, sua mente conjurava cenas em que ele a possuía ali mesmo. Ele sentiu as mãos femininas apertando-lhe os ombros e por baixo da saia ricamente estampada, ele retirou-lhe a calcinha por completo, apertou a cintura delgada dela, para conter uma onda insana de calor que acelerou seu coração.

Poucas coisas faziam sentido agora, e uma delas era tê-la. Ter Nami e seu corpo perfeito só para si, ela gemia e isso era a tortura mais maravilhosa que ele já vivera em seus dezenove anos de vida. Ele temia esse sentimento que o atormentava, todo o corpo dolorido de desejo, ele deslizou a mão para encontrar a intimidade dela úmida e quente, enquanto movia a língua na boca da ruiva, sentindo-a estremecer sedutoramente.
 

— Usopp... Não... Por favor...

Ele não achou o pedido convincente o bastante, e acariciou-a delicadamente, Nami enterrou os dedos nos cabelos negros dele, a consciência dela vindo à superfície daquele oceano de paixão, as emoções intensas deixando-a à beira de se afogar, ela precisava manter o controle, precisava pará-lo... mesmo que não quisesse na verdade, mesmo que o corpo gritasse que o queria ali mesmo.

— Usopp... não podemos... pare...

Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar, me dá teu calor...

Ele se afastou relutante, os lábios macerados do beijo recente, os olhos turvos de tesão percorreram a expressão dela, em busca da veracidade do pedido, mas tudo o que encontrou foi um rosto corado, e olhos castanhos brilhantes.
 

— Você não quer que eu pare. — Apontou rouco.

— Não. Você tem razão... mas não podemos... Os outros...

Nami percebeu que embora resistente, a mão dele deixou sua intimidade, e ela sentiu apenas o atrito do tecido da saia, Usopp puxou a calcinha dela para o lugar, sentou-se trazendo Nami consigo, e a encarou longamente, precisava convencer a si mesmo de que era melhor deixá-la ir.

Por agora.

— Gomen... acho que perdi a cabeça... gomen, Nami... — Ele a olhou intensamente, a paixão ainda latejante em todo seu ser, mas as batidas do coração já voltavam ao normal vagarosamente, então, para acelerar o processo de calmaria, ele abraçou-a ternamente. — Não quis me aproveitar... foi apenas um momento... eu a amo... não faria nada contra sua vontade. Juro.

Nami cerrou fortemente os olhos, o fantasma do toque delirante dele ainda presente na sua intimidade molhada, mas o calor que a tomou agora, fora direto no coração.

Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você deságua em mim, e eu, oceano
Me esqueço que amar é quase uma dor
Só sei viver se for por você!