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História Destinados - Doloroso - Outono


Escrita por: Bidha_chan

Notas do Autor


Eai pessoal, turu bom? Aqui está mais um capítulo para vocês, espero que gostem :3

Capítulo 7 - Doloroso - Outono


Fanfic / Fanfiction Destinados - Doloroso - Outono

Aquele simples encostar de lábios fez o mundo das duas almas gêmeas virar de cabeça pra baixo.

Era um beijo singelo e inocente, que foi se aprofundando até estarem travando uma batalha por espaço um na boca do outro.

Só notaram que prenderam a respiração quando veio a falta de ar, Levy recobrou a consciência de seus atos e subitamente o empurrou, se levantando apressada.

-O que houve? - perguntou Gajeel confuso, ainda sentado no chão.

-A gente não devia ter feito isso – respondeu passando nervosamente a mão na trança encharcada, enquanto andava de um lado para o outro, olhando para Gajeel, notou que o mesmo parecia surpreso e ofendido com o que tinha acabado de dizer – Você vai se casar em breve, com outra pessoa, essa que por um acaso me odeia, se ela sonha que isso aqui aconteceu eu vou dar toda a razão do mundo para ela! - exclamou Levy, gesticulando loucamente.

-Hey, fica calma, ela não vai saber - falou o homem, se levantando e segurando– a pelos ombros, a impedindo de continuar andando de um lado para outro.

-Mesmo assim! A gente não devia ter feito isso! - murmurou cabisbaixa, ela estava se sentindo péssima.

-Por que não? Ninguém vai saber, só você, eu e a floresta, e eu te garanto que a floresta sabe guardar segredo – falou aconchegando a bochecha direita de Levy com a mão esquerda.

-Você não entende – respondeu com a voz quase chorosa se soltando dele e andando de volta pelo caminho que havia feito antes.

-Não entendo o que? - perguntou indo atrás dela e pegando em seu ombro.

-Nada! - resmungou baixinho – Nós temos que ir.

-Não, você tem que me explicar isso direito – exigiu vendo – a respirar fundo.

-Agora não, eu só quero ir embora – se virou pra ele e murmurou quase implorando.

-Tudo bem, vamos – respondeu num suspiro se dando por vencido.

-Obrigada – murmurou e voltaram a andar, ela ia mais à frente dele e dessa vez ficaram em silêncio, Gajeel pensou no que fez e sabia que devia estar arrependido, mas não se sentia assim, ele não conseguia, aquilo parecera tão certo que ele não conseguia se sentir culpado, era como se aquilo fosse o certo e o resto que estivesse errado.

Depois de andarem por alguns minutos, finalmente chegaram perto da residência Scarlet, eles nem se deram o trabalho de retornar para o almoço, Levy estava tremendo de frio e eles estavam molhados demais, Gajeel achava perigoso ela ficar doente, afinal, lobos tinham uma enorme resistência, mas feiticeiros tinham um organismo parecido com o dos humanos, eram quase tão frágeis quanto eles.

Assim que chegaram na entrada da mansão foram recebidos por James, que estava com duas toalhas na mão.

-A senhorita está ficando doente, seu nariz está muito vermelho – comentou James, o nariz de Levy estava vermelho por outros motivos que não tinham nada a ver com uma doença, porém ela só concordou com a cabeça, não estava a fim de discutir.

Antes de entrarem na casa, ela passou a mão por cima da lua em seu pulso,que brilhou e lhe devolveu o cabelo solto, este que continuava molhado, a roupa e o sapato, esses, por sua vez, estavam secos.

Já perto das escadas, Gajeel ouviu a azulada fungar várias vezes e ficou mais preocupado ainda.

-Levy, você tá bem? - perguntou pegando em seu pulso esquerdo, impedindo que ela subisse as escadas.

-Tô ótima – respondeu automaticamente.

-Tem certeza? - perguntou incerto, ela não parecia bem, estava tremendo de frio e fungava muito.

-Gajeel, eu to ótima – falou despreocupada,se virando para ele – Não precisa se preocupar, eu vou ficar bem – respondeu gentilmente, ela não queria ser grossa, já que ele estava preocupado com ela.

-Mesmo toda molhada e com o nariz vermelho você ainda é a mulher mais bonita que eu já vi na vida, sabia? - comentou com um sorriso bobo enquanto fazia carinho no pulso dela com o dedão.

Antes que Levy pudesse responder eles foram interrompidos bruscamente.

-Amor – berrou Flare da porta, correndo rapidamente até eles. Levy rapidamente puxou seu pulso da mão de Gajeel, não queria que Flare ficasse histérica e começasse uma briga – Você está bem, meu amorzinho? - perguntou o examinando superficialmente.

-Tô sim, não se preocupe – falou a impedindo de continuar a sua análise.

-Que bom, meu bebê – disse dando um selinho demorado nele, o que fez Levy revirar os olhos e continuar subindo as escadas.

-Hey, guardiã, obrigada por ir atrás do Gaj, o pessoal da guarda estava ocupado – falou agradecida.

-Não fiz mais que a minha obrigação como guardiã – respondeu levantando a mão direita e continuando pelo seu caminho, quando já estava no corredor ela ouviu Flare perguntar o que ela quis dizer com isso.

Levy entrou em seu quarto, fechou a porta e escorregou superfície abaixo, o chão era todo de um carpete felpudo o que aplacou a queda.

Sentada, ela tirou um dos saltos e jogou pelo quarto, repetindo o processo com o outro.

O quarto era quentinho e isso fez o frio ir embora, ele estava todo escuro e isso cooperou com o que veio em seguida.

Ela gostava muito do escuro, porém aquele quarto era triste, não tinha uma cor viva, era horrível estar ali sozinha, ainda mais com todos aqueles sentimentos presos dentro de si.

Então ela chorou, foi um choro dolorido, era como se tudo estivesse acabado, nada mais valesse a pena, ela não fazia ideia do motivo de estar assim, ninguém tinha falado que doía tanto, Levy abraçou as pernas e afundou a cabeça no espaço entre as pernas, ele nunca entenderia porque nem ela mesma entendia, depois daquilo que aconteceu entre os dois ele ainda beijou a outra como se não fosse nada, isso partiu seu coração e Levy nem entendia o por quê.

 

Ela estava definitivamente perdida.

 

A jovem não sabia quanto tempo ficou ali, mas foi tirada de seus devaneios por uma leve batida na porta.

Se levantou vagarosamente e abriu uma fresta para ver quem era.

-Sim? - disse vendo James parado com uma bandeja nas mãos.

-Isto é pra senhorita – disse erguendo a bandeja.

-Ah sim, obrigada – murmurou abrindo a porta e saindo para pegar a bandeja, nem se importou em checar se estava bem o suficiente para ser vista pelo mundo, e se não estava James não pareceu se importar muito com isso, porque só fez uma leve reverência e se foi.

Levy voltou para o quarto e fechou a porta com o pé, acendeu a luz e deixou a bandeja em cima de uma mesinha de centro que tinha ali.

Sentada no chão, ela tirou a tampa da bandeja dando de cara com uma enorme taça de sorvete de chiclete com várias cerejas por cima, também tinha um vasinho com alguns ramos de lavanda, a flor favorita dela, e um cartão dobrado no meio. Levy pegou o cartão e o leu.

 

 

‘Soube que não comeu a sobremesa, então aproveite o sorvete, é o seu sabor favorito né?

 

Espero que tenha gostado da lavanda, tomara que ainda seja sua flor favorita.

 

Melhore logo, por mais que eu suspeite que você não está doente!

 

Com amor, Gajeel Redfox, seu protegido.

 

 

PS: Te aguardo para o jantar, não tente escapar de mim’

 

 

O bilhete fez Levy sorrir, se ela estivesse mesmo doente, um sorvete era a última coisa que ajudaria seu estado.

Porém, ele ainda lembrava das coisas preferidas dela, coisas que às vezes até a própria mãe esquecia.

Ela pegou a enorme taça e se sentou na cama comendo tudo com muito vigor, após terminar ela pegou o vasinho e colocou em cima da penteadeira, era um vaso de cristal tão bonito, parecido com os que tinha em casa, junto dele colocou o bilhete.

Após tomar banho, ela verificou o horário e notou que não era nem três da tarde ainda, o jantar só começava às 19:30 da noite, ela ainda tinha muito tempo pra dormir naquele dia, porém estava pensando no filho, agora teriam que morar na mansão Redfox e ele nunca passou mais de um mês longe dos avós desde que nasceu, ele era tão apegado a eles, partia seu coração ter que separá – los, porque jamais deixaria seu filho, ele estaria com ela até ter idade o suficiente para ser consciente de suas decisões.

Ela tinha acabado de vestir um macacão e estava indo deitar, quando ouviu uma batida na porta, ao atender viu James, mas ele não estava sozinho, ele estava com Bryan em seu encalço.

-Olá, mamãe – disse passando por ela e entrando no quarto.

-Senhorita, a bandeja – disse em tom formal, Levy apenas estendeu o braço e a bandeja com a taça vieram diretamente para a sua mão.

-Aqui, senhor – disse sorrindo para James e estendendo a bandeja em sua direção, que a pegou, agradeceu e saiu.

-Então mocinho, vamos tirar um cochilo? - perguntou a mãe fechando a porta, vendo o menino tirar os sapatos e coçar os olhos de sono.

-Ah mamãe, obrigada por perguntar, eu estou morrendo de sono – disse subindo na cama da mãe, se aconchegando nos travesseiros e se cobrindo com o edredom.

Levy apenas sorriu e apagou as luzes, subiu na cama e fez a mesma coisa que o filho, o abraçou e então ambos fecharam os olhos, pegando no sono rapidamente.

Depois de um tempo, Levy se levantou, tocou a lua em seu pulso, deu um beijo singelo no filho adormecido e se retirou, ela precisava investigar aquilo ou jamais poderia dormir em paz novamente.

Sua família era tudo que ela tinha de mais importante, ela iria protegê-los custe o que custasse.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo <3


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