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História Destinos que se cruzam ( Michaeng) - Medos


Escrita por: ireneking

Notas do Autor


Boa leitura anjos 😘

Desculpem qualquer erro e espero que gostem.

Capítulo 13 - Medos


Fanfic / Fanfiction Destinos que se cruzam ( Michaeng) - Medos

                   Son Chaeyoung

Depois daquele agradável domingo, como se não fosse possível. Mina e eu nos aproximamos bem mais. Estávamos agora com uma intimidade que eu demorei para conseguir com a mais velha. Por mais que Mina tentasse me impedir, eu sempre conseguia um jeito de fazer ela mudar de idéia. Eu poderia sim respeitar e aceitar o que tanto ela fala sobre manter ética profissional e saber dividir o profissional do pessoal. Sei que poderia fazer tudo isso que ela dizia, mas eu simplesmente não conseguia. Eu não queria conversar com Mina só coisas relacionadas a hospital, exames e exercícios, eu queria muito mais que isso. Eu queria sua amizade, queria ser uma amiga íntima, e por mais que ela tentasse me afastar, eu conseguia ver nos seus olhos que ela também desejava isso. E por ver o que tinha nos seus olhos, foi o que me motivou a continuar perseguindo a minha doce fisioterapeuta.

 Nossas conversas sempre iam para o lado pessoal, e por mais que ela tentasse se esquivar das minhas perguntas, ela sempre cedia, o que achava engraçado. Entre nossas conversas, descobri que a mais velha frequenta um estúdio de dança três vezes por semana. Aquilo me deixou bastante curiosa. Minha imaginação não me ajudou muito quando soube disso. Imaginar minha doce e tímida fisioterapeuta dançando, era um pouco interessante.Mina sempre ficava com um bico irritado nos lábios, quando não conseguia negar o que eu perguntava, era realmente adorável, mas depois se desfazia. 

Sua vinda a minha casa estava frequente, as sessões de fisioterapia que eu fazia no hospital era somente duas vezes na semana, já na minha casa, era três vezes por semana, e por essas três vezes eram os melhores dias. Eu não podia negar, estava muito apegada a sua presença e sua amizade. Mina se aproximou e Somi também. A loira me ligava todos os dias, e aparecia de vez ou outra na semana me pegando de surpresa. Ela ficava acompanhando as sessões, e eu pude perceber que Mina não se sentia a vontade quando ela estava presente. Eu me incomodava um pouco, pois odiava ver Mina indiferente.

— Quando vou poder ter o privilégio de te ver dançar?. Tipo, fazendo um pole dance?. Perguntei depois do alongamento. 

Mina que estava em pé cuspiu a água que tinha acabado de colocar na boca. A castanha estava concentrada degustando do líquido quando fiz a pergunta que tanto queria. Não consegui segurar e a acabei gargalhando alto ao ver seu desesperou em secar o chão e a sua roupa. 

— Você está bem?. Perguntei ainda entre risos. Mina tossia desesperadamente e tentava ajeitar a bagunça que havia feito quando o jato de água deixou sua boca.

— V-você pode parar de rir?. Ela perguntou e eu via fúria e nervosismo ao mesmo tempo nos seus olhos que lacrimejavam. — Chaeyoung isso não é brincadeira. Aos poucos eu fui parando de rir. Vi que ela estava falando sério.

— Desculpa Minari. Eu só achei engraçado.

— Acha engraçado a desgraça das pessoas?. 

— Que exagero, você só se engasgou.

— Eu quase morri sua idiota. Meus olhos cresceram rápido ao ouvir a palavra que havia saído.

— Ah meu Deus! Me desculpa, eu não quis te chamar disso. 

Foi então que ao ver seu desespero em se desculpar e corrigir, que novamente fui atingida pelas gargalhadas. Mina me olhava como se eu fosse alguma anormal, mas na verdade eu só estava feliz demais, e vê-la se perder assim era impossível de não rir.

— Que antiético Dra Myoui. Isso é jeito de se dirigir aos seus pacientes?. Brinquei e a castanha mudou rápido a tonalidade de seu rosto.

Enquanto eu estava entregue a crise de risos. A castanha ficou desconfiada. Eu poderia parar de rir mas realmente não conseguia. Mina é uma pessoa tímida e certinha demais, tudo que eu falava ela ficava envergonhada ou então achava que os limites estavam sendo quebrados. Aquilo me deixava com mais vontade de avançar na nossa amizade. 

— Melhor continuarmos, se sua mãe entrar e ver que não estamos trabalhando, ela pode ficar brava. Disse seria e ajeitou algumas coisas no meu tapete. 

— Minha mãe não ia ficar brava.

— Mesmo assim. Eu vi que a castanha tinha ficado seria e isso me deixou pensativa. Eu não queria que Mina ficasse zangada comigo, eu não devia ter exagerado na brincadeira. Aos poucos eu estava conseguindo ser sua amiga e não queria perder o que consegui por imaturidade.

Mina permaneceu em silêncio, a castanha estava verificando a barra paralela que ela mesma tinha montado no meu quarto. Com o decorrer das sessões e dos dias. Eu consegui dar mais um avanço. Há alguns dias atrás eu mexi minhas pernas, foi pouca coisa mas eu as senti dormente e consegui mexer, não só uma. Imediatamente uma eufória tomou conta da minha família e no mesmo instante minha mãe ligou para Mina que no outro dia apareceu com a barra paralela. Meu pai quis comprar, mas a castanha não permitiu. Disse que eu iria usar por pouco tempo, então não tinha problema de pegar uma das que tinha no hospital emprestada. 

Enquanto a castanha continuava a verificar tudo. Eu percebi que era mais um passo que eu ia tentar. Pela primeira vez eu iria tentar ficar em pé, e se conseguisse iria dar meus primeiros passos. Irônico não é mesmo?.  Respirei fundo tentando acalmar o recente nervosismo. Meus pais queriam entrar para gravar tudo, mas eu não permiti e Mina me apoiou, eu ainda não estava pronta. Encarei a barra paralela mais uma vez e tentei me concentrar e me acalmar. 

— Está pronta?. Mina me tirou dos meus pensamentos. Olhei para a castanha que tinha um olhar confuso em mim. Ela deve ter notado meu medo. Mina se agachou em minha frente e segurou minhas mãos. — Sei que está com medo. Mas não se preocupe, esse é só o primeiro dia, não importa se hoje você não conseguir. Tudo bem?.  Confirmei que sim após suas palavras.

A mais velha me pegou nos braços e me levou até o início da barra paralela. Mina ficou por trás de mim. Ela me segurava pela cintura forte. Eu percebi que ela também estava nervoso. Sua respiração batia contra a minha pele e aquilo estava me deixando mais nervosa.

— Relaxa Chaeng. Mina sussurrou no meu ouvido. Como eu poderia relaxar?. Respirei fundo e segurei de cada lado da barra. Olhei para frente imaginando que lá estaria meu prêmio. — Está segurando firme?. Ela perguntou ainda colada ao meu corpo. Fiz um som nasal em confirmação. 

— Okay, eu vou te soltar. Mas eu vou estar na sua frente agora. Quero que segure firme.  Senti as mãos de Mina se afastar e meu coração bater forte acompanhado de uma crise de pânico repentina.

— Mina, não. Não me solta. Disse rápido com a voz trêmula. Eu estava com muito medo. Senti suas mãos me segurarem com força novamente.  — Não me solta. Por favor.

Meu corpo todo estava tremendo. Meu coração batia rápido. Sentia muito medo. Eu não conseguia acreditar em mim, não conseguia acreditar que eu poderia ficar em pé. E se tudo fosse só uma ilusão? Se quando Mina me soltasse eu caísse? E se os movimentos que fiz nas pernas fossem somente movimentos involuntários?. De repente toda a pressão caiu sobre mim e eu me deixei ser levada por esses pensamentos. Meu corpo amoleceu e se não fosse Mina me segurando eu teria caído feio no chão. Soltei as lágrimas que nasceram nos meus olhos e chorei. Chorei por medo e desespero. Chorei principalmente por ver o medo e a negatividade ser maior do que meu desejo de sentir minhas pernas firmes no chão.

Mina me pôs sentada e rapidamente sentou em minha frente. Eu não tive vergonha de chorar na frente dela, pelo menos não dessa vez. Deixei minhas mãos como esconderijo no meu rosto, por mais que eu não tivesse com vergonha, eu não queria olhar para ela. Pelo menos não assim, não nesse estado deplorável de covardia e negatividade que eu me encontrava. Em um momento eu estava rindo desesperadamente e agora eu estava chorando. Senti as mãos de Mina segurarem as minhas as afastando do meu rosto. Meus olhos permaneceram baixos, e suas mãos agora seguravam firme as minhas.

Mina não disse nada, pelo menos, não enquanto eu ainda chorava. Aos poucos as lágrimas foram sanando e os fungandos diminuindo. Meus olhos se fixaram em nossas mãos enlaçadas apoiadas em minha perna. Eu pensava agora em como olhar para ela e explicar esse momento que aconteceu.

— Se sente melhor?. Sua doce voz soou no silencioso quarto. Respirei fundo algumas vezes e então balancei minha cabeça em confirmação, porém. Permaneci sem olhar em seus olhos.

— Me desculpa. 

— Pelo o quê?. Ela perguntou no mesmo tom de voz que o meu. — Estou em dúvidas nessas desculpas Son Chaeyoung. Sem entender o que ela disse, levantei meu olhar ao seu. 

— Como assim?. 

— Está me pedindo desculpas por ter rido de mim enquanto eu me afogava? Por me deixar envergonhada? Ou por que teve medo?. Eu quis rir nos dois primeiros porquês, mas no terceiro eu fechei novamente o semblante. 

— Pelos três. Abaixei meu olhar novamente, mas foi por pouco tempo. Mina segurou em meu queixo me obrigando a olhar em seus olhos. 

— Te desculpo por me deixar envergonhada e por ter rido enquanto eu me afogava. Mas não quero que se desculpe por sentir medo e nem por chorar. O pequeno sorriso que tinha nos lábios diminuiu aos poucos.

— É normal ter medo Chaeyoung. Principalmente quando chegamos nesse estágio da fisioterapia. Eu sei o que você pensa e o porquê desse medo. Mas preciso que você acredite em você mesma.

— E se eu não conseguir? Se eu cair? Se não conseguir ficar em pé sozinha e dar alguns passos?. Se tudo isso for somente momentos?.

Mina respirou fundo e se aproximou mais um pouco de mim. Suas mãos ainda estavam enlaçadas com as minhas. Estávamos sentadas uma de frente pra outra. Seu olhar estava penetrante no meu. Ela estava tentando me passar confiança e conforto.

— Eu não vou te deixar cair. Se você não conseguir ficar em pé hoje, nós tentamos de novo outro dia. Chaeyoung eu preciso que você acredite em você mesma. Preciso que tenha fé, que busque lá dentro de você o melhor motivo que te faça querer tentar. Quero que esqueça os "se" que você tanto fala. Esqueça os "se" e comece com o "eu consigo".

Às palavras de Mina me balançaram. Dessa vez ao invés do medo eu tive vergonha. Tive vergonha de ser tão fraca e tão covarde. A garota a minha frente estava dando o melhor de si para me ajudar enquanto eu me permitia ser tomada pelo negativismo. Mina me pediu para buscar o melhor motivo lá dentro de mim. Eu tinha vários motivos para pensar, mas o que veio em minha mente, claro como o sol, foi as promessas que fizemos uma a outra. Esse foi o primeiro e mais claro motivo que me fez buscar coragem e forças para tentar. 

— Quero tentar de novo. Disse firme. Mina abriu um sorriso e sem pensar duas vezes ela levantou e me ajudou a ficar em pé novamente. Segurei firme com as duas mãos na barra paralela.

— Eu não vou te deixar cair. Estou aqui. Mina disse no meu ouvido e então senti suas mãos se afastarem da minha cintura. Fechei meus olhos com força ao sentir todo o peso do meu corpo. Assim que abri meus olhos Mina já estava em minha frente. Ela estava a um passo longe de mim, mas parecia estar muito mais. — Respira e não tenha medo. Balancei minha cabeça em confirmação e fiz o que ela pediu.

Fechei meus olhos novamente e respirei fundo os abrindo logo. Mina tinha os olhos fixos em mim e eu não nas minhas pernas. Senti o peso do meu corpo nos meus braços. Minhas mãos seguravam firme nas barras. Podia sentir elas molhadas e tremendo. Eu só precisava soltar, eu só precisava soltar um pouco, era minha primeira vez. Eu tinha que tentar. Deixei meus olhos em minhas pernas e esqueci qualquer coisa que estivesse ao meu redor. Era somente eu. Busquei minha maior força e aos poucos eu fui relaxando minhas mãos. Quando percebi, elas não estavam mais segurando nas barras, foi então que meu olhar encontrou o de Mina e eu percebi que eles estavam marejados, e foi então aí que eu senti meu corpo pesar e cair, mas não atingi o chão. Estava nos braços dela.

— Eu consegui. Falei entre suspiros. Mina me pôs sentada e eu voltei novamente. Parecia que estava fora de mim, como se não fosse eu ali. — Mina.

— Quinze segundos Chaeyoung. Ela disse com a voz firme e eu percebi a emoção nas palavras. — Você ficou em pé sozinha por quinze segundos.

— E-eu consegui?. Perguntei ainda sem acreditar. 

Meus olhos novamente ficaram marejados e novamente eu chorei, mas dessa vez de emoção. Senti o corpo da mais velha encontrar o meu e então retribui seu abraço. Deixei meus braços envolverem o pescoço de Mina e os seus envolveram minha cintura. 

— Estou tão orgulhosa de você. Ela disse somente para que eu pudesse escutar, e eu a apertei ainda mais meu corpo no seu. Ficamos naquele longo abraço até eu me senti melhor. Aos poucos Mina se afastou mas não muito.  Suas mãos seguraram meu rosto onde seus dedos polegares enxugavam as lágrimas que ainda caíam.

— Atrapalho?. Ouvi a voz conhecida dentro do quarto e olhei para onde ela vinha. 

Mina retirou suas mãos do meu rosto e afastou um pouco mais seu corpo do meu. Não tinha percebido a entrada da loira, assim como Mina também não percebeu. Estava tão envolvida naquele momento com ela que tudo ao meu redor tinha desaparecido. Voltei meu olhar para Somi novamente e vi sua expressão fechada. Seus braços estavam cruzados e seu olhar parecia pegar fogo.

— Somi.

— O que está acontecendo aqui?. A loira questionou com o tom de voz firme.

— Como assim?.

— Não me faça e se faça de idiota Chaeyoung. Que porra está acontecendo aqui?.

— Bom dia Somi, nós não...

— Eu não estou falando com você garota. Somi se dirigiu a Mina quando a mais velha tentou falar.

— Somi você pode parar? Não fale com Mina dessa forma. O que deu em você?.

— O que deu em mim? Eu chego aqui e vejo ela próxima do seu rosto e ainda segurando?.

— Não está acontecendo nada Somi. Mina estava me ajudando e...

— Que dizer que você tem paralisia facial também?. Além de tocar em seu corpo todo, toca no seu rosto agora?.

Eu senti uma raiva muito grande me atingir. O modo e o tom como ela falava,  estava me deixando com muita brava, mas só ficou pior quando ela começou a tratar Mina da pior forma. Mina estava agora de pé e parecia perdida e incomodada com tudo que estava acontecendo.

— Fisioterapeuta não é? Gosta de se aproveitar não é mesmo? Você não tem vergonha? Ela tem namorada, aliás, uma noiva. A loira se aproximou de Mina ficando frente a frente com a castanha.

— Somi para. 

— Eu não sei o que você está pensando, mas peço que me respeite. Eu estou fazendo meu trabalho, e não me aproveitando dos meus pacientes. Mina disse com a voz firme.

— Ah não? Como vou saber? Como vou saber que você não está se envolvendo com minha noiva?. É seu trabalho tocar além do corpo?.

— Você está me ofendendo!.

— Somi já chega. Disse alto. Eu não estava conseguindo acreditar no que estava ouvindo.

Somi estava passando dos limites. Aquela não era a primeira vez que eu a via surtar daquela forma, mas era diferente. Ela estava ofendendo uma pessoa na qual não merece de forma alguma. Eu sentia minhas bochechas arderem, tanto pela vergonha que me consumia como pela raiva. Às duas se encaravam seriamente. Mina tinha o rosto vermelho assim como Somi, mas diferente da loira, Mina pareceu não querer estar naquela situação. A castanha deu passos para trás e começou a pegar suas coisas que estavam espalhadas pelo chão. 

— Mina. 

— Eu tenho que ir Chaeyoung. Não se esforce mais okay, você pode sentir dores por causa dos esforços. Mas é normal.  Mina me explicava tudo pegando suas coisas apressada, ela não trocou olhares comigo, somente quando já estava de saída que ela olhou para mim e para Somi. — Tenham um bom dia. Foi tudo que a castanha disse saindo do quarto.

Eu não estava conseguindo acreditar no que tinha acabado de acontecer. Tudo parecia estar indo perfeitamente bem e agora havia desabado. Sentia uma raiva profunda. Somi não tinha esse direito, ela não poderia ter ofendido Mina daquela forma. Olhei para a loira que estava sentada na ponta da minha cama com as pernas cruzadas e o olhar superior.

— Você ficou louca?. Perguntei depois de ter voltado a mim e me dado conta do que havia acontecido. 

— O quê?. 

— Somi com que direito você fez isso?  

— Eu não fiz nada. Só coloquei aquela sonsa no lugar dela. 

— Você não tinha esse direito!. Mina não estava fazendo nada, aliás nós não estávamos fazendo nada. Você não pode entrar aqui e ofender as pessoas.

— Está defendendo ela?. Vai ficar do lado da cretina e contra sua noiva?.  Sorri em ironia com sua fala.

— Noiva? Desde quando?. Perguntei mostrando todo a minha insatisfação do seu comportamento.

— Como? Quer dizer que não sou mais sua noiva? Quer dizer que nossos planos não existem mais é isso? Está terminando comigo? Finalmente quer se ver livre de mim? Ótimo!.

— Não põe palavras na minha boca.

— Não se faça de sonsa Chaeyoung. Se fosse você no meu lugar? Você iria gostar?. Acha que iria ficar bem vendo sua noiva ou sei lá o que grudada no pescoço de outra mulher?.

— Por Deus, você está louca!.

Nós duas silenciamos. Eu não parava de pensar em Mina e imaginar o quanto ela estava ofendida e provavelmente estava muito chateada. Somi não tinha esse direito. Essas crises de ciúmes que ela tinha sempre eram exageradas, e eu nunca dei motivos para ela desconfiar de mim. Eu não queria continuar aquela discussão, pelo menos não hoje. Eu estava sentindo muita raiva e tudo poderia sair dali, menos coisa boa. Levantei meu olhar para a loira que me encarava. Os olhos de Somi estavam indecifráveis para mim, era como se ela tivesse fingindo toda a cena que tinha acabado de criar.

— Por que você fez isso? Por que ofendeu Mina daquela forma?. 

— Porque eu quis. Porque eu posso fazer isso quantas vezes eu quiser. E se está achando ruim, termina comigo. Cerrei os olhos na sua direção. Eu juro! Pela primeira vez eu tive vontade de terminar tudo com ela, mas eu pensei bem. 

— Por que você sempre faz isso? Por que me pede para eu terminar com você? Você não me quer mais ? Não quer assumir a culpa de ter me largado e quer colocar a culpa em mim? É isso?. A loira ficou calada por alguns instantes até ficar em pé e pegar a bolsa que tinha deixado na cadeira. — Onde você vai?. Perguntei quando ela se dirigiu até a porta. 

— Vai fugir de novo?  Minhas palavras saíam carregadas de fúria. Eu odiava isso.

— Vai para o inferno Chaeyoung.

A loira saiu do quarto e bateu a porta com força. Minhas mãos estavam tremendo assim como minhas pernas. Meu coração batia forte e eu podia jurar que ele iria parar a qualquer momento. Senti meus olhos lacrimejarem mas eu não ia chorar, não dessa vez, não por ela novamente. Demorou alguns segundos e a porta foi aberta novamente. Dahyun entrou e logo se ajoelhou em minha frente.

— O que aconteceu?. Neguei com a cabeça a sua pergunta. — Primeiro eu vi Mina sair bem abalada, e depois Somi como um furacão. 

— Dahyun cadê todo mundo?. A morena franziu o cenho como se não tivesse entendido minha pergunta.

— Seus irmãos ainda não chegaram e seus pais foram ao mercado. Por que? O que aconteceu Chaeyoung?. Respirei aliviada, pelo menos ninguém tinha visto tudo.

— Dahyun não conta nada para ninguém, por favor eu não quero mais brigas. Se minha mãe souber disso ela vai pirar então por favor me promete que não vai dizer nada.

— Tudo bem eu prometo, mas me diz o que aconteceu.

Antes de contar tudo eu pedi que Dahyun me ajudasse a sentar na cama, afinal eu ainda estava no chão. A morena me pôs sentada e colocou uns travesseiros atrás de minhas costas como eu pedi. Contei tudo a Dahyun e a morena me olhava com um olhar surpreso. Não saía de minha mente o rosto de Mina, tanto surpreso como abalado.

— Meu Deus essa garota é louca Chaeyoung. O que você ainda está fazendo com ela?.

— Dahyun não começa okay! Eu sei que ela passou dos limites mas por favor. Não começa a julgar nosso namoro.

— Eu disse uma vez e vou dizer novamente. Eu não vou me meter mais no seu relacionamento, mas isso está errado Chaeyoung. Mina saiu abalada, quem iria gostar de ouvir essas coisas?. Dahyun tinha razão. Em tudo, mas eu não conseguia explicar sua pergunta.

— Ela estava muito abalada?. 

— Muito Chaeyoung. Eu ainda tentei saber o que havia acontecido mas ela não disse nada. Só saiu.

— Dahyun eu preciso que vá até a agenda da mamãe e pegue o telefone de Mina. Por favor.  Dahyun não perguntou nada. A morena rapidamente levantou da cama e saiu do quarto. Não deu tempo de pensar e Dahyun entrou novamente segurando a agenda em mãos. 

A morena me ajudou a procurar o telefone de Mina mas não tínhamos encontrado. Olhamos várias vezes em cada página e não tinha. Minha mãe sempre anotava na agenda, mas parece que dessa vez a mais velha fez diferente. Pedi a Dahyun que me avisasse assim que meus pais voltassem, eu ia pegar o número de Mina. Eu precisava falar com ela, precisava saber se ela estava bem e pedir desculpas. Agora mais do que nunca eu tive medo. Medo de perder tudo que consegui conquistar com Mina, medo de perder sua amizade e o pior. Medo de Mina se afastar e eu nunca mais poder vê-la.







Notas Finais


Somi! Somi! Somi! Meus Deus!! Acham que tudo foi fingimento? Ou ela realmente estava começando a ter medo de perder Chaeyoung?


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