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História Destilando Neurônios - Ataque de amor


Escrita por: Sixxwins

Notas do Autor


Bom domingo á todos!
Sejam felizes!

Capítulo 8 - Ataque de amor


Fanfic / Fanfiction Destilando Neurônios - Ataque de amor

 

 

Se vocês acham que eu estou feliz porque o namorado da diretora que mais parece um andarilho vendedor de chapéus vai se apaixonar por mim devido á uma poção sem retrocesso dada pelo Sasori para que eu pudesse fazer Sakura se apaixonar por mim, mas no final das contas não deu certo por causa da solidariedade da moça, vocês estão enganados. Eu NÃO estou feliz.

Quando Sasuke me soltou eu soltei o caderno gordo de segredos da Hinata no chão e agarrei a minha cabeça e suei frio encarando com os olhos mais arregalados possíveis o Jiraiya em minha frente, pela minha sorte ele ainda não insinuou que já está apaixonado. Talvez demore um pouquinho, e eu quero estar bem longe quando ele se apaixonar.

- Por que você está agarrando sua cabeça? – perguntou Sasuke com os braços cruzados.

- Não posso mais agarrá-la? Ta com inveja? – franzi o nariz.

- Ei, por que você acha que eu vou me apaixonar por você? – Jiraiya começou a rir. – Isso só seria capaz se você conhecesse um feiticeiro para tal ato.

- Eu conheço, e ele é muito inútil. – soltei minha cabeça e suspirei. Sasori não tem culpa de Jiraiya está correndo riscos de se apaixonar por mim. Coloquei o dedo indicador e o polegar no queixo e fiz cara-de-cu para o céu. Sasori pode não ter culpa disso tudo, mas tem culpa de ser uma mula desembestada e errar meu nome.

“Se você vacilar, tu se fode, sabia?”

SHOCK!

“Se outra pessoa beber está poção, que não seja a garota que tu ta afim, essa pessoa vai se apaixonar perdidamente por você. Se acaso isso acontecer, não terá retrocesso, porque eu ainda não sei como desfazer isso tudo. Por isso que você vai ter que tomar o máximo de cuidado possível com este suquinho de laranja.”

- Menino. – Jiraiya se aproximou de mim com o braço esticado, eu me desvencilhei de sua mão e dei uma lapada nela.

- NÃO OUSE ME TOCAR! – eu gritei e me abaixei, peguei o caderno de Hinata me ergui e encarei Jiraiya. – SUAS MÃOS NÃO SÃO BEM VINDAS NO MEU CORPINHO!

- Isso é o que acontece quando se usa drogas. – Sasuke apontou o dedo para mim e fingiu decepção.

Eu soltei o caderno no chão de novo, me virei para Sasuke e comecei a bater palmas, cisquei no chão, pulei como um canguru, rodopiei como uma bailarina, fiz o moonwalk e em seguida comecei a sapatear, quando terminei apontei o dedo do meio para Sasuke.

- Se liga no meu foooooda-se!

Ele ficou parado, Sakura começou a rir e Jiraiya tentou se aproximar de novo, eu me agachei, puxei o caderno de Hinata e saí correndo como um ladrão. Fui parar no banheiro, chequei se havia algum aluno nos boxes, para minha sorte estava tudo vazio. Peguei o cartão do Mestre S e rapidamente fiz uma ligação. Quando eu pensei que cairia na caixa postal alguém atendeu aos gritos.

- FILHA DA PUTA! FILHA DA PUTA DO CARALHO, PORRA! EU ACERTEI, CACETE! EU TENHO UM OUVIDO ABENÇOADO POR SALOMÃO, CACETE! EU ACEEEEEEEEEEEEERTEI POOOOOOOOOORRA! – Sasori fazendo sasorisses. – Espera um pouquinho, quem é?

- TA ME OUVINDOOOO? – porque eu não tava, esse grito filho da puta do Sasori surdou até meu cu. – SASOOORI É EU O NARUTOOOO.

- E por que você está gritando? Acha que meu ouvido é alugado pra qualquer imundice gritar? Meu ouvido é frágil. Fala o que tu quer?

- QUEEE? – eu mal conseguia ouvi-lo. – ESPERA! – mudei o celular de posição, colocando ele no meu outro ouvido bom. – Agora sim, o que dizia?

- Você quem me ligou, me diga você.

- Ah sim... estou tentando arrumar uma forma de dizer sem que possa soar meio constrangedor, sabe.

- Oh não. – Sasori emitiu um barulho de um rato. – O que você fez com a poção? Quem bebeu no lugar da pessoa indicada? Foi ao menos uma pessoa bonita? Naruin eu estava no meio de uma soneca e estava tendo um sonho muito bom.

- Meu nome é Naruto. – choraminguei.

- Ta, é isso. Quem bebeu da poção?

- O namorado da diretora.

- Ótimo, torne-se gay e seja feliz com ele, tchau!

- ESPERA! – rosnei. – Ta aí ainda?

- Claro que estou, tu pediu pra eu esperar.

- Certo, eu preciso de ajuda.

- Eu avisei que se você vacilasse iria se foder, não avisei? Então se você se fodeu, não foi por falta de aviso, e mesmo que eu ajude, o que diabos eu poderia fazer? Eu disse que não tinha retrocesso, acostume-se com o namorado da diretora e vá viver sua vida alegremente como um gay sensato faria.

- Eu não...

- Você não sabe ser gay? Não precisa saber. Se joga pintosa, põe o rosa!

- EU NÃO QUERO SER GAY!

- Então temos um problema. Eu não acredito que vou sacrificar o meu maravilhoso sono por causa da cagada que você fez.

- Não tive culpa, ocorreu tudo perfeito, mas a desgraçada da Sakura resolveu bancar uma de bondosa e deu o suco pro Jiraiya, o suco que no caso era a nossa poção.

- Não me envolva nas tuas merdas!

- O que eu faço Sasori? – comecei a chorar de desespero. – O Jiraiya é praticamente um armário, e se ele resolver me assediar, ele pode me largar um oco tão grande, quero isso não. Eu amo minha masculinidade e quero continuar amando até o fim dos meus dias. Se eu fosse um emo como o Deidara eu estaria cortando meus pulsos agora mesmo. Mas eu não sou emo, sou apenas um mané que está prestes a ser agarrado por um armário gigante.

- Onde você está agora?

- Escondido no banheiro do colégio, por quê?

- Vou te buscar. Não se preocupe, eu não vou com minha motoquinha porque isso pode chamar atenção. Esse banheiro tem janela, não tem?

- É obvio que tem. – que banheiros não têm janelas?

- E você consegue passar por ela?

Encarei a janela e franzi a testa.

- Olha amigo, não me peça o impossível.

- Quando eu chegar aí eu retorno a ligação. Procura outro lugar para se esconder, porque se eu não me engano o tal de Jirabia já está apaixonado por você.

- É Jiraiya. – murmurei.

- Que seja! Agora procura outro lugar aí pra se enfiar que eu tô chegando. – ele fala que está chegando sem nem ter saído de casa, lógica na bunda.

Desliguei o celular e guardei-o no bolso. Peguei o caderno de Hinata e saí do banheiro bem devagarzinho, olhava cada corredor ao meu redor com bastante cautela. Me senti um caçador de zumbis agora, o que era algo semelhante porque estou fugindo de um zumbi que quer me comer. Ao invés de eu correr até o zumbi para matá-lo, a minha tarefa era fugir dele. Fui para a sala para pegar minha mochila, todos já tinham ido. Acho que até Deidara foi, minha deliciosa sorte é que Sai ficou de me ajudar a cuidar do discípulo do Sasuke hoje. Acho que Sai não se irritaria de ser babá por um dia sozinho, certo?

Enfiei o caderno de Hinata dentro da minha mochila e puxei-a comigo, enquanto eu saía cantarolando da sala uma figura alta, larga e com um sorriso descarado estava escorado na parede fora da sala. Era Jiraiya.

AI QUE DELÍCIA DE VIDA CARA! É UMA TOMADA NO CU ATRÁS DA OUTRA!

- Baby! – cantarolou Jiraiya desabotoando os botões da camiseta, eu encarei aquilo com nojo. Ele abriu a camisa e agarrou seu peito esquerdo e olhou para mim com um olhar sedutor. – Olha o tamanho do meu mamilo. – ele piscou. – Quer lamber?

Saí gritando e correndo pelo corredor. Entrei dentro da sala do laboratório de ciências, tranquei a porta e quase soquei um esqueleto. Aquele esqueleto parecia rir da minha desgraça, eu me aproximei dele e joguei minha mochila atrás de uma mesa. Puxei o esqueleto para perto e passei o meu braço em seu ombro e passei o braço seco dele no meu ombro.

- Odeio as mulheres, Fred. – sim, eu dei nome para o esqueleto, e daí? – Eu poderia está em casa agora, e olha onde estou! O pior de tudo isso é que estou cansado. Faço tudo cansado. Acordo tão cansado que acho que quando estou dormindo, minha alma sai do meu corpo e corre na corrida de São Silvestre. – encarei o crânio de Fred. – Você bem que podia falar alguma coisa, né?

- Baby!

Aticei o esqueleto no chão e me afastei fazendo o sinal da cruz com os dedos. Sério que Fred falou “baby”? Ava, mentira! Quem falou “baby” foi o andarilho do Jiraiya que tentava – a todo custo – arrombar a porta trancada. Cadê a Tsunade que não serve nem pra expulsar o namorado dela daqui? Que escrotisse. Peguei Fred do chão e pedi desculpas.

- Eu sei que você está aí dentro, baby. – ele praticamente cantarolou a frase toda.

- Troca de corpo comigo Fred. – olhei para Fred e sacudi a cabeça. – O que diabos eu estou dizendo? – joguei Fred no chão de novo e me escondi atrás da mesa e comecei a conversar com Jesus.

Meu celular começou a tocar enquanto Jiraiya espancava a porta e dizia o quanto me amava. Quê? É, isso mesmo. A poção do Sasori é da hora, porém não está sendo no momento. Lembrei de atender o celular.

- Tô aqui. – era Sasori.

- Veio de jegue? – reclamei. – Por que demorou tanto?

- Deveria agradecer minha disponibilidade de ajudá-lo, porque eu ainda estou com sono. Eu dormi no trânsito e quase atropelei um guaxinim. Não me pergunte o que esse guaxinim fazia na pista, achei-o bonitinho e queria pegar para criar, mas ele fugiu.

- Não estou mais no banheiro. Tô trancado no laboratório de ciências e Jiraiya acha que a porta virou saco de pancadas, e sim, antes que pergunte aqui tem uma janela.

- Jirayn está espancando a porta? Eu até iria fazer uma piada irrelevante a isso, mas minha criatividade está escondida no cu, agora se aproxime da janela e pule.

- É Jiraiya! – exclamei exausto e me levantei, coloquei a mochila nas costas e corri até a janela que estava aberta, subi no parapeito da mesma e caí no chão, mas minha queda foi amortecida. – Sasori, eu saí. – me coloquei de pé e limpei a poeira da roupa. – Cadê você?

- Em baixo de você.

- Isso foi insano. – estreitei os olhos.

- Você pulou em cima de mim.

Eu olhei para baixo e encarei Sasori estirado no chão com um sorriso besta nos lábios. Eu também sorri, só para disfarçar o constrangimento.

- Eu vou desligar. Tchau. – finalizei a ligação e puxei-o do chão com dificuldade. – Você está bem?

- Claro. Estou acostumado á chuva de idiotas. Agora vamos sair logo daqui antes que o seu namorado apareça. – eu não achei graça. Saímos correndo em direção á uma camionete, eu jurei que ela era do Sasori, mas o infeliz me arrastou para um caminhão monstro. Eu fiz cara de “sério que esse carro é seu?” e Sasori me olhou tipo “sou foda, me ame.”

- Ei! – Jiraiya estava correndo em nossa direção. Sasori arregalou os olhos para ele.

- Aquele é o seu namorado?

- Mas um pronunciamento semelhante é você vai fazer macumba no inferno pra voltar pra cá. – ele riu e subiu no caminhão, eu subi logo atrás e bati a porta. Sasori deu a partida no caminhão e acelerou, saímos de lá enquanto eu mandava Jiraiya se foder por códigos. – E agora? – encarei Sasori. – O que vai ser de mim?

- Vamos fazer pesquisas, encontraremos uma solução. Deidara pode nos ajudar?

- Deidara está sendo empregada no momento. Eu também estaria lá, mas Sai me ocupou por hoje. Me deixa dirigir um pouquinho?

- Eu não quero fazer macumba no inferno pra voltar pra cá, lamento bitch.

...

- Ohayo! – Deidara chegou na casa de Sasori e já foi diretamente para a geladeira. Segundos depois ele voltou sustentando uma bacia de doces no braço e um pão doce na boca. – Como está indo no retrocesso? – ele se jogou no tapete e ofereceu doce para Sasori que aceitou. Pra mim ele não oferece né? Veado.

- Nada bom. – murmurou Sasori estirado no tapete. Havia livros de tudo quanto é tipo lá e também havia um notebook com internet rápida, eu até queria pegá-lo para entrar nas redes sociais, mas estou com problemas maiores.

- Como o Sai foi na casa dos Uchihas? – eu perguntei tentando levantar minha auto-estima, mas eu só conseguia pensar em uma cova com um caixão na medida certa para o meu corpinho.

- Ele até que se deu bem com o Yachi, ah e Itachi vai descontar do seu salário, hmm. – Deidara encheu a boca de doce. – Sasori você está vermelho, está se esforçando demais. Naruto porque você não tenta se apaixonar pelo Jiraiya? Ele não parece ser um homem ruim, hmm.

Eu sentei no sofá e apontei o dedo na cara de Deidara.

- Pegue sua opinião, escreva ela em um papel, enrole e fume, porque ela é uma droga.

- Que decadência! – ele deu de ombros e buscou me ignorar.

- Vou pegar alguma coisa para comer. – eu fui atacar a geladeira do Sasori porque sim, eu posso. Preparei um sanduíche e voltei pro sofá. Deidara começou a admirar o abajur de Sasori que tinha um formato de um crânio humano, sei lá, mas tipo, bateu uma saudade do Fred. A porta da frente começou a bater. Eu me encolhi e quase engasguei com o sanduíche. – Se for Jiraiya, diz que morri!

Sasori se levantou, coçou a cabeça e praticamente se arrastou até a porta e atendeu, quando ele abriu a porta, eu notei que era mamãe. COMO ESSA MULHER DESCOBRIU ESSE ENDEREÇO? As mamães são mágicas. Ela olhou para a decoração da sala com os olhos arregalados, Sasori coçou a cabeça de novo e Deidara olhou pra mim com um olhar que dizia “prevejo você tomando no cu.” Respondi o olhar dele com o meu olhar que dizia “tomar no cu é minha rotina diária, acostumei-me á isto!”

- QUE LUGAR É ESSE? – gritou mamãe.

- Minha casa. – respondeu Sasori com tédio.

- QUE DIABOS É AQUILO? – ela entrou na casa apontando o dedo para o abajur em formato de crânio humano.

- Um abajur.

- QUE SATANAGEM É ESSA? – ela apontou para toda a sala.

- Minha sala.

- E O QUE É ESSA CRIATURA QUE MAIS PARECE UM ALCAÇUZ NO SOFÁ? – ela apontou pro fodido do Naruto, vulgo eu.

- Também não sei. – respondeu Sasori me encarando curioso.

- Boatos que é seu filho. – completou Deidara. Pô Deidara volte a se entupir no pão doce!

Eu encarei minha mãe. De onde ela tirou que eu pareço um alcaçuz? Vou foder com a lógica dessa mulher.

- Enfim mãe... – eu ia começar a me apresentar, porém ela me arrastou pra longe do sofá e tascou-lhe um beijo molhado na minha bochecha.

- Estou brincando meu amor!

- Como sabia que estávamos aqui? – eu perguntei me afastando dela e limpando minha bochecha molhada.

- Liguei para Deidara para avisar que os produtos de beleza dele haviam chegado e ele me perguntou se eu podia levar os produtos para a casa do amigo bizarrento dele, então eu concluí que poderia ser o Sasori. Eu nunca vim aqui antes, mas eu tenho o endereço dele guardado na gaveta das calcinhas.

- Que amor, o endereço está guardado num ótimo lugar. – Sasori sorriu para minha mãe e eu o encarei.

- Meus produtos! – Deidara arrancou as sacolas das mãos de mamãe e começou a vasculhá-las.

- Pomada pra hemorróida é produto de beleza? – Sasori perguntou boquiaberto, Deidara parou de mexer nas sacolas e subiu o olhar para Sasori, mas não retrucou.

- Naruto, tinha um homem lá em casa querendo falar com você, mas eu disse que você não estava. Era algo sério? – mamãe me encarou, eu deduzi que esse homem talvez fosse Jiraiya. Talvez não! É aquele andarilho sem duvidas! Ele é o namorado da diretora, com certeza ele fuçou nos arquivos da sala dela e descobriu onde eu moro. Cu.

- Deve ser um desses vagabundos querendo me levar pro mau caminho. Se ele aparecer lá de novo eu opto que chame a polícia.

- Bem, sendo assim eu vou embora. – ela tomou um pão das mãos de Deidara e acenou antes de sair.

- NÃO POSSO VOLTAR PRA CASA! – gritei com o suor escorrendo e queimando minha pele. – Posso correr sérios riscos de ser atacado á noite. E, bem eu não sei se vocês sabem, mas a minha maravilhosa bunda não vai entrar nada, apenas sair.

- Se você continuar aqui ele pode descobrir e vim fazer fuzuê em minha porta, eu não quero ser obrigado á usar uma de minhas maledicências nele.

- Ou você pode dormir na casa de alguém. – supôs Deidara. – Tipo Hinata, hmm.

“NUNCA MAIS OUSE VOLTAR AQUI, SEU DESGRAÇADO!”

- Não volto mais lá, o sr. Hyuuga parece aqueles caras malvados que adoram chibatadas. Vou chamá-lo de sr. Chibata a partir de hoje. E eu volto a dizer, não volto mais lá. O sr. Chibata quase me matou se não fosse pela gostosa da janela que havia em minha frente para eu me jogar dela.

- Hmm, já esteve no quarto da Hinata? – Deidara e Sasori me maliciaram.

- Não é o que estão pensando, eu só não quero que o sr. Chibata me pegue.

- Prefere o Jiraiya? – perguntou Deidara erguendo uma sobrancelha.

- Eu acho que encarar as iras do sr. Chibata passou á ser obrigatório.

- Mas você tem escolhas opcionais, Naruis. – lembrou Sasori num murmúrio.

- É NARUTO, PORRA! – sim, eu já estava me alterando com essa sasorisse sem limites. – Desculpe, eu tô aqui me alterando e você aí sacrificando seu sono para me ajudar, desculpe, pode me chamar de Naruis, Naroia, Natirutis, do caralho que for, eu não vou mais me impor. – peguei minha mochila. – Vou pra residência dos Hyuuga. – encarei Deidara e Sasori. – Queria poder ficar pra ajudar.

- Você não tava fazendo merda nenhuma mesmo. – Sasori disse algo sensato dessa vez.

- Eu aviso para os seus pais que você foi dormir na casa de uma “amiga”, mas que não me disse qual amiga era. – informou Deidara e se sentou no tapete puxando um livro grosso do chão. – Vamos Sasori, temos que resgatar o cu do Naruto que está em risco.

Sasori bancou uma de hiena enquanto se sentava no lado de Deidara. Eu acho que aqueles dois daria uma linda história de amor.

Coloquei-me dali para fora, e enquanto eu seguia para a casa da Hinata eu voltei a dialogar com Jesus. Parei na frente da casa dela, nenhuma evidencia do sr. Chibata e da irmã menor, talvez nem Hinata esteja aí. Ah, não custa nada tentar. Encaminhei-me para a porta e toquei a campainha, senti meu sangue drenar nas bochechas.

Ouvi um barulho lá dentro e em seguida uma pessoa abriu a porta.

Hinata.

Ela estava com os olhos inchados e vestia um moletom cinza, seu cabelo estava amarrado em um coque e ela segurava uma xícara de chá. Minha mãe sempre ficava naquele estado quando a TPM atacava, será que Hinata está com as três amiguinhas?

- Oi. – eu disse sem graça.

- O-oi. – ela me encarou espantada, de fato não estava me aguardando. Nem eu me aguardava ali. – Aconteceu alguma coisa?

- Seu pai está em casa?

- Não.

- Sua irmã?

- Saiu com as amigas. Quer entrar? – ela deu espaço para eu passar na porta, eu entrei de cabeça baixa, envergonhado até na alma. Hinata bateu a porta e se virou para mim. – Desculpe, eu não estou num dos meus melhores momentos. – TPM, SABIA!

- O que aconteceu? – me virei para ela.

- Perdi algo de muita importância para mim.

O caderno de segredos dela! Eu tinha me esquecido dele. Agora ela não pode me chutar daqui, yeah!

- Hinata, eu... – abri o zíper de minha mochila e retirei o caderno dela de dentro. – achei seu caderno. Você deixou cair quando caímos da escada. Toma. – ergui para ela, logo percebendo ela me encarar atordoada.

- Meu Deus! – ela colocou a xícara na mesa e pegou o caderno. – Você leu? – quem dera eu ter lido.

- Não, juro por Deus. – ela acreditou.

- Desculpe ter feito você vim aqui para entregar o meu caderno.

- Não foi só por isso que eu vim. – cocei a nuca meio sem jeito. – Não vai ter como eu ficar em casa, sabe, então eu pensei que talvez eu pudesse ficar aqui.

- Na minha casa?

- É. Na sua casa.

- Mas o meu pai, ele...

- Eu fico no seu quarto. – ela ficou vermelha. – Me escondo no closet quando ele aparecer. – me aproximei de Hinata e peguei em sua mão livre enquanto a outra segurava o caderno. – Por favor, Hinata, me ajude. – olhei para ela com cara de pidão.

- Sim. – ela sorriu e ouvimos um barulho. Sr. Chibata chegando, fodeu.

Hinata me arrastou para o quarto dela e me jogou em seu closet logo batendo a porta, eita menina ninja. Eu a ouvi conversar na porta alguma coisa com o pai, em seguida ela se aproximou. Quando Hinata abriu a porta do closet eu caí no chão de imediato.

- Você está bem?

- Sinto minha força sendo sugada depois de um excesso de alívio. – coloquei as mãos no peito e suspirei. – Hinata você é um anjo. – ela se sentou na cama e sorriu eu olhei para ela e sorri de volta. – O meu anjo. – ela abaixou a cabeça e eu senti o clima pesar e ficar tenso. – Eu acho que posso dormir no closet.

- Posso pegar um colchonete pra você, meu pai e minha irmã não aparecem aqui depois das 9.

- Não quero causar incômodo.

- Você nunca causou. – ela me olhou e aquele clima tenso voltou. Eu danei a rir baixinho. – O que foi?

- Sou uma pequena porra que venceu na corrida pro útero, apenas. – ela também riu, só que da minha cara de mula enquadrada.

Hinata conseguiu se infiltrar no quarto do pai dela para furtar um moletom que ele usava ainda no colegial. Concluí que o sr. Chibata é econômico. Ela voltou para o quarto, fechou a porta e me entregou o moletom azul. Ela fez um comentário sobre o moletom ser tão azul quanto meus olhos e eu banquei uma de avestruz e escondi meu rosto no travesseiro. Sim, eu tava sentado na cama dela e sim, a cama dela é mais macia que a minha, momento inveja on.

- O que aconteceu com o seu nariz? – ela perguntou fitando o Band-Aid em meu nariz.

- Ratoeira. Deidara. Vida difícil.

- Quer passar uma pomada ou outra coisa?

- Eu tô legal. Não se preocupe comigo. Além do mais você está me fazendo um imenso favor de me deixar aqui. – Hinata se aproximou de mim e sentou-se em meu lado e esticou o braço para tocar no Band-Aid em meu nariz. Eu senti um aroma suave vindo dela.

- Tem certeza que não quer uma pomada?

Eu a encarei, ela me olhou de volta com a ponta dos dedos tocando em meu nariz. Escorreguei para fora da cama e segurei o moletom com mais força nos braços.

- Eu vou tomar um banho.

- Tudo bem. – ela se levantou. – Vou trazer algo para comermos.

Depois que eu saí do banheiro, Hinata tinha voltado com sanduíches e suco, eu me sentei no chão e cruzei as pernas, ela se sentou em minha frente e ofereceu um dos sanduíches que eu aceitei imediatamente, mas quando eu fui me deliciar na gordura a porra do meu celular começou a tocar. Peguei o aparelho e vi que era Sasori ligando, talvez ele esteja com boas notícias, atendi.

- Sasori?

- Eu. Você ainda ta na casa da Hinata?

- Sim e... espera, você não errou o nome dela! – ouvi um barulho alto do outro lado da linha.

- E era para eu errar?

- Você está sempre errando o meu.

- Esquece, eu liguei para avisar que ainda estamos na estaca zero e também para perguntar se você não prefere tornar-se gay.

- Desiste dessa ideia maluca de mudar minha opção sexual! – suspirei. – E me ligue quando tiver boas notícias. – desliguei e joguei o celular para trás, onde aterrissou na cama de Hinata, falando nela, ela estava olhando atenta para mim. – Hinata eu vou te contar uma história. – abocanhei meu sanduíche, tomando forças para contar o que me aconteceu.

Quando eu terminei de contar tudo para ela, Hinata ficou estática, deve estar se perguntando de onde eu tirei tanta má sorte na minha maldita vida.

- Acho que eu não seria capaz de recorrer á uma poção para fazer a pessoa que eu gosto passar a gostar de mim. – ela subiu para a cama deixando o sanduíche inacabado no prato.

- Então você gosta de alguém? – me virei para ela sorrindo. – Pode confiar em mim, Hinata. – só não confie no Caralho a quatro. Há!

- Estou apaixonada. – ela confessou e apertou o travesseiro no colo. Ela está apaixonada? Já é o começo de um segredinho, agora só falta ela me falar por quem. Ajeitei-me e olhei novamente para ela com os olhos brilhando.

- Diga a ele, Hina.

- Eu disse. – ela ficou ainda mais vermelha.

- E o que ele respondeu?

- Diga a ele, Hina.

Arregalei os olhos para Hinata, ela olhou para mim muito mais corada do que antes, tive uma sensação estranha, mas acabei sorrindo e me engatinhei para a beirada da cama.

- Uou, uou, uou... ele te chama de Hina também? Quem é? Eu conheço? É do nosso colégio?

- Ele é apenas um lerdo, sabe. – ela coçou a testa e olhou para o chão.

- Ele deve ser o rei dos lerdos, porque pra você dizer a ele que está apaixonada e ele nem sequer notar que é por ele, eu tô dizendo hein, manda matar.

Ela começou a rir.

- É engraçado como ele é tão lerdo. – ta, agora eu fiquei sem graça.

- Vamos parar de falar de seu pretendente, só continue se for falar quem é ele.

- Não digo. – ela olhou para mim parando de rir e a porta começou a bater, eu dei um pulo e olhei com os olhos arregalados para a porta. Sr. Chibata é você?

- Hinata! – chamou. Era ele mesmo.

- Você não disse que ele não vinha aqui depois das 9? – murmurei irritado para Hinata que se levantava da cama. Ela pegou minha mochila e jogou para debaixo da cama, empurrou os pratos com os pés para debaixo da cama também e suspirou.

- Pro closet! – ela exclamou e correu até a porta, eu mergulhei dentro do closet e ela abriu a porta. – Oi pai. – eu ouvi, porque era a única coisa que eu conseguia fazer no momento. Aqui dentro estava muito escuro.

- Por que está porta estava trancada?

- Eu sempre tranco, pai.

- Eu estava ouvindo sons de conversa daqui de cima, com quem estava falando?

- Costumo falar sozinha. – eu também Hinata, então é nós!

- O que é isso? – parece que o sr. Chibata começou a fiscalizar o quarto. – Sinto cheiro de homem. – vulgo eu.

- É meu perfume novo.

Eu gemi, mas na verdade eu estava tentando NÃO rir, até que funcionou, mas os ouvidos de sr. Chibata são abençoados que nem os de Sasori, e ele ouviu meu gemido. Ouvi passos pesados vindo para o closet. Engoli em seco e resolvi trocar mais palavrinhas com Jesus.

- Tem alguma coisa dentro deste closet!

- Claro que não pai, deve ser apenas um rato. – tem razão Hinata, acho que vou me transformar em um rato e morar o resto da minha vida no seu closet. – Pai, não!

O fedaputa do Hiashi abriu a porta do closet e afastou alguns casacos de Hinata, seus olhos se arregalaram quando ele me encarou encolhido lá no fundo com o polegar dentro da boca.

- Você! – os olhos dele pareciam vermelhos e uma veia estourou em sua testa. – Eu não me esqueci de você, Naruto!

- Não sou o Naruto. – respondi quando tirei o dedo da boca.

- Então quem é você?

Eu sorri largo e fiz o símbolo de “paz e amor” com os dedos.

- Oi, eu sou o Goku.

Ele olhou furioso pra mim, e eu olhei sedutoramente para ele como quem diz “quer autografo?”, ele me puxou pelos cabelos e me jogou para cima de Hinata, graças á ela eu não caí no chão. Sr. Chibata cruzou os braços e rosnou como um pitbull para nós dois.

- Explique-se, Goku. – tá, olha aí o nível da ironia do Hiashi.

- Qual é pior – sussurrei para Hinata que estava verde em meu lado, e além de tudo, muda. – Kamehameha ou Genki Dama?

 


Notas Finais


Ai que delícia de vida cara!
Até o próximo capítulo, tenham um bom início de noiteee...


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