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História Destino, Coreia! - Bangtan Boys (BTS) - Capitulo Bônus. - Onde tudo começou.


Escrita por: NatiVIP

Notas do Autor


É isso gente, como prometido o capítulo bônus dos MIL favoritos.
Obrigada.
Boa leitura. <3

Capítulo 244 - Capitulo Bônus. - Onde tudo começou.


Fanfic / Fanfiction Destino, Coreia! - Bangtan Boys (BTS) - Capitulo Bônus. - Onde tudo começou.

Capítulo Bônus.

Ponto de vista do pai da S/N senhor Kim Chang-wook.

Hoje quando eu observava meus filhos, eu via muito da Julia neles, essa que era a mãe deles, minha ex esposa. Não pelas características físicas, essas que eu ousava dizer que eles tinham muito mais de mim, minha mãe mesmo falava que o Jin lembrava muito a mim quando era mais novo, porém a personalidade deles, essa eu não tinha contribuído em praticamente nada.

Principalmente a S/N, ela me lembrava de mais a Julia, eu via nela os pontos fortes da mãe, pontos esses que quando éramos namorados e depois casados eu não soube lidar, e tantas vezes eu critiquei, ao ponto de acabar perdendo meu casamento.

Nenhum homem, ao menos eu acho que nenhum, brinca de casinha, quando é criança, a gente não treina ser casado, a gente não aprende a ser um bom namorado ou marido, mas a gente entende que se usar os nossos pais como exemplo, podemos ter sucesso nisso, e com o tempo vamos aprendendo coisas novas para melhorar.

Quando eu penso nisso, fico realmente desapontado comigo mesmo, de várias formas, já que eu não tinha dado esse exemplo para os meus filhos, e também não soube aprender com as situações novas que tiveram na minha vida.

A realidade era que eu sempre fui muito fechado, muito crítico, muito absoluto, eu em minha ignorância, quando era mais jovem, achava que tudo que eu fazia estava certo, simplesmente porque eu não queria fazer nada errado, sempre fui uma pessoa diligente, correta, regrada, mas isso não me tornava uma pessoa totalmente sensata.

Sensatez essa que faltou em vários momentos no meu casamento, a verdade era que eu quando eu fui para o Brasil eu esperava crescer profissionalmente, soube que em questões tecnológicas o Brasil era um pouco atrasado em relação à Coreia, atraso esse que poderia me garantir uma boa oportunidade.

Oportunidade essa que eu não quis desperdiçar, a Coreia podia ser um país bom para viver no geral, porém quando o assunto era oportunidade, nós tínhamos, mas essas eram limitadas, a verdade era que se você não fizesse parte uma família rica o cargo máximo que alguém como eu, uma pessoa comum, poderia alcançar era de algum tipo de assessor para algum CEO, esse que poderia não ser tão capacitado, mas por ser de uma família rica, sempre seria superior.

Essa era a realidade na Coreia, que estava mudando com o tempo, mas eu era jovem e queria as coisas na hora, queria sair da faculdade e fazer acontecer, mostrar ao mundo meu potencial total, e eu pensei que no Brasil eu poderia fazer tudo isso acontecer, era a minha chance, então eu não pensei duas vezes, mesmo com meus pais sendo contra eu fui, com a esperança de conseguir ser grande em outro pais.

Meu plano não deu totalmente errado, quando cheguei no Brasil não demorou muito e eu consegui um bom emprego, e era em uma boa empresa. Eu estava maravilhado com o Brasil, as pessoas eram simpáticas, animadas, e sinceramente, eram muito bonitas.

Até hoje eu não sei o que a Julia viu em mim, um homem magro, sério, e perto de tantos homens fortes e charmosos, eu era realmente sem graça, mas com tantas opções ela olhou para mim, e eu não tinha como não olhar para ela.

Foi em uma convenção, a empresa que eu trabalhava fez um final de semana de eventos em um hotel no Rio de Janeiro, durante esse evento eu conheci o que eu julguei ser a gerente do hotel, a mulher mais deslumbrante que eu já tinha visto, era elegante, bonita e muito simpática, nome dela é Julia.

Flashback da convenção on.

Eu estava saindo do salão de eventos do hotel, tínhamos tido uma palestra interessante sobre questões modernas de interação das equipes de outras áreas, eu realmente achei interessante, afinal eu sempre fui muito focado no meu próprio departamento, e se eu queria me tornar supervisor eu teria que ampliar meus conhecimentos, eu realmente gostava desse sistema das empresas alemãs.

- Oi boa tarde. – Uma mulher sorridente e bonita me aborda.

- Oi. – Respondo tímido.

- Meu nome é Julia e eu gostaria de perguntar se você está tendo uma boa estadia no hotel, e qualquer coisa que precisar o senhor não hesite em me pedir. – Ela sorri.

- Não, está tudo bem, obrigado.

- Tudo bem então. – Ela sorri um pouco desapontada.

- Meu ... – Eu era muito tímido, mas aquela mulher era tão linda que eu precisava tomar coragem. – Meu nome é Chang-wook, Kim Chang-wook.

- Muito prazer senhor Kim, posso perguntar qual sua nacionalidade, se não for muita ousadia. – Ela volta a sorrir animada.

- Eu sou sul coreano.

- Que interessante, faz tempo que o senhor está no Brasil? Ou só veio para a convenção? – Ela pergunta interessada.

- Não, eu moro em São Paulo, estou no Brasil a seis meses. – A moça era muito simpática e eu queria continuar conversando com ela. – Você não tem sotaque carioca, você é de outro lugar também?

- Sim, eu sou de São Paulo, você gostaria de tomar um café? – Ela pergunta com expectativa.

- Claro.

Flashback da convenção off.

E foi naquele momento que eu conheci a mulher da minha vida, que seria a mãe dos meus filhos. Quando começamos a nos conhecer ela acabou me contando que não era exatamente gerente daquele hotel em si, mas sim uma gerente geral, na época eu não tive sensibilidade de perguntar como ela poderia ser gerente geral, talvez se eu tivesse perguntado isso naquela época, eu não teria me envolvido com ela, por um tipo de preconceito idiota que eu tinha na época.

Porém, quando eu descobri que na verdade ela era filha do dono daquela rede de hotéis já era tarde demais, ela já tinha voltado a morar em São Paulo, eu já estava completamente apaixonado e encantando por ela. Pensando agora eu tinha que admitir que a Julia tinha sido muito mais corajosa que eu, ela me conquistou não eu que conquistei ela, o que não me surpreende, afinal ela sempre foi muito decidida.

Namoramos por um ano, e talvez esse tenha sido um dos melhores anos da minha vida, mesmo a Julia fazendo parte de uma família muito rica ela não era esnobe ou metida, e eu achava isso perfeito, na realidade eu julgava que ela era perfeita para mim, e com esse pensamento depois de um ano eu pedi ela em casamento, e para minha felicidade ela aceitou.

Mas nem tudo são flores, e talvez eu não tivesse conhecido direito a pessoa com que eu estava casando, ou quem sabe eu conhecesse, mas eu não queria perceber, a Julia nunca escondeu a personalidade forte dela, ela era filha única e seguia os passos do pai com perfeição, mostrando ser, como dizem, uma mulher de negócios.

Pensando nisso, eu vejo com fui estúpido naquela época, afinal eu via essa qualidade dela como um defeito, defeito esse que me incomodava tanto ao ponto de eu cometer um dos maiores erros da minha vida, que até hoje eu me envergonho do que eu fiz.

Flashback do final do primeiro ano de casados on.

- Você acha que eu sou idiota? – Julia me pergunta alterada e irritada.

- E eu? Acho interessante agora você se importar com o fato de eu ser seu marido, já que nesse ano todo você não pensou em nenhum momento que eu sou seu marido. – Falo igualmente irritado.

- Como não, eu fui sua esposa na mesma proporção que você é meu marido. – Ela retruca.

- Ah claro, a um mês atrás você viajou para Brasília e ficou lá uma semana, ótima esposa mesmo.

- Eu não viajei a passeio eu fui a trabalho, é algo totalmente diferente.

- Diferente para você para mim dá na mesma, fui eu que fiquei em casa sozinho.

- Nossa, você fala como se ficar uma semana sozinho fosse o fim do mundo, nem parece que você morou sozinho antes de nos casarmos. – Ela gesticulava nervosa enquanto discutíamos.

- Essa não é a questão, eu trabalho o dia todo para chegar em casa e querer encontrar minha esposa e o conforto de um lar, mas não, minha esposa está muito ocupada viajando a negócios. – Falo irritado.

- Eu sempre trabalhei com o meu pai, não entendo qual é a novidade, na realidade eu não entendo quando isso se tornou um problema.

- Se tornou um problema quando você não percebeu que agora é uma mulher casada, e como esposa tem obrigações diferentes.

- Obrigações diferentes? – Ela me olha indignada. – Quais são minhas obrigações? Ficar em casa lavando e cozinhando para você me trair na primeira oportunidade? E pior me trair em um dos hotéis do meu pai.

- Seu pai é dono de quase todos os hotéis do país, e sinceramente se eu traí é porque eu não me vejo casado.

- Então para você casamento é isso?! Mulher em casa cuidando da casa e você por aí.

- Eu não estou por aí Julia, eu estou trabalhando, e sim minha ideia de casamento é essa, a ideia de casamento do mundo é essa, só na sua cabeça que não é, o que eu acho bastante conveniente.

- Então porque quis casar comigo, se sabia que eu era assim? – Ela fala brava, mas seus olhos enchiam de lagrimas.

- Eu achei que você iria mudar. – Não gostava de ser a Julia chorando, então eu mudo o meu tom de voz para não piorar as coisas e falo de forma calma.

- Mas eu não mudei. – Ela fala de forma triste.

- É você não mudou. – Abaixo a cabeça. – Eu não me orgulho de ter traído, sei que foi errado, apesar de eu ter justificativa para isso, eu sei que cometi um erro.

- A quanto tempo vocês estão tendo um caso? – Ela tenta se controlar para não chorar.

- Ela está no Brasil de férias, foi por acaso que nos encontramos no começo do mês, nós estudamos juntos na mesma escola na Coreia, sei lá, só aconteceu.

- Só aconteceu, claro, só aconteceu de vocês começarem a se encontrar em um quarto de hotel. – Julia anda de um lado para o outro irritada.

- Julia eu sei que errei, mas isso só mostra uma coisa. – Respiro fundo para tomar coragem. – Nosso casamento não está bem, e não é de hoje, acho que talvez, deveríamos...

- Você quer o divórcio para ficar com um amor de escola? – Ela senta no sofá me olhando indignada.

- Ela é casada, não quero o divórcio para ficar com ninguém, só acho que não estamos indo bem. – Falo cauteloso.

- Você não pode estar falando sério, tudo isso porque eu não sou uma dona de casa normal? – Eu vejo lagrimas escorrendo pelo seu rosto.

- Julia entenda, eu quero uma família tradicional, eu admirava essa sua postura quando namorávamos, mas eu sinceramente gostaria que você fosse mais esposa e menos mulher de negócios, mas se você não pode ser assim, acho que não é o casamento que eu quero.

Assim que eu termino de falar eu vejo a Julia se encolher no sofá, abaixando a cabeça escondendo o rosto entre os cabelos levemente ondulados que ela tinha, eu sabia que ela estava chorando, ela sempre escondia o rosto quando chorava. Aquela cena doía muito em mim, mas eu não consegui consola-la, afinal eu estava certo no meu pensamento.

A Julia era uma mulher fantástica, mas sinceramente não tinha um comportamento esperado para uma esposa, no trabalho eu via meus colegas comentando as coisas gentis que as esposas faziam como fazer a comida preferida deles, ou até reclamavam que a esposa era muito ciumenta, mas eu não tinha nada disso, eu realmente sentia um vazio no meu casamento, esse que eu acabei preenchendo no último mês tendo um caso com uma antiga amiga de escola.

Eu não via ela a anos, na época de escola ela era como uma paixonite minha, talvez tenha sido meu primeiro amor, mas ela era uma garota linda e rica, nunca iria olhar ou dar atenção a um bolsista igual a mim. Quando eu saí da escola e entrei na faculdade fiquei sabendo pelas notícias de revistas que ela tinha se casado com o herdeiro de uma das famílias mais ricas da Coreia, e sinceramente quando eu vi a foto deles juntos na revista, eu achei que ela tinha encontrado um marido à altura dela, eram muito elegantes.

Nunca mais tinha visto ela, nem pensando nela, era como se fosse um passado tão distante, que talvez, nem fizesse mais parte da minha vida, porém o destino prega peças na gente e sem querer eu encontro com ela saindo de um dos hotéis do meu sogro, aqui no Brasil.

Para minha surpresa ela me reconhece, em um momento tão frágil do meu casamento, onde eu realmente não estava feliz a muito tempo, reencontrar meu primeiro amor foi fatal, e eu não pude evitar a traição. Mesmo sabendo que era errado, eu traí a Julia, mais de uma vez, durante praticamente um mês todo.

Não era algo sério, ela era casada, eu era casado, era uma aventura perigosa, e por um breve momento eu achei que isso iria acabar quando ela fosse embora e esse seria meu maior segredo, porém, a Julia acabou descobrindo e esse era o motivo da nossa discussão no momento. Eu sei que a Julia não ser uma esposa de verdade não era desculpa para traí-la, mas essa era de verdade, minha justificativa, e sabendo disso eu tinha certeza que meu casamento já tinha acabado.

- Julia não vamos dar certo. – Falo calmo quebrando o silêncio que apenas o choro discreto dela era possível ouvir.

- Chang-wook, se eu parar de trabalhar com o meu pai, você desiste dessa ideia de divórcio? – Ela me olha com os olhos vermelhos de tanto chorar.

- Mas ... – Olho surpreso para ela, eu realmente não esperava essa atitude dela.

- Eu não quero ser mãe solteira. – Ela fala e escorre uma lágrima do rosto dela.

- Mãe? – Arregalo meus olhos e meu coração para pôr um instante.

- Sim, eu estou grávida. – Ela fala de forma triste. – E eu não quero desistir desse casamento agora, eu quero que meu filho tenha uma família, e principalmente, que ele tenha um pai.

Flashback do final do primeiro ano de casados off.

Na época eu fiquei sem reação, eu realmente não esperava, mas ao mesmo tempo que eu estava desanimado com o casamento, eu vi naquela atitude da Julia a esperança de que as coisas finalmente fossem dar certo.

Ela iria ser mãe, iria deixar de lado os negócios da família e eu finalmente teria a família dos meus sonhos. E de fato eu tive, um ano depois que o Jin nasceu veio a S/N, e eu não podia estar mais feliz, mais tarde a mulher que eu tive aquele caso até tentou fazer contato comigo, mas eu apenas ignorei e nunca mais falei com ela, a Julia estava sendo a esposa que eu sempre sonhei, eu me orgulhava e me gabava de ter uma família linda.

Como eu era egoísta, eu vi em primeira mão, a Julia ficando deprimida, eu lá no fundo sabia que ela não estava feliz, mas eu fingia não ver, em toda meu egoísmo eu achava que a Julia tinha obrigação de ser feliz, afinal ela tinha tudo que uma mulher poderia querer; um marido que trabalhava, filhos lindos e uma casa confortável, não faltava nada para ela.

E por longos, quase, dez anos a vida foi assim, até que meu sogro faleceu, e a Julia voltou a trabalhar, colocamos nossos filhos na escola e quase que de uma hora para outra, meu castelo de cartas perfeito tinha ido abaixo. A Julia voltou a ser a mulher ocupada que era antes do Jin nascer.

Para mim tudo aquilo era tão insuportável, me sentia fracassado pelo fato da minha esposa ganhar mais dinheiro que eu, me sentia ridículo por chegar em casa e não ter mais uma esposa me esperando, foi tão ruim para mim que eu não pensei duas vezes, depois de muitas brigas e discussões eu pedi o divórcio.

Flashback da última briga de casados deles on.

- Você tinha falado que iria desistir de trabalhar com o seu pai. – Falo irritado.

- Fala baixo que seus filhos estão dormindo. – Ela responde brava.

- Essa casa é tão enorme que eu duvido que eles iriam acordar mesmo comigo gritando.

- Você fala isso como se fosse ruim. – Ela fala irritada.

- É ruim, eu não comprei essa casa.

- E qual é o problema?

- Julia qual é o ponto que eu sou o homem dessa casa que você insiste em não entender.

- O que você quer que eu faça? A casa que a gente morava foi assaltada, felizmente não tinha ninguém em casa, já pensou se nossos filhos estivessem lá com as babás?

- Isso é porque você ganhou visibilidade de mais, a culpa é sua.

- Agora a culpa é minha por sermos assaltados?

- Se você fosse apenas uma mãe dedicada e uma esposa normal nada disso iria acontecer, olha o absurdo nossos filhos tem babás porque a mãe não tem tempo de ficar com eles, que tipo de educação eles vão ter dessa forma, sem o convívio familiar.

- Se está preocupado com o convívio familiar dos nossos filhos porque você não fica com eles durante o dia?

- Porque eu trabalho Julia!

- Você sabe muito bem que não precisa trabalhar, eu posso garantir tudo aqui em casa com facilidade.

- Você não falou isso. – Falo ofendido.

- Qual é o problema?

- Você é a mãe, é sua obrigação ficar com eles, eu sou o pai eu trabalho, você fica com essas ideias modernas que claramente não funcionam.

- Não funcionam para você Chang-wook.

- Julia eu não aguento mais, ou você volta para casa ou acabou. – Falo sério.

- Chang-wook. – Ela me olha séria. – Eu desisti de tudo por esse casamento uma vez, mas agora eu não vou fazer isso.

- Prefere acabar com a nossa família do que abandonar essa imagem de mulher de negócios que você tanto ostenta?

- Não, você prefere acabar com a nossa família do que ser flexível e menos machista, eu não vou deixar os negócios, que meu pai batalhou a vida inteira para conseguir, nas mãos de um estranho, porque o meu marido não consegue lidar com isso.

- Você prefere os negócios que a nossa família.

- Chang-wook. – Ela me olha séria. – Eu não quero mais, eu não sou obrigada a conviver com uma pessoa com pensamento tão limitado, eu cedi uma vez, não vou ceder de novo, se você não estiver feliz, adeus.

Flashback da última briga de casados deles off.

Aquele dia eu saí da nossa casa e nunca mais voltei, na época eu estava irritado, me sentindo ofendido, convicto que estava certo, resolvi voltar para o meu país e deixar tudo que me desagradava no Brasil, inclusive minha família.

Na época pensei que se eu fosse duro em algum momento a Julia iria reconsiderar e iria voltar atrás e iria vir me pedir para voltar, mas isso não aconteceu. Os anos foram passando e eu fui ficando amargo e ressentido, eu tinha perdido minha família, e sinceramente até pouco tempo atrás eu não conseguia ver onde eu tinha errado.

Eu também nunca mais vi aquela mulher que eu tive o caso, aleatoriamente eu via uma notícia ou outra dela em revistas, afinal ela era casada com uma pessoa importante. Soube até que ela teve um filho, e esse parecia ter a mesma idade do Jin.

Quando a Julia me ligou falando que iria mudar para os EUA com o marido, eu me senti fracassado, ela tinha seguido a vida dela, conhecido um homem poderoso e estava, aparentemente, feliz. Não me foquei muito nisso, porque junto com essa notícia veio também a notícia que eu iria ter meus filhos por um ano inteiro.

Fiquei imensamente feliz com a vinda dos meus filhos, mas logo de cara entendi que não seria como eu queria. Eu precisei passar 8 anos longe da minha família e ver meus filhos ignorarem minha existência dentro da minha própria casa, para começar a entender meus erros lá atrás.

Hoje eu vejo meus filhos e tenho orgulho deles, fico feliz de saber que eles puxaram a personalidade da mãe deles e não a minha. Vejo a S/N sendo forte, decidida, determinada e fico encantado, e também fico chateado, afinal eu tinha uma mulher assim ao meu lado e não soube valorizar.

Talvez eu tenha sofrido um choque cultural, a verdade era que eu cresci dentro de uma sociedade muito diferente da brasileira, aqui na Coreia ainda é normal existir pessoas com o mesmo pensamento. As coisas estão mudando agora, mas ainda podemos ver traços disso na nossa cultura no geral, nas nossas novelas, filmes e até no cenário da música. As mulheres evitam participar de cenas de beijos, ou se envolver em cenas polêmicas, já que essas são muito julgadas.

Agora eu entendo como tudo isso é errado, e como, de uma certa forma, é atrasado, mas eu fico feliz de saber que a Julia seguiu a vida dela e está feliz, desejo que a S/N encontre um par romântico melhor do que eu fui para a mãe dela, e espero que o Jin seja um homem melhor para sua esposa, do que eu fui para a minha.

Meus filhos não sabem todo sacrifício que a mãe deles fez para manter essa família, de tudo que ela quase abriu mão para dar a eles uma família, eles também não sabem o quanto o pai deles foi idiota ao jogar tudo para o alto por um orgulho ridículo, eu sei que a Julia nunca contou isso para eles, e isso só evidencia o quanto ela é uma mulher admirável. Ela criou os filhos sozinha, da melhor forma que encontrou, sendo forte e decidida, e sinceramente, ela fez um ótimo trabalho sendo pai e mãe deles por tantos anos.

Por essas e mais outras, que eu tenho muito orgulho da minha família, ela pode não ter um formato tradicional que eu queria, mas hoje em dia eu acho que ela é melhor, a Julia me deu muito mais do que eu merecia. Minha ex esposa pode ser a mulher negócios mais bem-sucedida e também uma boa mãe, meus filhos podem ter uma vida um pouco desregrada e também serem filhos amáveis, eles são a minha família, e eu os amo demais. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Esse capítulo não tem shippes, não tem possíveis spoliers de com quem a S/N vai ficar no final, mas sim alguns "gatilhos" importantes para a história, e claro, uma explicação de como toda a história começou, e também uma explicação da diferença de culturas que temos entre Brasil e Coreia.
Talvez isso ajude a explicar algumas situações da fic.
Caso alguém tenha dúvidas, sim para tudo que eu coloco na fic eu pesquiso antes, para não escrever nenhuma bobagem, desde lugares, que de fato existem, questões culturais amplamente discutidas,a até as roupas que eu descrevo com marcas e grifes que realmente existem e estão disponíveis para compra.
Não estou me gabando, só mostrando que para vocês eu não escrevo nenhum absurdo, vocês são minhas leitoras amadas e merecem respeito.

Obrigada por continuarem comigo até chegar aos MIL favoritos, eu realmente NUNCA pensei que chegaria a ter uma fic com tantos favoritos, até agora é algo bem surreal para mim.
Espero que tenham gostado do capítulo bônus, espero que ninguém tenha chorado nele rsrsrs

Por hoje é só.
Amo vocês e obrigada novamente. <3


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