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História Destined Souls - Waking up


Escrita por: Bovaryz

Capítulo 22 - Waking up


Três semanas depois

          Lauren jauregui Point Of View

     Os dias estavam passando tão rápido, faltava alguns dias para eu Becca voltarmos à Los Angeles e já poderia ver um garotinha relutante para voltar pra casa. Era compeesivo sua tristeza de se afastar dos seu primos, ela era muito próxima a eles. Observei minha filha no quintal, o balanço em que as crianças brincavam continuava ali, velhinho e repleto de lembranças.

 

- Lembro das milhares de vezes que você caiu daquele balanço. - Minha mãe se aproximou e se juntou a mim sentando no sofá de dois lugares que estava na varanda.

 

         Curvei os lábios em um sorriso sendo invadida pelas as lembranças da minha infância, foi a melhor fase da minha vida, caia, me machucava mas não me preocupava pois sábia que minha mãe me ajudaria com remédios ela definitivamente tinha a cura em suas mãos, mas não tinha a curas para sentimentos feridos, machucados internos. é aquela famosa frase "um joelho ralado dói bem menos que um coração partido." Era um misto de sentimentos, mas em ranking, a frustação era maior, me sentia totalmente frustada por ter depositado uma grande confiança pra alguém que ainda tinha dúvidas do que sentia por mim se é que sentiu algo.

 

- Becca se sente feliz aqui...com A família, lugar que era para estar sempre. - Dona Clara novamente voltaria com o assunto de me convencer a morar em Santa Mônica.

 

- Mãe... - poderia continuar mas a mulher ao meu lado me cortou.

 

- Lauren você sabe que respeito todas as suas decisões...mas isso está errado, essa é sua cidade, deveria ser a de Becca também. - Soltei um longo suspiro e observei o céu, o pálido sol apareceu entre as nuvens refletindo uma luz no mar que quase não podia  ver. Mesmo estando distante da água eu poderia imaginar o barulho das ondas se quebrando e a brisa suave e zen que só a natureza transmitia.

 

- Não é como se eu morasse do outro lado do mundo...a senhora sabe que sempre que posso, eu venho com a Becca. - Tirei minha atenção do céu e passei a olhar minha mãe, podia perceber alguns traços meus bem parecidos com ela. Me perguntei se a minha filha com Olivia se pareceria com a mãe, soltei um longo suspiro, a falta da minha esposa ainda era delicada para mim, nunca poderia amar alguém como amei Olivia, foi um encontro de almas, tinhamos nossas diferenças mas tínhamos muito amor, ela foi e é o meu grande amor.

 

- Você sabe que aqui você conseguiria um emprego fácil, a escola de Becca não ficar tão longe...menos de uma hora e você poderia morar aqui filha, a casa é grande e você estaria perto da gente onde nunca deveria ter saído se não fosse por...- não continuou a falar, provavelmente percebendo que mais uma vez entrariamos em uma discussão, ela sabia que eu não admitia ela falar mal de Olivia como se minha esposa fosse o motivo de eu ter me afastado. Olivia nunca me pediu para ficar em Los Angeles, eu quis por contra própria, na cidade tinha mais oportunidades, coisa que não tinha em Santa Mônica.

 

- Mãe por favor não vamos tocar nesse assunto novamente...estou bem em Los Angeles e pretendo ficar lá. - mamãe colocou a palma de sua mão sobre a minha e assentiu compressiva, eu sabia que não era o que ela queria ouvir mas eu tinha que falar a verdade, não pensava em sair de Los Angeles, criei laços na cidade.


       Vi uma saltintante e alegre Becca pular no colo da minha mãe, a garotinha agarrou o pescoço da mais velha que tinha um grande sorriso no rosto. Becca queria alguma coisa, poderia notar facilmente em seu sorriso sorrateiro, conhecia tão bem minha filha que já sabia de cor  seus costumes e manias.

- Vovó quando a senhora vai... - Ela pretendia falar algo mas ao notar minha presença e minha expressão bem curiosa em saber o que Becca pretendia pedir. Ela soltou um sorriso tímido e aproximou seu rosto do ouvido da minha mãe, sussurrou alguma coisa que fez dona Clara concordar. As duas estavam tramando.

      Em Passos ligeiros, mamãe e Becca adentraram na porta que dava pra sala da casa e percebi que Harry e noah já esperavam pela as duas no batente da porta. Sorri e levantei do sofá, a brisa da manhã fraquinha bateu contra o meu rosto, bagunçado os fios do meu cabelo. Os dias foram uma correria e nem sequer deu tempo de ligar para as meninas, precisava saber como elas estavam.

       Enquanto me aproximava do balanço que percebi estar precisando de uma tintura já que sua tinta estava descascando de tão velha e dura, eu apertei no icon de Verô, que agora tinha uma foto das minhas duas amigas, parecia que estavam bem apaixonadas e isso era bom, não imaginava que as duas um dia namorariam por conta de Verô não gostar de se apegar mas parece que se apegou de vez. O Skype era um dos poucos aplicativos que tinha em meu celular, achava necessário para falar com meus pais e Taylor, sempre que podia estava me comunicando com eles.

- ATÉ QUE FIM RESOLVEU ME LIGAR! - Verô gritou assim que apareceu sua imagem na tela do meu celular conectando a nossa ligação, rolei os olhos pro seu drama de sempre. - Não se faça de sonsa, deve está namorando muito ai pra esquecer de nós. - Tive que rir da sua suposição, se ela soubesse que eu não beijava ninguém desde que sai de Los Angeles. Infelizmente acabei associando o último beijo a Camila, era difícil manter a Latina longe dos meus pensamentos.

- Não é eu que estou namorando muito não! - Ironizei assim que Lucy pareceu ao lado de Verô acenando para mim, as duas tinham um sorriso tímido ao me escutarem, adorava dar o troco.

- Cadê a Becca? Quero ver minha sobrinha favorita. - Ela sempre falava isso pra becca mas a verdade é que verô não tem nenhuma sobrinha pra distinguir qual seria a favorita. Verô   analisou o local que eu estava. - Esse é o balanço? Meu deus está um horror, ajeita isso Lauren. - Soltei uma risada e me afastei da câmera do celular para mostrar o balanço velho atrás de mim, Verô e Lucy já estiveram em Santa Mônica alguns anos atrás e se hospedaram na casa dos meus pais, vero sempre quis sentar nesse balanço mas eu sempre alertava a ela de que não aguentaria seu peso, já que foi feito pra criança.

- Mais iai Lauren? Como foi com Camila? - Lucy disse me fazendo voltar a aparecer na câmera com um olhar confuso.

- Como assim? Não nos falamos desde que sai de Los Angeles. - Enfiei um das minhas mãos no bolso da minha calça e encostei meu corpo na coluna que sustentava parte da varanda da casa.

- Que estranho...eu e Verô encontramos com ela em frente a sua casa há algumas semanas atrás, ela queria muito falar com você então eu entreguei o endereço daí pra ela. - Lucy deu de ombros e olhou pra Verô. As duas estavam pensando em alguma coisa até que verô que pediu o celular de Lucy e saiu do campo de visão da câmera. Encarei Lucy na vídeo.

- Deve ter desistido de novo...ela sabe fazer isso muito bem. - murmurei ríspida. - Quer saber não quero mais nem falar sobre camila, que se dane ela.

        Lucy olhou pra mim talvez querendo detectar alguma verdade do que falei, eu sabia que não era o que eu queria mas Camila não se importou nenhum pouco com meus sentimentos e também deveria fazer isso. Lucy olhou para outro lugar que não era a câmera frontal do seu celular, ela parecia atenta alguma coisa, sua expressão foi de surpresa pra triste e pareceu esquecer totalmente que eu ainda estava ali.

- O que foi? Lucy? - Perguntei preocupada - O que foi que aconteceu porra? Por que está com essa expressão? - Lucy parecia apreensiva e em choque.

   
     "Sinto muito mani, não sabia..."

     Ouvi no fundo a voz de Verô, no que parecia ela estava falando com normani provavelmente quando pegou o celular de Lucy. Me questionei por que diabos Verô sairia da vídeo chamada pra falar com normani, novamente voltou a sensação ruim, aquela que senti algumas semanas atrás. Meu coração doeu quando comecei a ligar os fatos, verô havia ligado pra normani pra saber de Camila.

- Lucy o que aconteceu com a Camila? - Perguntei percebendo Lucy olhar para outro lugar que pensei ser Verô, logo a minha outra amiga aparece na câmera com o celular em suas mãos.

- Lauren... - Ela hesitou.

- Fala! Me diz o que aconteceu. - Minha cabeça doía, meu coração batia forte como se fosse sair pela a boca, minhas mãos começaram a soar só de pensar que Camila estaria mal.

- Camila sofreu um acidente....

- Céus - Sussurrei sentindo meus olhos lacrimejarem, pensar em Camila se machucando era a cena mais dolorosa da minha vida. - Quando foi isso? Eu preciso ve-la. - Me apressei e com a outra mão limpei as lágrimas teimosas que escorriam do meu rosto.

- Ela está em coma Lauren.... - Aquelas palavras fizeram um efeitos maior, e aquela sensação voltou em cheio, pensei que era por isso que não sabia de onde ela vinha, era de Camila. Era um aviso de que a Latina não estava bem.

Eu preciso vê-la.

               Duas semanas atrás.

          
         Camila Cabello Point Of View.

          Eu não sabia ao certo onde estava, não conseguia abrir os olhos mas poderia escutar e isso era horrível, escutar sobre mim e não poder falar ou gritar que ainda sentia dor e todas aquelas vozes e choros abafados ao meu lado sem saber de quem era e se fosse Lauren? E se ela estivesse ali ao meu lado? Eu queria poder olhar pra ela, falar que sinto muito mas eu não conseguia, não me mexia,não conseguia abrir os olhos ou falar. Era agonizante.

         Gostava dos momentos em que pensava nela, Lauren estava tão presente em meus pensamentos, sua gargalhada, sua voz soave, seus dedos tocando meu rosto, seus lábios macios no meu, seu beijo doce e que me faziam esquecer tudo, o seu abraço que me parecia ser o melhor lugar pra se sentir segura. Sentia a necessidade de sair daqui, seja onde eu estivesse e voltar para a estrada, voltar pra minha Lauren, ela deveria estar achando que eu desisti dela mas eu não desisti.

      Escutei o barulho do monitor que provavelmente mostrava meus batimentos,apitarem e logo escutei algums passos apressados no quarto, sentia mãos em pulso e logo um pontada no braço esquerdo, seja o que for que estivessem aplicado em mim, fez o meu coração bater forte e sentia uma carga de energia no corpo. Estava esperançosa que aquilo me fizessse abrir os olhos e voltar a "vida".

Mas não fez.

                 Uma semana atrás

 

- Você acordou! Meus deus eu estava preocupada com você. - Abri os olhos e a imagem de Lauren se fizeram presente ali. Sorri.

- Você está aqui. - Sussurei e coloquei minha mão em seu rosto, eu podia sentir ela. estavamos no parque, o mesmo que formos algumas vezes com Becca, Lauren estava tão linda com aquele vestido branco florido, ela tinha um lindo sorriso e me observava. Eu podia sentir a brisa e o seu perfume, queria me afundar meu rosto na curva do seu pescoço e nunca mais sair de perto dela. 

- Sim e nunca vou sair de perto de você. - Ela aproximou seu rosto do meu e meu coração parecia que iria explodir de felicidade, finalmente eu sentiria seus lábios outra vez.

          Mas as imagens de Lauren sumiu e novamente a escuridão estava ali e apenas o barulho dos meus batimentos no monitor que agora não apitava como da última vez. Era um sonho, mais um dele em que eu estava com lauren.Por que não poderia acordar? será que eu estaria em coma irrevensirvel? E se eles só estivesse esperando alguns dias para desligarem as máquinas? Henry havia autorizado isso? Não. Eu não podia morrer, eu não podia morrer. Eu tinha que dar um jeito de abrir aqueles malditos olhos e falar que estava viva, que estava bem e que ele não poderiam me matar. Eu tinha que falar pra Lauren, que eu a amava. Eu não poderia morrer.
                        

               Uma semana depois.

   "Não sabemos se ela vai acordar um dia...seu estado..."

     "Está sugerindo desligar as máquinas?"

   Pisquei uma, duas, três vezes até que pudesse me acostumar com a claridade do local, fazia tempo que não via alguma coisa o que tornava minha visão vulnerável a claridade. Aos poucos fui me acostumando com a luz e passei a observar o local, o que parecia eu estava em um leito de hospital, percebi que estava deitada e ligada a vários aparelhos, agulhas penetravam minhas veias e tinha alguns arranhões em meus braços. Os flechs de lembranças me invadiram, a luz dos faróis em minha direção, o carro capotando, eu apagando, lembrar disso me fez gemer de dor e pareceu atrair a atenção das duas pessoas um pouco distante de mim.

- Oh meus Deus! Camila! - Identifiquei a voz de Henry e percebi o mesmo se aproximar de mim, olhei para seu rosto percebendo uma expressão feliz. Sua barba estava grande assim como seus cabelos, me perguntei se eu estava ali a muito tempo. - Você acordou amor.... - Senti sua mão tocar a minha, não era aquela mão que eu queria, não era ele que eu queria ali.

- Lauren... - o som saiu baixinho dos meus lábios assim que retirei a máscara de oxigênio do meu rosto. precisava de Lauren ela deve estar achando que eu não...céus quanto tempo eu fiquei ali? - preciso ir até ela. - Tentei me mexer para sair da cama mas senti um dor insuportável no quadril, fiz uma careta.

- Sra Cabello você teve fraturas nas costelas  e por isso provoca esses esparmos de dor que acabou de sentir. - olhei para o homem com um jaleco perfeitamente branco por cima de seu scrubs azul escuro. - Sugiro que volte a colocar a mascara de oxigênio ajudará com as dificuldades na respiração, você teve um grave traumatismo que atingiu o pulmão...precisa do oxigênio. - o medico com estetoscópio repousadono ombro se aproximou da maca que eu estava. - Precisa de descanso, repouso absoluto, já é um milagre está viva.

     Novamente senti Henry tocar minha mãos, suas mãos estavam quentes e então olhei para ele. Ele estava com um sorriso orgulhoso nos lábios. Eu não queria ver aquelas pessoas ali, eu queria acordar e ver um par de olhos verdes, eu queria ela.

        O médico de cabelos grisalhos e que me pareceu bem competente nos deixou sozinho mesmo eu gritando mentalmente para não fazer isso. Henry me olhou hesitante, sabia que ele tinha milhares de perguntas pra me fazer e uma delas era por que eu saí no meio da noite pra dirigir um carro e sofrer um acidente.

- Pensei que te perderia... - Ele acariciou minha mão. - Quero entender por que saiu no meio da noite...pra onde estava indo? - resolvi não esperar ou novamente errar outra vez, após uma longa pausa eu falei:

- Eu amo outra pessoa.

- O que? - Ele perguntou surpreso mais ainda em seu tom calmo, senti sua mão se soltar da minha. - Como?

- Eu me apaixonei...estava indo até ela. - Henry me olhava incrédulo.

- Ela? - Riu friamente - Você não pode está lúcida. - ajeitou sua postura e se afastou de mim, observei o mesmo caminhar no quarto parecendo vagar por seu pensamentos. - Se quisesse falar a verdade eu não te julgaria Camila...pode me falar que você tentou se matar, se jogou contra aquele caminhão, você está sofrendo foi uma maneira que encontrou de arrancar essa dor. - Seus olhos me encararam e eu estremeci, via decepção em seus olhos. - MAS NÃO ME FALE QUE SE APAIXONOU POR OUTRA PESSOA! - sua voz se alterou, ele passou suas mãos por seus cabelos ficando de costas para mim.

- Desculpa... - Foi a única coisa que consegui falar, eu realmente não tinha palavras. Tudo que eu menos queria era deixa-lo triste ou com raiva de mim.

- Temos uma história Camila. - Falou em seu tom de voz normal, ele se virou para mim e eu fitei seus olhos com resquícios de lágrimas. - Seu psicológico está abalado...essa mulher se aproveitou de você, não vou deixar que ela te machuque de novo. - Antes que eu pudesse protestar, Henry saiu do leito me deixando sozinha.
 

                

      



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