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História Destinos Ligados - No silêncio da sua distância


Escrita por: LehPonei

Notas do Autor


Olá meu povo!
E é aqui, podre de sono, que venho postar este capítulo...
SHUAHSUAHSUAHSUAU
Espero que gostem!
Desculpe qualquer erro e boa leitura!

Capítulo 11 - No silêncio da sua distância


Fanfic / Fanfiction Destinos Ligados - No silêncio da sua distância

 Uma luz dourada cortou a escuridão da noite. Natsu se levantou de um pulo de onde estava sentado. Ele sabia o que aquela luz significava.

 Enquanto movia sua cabeça de um lado para o outro em busca da fonte daquele brilho característico ele conseguiu pegar um vislumbre de cabelos ruivos e um terno.
 
“Loke”, Natsu pensou, surpreso.
 
 Ele correu atrás do espírito que havia entrado silenciosamente na guilda. O seguiu até a sala do mestre sendo acompanhado por olhares curiosos. Ele ficou temeroso que Loke percebesse seus movimentos, mas o ruivo estava focado demais na tarefa de chegar até Makarov. Natsu colou seu ouvido na porta de madeira e escutou.

- Mestre. – o espírito falou em forma de cumprimento, em seguida entregou a carta de Lucy.

 Makarov com muita calma leu o conteúdo. Pouco a pouco seus olhos começavam a se turvar com preocupação. As noticias da loira não eram boas. Loke permaneceu em silêncio debatendo consigo mesmo sobre o que fazer. Deveria contar, e contrariar as ordens de sua mestra? Ou respeitar a decisão de Lucy e confiar que ela não escondia aquela importante noticia apenas por receios pessoais?

 Ele estava totalmente indeciso.

- Ela solicita uma lista com todos os magos celestiais em Fiore? – Makarov repetiu em voz alta ao pedido escrito pela loira despertando o ruivo de seus devaneios. – Achei que pediria mais magos para auxilia-la.
 
Natsu arregalou os olhos do outro lado da porta. Sua respiração fica presa na garganta quando começa a compreender do que eles falavam. O que aquelas palavras implicavam.

- Ela... – Loke hesita. – Ela disse que pretende acabar com isso em pouco tempo e para ter mais eficiência, quanto menos estarem envolvidos na missão melhor.

 O espírito exala quando deixa a meia verdade sair de sua boca. Makarov assentiu compreendendo a linha de raciocínio da loira, mas não deixou a expressão de preocupação deixar sua face. Loke se remexe no lugar.

- Devo voltar agora. Ela pode precisar de mim.

- Sim, sim. – Makarov toca a sua mesa com as pontas dos dedos, pensativo. – Mas tem certeza Loke? Não acha que é imprudente da parte de Lucy?

Natsu está tão concentrado na conversa que não nota todos os seus amigos se aglomerarem ao seu redor. Ele deixa cada grama de sua atenção voltada para a resposta do espírito. Ele ouve Loke exalar pelo nariz nervosamente.

- Acho que Lucy tem plena consciência do que faz. Ela não é impulsiva. Sua mente é muito mais aguçada do que lhe damos credito. – ele desvia o olhar para o chão. – Eu confio na minha mestra, e assim ficarei ao lado dela para protegê-la do modo que puder.

 Natsu detecta algo na voz do ruivo. Uma hesitação que não combina com seu discurso devoto a sua mestra. No completo impulso ele entra tempestuosamente na sala surpreendendo os dois homens lá dentro.
 
O rosado atravessa o cômodo até Loke e o pega pelo pescoço. Antes que o ruivo possa se dar conta ele esta imprensado contra a parede pelos braços poderosos de Natsu. Uma fúria assassina paira naqueles olhos negros.

- Diga a verdade. – Natsu rosna contra o rosto pálido de Loke. – O que aconteceu com a Luce?

 A sala mergulha no mais profundo silêncio que já lhe ocorreu.

 Loke sente o suor lhe escorrer pelas costas enquanto encara sem pestanejar os olhos do rosado. Ele inesperadamente se sente aliviado pela atitude do rapaz. Isso significa que ele se preocupa com Lucy ao ponto de ameaçar um companheiro de guilda.

 Por um lado é algo bom, mas por outro, nem tanto. O que ele faria quando descobrisse o que Lucy esconde? E que estava grávida dele enquanto executava uma missão de alto risco?

 Loke teme a resposta e toma sua decisão.

- Lucy está em perfeitas condições. – ele consegue dizer entre as rápidas respirações que lhe saem pela boca entre aberta. – Você deveria saber da força que Lucy possui.

 Aquilo desarma Natsu. Ele da um passo para trás libertando o ruivo de seu aperto. Seu semblante contraído. Loke cai de joelhos no chão.

- Então o que está acontecendo? Porque ela não pede ajuda?

 Makarov que observava palidamente da sua mesa resolve se levantar. Ele lança um olhar reprovador para Natsu.

- Isso não é motivo de agressão. O que pensa que está fazendo?

 Outras pessoas entram na sala. Loke observa tudo àquilo de olhos arregalados. Ele precisava voltar para Lucy. Precisava protegê-la a todo custo, mas não podia deixar os membros da guilda preocupados com a missão, então ele tenta se recompor o mais rapidamente possível.

- O que Lu-chan está fazendo? – Levy pergunta com confusão.
 
 Makarov e Loke trocam um rápido olhar, ao qual não passou despercebido pelo rosado. Ele tenta se acalmar enquanto observa Happy caminhar até ele. O mestre ainda não havia respondido a pergunta de Levy. Erza dá um passo a frente.

- Mestre...

- A informação é confidencial. – Makarov solta às palavras junto do ar reprimido em seus pulmões. Ele olha para a madeira de sua mesa com um olhar fixo. – Se querem manter Lucy segura também vão concordar em não dizer uma palavra do que ouviram aqui.

 Todos se espantam, mas o mais pálido é Natsu. Ele parecia prestes a vomitar.

- É algo tão perigoso assim? – Gray sussurra, mas sua voz ressoa na sala silenciosa.

- Sim. – Loke responde cauteloso. – Neste exato momento nem mesmo eu sei onde ela está. Sua localização não pode ser detecta. Então Lucy se tornou "invisível" para todos. Mas não acho que isso espante o perigo dela.

 Loke desvia o olhar. Makarov toma a frente com a boca desenhada em uma linha tensa no rosto cansado. Ele olha nos olhos de todos os presentes. Natsu, Erza, Gajeel, Levy, Juvia e Happy o encaram de volta.

- Espero que entendam a importância da descrição. A partir de agora quero que todos fiquem em alerta máximo. Se Lucy disser qualquer palavra que indique que necessita de ajuda vocês irão atrás dela. Mas nesse momento ela tem tudo sob controle. Mandar pessoas pode apenas atrapalhar seu disfarce. – Makarov vira as costas para todos. – Loke o que Lucy pediu está aqui na minha gaveta. Você pode pegar e voltar imediatamente para sua mestra.

 O ruivo, em completo silêncio, se aproximou e pegou o papel das mãos do mestre. Makarov segura o antebraço do espírito e o encara diretamente nos olhos.

- Entende o que está carregando?

- Sim. – Loke responde sem pestanejar.

- E quero que me prometa que trará noticias de Lucy a cada possibilidade que surgir. Não me deixara no escuro em relação a minha filha.

 Loke assente de forma séria. Ele imediatamente desaparece em meio a uma luz dourada.

- Você só pode estar brincando comigo! – Natsu explode de imediato. Ele solta um rosnado que surpreende a todos. – Realmente não vai contar o que ela está fazendo?

 Makarov apenas encarou o jovem com calma.

 Gajeel e Gray tomaram a frente e agarraram os braços do rosado. Ele nem mesmo piscou ou tentou se soltar quando foi arrastado para fora da sala, sendo seguidos pelas outras pessoas do grupo. O mestre permaneceu em sua sala.
 
 Os dois magos soltam Natsu perto do topo da escada que levava para o nível inferior. O barulho lá embaixo era típico da Fairy Tail, mas naquele momento parecia que o grupo estava contido em uma bolha de silêncio.

- O que pensa que está fazendo? – Gray pergunta por fim. – Se continuar desse jeito vai colocar a vida de Lucy em risco apenas por que não teve coragem o suficiente de se abrir com ela?

 O rosado ficou imediatamente pálido. Os outros encaravam tanto Gray quanto Natsu, espantados. Ninguém esperava aquelas palavras do moreno. Natsu desvia o olhar com raiva.

- O que você sabe? Quem é você para falar algo? – ele tenta parecer com raiva, mas sua voz cai para um sussurro. Como se cada palavra fosse uma lamina passando por sua garganta.
 
 Gray balança a cabeça de forma negativa.

- É apenas um conselho Natsu. Pense antes de agir. Faça isso uma vez na sua vida, pelo menos.

 Natsu foi deixado sozinho. Todos começaram a descer as escadas e entraram na bagunça que havia se formado a guilda. Todos menos Happy. O neko permaneceu ao lado do amigo, o encarando demoradamente.

- Eu vi quando vocês se beijaram pela primeira vez. – a confissão escapa dos lábios do azulado. Natsu rapidamente desvia sua atenção para ele com os olhos arregalados. Happy suspira. – Venho constatando o quanto vocês dois são idiotas desde aquele dia. Como começaram a se evitar. Eu pensei em contar isso antes. Mas vocês não me deram uma oportunidade.

- E como acha que isso mudaria as coisas? – Natsu questiona em voa baixa. Quase suplicando por uma resposta.

 Happy encara o chão. Suas patas se torcem de forma nervosa em frente ao seu corpo. Ele evita olhar para o rosto de Natsu.

- Eu não sei. Você tem que entender Natsu que não depende de nós resolvermos isso. Só você e Lucy podem encontrar uma solução.
 
 Com isso Happy lhe da às costas e começa a descer as escadas.

 Quando Natsu enfim fica sozinho ele encontra uma parede onde se apoiar e desliza lentamente até o chão. As mãos cobrem seus olhos e sua mente se silencia depois de dias. Como ele estava cansado.

 Natsu fica lá por horas, sem pensar em nada. Apenas permanece inerte no chão enquanto sente que tudo ao seu redor desmorona.

...............

- Ei... – uma garota de longos cabelos azuis sussurra. Cabelos estes que uma vez eram cheios de vida, mas agora se encontravam destruídos. Seu nome era Kayla – Ei.

 Ela tenta inutilmente chamar a atenção da outra garota no recinto. Sasha, uma menina de cabelos castanhos curtos e redondos olhos escuros, chora com veemência não muito longe da azulada.

 Kayla desisti de chamar a atenção da garota e se recosta contra a parede atrás de si. Era fria e dura. Tudo ali era duro e frio. Seus olhos passearam pela cela.

 Estava quase na completa escuridão, mas uma pequena luz cintilava pela janela com grades da porta e entrava no local. Ela se perguntava quando iria voltar a ver a luz do sol. Se realmente fosse voltar a ver algum dia. Kayla tenta afastar este pensamento.

 Os soluços se intensificam ao seu lado.

 A porta de metal range quando é aberta e dois homens imensos entram na cela das duas garotas. Elas imediatamente se encolhem. Sasha começa a soluçar mais alto.

- O que querem com nós? – Kayla consegue reunir coragem e pergunta. O homem sorri para ela. Um sorriso tão frio quanto à parede a suas costas.

- Vamos passear.


3 meses depois...

 Ela corria como o inferno.
 
 Suas pernas gritavam por descanso, mas não era uma possibilidade. Não naquele momento. Toda a sua vida dependia daquilo – e não somente a sua vida – então ela corria como nunca antes.

 Como poderia ter dado errado? No que ela havia falhado? Meses gastos naquilo e agora tudo se perderia? Era assim que morreria?

 Mas ela não podia fazer aquilo. Ela não podia morrer! Não quando alguém dependia de sua sobrevivência para eventualmente viver também. Seu filho precisava dela, e ela não iria desapontá-lo.

 Virando em uma esquina com tanta velocidade que pensou que acabaria por derrapar e cair no chão, ela recuperou seu equilíbrio e continuou no mesmo ritmo pelo beco mal iluminado. Aquele era um bom lugar, poderia se esconder nas sombras.

 O único problema era que sua respiração pesada e rápida denunciava sua presença para todos que quisessem saber. Ela realmente estava perdida.

 Mas mesmo com aquele pensamento aterrorizante de que não conseguiria escapar ela continuou a correr. Porque não desistiria. Porque tinha uma promessa a cumprir. Porque seu filho precisava dela.

 E aquele era motivo suficiente para continuar sua fuga desesperada pelas ruas daquela maldita cidade.

 Ela não ouvia os passos atrás de si, mas as múltiplas presenças a diziam para ela o que precisava. Seus perseguidores se aproximavam cada vez mais. Se continuasse daquele jeito logo, logo seria pega.

Suas mãos se chocaram com algo a sua frente. Desesperada ela constatou que era uma parede. Sólida e impenetrável a sua frente.

Os passos silenciaram. Ela se virou de costas para a parede e encarou o beco por onde veio.

 Tudo tão silencioso quanto poderia estar. E não havia nada lá.

 Antes que pudesse relaxar - ou começar a correr de novo - uma mão cobriu sua boca. E tudo virou escuridão.


 As primeiras coisas que sentiu foram às cordas que prendiam seus pulsos a madeira de uma cadeira muito resistente. Cordas anti magia.

 Sua cabeça estava estranhamente pesada. Sinal de que havia, possivelmente, sido drogada. Ela tentou se soltar, mas seu corpo parecia muito mole. Não respondia aos seus comandos corretamente. Um gemido escapa de seus lábios no momento que o som de uma porta se abrindo preenche o espaço.

 A sala onde se encontrava estava tão escura que ela não consegue ver onde a porta está. Ela se sente muito zonza.

 Então uma sombra se destaca na escuridão. E um homem surge de lá. Seu raptor sorri e um frio atravessa sua espinha. ela tenata engolir em seco.

- Olá querida.












 


Notas Finais


Eu estou quase dormindo em cima do teclado no momento, então me desculpem se não ficou muito bom o capítulo.. KKKK
Mds... O que não faço por vocês? :V
Espero que tenham gostado!
Deixem, por favor, seus comentários!
Beijoos! Até dia 28/10


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