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História Destino (Segunda Temporada) - Seguindo os passos do Mestre! - O presságio fatídico - Parte 1


Escrita por: LizaHarukinha e SwadFroste

Notas do Autor


~Por Swad.

Fala meu povo, tudo bem com vocês? Faz tempo que não apareço por aqui, bem como demoro para postar os capítulos, certo? e-e Acreditem ou não, a culpa é inteiramente minha, afinal a Liza sempre tenta adiantar os capítulos o mais rápido possível e eu... E eu bem... Sou uma pessoa azarada. ^^"

De todo modo, hoje é o dia que fico um ano mais perto da morte no bom sentido. (?????????????)

Espero que gostem do capítulo, já que este é bem mais parado se comparado aos últimos postados.

Não se esqueçam de ouvir as músicas sugeridas no decorrer do capítulo, se possível, pois a imersão lírica será muito maior. u-u

Até as notas finais e claro... Lhe desejo uma boa leitura!

Capítulo 5 - O presságio fatídico - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Destino (Segunda Temporada) - Seguindo os passos do Mestre! - O presságio fatídico - Parte 1

[...]

*Primeira melodia. Vá ao YouTube e escreva: Spirited Away - Sixth Shop - Selecione o primeiro resultado de pesquisa e volte para cá.

Estalante, uma fogueira circundada de pedras molda a iluminação cálida na habitação rochosa de chão arenoso, fornecendo o necessário para evitar o frio noturno que se infiltrou na caverna, agora, sendo utilizada como abrigo por um trio de jovens.

Sentado à frente de um ser metálico-avermelhado deitado de costas no chão, está um jovem de vestimentas esbranquiçadas, no momento limpando o suor em sua testa com a mão canhota. Atrás do último reside um Pikachu a alvejar um cubo metálico - repulsado no solo - com um feixe de zig-zag amarelado e, do outro lado do monte de lenha em incineração, encontram-se nossas heroínas.

– Acho que... – Aquela que profere palavras é Sandy, no momento, terminando um nó para segurar a atadura na canela de sua amiga sentada em um tronco de árvore. – Pronto! – Ela exclamou, sentando-se no chão logo em seguida.

– Obrigada... – Danny agradece sorrindo de leve para depois encaminhar sua visão em direção à outra pessoa. – Tivemos sorte de ele ter aparecido, né? – A Palletiana se virou devagar, olhando para o terceiro treinador residente naquele lugar. – Ele me deu um ótimo remédio para queimaduras e ainda nos emprestou essas ataduras.

– Ele já ‘tá lá há muito tempo... – A morena diz, quase murmurando. –... E não para de tratar o Scizor desde que nos deu esses curativos. – Ela aperta o olhar. – Será que nós exageramos? – Nesse momento, Pikachu cessa a emissão de eletricidade, extinguindo assim o ruído perpetuante por todo o local.  

– Com certeza não é isso, Sandy. – A coordenadora fala passivamente, chamando a atenção da amiga. – Apesar do jeito hostil, Scizor’s não costumam atacar os outros sem motivo. – Ela cruza os braços. – Tem algo errado nessa situação... – Danny virou o olhar para o garoto de vestes brancas, percebendo o próprio pegar o cubo metálico com a mão destra enluvada para depois despejar o líquido sobre o ferimento no dorso do tipo aço, que range de dor.

– Hm... – A morena concordou, assentindo devagar e acompanhando o “tratamento” do Pokémon Metálico.

Um suspiro chega aos ouvidos das jovens, agora a vislumbrarem o outro presente levantar, retirar o boné e afagar assim os próprios cabelos escuros.

– E então... – Sandy se levanta junto a Danny. – ele está melhor, Ryoma? – E o questiona.

– Digamos... – O questionado vira seu olhar para o tipo aço deitado à sua frente. –... que ele está fora de perigo. – Ele aperta os olhos por um instante. – Eu neutralizei a parte mais nociva do veneno, mas o efeito ainda continua.

– Então...! – A Palletiana exclama...

– Eu só fiz os primeiros socorros. –... E o garoto a corta. – Ele ainda precisa do tratamento adequado, mas... – O treinador sorri. – Ele está fora de perigo e isso é graças ao Pikachu. – Ryoma fita o roedor elétrico estirado no chão a ofegar. – Se o Scizor não tivesse encontrado vocês, eu provavelmente não conseguiria fazer o remédio à base de Watts. – Ele coloca o boné, amassando seus cabelos. – Obrigado por-

– ‘Perai... – Danny interrompe o garoto. – Quer dizer que você é grato por eu ter me machucado? – A loira franziu a sobrancelha ao indagar.

– N-não! Não foi isso que eu quis dizer... – O treinador recua um passo... – Eu não fiquei contente que o Scizor tenha achado vocês, mas sim por eu acabar seguindo ele. – Terminou, rindo forçado.

– Certo... – A coordenadora suspira em convencimento. – Mudando de assunto, como-

Um ronco é espalhado pela caverna, atraindo a atenção de Danny e Ryoma para Sandy a sorrir em constrangimento.

– Antes de tudo, vamos comer algo. – O garoto diz ao andar até sua mochila e retirar uma sacola da mesma. – Pensa rápido! – Ryoma lança seis embalagens retangulares em direção as jovens; Sandy apanha três destas com um simples movimento braçal, já a loira não parecia provir de tais reflexos, Danny consegue pegar um dos objetos com a mão direita, entretanto os dois seguintes atingem seu rosto. – Opa! Desculpe. – O jovem diz andando até o roedor elétrico ainda no chão e o presenteando com uma embalagem.

– Barras de Cereal? – A Palletiana comenta, enquanto sua amiga de cara emburrada se abaixava para pegar sua parte das embalagens que haviam caído.

–... – Ainda curvada, Danny analisa a rótulo de seu alimento, visualizando assim o desenho de um Geodude a esmagar uma pedra com o punho, detendo a seguinte frase acima de si: “Duro como pedra, mele ‘COMO’ areia”. – Isso realmente vende? – Ela se questiona com uma gota na testa e vira o olhar de relance para trás, observando Sandy quase quebrar sua mandíbula ao partir um pedaço da barra com os dentes e passar a mastigá-lo.

– Confesso que tive a mesma visão... – Ryoma cessa sua fala para morder e arrancar um pedaço da barra de cereal com os dentes. –... Mas essas coisas são deliciosas.

– Eu passo... – A loira se levanta e entrega suas embalagens para Sandy, sentado próxima à fogueira no processo. Não tardou para que os dois presentes repetissem o ato, em contrapartida, Pikachu preferiu se manter ao lado do Pokémon Metálico, fato observado por Sandy. – Ryoma... Como o Scizor ficou envenenado? – A Coordenadora questiona... Nesse momento, os galhos da fogueira se movem devido a incineração de um dos galhos sustentadores, criando estalos maiores.

– Eu não tenho ideia. – As orbes alaranjadas de Ryoma ganham brilho pelo alumbrar das chamas. – Mas seja como for, esse veneno é muito perigoso. – Ele aperta a barra de Cereal em sua mão destra. – Eu já tratei de alguns Pokémon’s antes e essa é a primeira vez que vi um veneno tão resistente ao Watt, mesmo super concentrado, o efeito não neutralizou essa toxina.

– Eu li sobre esse remédio uma vez. – Danny afirma. – o Watt usa a polpa de diversas Berry’s desde Oran a Sitrus fermentadas via eletricidade e além de muito nutritivo, tem muitas usos. – Ela olha Ryoma nos olhos, entretanto o garoto se esquiva da encarada. – Apesar dos benefícios, é uma poção medicinal muito complicada de se fazer, especialmente a mão. – Ela vira o olhar para a esquerda momentaneamente, percebendo Sandy devorar as barras de Cereal em uma velocidade assustadora.

– Meus avós são criadores Pokémon, então aprendi como fazer essa poção os observando trabalhar. – O garoto diz de forma simplista, sorrindo de leve. – De qualquer modo, temos que levar o Scizor a um Centro Pokémon e rápido. – Seu tom de voz muda. – Não dá para saber quanto tempo ele ficará estável.

– Ryoma... – A Palletiana o chama, deixando as embalagens vazias de lado. – Você está nos escondendo algo, não é? – As íris do garoto se contraem por um instante.

– Sandy? – A loira fita sua amiga.

– Você mesma disse que a havia alguma coisa errada, Danny. – A morena diz, olhando-a para depois retornar o olhar ao garoto. – Da floresta até aqui você foi muito cauteloso, Ryoma... Como se estivesse esperando algo acontecer. – Ela aponta o dedo indicador para o citado por si. – Estão faltando três Pokébolas no seu cinto e eu lembro que seu Weavile carregou o Scizor, enquanto um Honchkrow voava perto de nós, e agora esses dois não estão aqui, junto com terceiro que não quem é. Além disso... – Ela faz uma pequena pausa. – Você não nos encarou nos olhos uma vez  sequer. – A treinadora terminou, fitando o garoto que pela primeira vez as encarou nos olhos.

Danny impressionada com a capacidade de observação de sua amiga... Sandy havia percebido vários detalhes cruciais naquele curto período de tempo, coisa que ela já presenciado no dia anterior, mas não parava de se surpreender.

–... Ah... – Ryoma suspirou, abaixando o olhar e unindo as mãos. – Você está certa bela adormecida, eu estou escondendo algo... 

– “Bela Adormecida”. – Danny pensou, virando-se para Sandy com um meio sorriso, fazendo um arrepio subir pela espinha da Palletiana, que virou o olhar de relance para sua amiga.

– É uma longa história... – A morena murmurou, usando a mão para abafar sua fala. Ela volta o olhar para Ryoma quando o próprio levanta o rosto, assim, as jovens fixam expressões sérias.

– Vou contar o que sei e não... Não é por causa da cara de vocês dizendo que vão me enforcar se eu não falar. – Sorri de leve, fixando uma breve expressão de riso no rosto das jovens.


*Fundo musical. Direcione-se ao YouTube e escreva: Undertale OST: 31 - Waterfall - Repita o processo anterior.

– Há cerca quatro dias, vários incidentes estranhos vem ocorrendo na Floresta de Veridian, desde combates ferozes entre os Pokémon’s selvagens até Pokémon’s atacando humanos indiscriminadamente.

       – Como o que aconteceu conosco. – Danny comentou, recebendo um aceno de cabeça do garoto.

– Quando escutei certos rumores três dias atrás, resolvi conferir a situação da floresta e fiquei muito surpreso. – Ele comentou, sério. – Salvo a entrada, o clima da floresta estava denso... Avistei muitos Pokémon’s selvagens debilitados, principalmente na área que estamos. – O garoto fita Scizor de canto de olho. – Eu não podia tratar de tantos simultaneamente, portanto os capturei. – Volta o olhar para as garotas. – Eu acho que não preciso dizer o que acontece quando se tem seis Pokémon’s e se um sétimo, certo?

– A sétima Pokebola é transferida para o último Centro Pokémon que o treinador visitou por um transportador da Pokedex, né? – Sandy afirma em tom de indagação, recebendo confirmação de sua amiga loira.

– Mas isso começou a ficar difícil quando os Pokémon Contaminados essa toxina apareceram. – Ryoma encara as chamas oscilantes da fogueira. – Eles resistem muito mais as Pokébolas normais... Por conta disso, tive que feri-los ainda mais para capturá-los. – O jovem se levanta e caminha até sua mochila. – Foi por isso que eu foi a Pallet a dois dias. – Ele se abaixa e abre a mochila, retirando dessas duas esferas azuis, as quais foram jogadas e apanhadas por ambas as jovens. – Pedi para o Professor Gary confeccionar Net Ball’s e assim que as recebi, voltei para a floresta.

– Pokébolas feitas especialmente para capturar Pokémon’s do tipo Água e Inseto... – Danny afirmou, enquanto a Palletiana ao seu lado analisava os design da esfera meio branca, meio azulada com desenhos teias pretas na parte superior. – Mas Ryoma... Não seria mais simples contatar a Polícia? 

– Realmente... ‘Seria’ mais simples e infelizmente não é. – O garoto comentou pensativo, sentando-se no chão novamente e acaba por firmar o sentimento de dúvida nas treinadoras – A Polícia de Veridian está ignorando esse caso. – Com a declaração, os olhos de Sandy se arregalam.

– O que?! – A Palletiana exclamou se levantando de súbito.

– Minha reação foi a mesma que a sua Sandy. – O treinador diz, segurando a aba do boné branco com o indicador e polegar da mão destra. – Eu foi a delegacia antes de ir a Pallet e quando eu questionei sobre o que estava acontecendo, eles me responderam que já haviam investigado o caso e que tudo estava resolvido. – Ele sorri de lado, ironicamente. – Minutos depois que eu saí a delegacia, decidi voltar pra casa. E adivinhem? Alguém entrou na residência e vasculhou tudo, destruiu vários móveis e escreveu a seguinte frase na parede da minha cozinha “Fique fora do que não te interessa”. – Terminou, cerrando os punhos com força.

– E você sabe onde esses “culpados” estão? – Danny resolve ir direto ao ponto, encarando os olhos alaranjados do garoto novamente e desta vez o próprio não desvia o olhar.

– Sim, meus Pokémon’s descobriram. – O questiona responde, retirando um papel do bolso e entregando a Sandy, que verificou o conteúdo do próprio ao se sentar do lado de sua amiga.

–... E o que isso era pra ser? – A Palletiana questionou, levemente ruborizada.

– Na folha há um desenho de um grande círculo pintado em vermelho com outros círculos menores em amarelo ou azul, certo? – Ryoma indaga, tendo a confirmação por parte das meninas. – Os círculos amarelos representam pessoas e os azuis, máquinas e veículos.

– E o que o vermelho significa? – A Coordenadora toma a palavra.

– Conhecem um movimento chamado “Imprison”? – Novamente, o garoto questiona, tendo uma resposta negativa. – Imprison é um movimento do tipo Psíquico que impede o Pokémon adversário usar golpes que o usuário saiba usar. Isso é o que Pokedex dirá se vocês perguntarem a ela. – O garoto fecha os olhos. – Mas, esse ataque de Status tem uma boa utilidade de vigilância, pois espalha a energia psíquica no ambiente e, enquanto o usuário do movimento estiver concentrado em manter o Imprison funcional, ele pode detectar movimentos de qualquer ser que adentrar na área onde a energia se encontra. – Ryoma termina sua explicação.

– O vermelho é essa energia de vigilância... – Sandy balbucia, retornando o olhar ao desenho. – Espera... As proporções dos círculos...

– Exato. – Antes que a Palletiana completasse sua questão... – Meu Sableye fez esse mapa usando o Foresight enquanto voava nas costas do meu Honchkrow. –... Ryoma resolve esclarecer este ponto. – Vocês podem perceber pelo desenho que esse Imprison é ridiculamente grande. – Ele pega um galho de lenha e joga na fogueira. – Eu pesquisei e parece que o maior Imprison registrado é de 79 metros, mas esse do desenho é de 162 metros, mas que o dobro do recorde mundial.

–... Isso é perigoso... ... – Os lábios de Danny se mexem. – E é por isso que você nos contou tudo, porque quer nossa ajuda.

– Na verdade, eu pretendia... Não, eu pretendo ir sozinho. – O garoto diz, olhando novamente para Scizor. – Como eu disse... Ele precisa receber tratamento e no caso dele, as Pokébolas não funcionam porque ele é de alguém. – Com essa declaração, a dúvida de Sandy é apagada antes de ela questionar o garoto. – Por isso, eu quero pedir que vocês o levassem para a Cidade de Veridian.

– Que?! Você acha que simplesmente vamos dar meia volta depois tudo que você nos disse?! – A Palletiana exclamou irritada.

– A sua amiga está machucada, seus Pokémon’s estão cansados e seu Pikachu esgotado por me ajudar a fazer a Poção de Watts. – Ryoma é rápido e lança seu contra argumento. – Eu não duvido das suas forças, mas na condição atual, vocês estão invalidadas para combater.

– O Honchkrow não pode levar o Scizor? – Danny se expressa, chamando olhares para si. – Mesmo que ele seja pesado a distância não é grande para um tipo voador.

– Isso pode ser verdade, mas... – Antes que o garoto completasse...

– “MAS” NADA! – Sandy sobrepõe à voz de Ryoma, colocando-se à frente do próprio, enquanto o encarava de perto. – NÓS VAMOS...! – Ela força sua testa contra a do treinador, fazendo-o recuar a cabeça, ainda sentado enquanto recebia a encarada estreita da morena... – E ACABOU! –... por fim, ele perde o equilíbrio, escorrega da tora de madeira e cai para trás, batendo a nuca no chão.

– Grr...! – Ryoma resmungou ao levar as mãos até a região do impacto.

– Er- É... – A Coordenadora concorda, ou melhor, tenta concordar. – É isso aí... –... Ela acabara de presenciar outro lado que ela desconhecia de Sandy, agora sentada ao seu lado com os braços cruzados e olhos fechados, detendo traços de descontentamento em sua face.

– Danny. – A morena a chamou.

– O-oi. 

– Desculpe se eu estiver sendo egoísta... – A Palletiana abre os olhos e fita de relance o machucado no joelho de sua amiga. – Mas eu não quero... – Ela descruza os braços e apoia os punhos trêmulos sobre as coxas. – Eu não consigo ficar calma sabendo que essas coisas estão acontecendo com os Pokémon’s... – Ao ouvir tais palavras, Ryoma recupera a compostura e se senta novamente na tora de madeira, mantendo agora seu boné esbranquiçado em mãos. – Então, se você quiser voltar para Veridian, eu...

– Nem termine essa frase! – A coordenadora interrompe sua amiga, erguendo a palma da mão a ela. – Quer que eu faça a mesma terapia que você usou nele? – Ela diz, piscando para Ryoma a revirar os olhos com o comentário, fato que fez Sandy soltar uma leve risada.

– Certo... – O jovem de cabelos escuros murmura. – Já está quase na hora.

[...]

Sobre o céu noturno enevoado, as folhagens originárias de árvores são sacudidas pelo vento gélido... É notável a presença de Pokémon’s entre os arbustos, observando curiosamente um trio de jovens, agora parados em frente a uma caverna com seus pertences carregados nas costas.

Com um assovio, o pássaro noturno emerge entre as sombras aéreas da noite sem luar e pousa a frente do jovem de roupas esbranquiçadas.

– Preciso que você leve o Scizor até Veridian. – Ryoma diz ao Pokémon, curvando-se para acariciá-lo. – Consegue fazer isso? – Com o acenar de cabeça de Honchkrow, o treinador o entrega um papel para o Pokémon carregar consigo, talvez se tratasse de um recado.

O proposto foi executado; o pássaro noturno fixou suas patas nos ombros do tipo metálico de cor vermelha e levantou voo, fraquejando momentaneamente no arranque aéreo, mas acabou por se estabilizar e continuou seu trajeto até a cidade destina.

– Agora temos que... – O garoto se interrompe ao virar o olhar para Sandy a vislumbrar a mata escura a sua frente. –...?

O vento assovia... Balançando as roupas e os longos cabelos escuros da Palletiana, bem como um acessório comprido balançando no ar, que não parecia pertencer a seu conjunto de roupas, fato o qual é rapidamente captado por outra presente.

– Sandy... – Danny se aproxima de sua amiga. – Aconteceu alguma coisa?

–... – A morena nega com movimento de cabeça com olhos fechados enquanto sorri. – Aqui. – Ela estende a mão esquerda para a amiga e ao abri-la, deixa evidente uma longa fita azulada.

– Pra mim? Obriga- – A loira tenta pegar o laço azul com a mão destra, entretanto a morena é mais rápida e desloca sua mão canhota para a direita.

– Não, não... – A treinadora ri de leve da quase queda da loira. – Você pode amarrar meu cabelo?

– Ah, era isso. – Danny balbucia, recebendo a fita de Sandy, que tira o boné e se vira de costas. Ryoma se aproxima da dupla em silêncio e passa aguardar, junto a Pikachu, no momento recuando de susto pela emersão terrestre e repentina do Sableye do treinador ao seu lado. – Eu pensei que você não gostava de prender o cabelo...

– E não gosto, mas eu prometi a minha Mãe que ia cuidar dessa fita. – A morena diz, sentindo os dedos da amiga entre seus longos fios negros. – Esse foi o primeiro presente que meu Pai deu a ela... – Com a declaração, as pupilas de Danny se expandem por um momento, dando espaço a um sorriso, enquanto a própria terminava o laço nos cabelos de Sandy.

– Pronto! – A loira afirma sorrindo.

A Ketchum recoloca seu boné, ajeitando-o pela aba, enquanto apalpava a área onde a fita azul se encontrava amarrada em forma de laço, segurando o rabo de cavalo feito por sua amiga.

– Valeu Danny. – A Palletiana agradeceu, tendo Pikachu a escalar seu braço e se acomodar em seu ombro, ao mesmo tempo, Ryoma se coloca ao lado de Danny, que é surpreendida pela queda repentina de um ser escuro ao seu lado.

– AHH! – A citada anteriormente grita, saltando para direita. – Pode vir! Eu ‘tô com um quente e dois... ...? – A coordenadora ainda em guarda percebe a figura escura andar até Ryoma e entregá-lo uma folha de papel. – Ah, é o seu Weavile... – Ela suspira.


*Ost. Guie-se ao YouTube e escreva: Pokémon Anime Sound Collection - Imminent Danger - Repita os passos executados anteriormente.

– Bem na hora... – O jovem afirmou... – Vamos! –... E começou a correr.

As garotas trocam olhares, assentem e passam a seguir Ryoma a ser guiado por seu Sableye com os olhos a resplandecer em tom esbranquiçado. Ao mesmo tempo, o tipo Gelo/Trevas de Sinnoh salta entre os galhos das árvores, servindo de segundo apoio visual, já que a espécie do próprio se especializava em caça noturna.

– Para manter um Imprison desse tamanho, há um limite de tempo. – O garoto de olhos alaranjados começa a explicar, olhando de relance para as jovens atrás de si. – E consequentemente, uma pausa. – Danny se focava completamente nas palavras do garoto, tentando suportar o desconforto da queimadura em sua canela. E diferente da anterior, Sandy e Pikachu parecia distraída analisando o cenário de árvores em desfoque pela correria. – O intervalo entre ele é mais ou menos 11 minutos, mas que o suficiente para ir e voltar 162 metros correndo. – Ele volta o olhar para frente. 

... O que é isso...? – Sandy pensou, ficando apreensiva. – Estou arrepiada... – Ela fecha os olhos brevemente. – É como se as árvores estivessem me falando...

– Parem! – Ryoma exclama em tom calmo, sendo o suficiente para as meninas cessa seus passos e se agacharem ao lado dele.

– Isso é... – Danny se surpreende ao vislumbrar o território a sua frente.

Assim como o desenho feito pelo Sableye de Ryoma evidenciava; três caminhões permaneciam estacionados próximos à entrada de uma caverna com seus faróis acesos, servindo de suporte para os postes de iluminação espalhados pelo local. Pessoas iam e vinham de diversas áreas do local, carregando instrumentos de escavação, tendo como destaque britadeiras e pás, destacando que os trajes de tais pessoas não possuíam um padrão específico.

– É um grupo de mineração? – A coordenadora murmura para seus companheiros. A resposta não vem... Tanto Ryoma como Sandy pareciam super concentrados no ambiente sobre suas visões, analisando cada pequeno detalhe.


*Última música. Guie-se ao YouTube e escreva: Kaori Version of Bewthoven Kreutzer Violin Sonata - Selecione o primeiro resultado de pesquisa e volte para cá.

Em meio ao cenário turbulento de máquinas perfurando o solo, um som peculiar capta a atenção do trio, que revirar seus olhares para a esquerda. O oscilante som agudo e estridente captado por nossos heróis é gerado por um instrumento similar a um violão, mas este se destacava pelo pouco tamanho se comparado ao primeiro, bem como as cordas de fricção arranjadas de forma diferente e a necessidade de se utilizar um bastão de toque - denominado “Arco” - para produzir a melodia desejada.

A detentora de tal dicção musical usufrui de sedosos e longos fios escuros como o anoitecer e traços juvenis marcantes, destacados pelo longo vestido escuro e sapatilhas igualmente sombrias usadas pela jovem.

– Kreutzer, Sonata para Violino de Beethoven. Ela é boa com Sul Tasto e Corda Dupla. – O comentário vem de Danny, fazendo a dupla de aventureiros virarem sua atenção subitamente para a garota, que corou levemente com o olhar incrédulo de seus amigos. – Q-que foi...? Eu tocava violino na escola até o sétimo ano... – Ela tenta se explicar, pela primeira vez mostrando timidez ao falar. – Não é como seu gostasse... – A loira abaixou o olhar e revirou em direção à violinista, nesse momento, a coordenadora fixou seriedade em sua feição. – Sandy, Ryoma. Olhem... – Rapidamente, os ditos retornar a vigiar a região apontada.

Um caminhão surge em meio à mata escura e segue para a entrada da grande caverna, mas... Diferente de seus semelhantes, este quarto veículo estaciona com os faróis ligados em direção a grande cavidade rochosa.

Ryoma checa o relógio em seu pulso, confirmando que eles ainda podiam ousar ficar mais alguns minutos antes do Imprison voltar à ativa.

A movimentação se torna suspeita; vários trabalhadores se dirigem para perto do veículo recém-chegado, reverenciando um homem de cabelos grisalhos e trajante de jaleco que saiu da cabine do caminhão. Em seguida, o aparente cientista retira um aparelho de um dos bolsos de sua vestimenta clínica e aperta um botão.

As portas metálicas do veículo rangem, abrindo-se, enquanto uma rampa metálica - provavelmente automatizada - toma posição na entrada do caminhão.

Com um gesticular de cabeça, dois dos elementos desconhecidos caminha lentamente ao interior do compartimento de carga... Ao longe e apreensivos, o trio de jovens acompanha a movimentação suspeita, vislumbrando o retorno dos operários do interior do caminhão. Eram…!

–... Grr...! – Os longos fios negros entrelaçados em um rabo de cavalo ondulam sobre o luar, ressoando com a melodia grave de violino …

Durante um instante mais breve que um piscar de olhos, a mão de um garoto de olhos alaranjados tenta agarrar o braço da jovem treinadora, ao mesmo tempo, a feição de outra jovem loira se conduz de espanto para preocupação.

Ela emerge da mata, carregando folhas secas a pairar entre seus brilhantes olhos castanhos, enquanto a própria confirma a cena que havia avistado quando escondida; Pokémon’s - com diversas escoriações por seus corpos - enjaulados e dominados pelo medo.

– PAREM! – Sandy grita com tudo que possuirá de voz, arrancando grama do chão no źarpar súbito em direção ao grupo de desconhecidos.

Um núcleo incandescente descende no ar, alumbrando, com seu fulgor, a Palletiana a erguer o olhar, agora preenchido pela espectro luzente sobre si... A explosão fumegante devasta a flora diurna.

– SANDY!

[...]

Continua...


Notas Finais


~Por Swad.

E este foi o capítulo de hoje, meus caros, colegas e leitores.

Como eu disse, foi algo bem parado, tendo apenas uma ponta de clímax em seu final, porém este capítulo foi necessário por duas razões; primeiro para explicar pequenos-grandes detalhes e... Porque eu estou sem Notebook. (._. )

Em suma; espero que tenham gostado, pois deu bastante trabalho construir esse capítulo.

Eu não irei prometer nada referente a um capítulo novo tão cedo... Estou sofrendo com algumas intervenções irritantes do Destino -- como um ponto apresentado acima --, parece até ironia falar de tal numa estória onde o próprio é usado como base. SHAHAASHASASA'

Desculpem quaisquer erros ou incoesões. Sempre escapa algo na revisão.

Até a próxima e...

Obrigado por ler! ;)


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