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História Destino - Projeto Fada Madrinha - Capítulo dois


Escrita por: IsabelleMunhoz e qgdramione

Notas do Autor


Olá meus amores.
Fiquei tão feliz com o feedback de vocês do primeiro capítulo.
Este aqui vai ser o último finalizando assim outro desafio proposto pelo qgdramione!
Espero que gostem.

Capítulo 2 - Capítulo dois


Se Draco Malfoy soubesse como seria difícil fazer com que Stephen se abrisse, teria ele prosseguido e nas semanas seguintes tentado de todos os modos conversar com o menino?

Com certeza, era a resposta do loiro no futuro.

Mas no momento, ele ainda se perguntava o motivo de estar fazendo tanto esforço para ter alguma resposta positiva do aluno que aos poucos entrou na rotina de Malfoy sem que ele mesmo percebesse.

No começo, Draco tentava parar Stephen pelos corredores enquanto o menino ia de uma aula a outra mas acabou por não ser um bom modo de aproximação. Fez na verdade o contrario, apenas o afastou.

- Ele é tímido, amor, você não pode força-lo a conversar contigo. – sua esposa disse numa noite depois de ouvir Draco reclamar sobre a situação.

Malfoy não admitiria para sua mulher no futuro mas foi suas palavras que o fizeram rever todas as suas atitudes e aos poucos conseguir uma aproximação mais efetiva com o menino.

Aos poucos foi notando que Stephen não falaria só por que Draco agora queria conversar. Percebeu que o menino era mais parecido consigo do que poderia acreditar então resolveu agir do modo que mais o deixaria confortável caso fosse ele.

Um dia, antes que a primeira aula começasse, Draco foi até a enfermaria e pediu um tônico para fortalecimento e pediu ainda que ela colocasse no meio uma poção para dormir fraca. Quando cruzou com Stephen em um dos corredores, o presenteou sem que ninguém percebesse e explicou para o que servia. Sem esperar um agradecimento, Draco saiu deixando o aluno para trás com os próprios pensamentos.

Talvez tenha sido naquele momento que algo dentro de Stephen tenha mudado. Ou talvez não. Draco nunca saberia qual foi o momento, mas três dias depois, enquanto terminava a última aula de poções para a turma do Grifinório antes do natal, Stephen se aproximou ainda tímido e disse:

- Professor... Eu gostaria de agradecer... Pela poção...

Draco assentiu.

- Ela funcionou?

Stephen balançou a cabeça afirmativamente.

- Tenho dormido muito melhor ultimamente.

- Isso é ótimo, Stephen. – Malfoy respondeu guardando seu material. – Esta animado com as últimas aulas antes do natal?

A pouca energia que o loiro viu no menino logo sumiu.

- Estou aproveitando que todos os alunos estão arrumando suas malas para ir embora assim consigo o campo de quadribol mais vazio pra treinar voo.

- Esta com problemas em voar? – perguntou.

Stephen balançou os ombros.

- Não é algo que se aprenda em livros. – disse tristemente.

Draco sorriu.

- Você esta falando exatamente como a minha esposa. – brincou. – Voar é a única coisa que ela não consegue ser boa por isso. – Os olhos de Stephen brilhavam enquanto ouvia sobre Hermione. – Se quiser eu posso te ajudar. Aprendi a voar desde pequeno.

Mesmo tentando, Stephen ainda pareceu ficar mais pálido ao ser oferecido ajuda.

- Não quero incomodar...

O Sonserino balançou a mão direita.

- Não é incomodo algum. – respondeu. – Eu amo voar. Pode ser amanhã de manhã? As nove no campo.

E para a surpresa de Hermione, que ouvia atentamente sobre o encontro dos dois mais cedo, pela boca do próprio marido, Draco contou que ele concordou. Era sobre isso que ele falava animadamente no começo da noite quando se encontraram no quarto.

- Estou surpresa que você esta realmente conseguindo entrar pelas paredes que o menino criou. – a mulher diz e beija o rosto do marido que esta sentado na cama ao seu lado. – Reparei que ele esta até fazendo amizades.

- Eu também reparei nisso. – Malfoy sussurrou. – Parece finalmente estar começando a se adaptar.

Hermione sorriu para o marido sentindo seu coração se esquentar. Sabia o motivo de Draco estar tão focado em ajudar o menino. Mesmo que ele não admitisse em voz alta, Draco se via em Stephen e ao fazer isso estava dando seu máximo para dar uma vida melhor a ele do que o próprio tivera.

- Harry enviou uma coruja mais cedo perguntando sobre o natal. – ela comentou enquanto pegava um livro que ficava na cabeceira para ler antes de dormir. – Confirmei que iremos.

Draco bufou.

- O que eu não faço por um casamento, certo?

Já no dia seguinte, no horário marcado Draco já estava no ponto marcado com o aluno. Assim que Stephen chegou, Malfoy explicou o básico, não tendo certeza se ele havia entendido, sobre como era voar. Estava entusiasmado e mesmo não querendo lembrou de sua primeira vez na vassoura. Mesmo que hoje não sobrasse nenhuma memoria boa de seu pai, a lembrança de quando ele o ensinou a voar poderia ser considerada a melhor.

- É tudo questão de equilíbrio. – Draco comentou enquanto o menino subia na vassoura e tentava fazê-la subir. – Não se preocupe, estarei aqui o tempo todo te segurando.

E assim o fez.

Durante a próxima hora que falava com o Grifinório, Draco estava o tempo todo prestando atenção em qualquer coisa que o pudesse ferir. E aos poucos, com a explicação do professor, Stephen já ganhava confiança que antes não o tinha.

- Você falando foi tão mais fácil! – Stephen comentava enquanto guardavam as vassouras depois da segunda hora. Já estava perto do horário de almoço então era melhor que eles voltassem para o castelo. – Juro, tudo que madame Hooch falava não fazia sentido algum na minha cabeça.

Draco sorriu.

- Madame Hooch já deveria ter se aposentado há um tempo, ela esta aqui há mais tempo que eu. – brincou. – Mas finja que eu nunca disse isso por que seria um escândalo um professor falar isso de outro.

Stephen deixou escapar uma risada fraca.

- Seu segredo esta salvo comigo.

Os dois começaram a caminhar juntos para o castelo.

- Algum dos seus amigos vão ficar pro natal contigo? – perguntou lembrando da conversa que tiveram há semanas onde ele comentava que ficaria para o natal.

Stephen balançou a cabeça.

- Todos vão voltar para suas casas. – resmungou e mesmo tentando não demonstrar, Draco conseguiu ver a solidão estampada em seu olhar. E isso rachou o coração de gelo do Sonserino. – Terei algum tempo para mim mesmo.

Draco suspirou e antes de pensar se era uma boa ideia mesmo, falou:

- Hermione quer passar o natal com a família Weasley, como todos os anos. – esperou uma reação animada do menino que logo veio. Todos ficavam animados quando comentavam sobre os weasley, após a guerra. – Não sou muito próximo deles... Quer ir com a gente? Para me fazer companhia?

Os olhos de Stephen de arregalaram.

- Eu poderia? A diretora me liberaria?

- Eu posso falar com ela se realmente quiser ir com a gente. – Draco respondeu.

Stephen ficou em silencio por alguns segundos.

- Eu não quero incomodar. – respondeu.

Draco balançou o braço em negativa.

- Não seria incomodo algum. – Malfoy falou. – Posso falar com Minerva?

- Sim!

E assim o loiro o fez, ficando até surpreso com a receptividade da diretora em deixar um aluno sair com os professores assim. Não protestou e só concordou de primeira. Em seguida ele foi atrás de sua esposa meio acanhado por não ter perguntado antes se poderia ter chamado o menino. No final, não era sua casa e nem sua família.

Mas Hermione apenas assentiu animada também pela atitude do loiro, dizendo algo como “vai ser bom para Stephen passar um tempo fora desse castelo, minha família vai alegrar ele”.

Logo o natal chegou e o casal Malfoy foi até o quadro da Grifinória a espera de Stephen para poderem ir de floo até a Toca.

Mesmo surpreendendo a todos aparecendo com uma criança de onze anos, ninguém demonstrou estranhamento e Draco agradeceu internamente a todos mesmo que não o fizesse em voz alta. Todos trataram muito bem e logo Teddy Lupin, poucos anos mais novo que Stephen, foi infernizar/brincar com o Grifinório.

- Melhor tirar Teddy de Stephen. – Ginny comentou para Draco que sentava ao lado da esposa. – Pobrezinho, sei como meu filho mais velho pode ser insistente ao ponto de se tornar chato.

Draco nunca entendeu como Ginny e Potter haviam colocado Teddy Lupin em suas vidas de um modo que se tornaram sim seus pais. O menino até os chamavam de “mãe” e “pai”.

Malfoy se levantou e foi atrás dos meninos deixando as duas mulheres conversando para trás.

- Malfoy parece muito mais receptivo a crianças. – Ginny comentou tentando sondar o que realmente estava acontecendo na vida da melhor amiga, jjá que durante o ano escolar não conseguiam se ver com a frequência que gostaria. Hermione sorriu. – Será que logo ganharei sobrinhos?

- Esta pensando muito lá na frente, Gin. – Hermione diz. – Estou apenas feliz com o desenvolvimento que Draco esta tendo com Stephen. Olha para eles!

- Conte-me o que esta acontecendo. – a ruiva pediu. – Ele simplesmente pediu para um dos alunos viesse passar o natal conosco?

Hermione sorriu e afirmou com a cabeça.

- Stephen é órfão. – respondeu e Ginny deu um olhar que a melhor amiga sabia bem o que significava. – Iria ficar sozinho no castelo. Acho que Draco se sentiu mal por ele e o convidou.

Gin riu.

- A doninha tem um coração no final. – brincou. – O que esse garoto tem de tão especial?

Hermione deu de ombros.

- O garoto é brilhante, mas claro que isso não prenderia a atenção de Draco como prendeu. – respondeu. – Eu acho que o garoto o faz lembrar ele mesmo quando mais novo.

Com essa informação, a ruiva resolveu ficar quieta.

Lembrava das longas conversas que tivera com Hermione quando a mesma começou a namorar a doninha tantos anos atrás. Sabia que o passado era um assunto muito complicado e não resolvido para Malfoy em algumas questões.

Acabou que aquele natal foi um marco na vida de Draco Malfoy. Nunca fora tão feliz como foi naquele. Seus natais em si nunca foram nada além de demonstração da riqueza Malfoy e soberania. Melhorou um pouco após o começo do relacionamento com Granger, mas este algo realmente havia mudado.

Draco ficou horas no jardim com Stephen e Teddy. Jogaram xadrez bruxo e snaps explosivos. Logo Potter e George Weasley se juntaram aos dois, com seus respectivos filhos e aos poucos todos já estavam juntos no quintal. Quanto mais o dia avançava mais atividades a família arranjava para fazer.

Hermione teve seu tempo sozinha com Stephen quando todos resolveram jogar quadribol o que os deixava para trás já que nenhum tinha capacidade para jogar, muito mais quando o jogo ficava cada vez mais profissional, principalmente já que tinham uma jogadora profissional que detestava perder.

- Harry é muito bom! – Stephen comenta baixo olhando para os adultos no céu e seus olhos brilhavam. Hermione sorriu para o menino. – O professor Malfoy voa tão bem que parece ser natural nele.

- Não precisa chamar a gente de professor fora das classes, Stephen. – Hermione diz.

- Desculpa... Eu não...

Ela levanta o braço e segura os ombros do menino o fazendo olhar para ela que sorri novamente.

- Não precisa pedir desculpas quando não fez nada errado. – a adulta diz convicta. – Estamos muito feliz mesmo que veio passar o natal conosco.

A morena percebe o rubor nas bochechas do aluno.

- Eu estou feliz por ter sido convidado. – responde e os dois voltam a olhar a partida. – Esse é o primeiro natal que eu comemoro.

Por alguns segundos a mulher não sabia o que dizer. Pela primeira vez em sua vida as palavras sumiram de sua boca e ela não sabia lidar com a situação.

- Não tinha natal no orfanato? – perguntou.

- Não como esse.

Os dois caíram no silencio novamente o que a fez ficar em seus pensamentos enquanto o menino assistia a partida. O jogo se encerrou meia hora depois quando houve uma colisão de vassouras de Draco e Bill, os fazendo cair.

Stephen correu assustado até o local onde Malfoy estava no chão e logo Hermione foi atrás já com sua varinha em mãos. Fleur foi até seu marido. Poucos segundos depois ambos já estavam com as partes que foram quebradas, recuperadas e brigando é claro, já que não havia consenso em qual time havia ganhado o jogo.

A família Malfoy e Stephen voltaram para o castelo já havia anoitecido. Poucas pessoas andavam pelos corredores e Hermione comentou que talvez fosse por estarem no salão comunal para o jantar de natal.

Caminharam conversando sobre amenidades até a entrada da Grifinória, assim que pararam, Stephen se virou para olhar os dois.

- Agradeço por me levarem. – disse. – Foi um dia muito divertido.

Hermione sorriu e o puxou para um abraço.

- Nós que agradecemos, querido. – sussurrou. – Sempre que precisar, você sabe onde nos achar.

Enquanto caminhavam de volta para seu quarto, Hermione notou que Draco estava quieto desde que voltaram para Hogwarts. A moça segurou a mão do marido e apertou de leve como se o questionasse o que estava acontecendo. Demorou ainda alguns minutos quando o loiro finalmente falou:

- Stephen me falou sobre os pais biológicos hoje.

A Grifinória se surpreendeu.

- Serio? Achei que ele não soubesse quem são.

Draco assentiu.

- Ele disse que não tem muitas memorias mas as que tem são fortes o suficientes para não conseguir esquecer.

Ao ver que ele não prosseguia, Hermione indagou:

- E quem são? Você os conhecia?

- Eram comensais. – ele finalmente falou. E Hermione quase tropeçou andando em falso pela surpresa. – Eu os conheci brevemente na mansão.

Logo ela entendeu o que ele quis dizer.

Draco havia os conhecido na época em que era comensal. Provavelmente os pais de Stephen foram receber ordens e acabaram se esbarrando quando Voldemort se estabeleceu na mansão Malfoy.

- Sabe o que aconteceu com eles?

- Ele os matou. – por algum motivo Draco não conseguia falar o nome de Voldemort.

E Hermione respeitava isso.

- O que Stephen lembra dos pais?

- Pelo jeito os pais dele eram pais de merda tanto quanto os meus. – respondeu e logo notou que estavam na entrada de seu dormitório. – Essa criança já sofreu bastante.

A morena assentiu entrando e foi direto para seu quarto com seu marido a seguindo.

- Ele falou algo mais? – ela perguntou.

Draco negou com a cabeça.

Mesmo não querendo admitir, Draco não fora o único a se apegar a criança. A curiosidade que Hermione tinha por ele era puramente por razão de seu marido estar interessado. Mas aos poucos foi conhecendo Stephen e gostando dele. Seu coração quase se partiu quando disse a ela que era seu primeiro natal.

Nenhuma criança deveria passar por isso.

- O que esta pensando? – Draco perguntou quando notou que a esposa que até momentos antes estava tirando as roupas em frente ao espelho apenas parou e começou a se encarar no reflexo.

- Eu me sinto mal por ele.

Malfoy parou atrás da esposa e abaixou o rosto até beijar seus ombros que estavam descobertos.

- Eu também.

- A gente deveria fazer alguma coisa. – ela continuou.

- Como o que?

Hermione suspirou.

- Não sei... Só... Trate-o bem, okay? – pediu e logo viu o olhar arrogante do marido lhe deu. Ela logo revirou os olhos sabendo que ele deveria estar pensando que era ele quem mais o tratava bem. – Acho que o máximo que podemos fazer por ele é estar lá, quando ele precisar.

E foi exatamente o que fizeram.

Poucos realmente notaram a mudança, mas os que notaram estranharam. Afinal, nunca haviam visto professores tão próximos de alunos que não fossem da mesma família. Aos poucos, Stephen foi sendo incluído em todos os eventos de família, Hermione começou a se voluntariar para ajuda-lo com os deveres e Draco continuou dando aulas de voo ao ponto que o Grifinório começou a aprender a jogar Quadribol.

Quando Hermione fazia almoço em seu próprio dormitório para relembrar receitas familiares, Stephen sempre era convidado. No dia do aniversario de cada um houve uma festa particular entre os três apenas para comemorarem juntos.

- Eu me recuso jogar xadrez bruxo com vocês. – Hermione reclamou num domingo para os dois que estavam na sala de seu dormitório.

- Por que, Hermione? – Stephen perguntou.

- Porque vocês claramente roubam. – ela reclamou.

Draco riu.

- Não tem como roubar em xadrez. O tabuleiro é enfeitiçado!

Ela revirou os olhos e deixou os dois para trás.

Stephen acabou entrando tão fundo na rotina dos dois que aos poucos tudo que planejavam acabavam por envolver o menino também sempre perguntando se ele iria gostar.

O assunto adoção apareceu primeiro na mente de Hermione.

Ela era claramente quem mais queria ser mãe entre os dois, e aos poucos seu coração acolheu Stephen de um modo que ela nunca conseguiria entender como. Hoje entendia todo o amor incondicional que Gina nutria por Teddy. Mas entre pensar e falar algo sobre com o marido, foram duas coisas bem diferentes. E ela deixou pra lá, esperava resolver isso quando chegasse o final do primeiro ano escolar do menino.

Mas o que ela não sabia era que pouco tempo depois esse mesmo pensamento passou pela mente de Draco também. Mas isso o atormentou muito mais do que a Hermione. Ele era o renegado, o desertor, que por sorte havia conseguido perdão da pessoa que mais importava em sua vida hoje. Entretanto, por mais que hoje se sentisse uma pessoa renovada não tinha certeza se era merecedor de ser pai. Não quando não teve nenhuma referencia boa nesse assunto.

Só que os dias se passaram... E aos poucos a cabeça de Draco foi se abrindo.

Ele resolveu tocar nesse assunto pela primeira vez com sua esposa depois que Stephen saiu de seus aposentados depois de uma noite de jogos. Draco viu nos olhos da mulher como ela amava o menino e como já se comportavam sim como seus pais.

- Vo-você esta falando serio? – ela perguntou surpresa e tentando não se iludir. – Você quer mesmo isso, Draco?

Draco ficou constrangido pela intensidade no olhar da esposa.

- Gosto do moleque... Se é algo que vai te deixar feliz...

- Não quero que faça nada por que acha que irá me deixar feliz. – ela respondeu. – Quero que faça porque é o que você quer fazer.

- Quero fazer isso... Por muito tempo achei que não conseguiria ser pai. – ele disse. – Mas com Stephen... Sei lá, sinto que parece o certo? Ele já faz parte da nossa família mesmo que não esteja oficializado. Mas quero isso. Quero que no registo dele esteja escrito que ele é nosso. Claro, se você e ele quiserem isso.

O berro de alegria da esposa a seguir o assustador e o pulo que ela deu para o abraçar o confundiu. Mas ao segurar a mulher nos braços Draco soube que era exatamente o que ela queria também.

Quando ele se afastou e viu o sorriso brilhante nos lábios dela, o loiro soube que viveria apenas para fazê-la feliz. Para fazê-los felizes.

Hermione e Stephen.

Sua família.

- O que temos que fazer agora? – ela perguntou.

- Perguntar pro Stephen o que ele acha disso?

Hermione balançou a cabeça em negativa.

- Vamos ver primeiro se é possível fazermos a adoção. – respondeu. – Se derem carta branca falaremos com ele. Não quero dar falsas esperanças ao menino.

Draco assentiu.

Então as próximas semanas foram os dois indo atrás para saber o que seria preciso para a adoção acontecer. Primeiro falaram com Minerva, que ficou extasiada, depois com Ginny e Harry que acabou em festa com as duas mulheres pulando de animação juntas.

Chegou o fim do ano letivo e a pior coisa que Hermione teve que fazer foi se despedir de Stephen sem saber se o veria antes do próximo ano letivo começar. Sem saber se poderia fazer a pergunta que tanto queria para ele. O deixar ir para um local que para ela, ele nunca mais precisaria voltar.

Mas finalmente o dia tão esperado chegou.

A permissão que tanto aguardavam.

Estava tudo caminhado. Precisaria apenas uma assinatura deles, a de Stephen e depois enviar para o arquivamento no ministério. Draco sabia que acabou por ser mais rápido já que a requisitante era Hermione Granger.

- Está pronto? – ela perguntou quando terminou de arrumar.

Draco assentiu.

- Nervoso?

O loiro deu um sorriso convencido.

- Eu nunca fico nervoso.

Hermione revirou os olhos.

- Espero mesmo, já que eu estou apavorada e preciso que você segure a onda.

Draco riu.

E juntos foram até o orfanato que Stephen morava.

Chegando lá explicaram tudo para a responsável do local que logo ficou super animada pela novidade. Prometeu não contar nada para Stephen e logo foi chama-lo, deixando o casal em uma sala separada para a conversa.

A surpresa estava clara no rosto do menino quando ele entrou no cômodo.

- Hermione? Draco? Esta tudo bem? Alguém...

- Esta tudo certo, Stephen. Só viemos conversar com você.

- Eu fui expulso?

- O que? – Draco perguntou.

- Para vocês dois estarem aqui...

Hermione sorriu.

- Nada de expulsão. – respondeu. – Nossa conversa com você é pessoal.

Stephen se sentou na frente dos dois professores.

- Qual é o problema?

Foi nesse momento que Hermione começou a falar.

Para Draco esses momentos que esperou a mulher terminar de falar foram os mais demorados de sua vida. Notava cada expressão diferente do menino e por um momento o loiro ficou apavorado com a possibilidade dele responder “não”.

- Eu não... Estou entendendo... – Stephen falou quando Hermione terminou de explicar a situação. – Vocês...

Draco se sentou mais na beirada da cadeira jogando seu corpo para mais perto do menino.

- Nós viemos perguntar para você, Stephen, se gostaria fazer parte da nossa família?

- Eu... Vocês querem...

- Que você seja nosso filho, sim. – Hermione finalizou a frase.

Todos ficaram em silencio por um tempo.

- E isso seria quando? – Stephen finalmente perguntou.

- Agora. – Hermione respondeu. – Se você quiser, Stephen, você vai para casa com a gente agora.

Casa.

Era algo que Stephen nunca tivera de verdade.

E eles estavam o oferecendo. Uma casa. Uma mãe e um pai.

- Então... – Draco insistiu.

Mas mesmo assim Stephen ficou quieto e aos poucos ambos os pais começaram a ver que lagrimas saiam dos olhos do menino.

- Stephen, querido, você esta triste?

Ele balançou a cabeça em negativa.

- É só... Eu nunca tive uma família antes.

O coração de ambos os pais se aquecerem ao notar que aquilo já era uma resposta.

Hermione se levantou e andou rapidamente até onde o menino sentava e o puxou para seus braços.

- Agora você tem, meu bem, somos sua família a partir deste momento.

Draco um pouco depois já estava no abraço também.

E como prometido, a partir deste dia Hermione, Stephen e Draco eram a família Malfoy.

Quando os anos se passaram e vieram mais pessoas para fazer parte desta família, todos sabiam que foi o destino.

Fora o destino que fizeram Draco e Hermione trabalharem na mesma escola e se apaixonarem.

Fora o destino que trouxe Stephen para eles.

E foi o destino também que trilhou todo o caminho junto a eles.

Até o fim de seus dias.

 

 


Notas Finais


O que acharam?
Ps. Minha história para esse desafio foi baseada totalmente no filme "irmão urso". Toda a relação Draco/Stephen veio do amor que eu vi entro Koda e o Kenai, que eu amo demais.
Alguém conseguiu imaginar??
Obrigada por lerem.
Nos vemos no proximo desafio do qg.


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