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História Destinos Cruzados - Saranghae


Escrita por: Yleah

Notas do Autor


Feliz Natal meus amores!!

Esse é o penúltimo cap ;-;
Boa leitura.

Capítulo 19 - Saranghae


Fanfic / Fanfiction Destinos Cruzados - Saranghae

-Onde ela está? – perguntou Jeon sério.

-Não irei te dizer Kook, assim que eu te passar a informação, você irá querer ir atrás dela correndo, e eu não posso deixar você sozinho. – respondeu Namjoon. – Onde você está?

-Nam, para de enrolar e diz logo. – Kook se irritava, não queria envolver ninguém naquilo, pois sabia que poderia ser perigoso.

-Quanto mais tempo discutirmos, mais demoramos para encontrar Hanah.

Namjoon escutou Kook bufar, após alguns segundos de espera ele respondeu:

-No apartamento dela, estarei em frente ao prédio te esperando.

Jungkook encerrou a ligação sem esperar resposta, olhou uma última vez o quarto de Hanah tocando os restos da imagem em seu bolso, levantou-se e saiu do apartamento fechando a porta atrás de si. Tinha medo do que viria pela frente, mas faria de tudo para salvá-la. Quando uma parte sua começa a morrer ou está em perigo, você tem que protegê-la, independente da situação.  Hanah havia se tornado uma porção considerável dele, algo com o qual ele não poderia viver sem.

Kook sentou-se na calçada em frente ao prédio, olhava o céu cinzento a espera de Namjoon, este chegou em poucos minutos, vinha em uma moto, quando retirou o capacete encarou Jeon abrindo um sorriso de lado.

-Você está péssimo cara. – disse Nam.

-Obrigado. Mas, eu já sabia disso. – respondeu Kook ironicamente indo em direção ao amigo.

O sorriso de Nam sumiu, um expressão séria surgiu em sua face, ele olhou para o chão levando as mãos as costas e retirando um objeto  da parte interna da sua camisa estendendo-o para Kook. O maknae arregalou os olhos ao observar o instrumento que o amigo lhe oferecia, aproximou a mão hesitante, porém ao sentir o peso da pistola, mais especificamente uma Desert Eagle, o jovem constatou que a coragem o invadia.

-Precisamos mesmo disso? – perguntou Jeon prendendo o objeto ao cós da calça em suas costas. – Aliás, onde você conseguiu pistolas?

-É melhor não saber. – respondeu Namjoon e em um tom de voz fúnebre, olhando para o céu, acrescentou: - Hoje é um belo dia para morrer... – suspirou. – Vamos.

Kook subiu na garupa da moto e ambos foram em direção ao desconhecido, nervosos e ansiosos, com medo, mas o perigo era algo que os atraia.

●●●

-CALA ESSA BOCA! – gritou Joang.
O velho já não aguentava mais os gritos de Hanah, ela implorava por uma resposta, tentava abrir as portas travadas do carro em movimento e a todo momento gritava. Essa era a terceira vez que seu pai lhe mandava calar a boca, contudo isso só servia para os berros aumentarem. Cego em sua fúria, ele saiu do banco do passageiro e foi em direção ao assento de trás. Hanah encolheu-se com a aproximação do pai e se calou.

-O passarinho decidiu parar de cantar? – perguntou ironicamente Joang abrindo um sorriso maldoso e sentando-se ao lado da garota.

Hanah se encostou contra a porta e encarou o pai com fúria no olhar, ao ver os lábios dele desenharem um sorriso nojento na face ela cuspiu em sua cara vendo-o ficar vermelho de raiva.

-Sua vagabunda! – disse o senhor com cólera em sua voz envolvendo o pescoço de Hanah em suas grandes mãos e apertando.

A garota começou a engasgar ao sentir a falta de ar, puxava o oxigênio, mas este não chegava aos seus pulmões, tentou arranhar as mãos do pai, mas este apenas só apertava com mais força. Os olhos dela se encheram de lágrimas, a face tomava uma coloração avermelhada e sons de engasgos soavam.

-Grita agora! GRIT... – porém a frase de Joang foi interrompida quando ele foi arremessando levemente para a frente por causa de uma freada brusca.

-SOLTA ELA. – gritou Jaenhun retirando as mãos do volante e encarando o senhor que ainda tinha as mãos em torno do pescoço da garota. – Você vai matá-la. Solte minha noiva. – sibilou ameaçadoramente.

-Tudo bem... – respondeu Joang erguendo uma sobrancelha e retirando as mãos lentamente.

Hanah olhou para Jaenhun, não esperava aquela atitude dele, levou as próprias mãos ao pescoço dolorido massageando-o.

– Porém, vou fazê-la calar-se. – completou Joang, segurando os cabelos de Hanah surpreendendo-a e a cortando a cabeça da garota com brutalidade na porta do carro.

Ela gritou com a dor desmaiando em seguida.

●●●

-Agora você vai me dizer onde ela está? – perguntou Jungkook.

Namjoon dirigia rapidamente, ia em direção a uma rodovia pouco usada, onde os arredores eram áreas destinadas a agricultura, várias plantações se faziam presentes dos dois lados da estrada.

-Rastreei seu chip, porém este estava em movimento nesta região, então procurei as propriedades próximas o suficiente da cidade e que ficasse nas redondezas. Então, descobri um pequeno celeiro, com um galpão de aveia a alguns quilômetros daqui. – a voz de Namjoon estava abafada por conta do capacete.

-E por que você acha que ela está indo para lá?

-Porque essas plantações ao nosso redor e a propriedade pertencem a família Park Jong. A mesma família de Jaenhun. O nome completo dele é Park Jong Jaenhun. Eu fiz uma pesquisa...

Kook calou-se, deixou Nam dirigir sem mais intromissões de sua parte, as palmas de sua mão soavam, a cada segundo o nervosismo se fazia cada vez mais presente.

Logo viram o grande cilo que servia para guardar a aveia, este cortava a paisagem em meio as plantações, ao lado um grande galpão fechado com portas de madeira onde havia um carro estacionado a frente. Nam parou a moto a uma distância considerável, para que o barulho da moto não atraísse a atenção.  Seguiram caminhando até o local, Jeon pegou a arma apertando-a em sua mão, Nam fez o mesmo.

-Espero não ter que usar isso. -falou Namjoon, Kook apenas concordou com a cabeça e engoliu em seco.

Chegaram em frente às grandes portas de madeira, olharam um para o outro, não podiam simplesmente entrar atirando, tinham que fazer isso direito para que ninguém se machucasse. Nam respirou fundo e analisou a situação, dizendo:

-Tenho uma ideia. – Kook encarou o amigo esperançoso a espera da ideia que ele daria. – Você irá se esconder ao lado do celeiro, eu irei atraí-lo, quando o velho sair, você entra e tira Hanah de lá o mais rápido possível, tentarei imobilizar Joang sem precisar usar a força.

-E se Jaenhun estiver com ele? – perguntou Kook preocupado.

-Então, volte o mais rápido possível para me ajudar. – respondeu Nam abrindo um sorriso.

-Esse é um péssimo plano.

-Mas é o único que temos. – falou Nam erguendo o braço para o céu e puxando o gatilho, antes que Kookie pudesse revidar com outra resposta, a pistola soltou um estampido alto, ele empurrou o maknae fazendo este se mexer e ir para a lateral do local.

Em poucos segundos Joang e Jaenhun surgiram, escancarando as portas do celeiro e saindo a passos firmes do local. Os olhos de ambos recaíram diretamente sobre Namjoon, este abriu um sorriso desafiador, apontou a arma e disse:

-Podem vir.

Kook olhou uma última vez para o amigo antes de entrar no local, desejando-o boa sorte internamente.

●●●

Do lado de fora.

Joang encarou o garoto que lhe apontava uma arma, tentando reconhecê-lo, até que recordou de quando chegou na casa da filha, este era um dos garotos que estava lá. 

-Eu esperava o outro... não você.  – falou o velho, confuso com aquela situação.

-Hanah é minha amiga. Tenho que cuidar dela.

O ancião revirou os olhos, então se deu conta de que não era possível que aquele garoto estivesse ali sozinho, olhou em volta, buscando mais alguém, porém só conseguia ver plantações.

-Quem veio com você? – perguntou.

-Acho que você não está em posição de fazer perguntas. – rebateu Namjoon.

Joang olhou para trás de si, observando o interior do celeiro imerso em escuridão, dando-se conta de que aquilo poderia ser uma armadilha; tocou o ombro de Jaenhun e disse:

-Cuide dele. Vou vigiar Hanah.

O rapaz assentiu, porém quando o velho deu as costas foi surpreendido.

-PARE! – gritou Namjoon, apertando o gatilho uma segunda vez mirando Joang.

Contudo Jaenhun colocou-se na frente do velho, sendo acertado de raspão no braço. Nam assustou-se com o que havia feito, Joang aproveitou-se daquele momento de distração recurando-se do susto e entrou no celeiro sem nem olhar Jaenhun uma última vez. 

●●●

Quando Kook entrou no local foi engolido pela escuridão, deu alguns passos existentes e começou a correr, logo começou a escutar uns grunhidos, seguiu o som e encontrou Hanah amarrada a uma cadeira em um canto do lugar, o espaço era vagamente iluminado por causa de um resquício de luz que se infiltrava por uma viga quebrada no teto. A garota além de presa a cadeira, encontrava-se amordaçada, sangue escorria por sua testa, ela parou de tentar gritar ao ver Kook se aproximar, não acreditava naquilo, achava que era apenas sua mente criando uma peça, tentou se encolher quando o garoto se aproximou, com medo de que ele se transformasse em um ser horrendo que a machucasse. Contudo, o garoto tocou-lhe a face delicadamente, como se temesse que ela se quebrasse em seus dedos. Sentir os dedos quentes dele em seu rosto causou-lhe arrepios em todo o corpo; ele soltou a mordaça que a silenciava.

-Kookie... – soou a voz fraca de Hanah, lágrimas acumulavam-se no canto de seus olhos.

Ele sorriu para ela e foi soltar-lhe as mãos.

-Eu tô aqui. Vim te salvar.  Calma. – dizia Jeon.

Ela apenas repetia seu nome. Quando Hanah se viu livre das amarras, pulou para a segurança dos braços do garoto, sentindo seu cheiro, seu toque, seu calor. Ele apenas a apertou com força.

-Eu... eu menti... eu não queria ter te dito aquelas palavras... – falou Hanah em meio a soluços.  – A Hanah que você conhecia não morreu... ela continua aqui dentro... e me fez perceber que eu te amo.

Kook foi pego de surpresa por aquelas palavras, ia responder quando foi interrompido pelo som de aplausos, soltou Hanah, colocando-se em frente à ela e apontando a arma para a escuridão, onde o barulho havia cessado.

-Os pombinhos se encontraram. – falou Joang entrando no pequeno círculo de luz e apontando uma arma para Kook. – Adoro romances.

-O que fez com Namjoon!? – perguntou Kook preocupado.

-Mandei-o para o mesmo lugar que logo você vai.

E sem pensar duas vezes, Joang apertou o gatilho, Kook tentou desviar, mas foi muito lento, sei corpo foi arremessado para trás ao sentir o impacto da bala perfurando o seu corpo. Hanah berrou, o garoto reprimiu um grito de dor, recuando para trás, sentiu os braços da garota o envolver e eles descerem lentamente ao chão.
A camisa do garoto, antes branca, era pintada pelo rubro de seu sangue. Hanah olhou a face do garoto sem saber o que fazer.

-Não... por favor, não... Kookie, fica. – sussurrava ela para o garoto em meio as lágrimas, acariciando-lhe o rosto de leve.

-Sa... saran... – tentou dizer Kook, mas as forças foram drenadas de seu corpo e a escuridão o envolveu.

A risada de Joang soou pelo local.

-E o Romeu, morreu. – falou o velho ironicamente retirando Hanah do topor.

Ela olhou com fúria para o homem a quem chamava de pai, sem dizer uma palavra, pegou a Desert Eagle ainda na mão de Jungkook, e apontou para Joang. O senhor a encarou com um sorriso no rosto.

-Para de brincadeira Hanah, sabemos que você não vai ter coragem de apertar o gat...

A frase do homem foi interrompida por um forte estampido, a garota se assustou com o disparo e soltou a arma que ela mesma havia disparado. O tiro acertou diretamente o coração do velho, ele tocou o buraco em seu peito e cuspiu uma golfada de sangue olhando incrédulo para filha antes de cair no chão.

-Eu te odeio. – disse ela enquanto uma poça de sangue se formava ao redor de Joang; e voltou a abraçar o corpo de Kook inconsciente em seus braços.




Notas Finais


Próximo, tem surpresinha.


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