História Destinados - F i n a l m e n t e

Isabella acordou no sábado com uma sensação estranha, teve vários pesadelos, não sabia o que era, nem poderia, mas logo espantou esses pensamentos e foi tomar seu café com sua colega de apartamento.

-Bom dia Bru - disse Bella

-Bom dia Bella adormecida, dormiu mais que o normal, o chefinho não ta te dando folga?- Bruna respondeu rindo

-Tive alguns sonhos meio estranhos, acabei demorando pra dormir, sua mente poluída, mas também é sábado amore, posso usufruir deste privilégio - disse Isabella sorrindo

-Está certa Bella, esses sonhos envolvem promiscuidade? - bruna disse dando risada

-Você acordou engraçadinha hoje heim, - Disse Isabella arqueando as sobrancelhas

-Me segura que hoje eu tô cheia de graça – Bruna respondeu com ar de orgulho

- Então falando em graça, quando você e o Guilherme vão parar com essa frescura? – Disse pegando o pão

Bruna que mordia um pedaço da torrada engasgou-se, Bella levantou e deu tapinhas nas costas da amiga.

- Isabella, você não sabe brincar, não desce pro play – Bruna disse se recuperando com irritação

- Nossa, é só falar do Guilherme que você fica assim, a coisa ta mais séria do que eu pensei – Isabella disse fazendo graça com a amiga

- Vamos combinar assim, eu não brinco e você para com essas insinuações – Bruna disse fingindo irritação

- Ok, dona nervosinha – Bella respondeu para a colega com um sorriso

As duas continuaram brincando durante toda a manhã. O dia correu normalmente, Bruna fora arrumar seu quarto, enquanto Bella preparava o almoço para ambas. A campainha ecoou pelo local, Isabella gritou para que Bruna atendesse, pois estava ocupada, a morena se dirigiu até a porta, dando de cara com um Guilherme ofegante.

- Oo que você taaa, fa-azendo aqui – disse Bru nervosa

- Pode me xingar, me expulsar, me ignorar, mas eu preciso fazer isso –

Guilherme envolveu seus braços na cintura de Bruna, colocou uma mão por trás da nuca da morena, a trazendo mais próximo de si, sem chance dela dizer algo, não que precisasse, ele a beijou. Bruna estava em choque devido ao susto, mas logo se entregou ao momento. Era como se tudo fizesse sentido. Beijaram-se envoltos na imensidão de sentidos aguçados. Interromperam o beijo apenas por falta de folego, com os lábios colados, um sorriso mudo surgiu em ambos os lábios, como resposta a uma pergunta oculta.

- Namora comigo – Foi a única coisa que Guilherme ousou dizer, após um tempo

Bruna que estava em silencio, tomou a única atitude plausível que achara e a mais simples resposta naquele momento

- sim –

Sem delongas os lábios voltaram-se a se tocar, como se o mundo não estivesse ali. Isabella observou a cena ao longe, com um sorriso cumplice, percebendo que os dois  precisariam de privacidade, subiu para o quarto. Ela teria tempo pra poder corroborar sobre o relacionamento. Os dois sentaram-se no sofá, olhando um para o outro.

- Sei que fui impulsivo, mas não aguentava mais ficar te ignorando, fingindo que não gosto – Gui disse sincero

- Eu também não aguentava mais. Acho que fomos exagerados e orgulhosos – Disse abaixando o rosto

- Um pouco.. Mas não abaixe o rosto, pois eu adoro olhar pra você, eu sempre vou adorar olhar pro seu rosto – Disse com o rosto ruborizado

Após uns segundos admirando-no ela disse

- Só olhar?  - com um pequeno sorriso tímido

O momento que pedia o sublime afeto, era indispensável naquele instante. Aproveitaram, antes que a realidade pudesse vir atrapalhar, e como uma sentença imediata, a porta que não tinha sido fechada, pairava uma sombra alta com um sorriso, olhando os dois recentes pombinhos no sofá, que foram despertados pela salva de palmas solitária.

- Finalmente –

Era Rafael, que esperou o momento oportuno para interromper. Havia chegado a pouco e não resistindo, comemorou, por seu amigo que sempre soube gostar de Bruna.

- Tinha que ser, sempre um surdo – disse Bruna mau humorada

- Rafael, a Bella não está te esperando? – Guilherme acrescentou

- entendi, to sobrando, subindo – disse rindo e indo em direção as escadas

Quando estava próximo a porta do quarto da namorada, a porta estava entreaberta, quando ele presenciou a cena que seus olhos não julgaram ter maior teor de beleza existente. Isabella estava de costas com nada menos que uma lingerie preta rendada , ela acabara de tirar o short que vestia, preparando-se para um banho. Rafael estava entre a fresta da porta, aproximou-se lentamente dela, parando alguns centímetros do corpo da amada.

- Como uma perfeita maçã, tuas curvas são, minha doce musa .

Os pelos do pescoço eriçaram-se imediatamente no pescoço de Bella. Não precisava virar-se para saber o dono da voz poética soando ao pé do ouvido. Ele se aproximou um centímetro a mais.

- Minha preferida, como a luminosa do céu, és a poesia viva que emerge do mar, pairando no meu céu –

Enquanto recitava o pequeno poema, aproximava-se mais e mais, até que seu corpo tocou o dela. Ela virou-se com os olhos marejados.

- Rafa, esses versos são pra mim? –

- Todos e mais alguns – Rafael dizia com um sorriso no rosto

Aproximou o rosto do de Isabella, com as pontas dos dedos ergueu o queixo da Loira e selou os lábios em uma doce demonstração de carinho e admiração. Não muito depois o mesmo tomou uma intensidade. As mãos de Rafael que estavam na cintura de Bella foram para os cabelos, e a outra para o quadril, onde pressionava, suprimindo o desejo que queimava dentro de si. Isabella arranhava a nuca de Rafa, em resposta as investidas. Ele tocou a língua no céu da boca de Bella, fazendo a mesma soltar um gemido que fora abafado pelos lábios do mesmo. Como se fosse possível aumentaram a intensidade dos beijos, voluptuosos. Isabella agora ofegava com os lábios de Rafael em sua jugular, onde ele depositava beijos molhados e pequenas mordidas. Os quadris que estavam emparelhados, encaixaram-se, fazendo com que ambos sentissem o calor de suas inimidades. Rafael estava duro, o que fez Bella dar um impulso assustado.

- RAaaafa, acho que precisamos ...eerr.. parar – Dizia se afastando

- Claro... er.. acho melhor, mas com você assim fica difícil me controlar – Rafael dizia com um sorriso sacana coçando a cabeça

- Nem começa, seu safado, eu preciso tomar banho e você mocinho – Disse dando um selinho em Rafael rapidamente – Pode tratar de descer e ficar com a Bru e o Gui, o novo casal da praça

- aaahh, deixa eu tomar banho com você, não quero ser Vela -  Rafael fazia biquinho dengoso

- Vai logo, antes que eu te expluse – Bella dizia empurrando Rafael

- Você já está fazendo isso, amor – Dizia rindo – Mas não antes de um beijinho

Pegou-na pela cintura e a beijou voluptuosamente. Interromperam o beijo e Bella o empurrou pra fora do quarto se dirigindo para o Banho. Assim que Rafael descera, Bruna e Gui estavam conversando no sofá.

- Oii Casal – Disse sentando-se na poltrona a frente

Os dois olharam com tédio para Rafael, mas suavizaram o rosto, pois afinal de contas eram um casal.

- Não vamos nem implicar, pois estamos muito felizes – Bruna disse orgulhosa

- Olha só, que bom Bruninha, eu brinco com vocês, mas eu estou muito feliz, de verdade por vocês. – Rafael disse sincero indo cumprimentar ambos

-Muito Obrigada Rafa. Pra você ver né irmão, disse que ela não ia resistir aos meus encantos – Guilherme dizia enquanto abraçava Bruna

- Iiiih, olha quem fala, não é senhor Guilherme, você que morria por minha causa – Bruna dizia com a cara de convencimento

- Vou fingir que você está certa, só pra não brigarmos, mas você sabe que sempre foi caidinha por mim – Guilherme respondeu provocando

Rafael se divertia com a cena. Logo os três estavam conversando sobre banalidades. Bella acabara o banho e colocou um vestido soltinho florido e desceu as escadas. Rafael levantou o olhar apaixonado para sua namorada.

- Diz, meus caros amigos, se essa não é a flor mais linda que alguém já viu? – Rafael disse indo até ela, depositando um beijo

- Para Rafa, assim você me deixa com vergonha- Bella falou tímida

- Eu tenho que dizer que a Bella é linda, mas não tanto quanto a minha própria flor preferida – Gui disse todo meigo olhando para Bruna

Bruna ficou ruborizada. Em meio ao clima apaixonado, os quatro foram para a mesa para o almoço. Divertiram-se, passaram a tarde vendo filmes e brincando uns com os outros. Combinaram de sair. Havia inaugurado uma boate nova. Os meninos iam passar na casa das meninas para que saíssem. Eram oito horas estavam todos prontos. Bella estava com um vestido azul bebê colado com um salto dourado, enquanto Bruna estava de vermelho um pouco mais soltinho com um salto preto. Sob elogios, seguiram para o carro, foram curtir a noite. Noite esta que seria longa.

Que o breve
seja de um longo pensar

Que o longo
seja de um curto sentir

Que tudo seja leve
de tal forma
que o tempo nunca leve.

Alice Ruiz