1. Spirit Fanfics >
  2. Destinos que se cruzam ( Michaeng) >
  3. Destino

História Destinos que se cruzam ( Michaeng) - Destino


Escrita por: ireneking

Notas do Autor


Saindo um capítulo.

A partir dos próximos capítulos, a interação das duas vai ficar maior tá!

Tenham paciência hahaha

Capítulo 24 - Destino


Fanfic / Fanfiction Destinos que se cruzam ( Michaeng) - Destino

            

                 Son Chaeyoung

Os dedos das minhas mãos já estavam doloridos de tanto que eu os apertava. Meu coração batia tão forte quanto um tambor e as borboletas no meu estômago estavam em festa,  tudo pelo fato de Mina estar sentada ao meu lado na minha cama. A morena depois de me presentear com sua presença e o andador, sentou ao meu lado e vários assuntos começaram a surgir. O selinho que ela tinha deixado nos meus lábios me deixou com uma imensa vontade de avançar novamente sobre eles, mas ela parecia estar muito bem somente conversando, o que me deixou muito frustrada.

O convite que ela me fez ainda estava sendo analisado por mim, enquanto ela falava outras coisas de sua família e suas amigas, eu tinha o pensamento no melhor lugar que eu poderia levá-la, mas não sabia qual. Pensei que talvez pudéssemos sair para jantar e depois ficarmos conversando em uma praça como um casal normal, pensei também em convidá-la para dançar, mas aí não seria possível, pelo menos não agora. A única idéia apesar de clichê e boba, era convidá-la para assistir um filme, ou então jogarmos juntas até bater todas as fases que ela queria. Eu queria qualquer coisa, por mim poderíamos ficar sem fazer nada, contanto que ela esteja presente.

A mais velha mexia as mãos em ansiedade ao falar, o que achava extremamente fofo. Vez ou outra sua língua passava nos lábios e suas mãos puxavam os cabelos para trás, ela não fazia a mínima idéia o quão sexy ela é, ou se fazia, deveria colocar limites nas suas atitudes, seja sentada na minha cama comendo chocolate toda despojada, ou atrás da sua mesa no seu escritório dando um ar mais sério. Além de linda, o seu jeito sexy e sedutor era visível aos olhos de qualquer pessoa. Enquanto Mina falava, a única coisa que eu pensava; era em sugar seus lábios com toda a vontade que me consumia. Errado eu sei, mas o que posso fazer? Ela não me deixa ter bons pensamentos toda vez que faz questão de morder os lábios, ou quando seus olhos miram descaradamente os meus .

— A casa dos meus pais fica no campo, é bem afastada da cidade. Na janela do meu quarto tem uma imensa montanha, ela é uma das mais lindas.

Eu achava lindo o modo que ela falava sobre sua família, e sua vida. Mina é com certeza uma das pessoas mais humildes que eu tive o prazer de conhecer. 

— Você me leva lá?. O sorriso que ela tinha nos lábios diminuiu e cresceu ao mesmo instante. 

— Você quer ir?.

— Muito. Eu nunca fui ao Japão, apesar de falar um pouquinho de japonês, mas nunca fui. 

— Tudo bem, então vamos.

A mais velha deu de ombros, e sorriu. Mina pegou um pedaço de chocolate que estava comendo e sentou um pouco mais próxima a mim. Tínhamos decidido de assistir um filme, e enquanto procurávamos por algo, ela deixou sua cabeça repousar no meu ombro. A pele de nossos braços se tocavam e a cada toque seu, sentia os pelos de todo o meu corpo se arrepiarem. Sua pele era macia e ela tinha um cheiro gostoso. Minha mão deslizava de vez ou outra para tocar a sua, mas ela estava ocupada demais comendo o chocolate que parecia não ter fim. 

— É difícil confiar em alguém que não goste de chocolate. Ela disse quebrando nosso pequeno silêncio.

— Não é que eu não goste, eu como. Mas não é minha paixão, eu não morro de amores. 

— Só por morangos, não é?. Sorrimos juntas e a mais velha me ofereceu um pedaço do que estava comendo já trazendo o pedaço do doce até minha boca onde eu não recusei. — Sana está me ligando.

Mina afastou o corpo do meu para atender o telefone mas não saiu da cama. Suas costas descansaram na cabeceira da cama e suas pernas se cruzaram. Ela estava bem a vontade e eu estava amando. Depois de ter me declarado para ela eu esperava um distanciamento, uma rejeição, mas não. Ela se aproximou mais, estava mais carinhosa e atenciosa, Mina nem tocava no assunto sobre profissionalismo ou aquelas outras coisas que ela dizia sempre para me deixar afastada e isso me deixava feliz, mesmo ela não ter dito em palavras que era recíproco o meu sentimento, eu conseguia sentir, talvez assim como eu ela só tinha medo de assumir . Coloquei o filme no pausa enquanto ela terminava a ligação com a amiga, minha morena pareceu preocupada, o que me fez ficar também.

— Está tudo bem?. Perguntei quando vi que a ligação tinha sido encerrada.

— Sim, Momo que não está bem. Sana disse que estava indo pra casa.

— Você já vai?. Perguntei com uma pequena decepção.

— Não agora, podemos assistir seu filme. A mais velha me lançou seu sorriso pequeno e sincero. Mina voltou a se aproximar de mim para darmos início ao filme. Uma de suas mãos se entrelaçou a minha e sua cabeça novamente deitou no meu ombro. Aquela sensação maravilhosa não durou muito.

Assim que Mina se aproximou novamente, algumas batidas na porta fizeram a mais velha se afastar. Mina sentou mais distante e eu quis rir do semblante envergonhado que enfeitava seu rosto. Dei permissão para que a pessoa entrasse e quando desviei meu olhar de Mina para a porta, eu paralisei. Meus olhos estavam fixos na garota que estava com a metade do corpo dentro do meu quarto. Seus cabelos continuavam loiros e estavam bem maior. A loira tinha um olhar desconfiado e quando viu a morena ao meu lado eles ficaram vermelhos e eu sabia muito bem o que significava.

— Oi Chaeyoung. Sua voz soou e eu consegui voltar a mim.

— O-oque você está fazendo aqui?. Quem te deixou entrar?.  Somi suspirou e antes que eu pudesse expulsa-lá do meu quarto, uma silhueta pequena entrou correndo no meu quarto se jogando em cima de mim.

— Pingo do i.  A voz fina e doce da pequena preencheu meu quarto. Seu corpo pequeno e frágil se chocou contra o meu em um  abraço desengonçado.

— Oi minha pequena. Meus braços rodearam a garotinha. — Que surpresa linda. Apertei a sua cintura e sua gargalhada me fez rir.

— E-eu e-estava com saudades. Ela disse gaguejando. Evelyn afrouxou os braços ao redor do meu pescoço e sentou sobre minhas pernas. — V-você... V-você. 

— Evelyn, respira.  Somi suspirou e entrou no quarto fechando a porta. A loira cruzou os braços e seu olhar superior já estava presente novamente. A pequena no meu colo fez o que a irmã pediu e tentou novamente conversar. 

— V-você s-sumiu. 

— Eu sei, desculpa. Estava ocupada. Passei minhas mãos em seus cabelos que estavam presos em um rabo de cavalo. — Seus dentinhos já nasceram?. 

— J-já mas ainda não consigo comer maçã. Evelyn abriu a boca exageradamente mostrando os dentinhos pequenos. — V-você ainda está dodói?. Minha unnie disse que...

— Evelyn, saia de cima de Chaeyoung. Você vai machuca-lá. Segurei a cintura da pequena quando ela fez menção de sair de cima de mim.

— Não tem problema, ela não está machucando. Passei meu olhar rápido para a loira e pousei novamente na pequena que estava em meu colo. Olhei para o lado lembrando da minha morena e Mina estava sentada um pouco afastada só observando minha interação com a garotinha. — Evelyn, quero te apresentar  uma pessoa. A pequena olhou na direção de Mina e rápido voltou seu olhar ao meu.

— Essa é a Mina, minha amiga. Evelyn juntou as mãos e abaixou o olhar. Ela estava nervosa e eu sabia o porquê, ela era tímida e sempre ficava distante de pessoas que não conhecia. — Você pode falar com ela. Por que não da um Oi?. A pequena virou a cabeça para o lado oposto de Mina e a deitou no meu peito. Estranhei seu comportamento, apesar de ser uma criança tímida, ela não era de ignorar as pessoas. Olhei para Mina e ela tinha um sorriso pequeno e balançou a cabeça em confirmação como se dissesse que estava tudo bem.

— Ei pequena, o que houve?. Passei as mãos em suas costas em uma carícia e suas pernas apertaram mais forte minha cintura.

— É melhor não forçar nada Chaeyoung. Sabe como ela é tímida. Evelyn não fala com estranhos. Somi me fez olhar para ela novamente. Por mais que apoie e tenha ajudado a ensinar que ela não deve falar com estranhos, o modo como Somi falou foi agressivo e eu sabia muito bem que ela queria atingir Mina.

— Eu não te perguntei nada Somi. Para começo de conversa, você nem deveria estar aqui.

— Vai dizer isso na frente da minha irmã?. Vai nos expulsar?. Ela sente sua falta!.

— Você não...

— Chaeng. Mina segurou em meu braço me impedindo de continuar. A pequena ainda permanecia agarrada a mim e eu não podia começar uma discussão, pelo menos não na sua frente.

— Vamos embora Evelyn, você já a viu.

— Não. A mais nova apertou mais forte seu corpo ao meu, seus braços rodearam meu pescoço. 

— Não seja desobediente, vamos embora agora. 

— N-não. E-eu quero ficar mais um pouco.

— Não, já chega. Somi se aproximou e tentou puxar a pequena dos meus braços que gritou assustada. Segurei firme a criança.

— Somi. Espera um pouco, vocês acabaram de chegar deixa ela ficar comigo. A loira suspirou passando as mãos no cabelo.

— Chaeyoung é melhor eu ir. Você fica um pouco a mais com elas, podem conversar. Mina se manifestou e eu estava torcendo para não ouvir essa frase.

— Você também não pode ficar?.

— Não, Sana precisa de mim. 

— Tudo bem. Disse derrotada. Sabia que eu não ia conseguir faze-la ficar mais um pouco. Mina provavelmente estava achando que poderia estar atrapalhando, mas ela não estava. A única pessoa que eu queria ver longe dali era a loira. 

— Te vejo depois. A morena levantou e pegou sua bolsa que estava na mesinha. — Foi um prazer conhecer você Evelyn. Mina disse ainda com atenção na pequena. Evelyn virou o rosto para o lado de Mina mas não esboçou reação, pelo menos não ainda. 

— Bom ver você também Somi. Mina disse quando deu alguns passos em direção a porta.

— Igualmente. A loira respondeu sem ânimo.

Mina olhou mais uma vez em minha direção antes de sair porta a fora. Senti meu coração apertar em saudades, queria poder pedir para que ela não fosse, mas eu a entendia. Agora eu só precisava de um jeito de ignorar Somi sem machucar a pequena que estava em meus braços. Evelyn aos poucos foi afrouxando o aperto em meu corpo e já estava mais a vontade.

— Eu não queria dizer isso na frente de outras pessoas, mas se você me desobedecer novamente. Juro que vai ficar de castigo e será a última vez que te trago para ver a Chaeyoung. Você entendeu?. A loira disse com grosseria fazendo a pequena ficar curvada e com os olhos marejados.

— Você não precisa brigar com ela Somi. 

— Sempre mimando, não é?. Você vai ser uma péssima mãe. A loira riu e eu revirei os olhos. Ela estava agindo como se nada tivesse acontecido e como se ainda fôssemos próximas. 

— Pingo do i, V-você pode me ajudar?.

— Claro minha pequena, do que você precisa?. A mais nova sorriu largo e desceu da cama indo em direção da bolsa da irmã tirando um folheto de dentro.

— Eu posso sentar?. Somi perguntou com a voz mansa e eu confirmei que sim sem dizer alguma coisa. Evelyn voltou a sentar nas minhas pernas e me mostrou o folheto. 

— Ballet?. Você quer dançar ballet?.

— S-sim. M-mas e-eu n-não sei.

— Ela está com essa idéia na cabeça agora. Assistiu um filme da Barbie e se apaixonou. A levei para uma escola de ballet aqui próxima e ela amou, mas ficou com medo de ser rejeitada pelas outras meninas por não saber dançar. Olhei para  Evelyn que tinha o olhar no folheto.

— E-elas irão rir de mim.  Bufei irritada. Evelyn tinha medo de se aproximar das outras crianças por ter sofrido muito bullying, tanto pelo falo de gaguejar e falar errado, como também pela aparência estrangeira que tinha.

— Elas não irão rir de você minha pequena. Passei as mão novamente nos cabelos castanhos que ela tinha. — E eu conheço uma pessoa que pode te ajudar nas aulas de ballet. A mais nova sorriu largo fixando o olhar em mim.

— Quem é?. 

— É segredo, vou te apresentar assim que você e eu irmos juntas na escola de ballet.

— V-vai demorar muito?.

— Não, eu prometo.

— Chaeyoung eu trouxe... Minha mãe entrou no quarto e parou quando viu Somi sentada na minha cama. Seu semblante se suavizou quando notou a pequena que assim que viu minha mãe saiu rapidamente do meu colo para se jogar nos braços da mais velha. — Você adivinhou?. Acredita que eu estou fazendo biscoitos?. Minha mãe disse com alegria na voz enquanto apertava a menor em seus braços.

— P-posso ajudar?. Minha mãe olhou em minha direção e depois para Somi. 

— Claro que pode, vamos para a cozinha. A mais velha saiu do quarto com a menor agarrada em seus braços e o olhar confuso. Eu teria muito que me explicar. 

Ouvi a respiração alta da loira ao meu lado. Desde o nosso término, essa foi a primeira vez que ficamos sozinhas uma perto da outra. Eu tentava a todo o tempo me manter calma, não queria brigar e assustar Evelyn que não tinha culpa de nada. Somi coçou a garganta e eu respirei fundo, ela estava se preparando para começar a conversar.

— Como você está?. Sua pergunta me pareceu ser sincera.

— Ótima. Disse sem interesse.

— Percebi. Somi rodou os olhos pelo meu quarto mas por pouco tempo. Logo os senti em mim. — Aquele é um andador?. 

— Sim.

— Você já está conseguindo dar passos?. Confirmei que sim com a cabeça. Meus olhos estavam no meu celular, eu estava torcendo para receber alguma mensagem de Mina. — Sozinha?. 

— Sim.

— Nossa, eu fico muito feliz por você. Revirei meus olhos. Suas palavras pareciam ser sinceras mas eu não queria ouvir. — Quer dizer que você já está andando?. Chaeyoung..

— O que você quer Somi?. A cortei de qualquer assunto que ela pensasse em iniciar.— Não pense que nada mudou. Não somos amigas ou colegas, ou outra coisa do tipo. Evelyn é bem vinda aqui, mas você não. Por tanto vá embora. Deixe ela aqui, faço questão de ir deixa-la com minha mãe.

— Eu não vou deixar minha irmã aqui. Não com sua amiguinha circulando aqui como se fosse alguém da família. Mesmo a conhecendo eu não acreditei que ela estava falando isso.

— Qual o seu problema garota?.

— Você me julga tanto pelo que aconteceu, mas não pensou duas vezes antes de trazê-la para dentro da sua casa não é?. Você já estava se envolvendo com ela antes de terminarmos?.

— Por Deus! Você está se ouvindo?. 

— Eu te traí porque estava me sentindo sozinha!. Estava cheia de pressão, seu acidente, minha família, faculdade, tudo. Somi já estava com a voz alterada e eu estava me controlando para não fazer o mesmo.

— Coitadinha de você. Então para aliviar todo o estresse e solidão, resolveu dar para o filho do seu chefe?.

— Você está sendo injusta.

— Eu não quero te ouvir. Vai embora, me deixa em paz. Eu não quero te ver ou te ouvir de novo Somi. Sai da minha casa.

— Chaeyoung, por favor vamos tentar resolver, anjo nós somos amigas, você é alguém mais que especial para mim.

— Sai daqui Somi.

— Anjo..

— Não me toca droga!. As lágrimas já estavam banhando meu rosto assim como também ela chorava.  — Foi você Somi, você quem destruiu tudo. Foi você quem escolheu isso, não eu. Agora sai daqui. Minha voz já estava alterada e o choro estava forte.

— É melhor você ir embora Somi. Eu faço questão de levar a Evelyn para casa, mas vá embora, por favor. Eu não tinha visto quando Dahyun entrou no quarto, a única pessoa que via era ela na minha frente. 

A loira passou o olhar para mim e limpou as lágrimas que tinha nos olhos. Somi pegou a bolsa que estava jogada ao meu lado na cama e saiu do quarto batendo a porta. Assim que me vi sem ela no quarto, desabei novamente em lágrimas. Somi era a única pessoa que conseguia me fazer sair de um mar de alegria e mergulhar em um rio de tristezas. A dor no meu peito era forte, eu queria tanto poder odia-lá queria desejar as piores coisas, mas tudo que eu conseguia fazer era apenas chorar. 

— Tigrinha...

— Está tudo bem. Passei as mãos limpando o excesso de lágrimas. — Está tudo bem, não quero que Evelyn me veja desse jeito. Ela quis vir me ver, ela sente minha falta e não tem culpa pelo que aconteceu. Está tudo bem. 

— Okay, você precisa de algo?.

— Sim, quero que me ajude com o andador.

— Mas você vai praticar assim? Sem ajuda da Mina?.

— Ela não precisa estar aqui. E eu quero fazer uma surpresa, quero mostrar a ela que já consigo andar sozinha.

— Você tem certeza?. Não é muito arriscado?. Dahyun falava tudo com cautela, talvez ela estivesse mais preocupada pelo fato das lágrimas ainda caírem dos meus olhos.

— Tenho, eu preciso andar.

Dahyun não me impediu, e muito menos tentou me convencer a mudar de idéia. Mina me presenteou com esse andador, e eu irei retribuir seu presente andando. Dahyun me ajudou a ficar em pé e trouxe o andador até mim. Nas primeiras tentativas eu tive medo quando me desequilíbrei várias vezes, e se não fosse por minha prima eu tinha caído. Mas então as outras tentativas me fizeram ter mais forças quando consegui andar de um lado para o outro no meu quarto. Minha mãe e Evelyn se juntaram a Dahyun e o restante da família. Agora estávamos todos no quintal da minha casa e eu era a atração deles. A cada volta que eu dava era aplausos e gritos eufóricos. Eu só queria que Mina estivesse ali, tudo ia ser mais perfeito. 

Dahyun fez o que havia pedido. Evelyn ficou horas comigo e minha família. A pequena se divertiu até pegar no sono. Mesmo não querendo olhar na cara de Somi novamente, eu fiz questão de ir deixar a pequena que dormia nos meus braços. Quando chegamos em frente a casa que eu tanto frequentei, pedi a Dahyun que levasse Evelyn e caso alguém perguntasse por mim, que mentisse. Dissesse que eu tinha ficado em casa e assim ela fez. Beijei a cabeça da pequena várias vezes antes de Dahyun levá-la até a porta de sua casa. O vidro fumê ajudou a mentira de Dahyun. Vi quando o pai de Evelyn abriu a porta e recebeu a pequena nos braços e logo depois vi Somi aparecer na porta. Percebi quando ela desviou o olhar de Dahyun e o fixou em mim. Ela sabia que eu estava dentro do carro, ela me conhecia bem e tinha certeza que eu não ia deixar de trazer Evelyn.

O silêncio do carro era grande. Dahyun dirigia quieta e devagar. Minha cabeça estava encostada no vidro do carro enquanto eu ainda tentava organizar meus pensamentos. A loira tinha conseguido estragar meu dia em um estalar de dedos. Eu me perguntava até quando iria sentir essa sensação, até quando eu iria chorar por sua causa e até quando aquilo ia doer. Meu olhar pousou no sinal vermelho e eu observava as pessoas passarem na faixa. Imaginava como era a vida delas, se um dia elas passaram pelo que passei e em como conseguiram superar. 

— Quer que eu pare em algum lugar?. A mais velha perguntou com sua voz baixa.

— Pode me levar até meu apartamento? Faz tempo que não vou por lá, e queria ficar um pouco distante de casa. 

— Tudo bem. O carro começou a andar e entramos em uma rua logo parando assim que chegamos em frente ao prédio. Sorri forçadamente quando o porteiro acenou para mim. — Você quer conversar?. Odeio te ver desse jeito Tigrinha. Meus olhos abaixaram. Eu odiava  demostrar meus sentimentos, mas era quase impossível alguém não perceber.

— Está tudo bem Dahyun, eu só preciso ficar um pouco sozinha. A mais velha suspirou.

— Tudo bem, eu te deixo no seu apartamento e depois, venho te buscar.

Balancei a cabeça em confirmação e Dahyun me ajudou a chegar no meu apartamento. A cadeira de rodas me ajudou a passar pelos corredores e logo cheguei até a porta do meu apartamento. Infelizmente eu não planejei vir até aqui e não trouxe as chaves comigo. Respirei fundo pensando no tamanho da burrice que tinha feito. Por sorte, Dahyun ainda estava comigo então resolvemos voltar para casa. Quando nos viramos, uma garota dos cabelos loiros nos observava curiosa, ela abriu um sorriso e se aproximou de nós.

— Olá, vocês são novas aqui?. Ela perguntou sorridente. 

— Não, na verdade esse apartamento é da minha prima, ela mora aqui mas está passando uma temporada na casa dos pais.

— Desculpe a falta de educação, meu nome é Hani. Ela estendeu a mão.

— Eu sou Dahyun, e esse é minha prima Chaeyoung.

— Muito prazer. Vocês estão com pressa?. Querem conhecer minhas amigas?. Elas moram no andar de baixo.

— Não.

— Sim. Dahyun respondeu no mesmo tempo que eu. Revirei os olhos e lancei um olhar de repreensão para minha prima. 

— Então vamos lá. A loira deu as costas indo a passos largos na frente.

— Dahyun o que você está fazendo?. Eu disse que queria ficar sozinha.

— Você não vai morrer se conhecer pessoas novas.

— Sim, e eu estou muito nova pra morrer. Vamos embora.

— Eu já disse sim para a garota, não seja chata Chaeyoung.

— Ei meninas, vamos lá!. A loira chamou em frente ao elevador e nós entramos.

 Foram apenas alguns segundos até estarmos paradas em frente a uma porta. A loira apertou a campainha e de longe ouvimos um latido e logo uma pessoa repreendendo o cachorro. Quando a porta se abriu meus olhos cresceram ao reconhecer a garota dos cabelos castanhos que assim que me viu, abriu um largo sorriso. Eu não acreditei. Então esse era o apartamento de Mina? Ela era minha vizinha e eu nunca a vi?. Então aquela garota que eu vi ao longe era mesmo ela? Então eu não estava louca?.

— Você era a última pessoa que eu jamais iria imaginar ver aqui. Pinguim vem ver quem está na nossa porta!. A castanha gritou e eu nem precisei me perguntar quem seria o tal pinguim. 

— Por que você está gritando feito louca?. A garota de cabelos negros apareceu e eu não consegui desviar meu olhar. 

Mina parou quando me viu na sua porta. Seus olhos cresceram assim como os meus, mas diferente dos seus. O meu passou por seu corpo que estava coberto com um baby Doll vermelho extremamente sexy. Eu sempre achei que o destino gostava de brincar comigo e hoje eu tive muita certeza. Até algumas horas atrás Mina estava na minha casa com uma roupa que cobria todo o seu corpo, comendo chocolate, e agora ela estava na minha frente, com os cabelos presos em um coque alto e desleixado, um óculos de grau no rosto e um baby Doll vermelho mostrando suas pernas definidas. Quão irônico e brincalhão era o destino?. E  por que de repente, havia ficado tão quente?.






Notas Finais


Gente desculpa a hora, mas o importante é atualizar certo?. Como eu disse, os próximos capítulos serão mais quentes, ops, mais emocionantes...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...