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História Destinada - Desespero


Escrita por: Kaharuno

Notas do Autor


Gente sei que dá última vez disse que ia parar por um tempo para completar os capítulos anteriores. Resolvi que se eu fizer será mais na frente. Estou passando por momentos muito difíceis esses dias, uma pessoa que eu amava muito faleceu. Não está sendo fácil. Beijos e boa leitura
Perdoem qualquer erro. Depois vou revisar.

Capítulo 5 - Desespero


Depois da aparição estranha do Itachi insistindo em dizer que eu parecia uma tal de Sarui, Sasuke se irritou e saiu arrastando o mesmo me deixando sozinha com uma curiosidade que estava me matando. 

Eu estou eu um canto sozinha observando aquele lugar. A banda tocava uma música suave, fazendo com que casais se aproximassem para dançar. Olho mas fixamente para Hinata e Naruto, ela parece tão feliz, tímida e corada perto dele, me fazendo sorrir de canto: ela gosta dele. 

Será que minha mãe está bem? Se ainda esta viva? Se ainda está com aquele ser desprezível? Me repreendo por estar pensando nisso. Mas é inevitável, Não gosto de admitir, mas eu queria ter uma mãe, gostaria de ter ouvido conselhos, de ter conversado sobre namorados- mesmo que desse vergonha. 

Gostaria muito de receber alguma noticia dela. Saber como estava. Mesmo tentando admitir para mim mesma que eu não me importo, que o que sinto por ela é raiva, por nunca ter largado aquele canalha mesmo humilhando nós duas. Respiro fundo, balançando a cabeça de um lado a outro, tentando afastar esses pensamentos que me deixavam meio depressiva. 

Resolvo sair um pouco da festa e andar um pouco pelo jardim. Não sei porque mas aquele lugar me passava uma sensação boa. 

Ando pouco, sentando no primeiro banco que vejo quando meus pés dão sinais que aquele salto estava me matando. A vontade que eu estava era tirar aqueles saltos e arremessar longe. Mas não posso, Hinata disse que me mataria se me visse sem, sorri lembrando. Vou lançar uma nova moda: " A moda da chinela fashion" meu sorriso se alarga pensando na resposta que ela me daria. 

Lembro de Ino. O que será que ela está aprontando. Lembro dela chateada por não ter garotos no nosso orfanato como nos outros tinham. " Mas sério Sakura. É um absurdo não ter garotos aqui, só meninas. Só meninas! Elas querem que a gente vire lésbica, só pode" sorri mais uma vez. 

Estava tão absorta em meus pensamentos, até que percebi uns três homens se aproximando, mas ainda estavam distante. Sorriam um para o outro de um jeito sacana. Estremeci, era o mesmo sorriso maligno que o monstro da minha infância e dos meus pesadelos me dava. Me levanto e ando apressada tentando nao ligar para a dor nos pés, eu só quero sair daqui. Eu estava um pouco longe da casa, acelero o passo. 

- Esta fugindo de nós rosinha? - fala um deles. Percebo que agora eu começo a tremer. 

- Ei calma aí, só vamos nos divertir, você vai gostar.- o outro fala. Nesse momento eu desato a correr, o problema era que os saltos nao ajudavam muito, e começo a entrar em desespero, quando percebo que eles estão se aproximando. 

Sinto meu braço ser segurado com força. Sem perder tempo os outros dois estão de frente pra mim. 

- Você é bem bonita até. Nunca ti vi antes. Adoro carne nova. Não é Crab? - diz um deles, passando a mão no meu rosto enquanto me debato 

- Sim, e esse cabelo? Bem exótico e atraente- diz Crab chegando mais perto, arregalo meus olhos. Ele já estava bem próximo, já sinto sua respiração próxima a meu rosto. Em uma mistura de instinto, autodefesa e desespero, chuto suas bolas. 

Ele se inclina pra trás e urra de dor. Os outros dois parecem se surpreender e me apertam. O cara que eu dei um chute, faz um sinal para eles pararem. Deduzi que ele era o chefe. 

- Sua puta desgraçada, vou acabar com você- se levanta parecendo que a dor já tinha passado. Puxa meu cabelo me fazendo gritar. Passam as mãos nas minhas pernas. Eu já estava chorando desesperadamente. 

-Você é uma piranha bem bonita-diz passando a mão nos meus seios 

-Larguem ela AGORA.- escuto uma voz forte e grossa atrás de mim. 

Os três dão um pulo para trás, me deixando caída no chão. Me sinto humilhada, me sinto suja, me sinto violada. Desejo morrer. Sinto alguem tocando no meu braço e automaticamente o retiro.

- Sou eu Sakura, Hinata.- diz. Levanto meu olhar para confirmar. Dou-lhe um abraço desesperado, enquanto choro desesperadamentede.- vamos lá pra dentro. 

Fomos pelos fundos, para não chamar mas atenção do que já tinha chamado. Cheguei em meu quarto ainda chorando. 

- O que aconteceu... co-com...? Como me achou?- pergunto soluçando

- Sasuke apareceu, e perguntou por você, dissemos que não a vimos a alguns minutos. Então começamos a te procurar, até que escutamos um grito e ele correu. Quando chegamos lá vendo você... Você sabe. Ele parecia transtornado, gritou e partiu para cima deles. Naruto foi ajuda-lo e eu fui até você.

Lhe abracei novamente. 

- Se nao fosse voces... eu... eu- tento dizer e ela me abraça mais forte 

- Já passou. Esta tudo bem agora.- ela diz passando as mãos em meu cabelo. 

Depois de um tempo me dirigi ao banheiro e tomei o banho mais demorado de toda a minha vida. 

Assim que a água do chuveiro me atinge, minhas lágrimas aumentam. Começo a esfregar meu corpo com as mãos, para que aquela sujeira toda saísse. Me sinto pior que antes. Agora me sinto impura. Era como se o passado tivesse voltado para me atormentar, só que dessa vez o monstro conseguisse o que ele queria. 

Caio no chão do box. Passo as mãos no cabelo, em um sinal ainda de desespero. Solto um grito que estava entalado. Respiro fundo.

Graças a Deus, Sasuke, Naruto e Hinata apareceram. Tenho que agradece-los. Termino meu banho e saiu, meu quarto estava vazio. Visto um pijama. Me deito ainda sentindo a sensação das mãos em mim. Lágrimas saem um pouco mais comportadas agora. 

Escuto batidas fortes em minha porta. Começo a tremer, o medo volta. Paro de chorar, por causa da adrelina, e corro para o canto mais afastado da porta, pegando meus saltos. Não que aquilo fosse a melhor arma, mas é melhor que nada. 

A porta abre, meu coração bate mais forte. Sasuke aparece e se assusta me vendo daquele jeito. Quase instantaneamente solto o ar, que eu nem sequer sabia que estava prendendo, e saio da pose de ataque. 

- Posso entrar?- ele pergunta 

Fico paralisada, Ele. Se não fosse por ele... Solto os saltos e me aproximo dele em passos lentos. Fico bem próxima. Nem sei se estou preparada para ficar próxima de outro homem, mas simplesmente o Abraço forte. Ele me passa uma incrível sensação de segurança. 

Ele parece se assustar, mas logo depois passa as mãos em minhas costas e me aperta em seus braços. Lágrimas começam a descer, dou um fungada, tentando controlar. 

- Obrigada- é tudo o que consigo dizer. 

- Se algo tivesse te acontecido eu nunca me perdoaria- levanto minha cabeça, e seus olhos estavam fechados.  

Ele é tão lindo, eu poderia ficar olhando para ele o dia inteiro, seu rosto era angelical, seu nariz incrivelmente reto e seu maxilar com expressão dura, lhe dava um ar atraente. Seus olhos abrem aos poucos, e percebo algo estranho. A cor dos mesmo estavam um misto de vermelho e preto. Arregalo os olhos e o empurro, assustada 

- Se-seus olhos e es-estao...- gaguejo enquanto aponto para seus olhos de modo acusatório. 

Ele passa a mão no cabelo de maneira impaciente, enquanto fecha os mesmo. Quando abre já estão do mesmo jeito de sempre. 

- O que aconteceu com seus olhos? Vo-voce é normal? Tipo pessoa normal, sabe? - começo a soar como uma louca.

- Do que você tá falando? Acho que você precisa dormir. - diz

- O que? Não. Eu não estou louca! Tem alguma coisa aí.- aponto para os seus olhos, exasperada.

- você tá confusa Sakura. Durma. Não tem nada de errado comigo.- ele diz ficando alterado, mas tentando disfarçar

- Eu sei o que eu vi! Me explica. Não estou entendendo nada. Você não é um vampiro, é?- pergunto alto

- O que? Vampiro? -ele começa a rir, como se eu tivesse contando a piada do ano, depois olha pra mim sério- Claro que não. É bem mais complicado que isso- diz e sai, me deixando mais confusa.

O que seria mais complicado que um vampiro? Eu hein. Agora sim, minha cabeça estava uma confusão. Até mais cedo minha única preocupação era me sair mal em uma festa, agora estou me sentindo péssima por ter sido quase violentada e descubro que o cara que me adotou é mais complicado que um vampiro. 

Pelo menos essa história toda, me tirou a sensação daquelas mãos em meu corpo. Me deito. Passo horas tentando dormir, mas não consigo. Tenho medo de fechar os olhos, medo de ter pesadelos, medo de sentir as mãos novamente. O que será que Sasuke e Naruto fizeram com eles? Percebo que nem perguntei isso. Me levanto desistindo de dormir. E vou para a minha doce sala do piano, onde consigo pensar melhor. 

O problema foi chegar lá. Não por não saber o caminho, e sim porque acho que estou meio paranóica e qualquer barulho faz eu me esconder assustada. 

Passo meus dedos pelas teclas, enquanto me sento no banco. Toco uma música melancólica, que nunca ouvi. Meus dedos apertam as teclas parecendo saber exatamente o que fazer, me deixando até mesmo assustada. ouço um barulho e viro a cabeça rapidamente em direção ao ruído 

- Você não me ouviu não é? - pergunto com receio

- Sim eu ouvi, assim como todas as outras vezes em que você tocou- Sasuke fala tranquilamente, indo em minha direção 

- Sério? - pergunto surpresa, me levantando. Ele assente.

-Eu sempre amei ouvir você tocar - diz parecendo distante.

-Que? Vai me dizer o que poderia ser mais complicado que...

- Não pode esquecer isso? - perguntou me olhando nos olhos. Nego- um anjo caído.




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