História Destinados - Vhope, Jikook, Namjin - O passado de Taehyung

Ele tira sua máscara e... Não, não pode ser, é impossível

V : p-pai ?

V narrando

Não é possível, meu pai está morto. Ele foi morto na minha frente, aos meus 6 anos de idade. Me lembro daquela cena horrível, até hoje

Flashback on

Ouço barulhos vindo dá sala- appa, o que é isso ?

Dongwoo : os barulhos ? É só o vento

V : appa, eu tenho medo

Dongwoo : vamos lá, filho, você verá que não é nada

Saímos do quarto, descemos as escadas e fomos calmamente até a sala

Chegando lá, a porta de nossa enorme mansão, estava arrombada e haviam 3 homens, vestidos de preto, com facas e katanas nas mãos... Eu estava com medo, pois não é todo dia que estranhos, com armas, entram na sua casa sem avisar

Dongwoo : q-quem são vocês ? O que q-querem ?

?? : Não queremos nada

Dongwoo : então, o que vinheram fazer aqui ?

?? : Matar você- diz, enfiando a faca na barriga de meu appa, espalhando sangue por suas vestes

Dongwoo : s-só não façam n-nada com meu filho- meu pai diz, entre gemidos de dor

Corri até a porta e me escondi atrás dela, observando o assassino

Aqueles homens começaram a torturar meu pai, o que me deu um aperto no coração... Eu era só uma criança, frágil e indefesa, não podia fazer nada, além de me lamentar

Os assassinos continuaram a machucar Dongwoo

Dongwoo : m-me matem... L-logo- diz com a voz fraca

No mesmo instante, um dos caras sacou uma arma, mirou no peito de meu appa e puxou o gatilho

O corpo de Dongwoo cai pra trás, me dando uma horrível sensação de culpa, por não ter tentado impedir

?? : Você- aponta seu dedo em minha direção- não ouse contar a ninguém, o que ouve aqui, ou será o próximo a morrer

Os homens saem de minha casa, arrastando o corpo de meu appa

Cai no chão e lágrimas imparáveis começaram a correr, por meu pequeno rosto. No mesmo momento, vejo meu irmão descer as escadas

Jinyoung : maninho, o que ouve ?

V : n-nosso appa

Jinyoung : o que tem ele ?

V : u-uns caras... Vinheram aqui e... E atiraram n-nele- falo aos berros

Jinyoung : Tae, não brinca comigo- diz em um tom, um tanto quanto preocupado

V : é s-sério

Jinyoung se senta ao meu lado, já com lágrimas em seus olhos, e me abraça, confortando-me

Jinyoung : vai ficar tudo bem... E-eu sei que vai

Meu irmão se levanta e me ajuda a levantar. Sentamos no sofá e ficamos observando aos prantos, a enorme possa de sangue, que se encontrava ali

O líquido vermelho se espalhava pelo local rapidamente, era como um mar de sangue...

Flashback off

Desde aquele dia minha vida nunca mais foi a mesma, e não foi diferente para meu irmão. Sem meu pai as coisas se complicaram

Passamos dias e noites, sozinhos naquela casa, éramos só nós dois. A saudade de nosso pai era muita, o que impossibilitava nossa felicidade e diversão

Em um dia frio e nublado, ouvimos o som dá campainha de nossa casa. Jinyoung abriu a porta, revelando pessoas desconhecidas, por nós. Eu fiquei com medo, achei que iriam me matar, ou a meu irmão, mas não foi bem assim

Eu nasci e morei em Daegu até meus 6 anos de idade, na época Young tinha 8. Aquelas pessoas que apareceram em casa, eram do conselho tutelar, e nos levaram para um orfanato em Seul. Nos matricularam em uma escola, que é a mesma que estudamos até hoje, nos deram um novo lar e haviam novas pessoas, pra socializar. No começo era chato, pois eu não tinha amigos e vivia calado. Fiquei por um mês, sem ouvir minha própria voz, eu ainda estava muito abalado

O tempo foi passando, e eu finalmente criei coragem, pra falar com as pessoas daquele lugar. O orfanato se tornou um lugar legal, eu não estava tão infeliz quanto antes, porém estava traumatizado

No orfanato estava tudo bem, o problema era a escola, pois eu era muito quieto, todos tinham seu grupo de amigos, até mesmo meu irmão, mas eu não. Eu sempre sentava sozinho no intervalo, os deveres em grupo eu fazia sozinho, eu simplesmente era sozinho. Até um certo dia, quando um garoto chegou na escola. Ele era pálido, tinha cabelos negros, olhos castanhos e dentinhos de coelho, o que o fazia ter um sorriso encantador, seu nome era Jungkook, sim, é o mesmo Jungkook que transa com o Jimin... Nossa, que exemplo hein

Jungkook se tornou meu melhor amigo, e desde então eu já não era tão sozinho. Os meses passaram e nos aproximamos de Jin e Namjoon. A escola não estava mais chata, eu já tinha minha turma. Fazer novas amizades, fez com que eu me distanciasse um pouco de meu irmão, mas isso não afetou em nossa relação

Onde o Jimin se encaixa na história ? É bem simples. Com meus 11 anos de idade, Jin me apresentou Jimin, que era da outra sala, antes de pedir transferência para a nossa. Desde então minha turminha era, eu, Jungkook, Namjoon, Jin e Jimin

Por volta dos meus 12, 13 anos, recebi a notícia de que o pai de meu amigo, Namjoon, havia falecido. Aquilo me lembrou do assassinato de Dongwoo, e eu voltei a ser uma criança triste. Mas eu pelo menos tinha amigos

Anos se passaram, eu já estava com 15, e meu irmão com 17 faltava apenas 1 anos, para sairmos daquele lugar infernal, chamado orfanato. Se não fossemos adotados naquele ano, meu irmão, ao completar 18 anos de idade, receberia o dinheiro de meu pai, e compraria uma casa para morarmos

Todos no orfanato já haviam sido adotados, menos nós dois, ao perceber isso fiquei meio desanimado, pois todos foram escolhidos para serem amados, menos nós dois, o que me fez me sentir insignificante

Finalmente, nesse ano, meu irmão recebeu o dinheiro de nosso pai, e nos mudamos para uma nova casa

Quando crianças éramos ricos, pois nosso pai era dono de uma empresa famosa, e tinha bastante dinheiro. Quando meu irmão recebeu aquele dinheiro, eu estranhei, pois era pouco, era muito pouco, Dongwoo tinha muito mais do que aquilo. Então eu fiquei pensando, se o dinheiro dele era guardado em um cofre secreto, escondido na nossa antiga casa em Daegu. Mas isso era impossível, já teriam descoberto aquele cofre

Finalmente eu percebi, que não haviam chances de ter mais dinheiro, e deixei aquela ideia de lado

Mas voltando ao assunto principal, meu pai, ele morreu e era impossível estar na minha frente, em carne e osso

Dong : Kim Taehyung ? Filho ? É você mesmo ?

V : m-mas... Você não estava m-morto ? E-eu não entendo

Dong : Taehyung, eu forjei minha morte...

V : p-por que ?

Dong : a empresa estava falindo, logo eu não teria mais condições, de cuidar de você, e seu irmão. Eu não queria que vocês sofressem, por minha falta de dinheiro. Então achei melhor acabar com aquilo logo, e forjar minha morte, foi a única solução que eu encontrei... Me desculpe, meu filho, eu só não queria o sofrimento de vocês. Peço que se coloque em meu lugar, e entenda meu lado- aquela voz, aquele jeito de falar, aquelas palavras, aquelas lembranças, tudo isso, me fez chorar

V : v-você sabe, o-o quanto sofremos com sua perda ?

Dong : sim, eu sei, mas acredite em mim, Taehyung, vocês sofreriam mais ainda, se continuassem comigo... Você me perdoa, filho ? Por favor, eu só queria o melhor pra você, e seu irmão

V : t-tudo bem, está desculpado, appa

Meu pai vem até mim e me abraça, como fazia quando era pequeno, e estava inseguro

Dong : eu te amo, eu sempre te amei, meu macaquinho- esse apelido, como em senti saudade dele

V : eu também, appa