História Destino Incerto - Dia e Trabalho: Mais uma reunião com a família dele

Imagina você: voltando da balada de madrugada tendo uma noite doce com seu namorado que divino. Tirando o fato de que você foi dormir no apartamento dele, e na verdade, você precisava ir trabalhar para o pai dele, e se você não sair correndo você vai chegar atrasada. O pior de tudo: hoje é o primeiro dia no emprego.

Então, como uma zumbi sofrendo de hiperatividade, saí da cama correndo para o banheiro e tomei meu banho. Não lembro o porquê, mas uma sacola de roupas minhas estavam preparadas e passadas. Eram as roupas sociais que eu havia comprado para trabalhar. Vesti-me rapidamente, não sequei o cabelo, fiz uma maquiagem básica com lápis, base e rímel. Quando eu estava colocando o sapato de salto, sentada na cama, o Naruto me agarrou pela cintura.

- O que você está fazendo a essas horas, linda?

-  Preciso ir trabalhar, querido, alguém precisa sair da casa do Kiba.

Eu deitei encostei no peitoral dele, e ele me prendeu em seus braços beijando meu pescoço.

- Por mim, seu patrão devia te dar uma hora a mais... - ele beijou minha bochecha.

- Pena, que você não é meu chefe - sorri, e sai do abraço dele - Agora, me empresta seu carro? Vou chegar atrasada se não for de carro...

Odeio pedir esse tipo de coisa. Nunca precisei de alguém e logo agora começo a pedir essas coisas. Fitei meu loiro e ele sorriu sapeca.

- Eu te levo lá - ele levantou e foi em direção ao banheiro - Vai comer alguma coisa.

- Certo.

Chegamos ao prédio. Ele era gigante, puta que pariu. Sério que eu ia trabalhar num lugar desses? Parece um sonho ainda, sabe, eu acho que meu destino é interessante.

- Você está na hora ainda? - ele olhou no relógio.

- Sim, cinco minutos adiantada. - ele me puxou para um beijo, e colou a testa com a minha.

- Temos, então, cinco minutos para nos  divertirmos. - ele sorriu e me beijou. Um beijo matinal cheio de amor. Ainda não sei como ele me ama tanto... Estávamos perdidos no tempo, quando ouvimos uma buzina, me virei e vi que  era o carro do pai do Naruto, e ele que dirigia.

- Acho que vou lá - dei mais um beijo nele.

- Te pego no almoço.

- Pode deixar - ele segurou meu braço, quando eu abria a porta - Que foi?

- Tudo bem que meu pai é o seu chefe, mas abotoa essa camisa aí - ele estava corado.

- Às vezes, você não parece o cara que é na cama - saí do carro rindo.

Fui de encontro com meu chefe, ele acabara de dar a chave do carro para o chofer, e seguia em direção à entrada do magnífico prédio.

- Olá Minato. - eu sorri para o meu sogrão.

- Hina-chan! Vejo que chegou na hora.

- Claro, não ia dar uma mancada dessas né, sogrão.

- Mas querida, - ele falou gentilmente - Você está com um grande ponto negativo com a Kushina. Ela achou um desaforo sua saída ontem...

- Oh, putz, eu falei pro Naruto que devíamos ter ficado para o tal jantar, mas ele insistia que estava com dor de cabeça e não aguentava aquele monte de gente... Fomos direto para o apartamento dele dormir. - menti. Mas eu sei que vocês vão me entender: melhor a culpa ser do Naruto do que ser minha.

- Entendi, vou falar isso pra Kushina, ela vai entender... Bom, pelo menos, vai te odiar menos.

-Tomara, - eu sorri - Mas, bem que ela podia ser menos ciumenta né...

- É nosso filho único, demoramos pra conseguir ter ele... Dê um desconto pra ela, além do mais, acho que ela está com medo...

- Medo do quê?

- De perder o Naruto pra você, sabe, ele nunca foi tão amoroso com uma namorada assim... Aliás, nunca o vi acordando cedo pra trazer nenhuma delas para o trabalho.

- Nossa, que loucura... É difícil de acreditar nisso...

- Pode confiar em mim.

Seguimos até a entrada ele me apresentou a recepcionista, aprendi a "bater meu cartão" e hoje, o sogrão ia me apresentar o local. Minha sala era bonita tinha uma mesa e um computador de mesa, algumas prateleiras cheias de arquivos, alguns quadros na parede e uma janela bem grande com cortinas marrons. Por fim, tinha uma porta que dava de cara no escritório luxuoso do chefe Minato. Como eu tinha chego nessa posição mesmo?  Passei o resto da manhã recebendo ligações, anotando conferências e fazendo um monte de coisas entediantes. Até que a hora do almoço chegou. Aleluia. Antes de sair da minha mesa a senhora Kushina apareceu na minha frente.

- Hinata, você veio trabalhar - ela sorriu, parecia um pouco falso - Cuidou bem do meu Naruto ontem a noite? Vocês sumiram...

- Ele tinha passado mal, dor de cabeça sabe... Daí fomos dormir...- eu sorri tímida - O senhor Minato está na sala dele.

- Então estou entrando, querida... - mulher entrou na sala do marido.

Depois de alguns minutos meu loiro aparece, eu levantei da cadeira.

- Seus pais estão ali na sala, quer chamá-los para almoçarmos juntos?

- Jura que você quer confraternizar, depois de ontem?

- Claro, dá pra ver que eles te amam demais, alias... Fomos embora porque VOCÊ teve dor de cabeça ontem, ok - ele riu e confirmou com a cabeça.

Ele veio até mim e me abraçou e me deu um beijo na bochecha. O sorriso do meu loiro era gigantesco. Como eu amo ver esse sorriso. Meu loiro sorridente bateu na porta, já foi entrando e gritando.

- Mãe, pai vamos almoçar - ele riu - hoje eu que pago!

Antes dele entrar na sala a sogra ruiva já estava o abraçando e dizendo coisas como: "melhorou da dor de cabeça?", "Tomou um café da manhã bem reforçado?", "Estou com tanta saudades de você" e “arranjou uma amante?”

- Mãe... - ele a abraçava sem jeito - Vamos?

- Claro, claro já que vocês fizeram dispensa ontem...

- Desculpa, mãe. - ele deu um beijo na bochecha dela. Ela agarrou o braço dele e começaram a conversar sobre os convidados da noite passada seguindo pra saída.

Eu os segui um pouco atrás com o Minato ao meu lado. Eu gosto dele, na verdade, até ela me agrada. Mas, quando eu vejo o Minato, imagino como meu pai era antes da minha mãe ficar doente. Ele era tão doce quanto o Minato. Minha mãe era tão linda e viva quanto a Kushina.

- O que aconteceu Hina-chan? - ele me perguntou um pouco preocupado.

- Nada - eu falei um pouco triste, mas logo completei sorrindo - Só estou admirando como vocês formam uma família tão feliz.

Naruto virou para mim e me fitou um pouco preocupado, mas sua mãe o agarrara de tal maneira que eu sorri pra ele, e o mandei continuar andando com ela. Tenho que saber dividir meu loirinho com a sogra, né.

- Agora você faz parte da família Hina-chan - Minato colocou a mão no meu ombro - Pode contar com a gente, a Kushina parece durona, mas é um poço de sensibilidade.

- O-O-Obrigada, Minato.

Naruto olhou para trás disfarçando e sorriu pra mim. Acho que ele deve ter ouvido o que o pai disse.

Enfim, o restaurante ficava do lado do prédio da empresa. Sentamos numa mesa que estava localizada num jardim de inverno. O chão era de madeira, e apresentava um visual muito rústico e bonito. Kami-sama, te agradeço por fazer o Naruto pagar o de todos, porque se eu me acostumar com isso, adeus sair da casa do Kiba. Sentamos-nos e logo os garçons vieram nos receber, fizemos os pedidos e a Kushina resolveu saber mais sobre mim. Que infortúnio.

- Então, Hinata, querida - agora ela soou falsa - Eu li sua ficha na sala do Minato, e percebi que você é Hyuga.

- Sim, senhora.

- Então, Neji Hyuga é seu parente?

- Sim, ele é meu primo.

- Que legal, ele conheceu o Naruto lá nos Estados Unidos, mas antes disso, nossas empresas já possuíam negócios juntos. - Minato comentou.

- Seu pai faz o que na empresa, querida? - Kushina tinha que perguntar isso...

- Meu pai não trabalha nela, não  - sorri sem jeito, como eu ia contar que meu pai é um vagabundo, para a família perfeita do Naruto? - Ele... Bem, ele teve problemas... E bem...

- O pai dela é um otário que não precisa sem comentado - Naruto dizia com raiva - Vamos falar de outra coisa? Tipo, como foi seu dia hoje mãe.

Obrigada por me salvar Naruto... Muito obrigada. Eles começaram uma conversa sobre como a cabeleireira foi mal educada com a Kushina e coisas fúteis. Mas eu percebi que o Minato sabia, bem mais que a Kushina, sobre mim. A comida chegou almoçamos e não sei porque, Kushina estava falando de netos. Caralho, olha ela brisando.

- Mas eu preciso de netinhos, imagina como devem ser fofos mini-narutinhos! - os olhos dela brilhavam.

- Mas ele, tem apenas vinte e um anos, não ta na hora de ter filhos, e ele nem terminou a faculdade!  - eu dei meu ponto de vista.

- Querida, isso não importa, você, como uma Hyuga, devia saber que temos dinheiro para até a quinta geração dos Uzumaki viverem bem.

- Mãe... - Naruto protestava - Não acho que eu consiga cuidar de uma criança...

- Consegui sim, você é tão amoroso. - tá para nascer uma mãe tão coruja.

- Acho que a Hinata-chan, ia ser uma ótima mãe - Minato disse, e eu olhei para o Naruto. Eu estava vermelha. Por que ele tinha que falar isso?

- Ah , mas, se ela fosse ter um Uzumaki, ia ter que ser ótima mesmo - Kushina ria.

- Ela cuida tão bem da irmã dela, acho que ela já sabe como cuidar de crianças.

- Naruto, ela já tem 17 anos, existe uma grande diferença entre cuidar de um bebê e cuidar de uma adolescente.

- Mas seus pais são uns folgados hein, - Kushina citando meus pais de novo - Onde já se viu, deixar uma irmã cuidando da outra...

- É que a minha mãe faleceu, Kushina, e eu passei a cuidar da minha irmã, meu pai estava arrasado e em depressão - a verdade.

- Oh, desculpe Hinata... - ele parecia triste por mim.

- Tudo bem, a senhora não sabia - eu sorri para deixá-la confortável.

- Essa comida está boa né? - Minato sempre tentava deixar as coisas mais agradáveis.

- Sim, adoro esses espaguetes! - Naruro dizia para ajudar também.

Terminamos o almoço e Kushina pegou um taxi e foi para sabe-se Kami-sama aonde. Minato falou que ia subir para o escritório logo que tinha coisas pra resolver, me deixando com quinze minutos sobrando de intervalo para ficar com o meu loiro. Sentamos num banco de frente ao prédio e ele chupava um picolé - era sobremesa que a mamãe havia comprado para ele.

- Foi uma merda esse almoço... - Naruto disse.

- Não foi! - peguei o picolé e chupei - Sua mãe está mais amigável comigo.

- Ela só comentava coisas que fazem você sofrer - ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás.

- Mas, se formos ficar juntos por muito tempo, eles vão precisar saber né.

- Nós vamos nos casar, lógico que eles vão saber de tudo! - ele sorriu e eu fiquei vermelha - Mas, eles não precisam saber disso agora. Depois que você alugar seu apartamento quem sabe.

- Você vai querer c-c-ccas-a-a-a-ar comigo? - eu gaguejei e ele ria enquanto termina o sorvete.

- Claro. - ele me beijou e colocou uma mão na minha nuca - Você foi a pessoa mais especial que eu conheci.

-  Mas, eu sou uma mendiga pervertida! Aonde você viu benefício em mim? - eu estou indignada com as palavras dele. Como podemos nos amar tanto assim? Existe esse tipo de amor mesmo?

- Você não é apenas isso... E você sabe do que estou falando, - ele sorriu de novo - Você é amorosa. Você cuida da sua irmã, sabe resolver problemas... Eu preciso de você.

Uma lágrima escorreu de meus olhos. Não sei o que eu estaria fazendo uma hora dessas se não tivesse conhecido o meu Naruto. Será que eu teria enfrentado meu pai? Será que eu estaria morando com o Kiba? Como uma pessoa pode mudar tanto a nossa vida? O amor realmente é louco. Apenas enfiei minha cara no peitoral do meu amor e disse que o amava na camiseta, abafando um soluço de choro. Eu queria tanto que meu pai fosse como o Minato... Isso não saia dos meus pensamentos. Fiquei imaginando como o Naruto seria se fosse pai. Com certeza ia ser muito amável e ciumento, como a mãe dele, e logo eu disse sem pensar.

- Quando você quiser mini- Narutinhos é só avisar.

Quando eu olhei seus olhos, ele parecia surpreso. Muito assustado, mas logo essa expressão foi suavizando e ele me deu um sorriso caloroso e me beijou. Cada vez que nos beijávamos sentia um calor maior. Um amor maior. Como se realmente fizéssemos um parte do outro. Como se o destino nos tivesse feito um para o outro.