História Destiny - Imagine Wonho- hiatus- Monsta X - Capítulo 6

A porta da casa se abriu...

O olhar de Vick ao me ver abraçado com Jisoo cortou meu coração em mil pedaços... seus olhos estavam tristes e surpresos. Eu nem podia imaginar o que ela sentia em seu coração naquele momento, mas sabia que assim como eu, ela estava triste e eu podia ver e sua dor sendo expressada em seus olhos, pois era exatamente o que eu sentia...

Ela e sua mãe se aproximaram, e a senhora Won me olhou sorrindo:

- Wonho? Está tudo bem, quem são essas pessoas filho?

- Senhora Won, esses são meu pai, Shino e meus irmãos Shownu e Jooheon. Eles vieram me buscar. – disse olhando fixo para Vick que não me olhava diretamente nos olhos.

- E essa moça tão bonita, é sua irmã? – me perguntou com certa expectativa. Mas antes que eu pudesse dizer algo...

- Não senhora, sou Jisoo, a noiva dele! E o nome dele é Hoseok não Wonho. - Disse Jisoo de forma impaciente, revirando os olhos dando um sorriso visivelmente forçado para a senhora Won, e depois para Vick.

Meu coração doeu, mas eu não ia descordar do que Jisoo disse e nem podia mentir, mesmo que no fundo eu quisesse que suas palavras não fossem verdade. Senti um aperto forte no peito por ver uma tristeza, mesmo que disfarçada, nos olhos de Vick após Jisoo revelar ser minha noiva, isso me matou por dentro.

Ela me olhou fundo nos olhos, talvez buscando alguma resposta minha, sobre as palavras de Jisoo, sendo confirmada provavelmente por eu não tê-la desmentido. Mesmo estando nítido o quanto desconfortável pra mim e para ela essa situação toda estava sendo, Vick, desviou seus olhos de mim e sorrindo fez uma reverencia para Jisoo, que como sempre não sabia ficar quieta:

- Quem são essas duas Hoseok? – olhou para Vick dos pés à cabeça.

Respirei fundo e respondi:

- Essa é Victória, e sua mãe. Elas me acolheram e cuidaram muito bem de mim esse tempo todo. – me virei para meu pai – Pai devo minha vida a elas.

Meu pai foi ao encontros das duas e as abraçou de forma sincera, agradecendo por tudo que fizeram por mim:

- Não tenho como agradecer pelo que fizeram por meu filho! Se eu puder fazer algo para recompensar vocês, não tenham receio em dizer.

- Não foi nada senhor, faríamos isso por qualquer pessoa. Não se preocupe, o importante para nós é que ele fique bem. Seu filho é muito especial. – disse a senhora Won com um largo sorriso olhando para mim. – E você mocinho, se cuide ok, sentirei sua falta Wonho, quer dizer Hoseok. Venha nos visitar quando puder está bem? – ela me abraçou.

- Também sentirei falta de vocês duas senhora Won, fique tranquila, irei me cuidar, não tão bem quanto fui cuidado por vocês, mas farei o possível para me manter bem, e eu prometo voltar aqui para vê-las. – disse sorrindo ainda abraçado a mulher tão adorável.

Ela se soltou de meu abraço, e me dando um leve tapinha no ombro me disse com os olhos cheios de água:

- Acho bom mesmo! Agora vá com sua família, eles devem estar querendo muito mimar você.

Ela me soltou e eu olhei para Vick que apenas me olhava e nada dizia. Me aproximei dela e pude sentir meu coração acelerar assim que tentei pegar em sua mão e ela se esquivou, não permitindo que eu a tocasse. Fiquei sem graça, mas a entendi:

- Vick, obrigada por tudo. Nunca vou te esquecer, e nem esquecer tudo que você fez por mim. Me perdoe por qualquer coisa que fiz que possa ter te magoado, juro que não foi minha intenção. Gosto muito de você... – minha voz deixou de sair de minha boca.

Ela finalmente me olhou nos olhos, e disse docemente:

- Não foi nada, não precisa agradecer. Espero que fique bem e seja muito feliz com sua família... e sua noiva. – os olhos dela estavam tristes, e sua voz tinha um tom dolorido, e sentido. Como se a minha partida corroesse seu coração.

A única coisa que eu queria ter feito naquele momento era tê-la abraçado e dito o quanto ela se tornou importante para mim, e o que eu estava sentindo verdadeiramente no meu coração. Que por sinal estava a ponto de explodir de tão acelerado e dolorido com essa despedida. Nos olhamos fixamente por alguns segundos.

O silêncio tomou conta de nós dois. Sem pensar em nada, em um impulso desesperado, lhe dei um abraço forte, e carinhosamente lhe disse ao ouvido.

- Obrigada por tudo meu anjo, sentirei sua falta.

Mesmo sem uma reação imediata, ela acabou retribuindo de forma doce e aquecedora o meu abraço, senti nossos corações pulsando em um rítimo igual, não éramos mais dois corações naquele momento, éramos um só coração que batia e chorava em silêncio por dentro.

Fui me desfazendo aos poucos de seus braços aconchegantes, sobre os olhares de meus irmãos e meu pai que me olhavam desconfiados, enquanto Jisoo cruzava os braços e olhava fixamente para Vick. Pude ver a raiva em seu olhar.

- Podemos ir pro hotel agora? Já encontramos ele e já agradecemos essas duas. Não gosto de mato. Vamos Hoseok oppa! – Jisoo me puxou pelo braço me afastando de Vick que apenas me encarava.

Meu irmão se aproximou de Vick. Shownu sorria tentando desfazer o clima que Jisoo havia causado:

- Ah... Muito obrigada senhorita, por tudo. Nosso irmão é muito especial para nós, nem sei como agradecer.

Vick desviou o olhar de mim:

- Não precisa agradecer. Antes que eu esqueça, vou buscar os remédios dele. – Vick respondeu entrando dentro da casa, e logo voltando, trazendo meus medicamentos. – Os horários dos remédios estão aqui na receita, e devem ser dados nos horários certos. Ele fica meio sonolento quando toma, então é bom dar a ele e já fazê-lo se deitar. E também, não dê a ele se estiver de estomago vazio pois pode lhe causar dor.

Ela entrega a bolsinha de remédios nas mãos de Shownu.

- Oh, está bem! muito obrigada senhorita. Você é muito atenciosa. Pode deixar que eu vou cuidar bem dele. Não será como você mas darei o meu melhor, prometo. – meu irmão sorriu e veio logo atrás de mim, depois de se despedir.

Me despedi da senhora Won de longe, e entrei no carro com meus irmãos, meu pai e claro, Jisoo que estava de cara amarrada, o que não era nenhuma novidade.

- Por favor senhor Lee, podemos passar numa loja de grife? Esses trapos que Hoseok está vestindo estão deixando ele muito feio, fora que cheiram mal. – tapou o nariz com as mãos.

Shownu a olhou com um olhar morteiro, e mesmo que eu tenha lhe dado um sinal para que ele deixa-se para lá, ele não conseguiu ficar calado:

- Sabe Jisoo, acho que sua boca cheira muito pior do que as roupas do Hoseok, porque não tem como cheirar bem se só sai merda quando você abre ela... e olha só, nem por isso tô reclamando. E tem mais, as roupas dele tem um aroma mais agradável que esse perfume enjoado e horrível que você usa. Mais pensando bem acho que ele combina com você, porque ambos não me agradam nem um pouco. - Disse meu irmão com ar de deboche e raiva, pela falta de senso da garota.

Jooheon se segurava ao meu lado para não rir da cara que Jisoo fez de incrédula com o que o cunhado acabou de lhe dizer.

Quando ela pensou em o responder de volta, foi cortada pelo meu pai.

- Olha aqui Shownu...

- Claro Jisoo, vamos passar no shopping que tem perto do hotel. – papai respondeu rapidamente sem dar chance da garota começar a falar e gerar uma discussão com o seu filho mais velho, concordando para não causar mais motivos pra ela reclamar.

Chegamos no hotel, depois de passarmos no shopping para comprar roupas novas, já que as minhas haviam se queimado, e Jisoo não parava de falar do que eu vestia mais uma vez.

Já no quarto, tomei um banho com a ajuda de Shownu, e me vesti. Nós descemos para o restaurante do hotel onde meu pai, Jooheon e Jisoo nos esperavam para comer.

Sentei na mesa ao lado de Jisoo e Jooheon:

- Agora sim parece você Hoseok. Roupas limpas e cheirosas, não aqueles trapos que não podem nem ser chamadas de roupa.

Apenas respirei fundo, colocando minha mão livre nos olhos. Meu pai logo percebeu meu incomodo com as palavras de Jisoo e iniciou uma conversa:

- Como está se sentindo meu filho. Nos conte o que aconteceu, pelo menos o que se lembrar.

- Bom, eu me lembro vagamente ainda, mas estava dirigindo e do nada um animal entrou na pista. Quando eu tentei desviar perdi o controle do carro...

Shownu franziu a testa e me questionou:

- Estava correndo Hoseok?

- Não, não estava. Você melhor que ninguém sabe que não corro na estrada hyung. Estava distraído olhando um campo florido, que agora sei que é o de Vick... – parei por um instante e sorri levemente me lembrando dela e de seu sorriso...

- E como ela te achou hyung? – Jooheon perguntava ao mesmo tempo que devorava seu hambúrguer.

- Ela estava saindo pra trabalhar. Vende flores na cidade para ajudar a mãe que trabalha de empregada doméstica...- fui interrompido.

- Além de camponesa ainda é doméstica? – Jisoo com sua arrogância me tira do sério.

- E qual é o problema Jisoo? – falo olhando nervoso para ela que me olha de volta.

- Oppa, por que está me olhando assim? Por acaso menti?

- Por que você sempre menospreza as pessoas? Que droga Jisoo!!! Nem todo mundo teve a chance de nascer em berço de ouro como você que nunca precisou trabalhar. - Me levanto, jogando o guardanapo sobre a mesa, e irritado vou em direção ao elevador, sendo seguido por meu irmão mais velho, que me segura pelo braço.

- Ei, calma maninho. – me solto da mão de Shownu que me chama bravo pela maneira que me soltei dele - Hoseok olha pra mim.

- Que é!? – respondo muito nervoso, fazendo meu irmão estranhar meu comportamento.

- Que é? Cadê o respeito Hoseok? Esqueceu que sou seu irmão mais velho? – Shownu me lança um olhar surpreso, afinal eu nunca havia respondido assim para ele nem para ninguém.

Baixei minha cabeça envergonhado:

- Desculpe hyung, só... – minha voz embargou, e uma lágrima caiu dos meus olhos – Não aguento mais...

Ele colocou a mão no meu ombro:

- Vamos pro quarto, vou avisar papai que estamos subindo. Falo que você não está se sentindo bem.

Pensei por um instante. Não era justo com meu pai e meus irmãos eu descontar neles minhas frustrações com minha noiva...

- Não precisa Shownu, vamos voltar pra mesa, vocês merecem algumas explicações, só me exaltei por que... – não sabia explicar o motivo, apesar de saber perfeitamente o que estava sentindo no momento.

- Eu entendo Hoseok, não se preocupe em tentar explicar, apenas se acalme está bem? Papai e Jooheon ficaram muito abalados com tudo o que houve. Sua noiva eu não tô nem ai, mas por eles se acalme, tá? – meu irmão me acalmava com seu olhar protetor, como sempre fazia.

Voltamos pra mesa. Jisoo apenas comia e nada mais dizia. Então continuei:

- Desculpe pai, são muitas coisas pra processar na minha mente...

- Não se preocupe filho, apenas termine de nos contar os acontecimentos daquele dia. Jisoo não vai mais te interromper, não é Jisoo?

- Sim senhor Lee. – ela respondeu de cabeça baixa, enquanto mexia em seu prato.

Jooheon sussurrou em meu ouvido:

- Papai deu uma tremenda bronca nela mano.

- Continue filho. – meu pai falava serenamente esperando que eu terminasse de falar.

- Bom... Ela me viu dentro do carro, sangrando e quase desacordado, e chamou a emergência. Ficou todo tempo preocupada pra que eu não fechasse os olhos enquanto a ambulância não chegava, e me acompanhou até o hospital. - acabei sorrindo lembrando de como Vick e eu nos conhecemos; meu anjo, meu lindo e querido anjo que me salvou.

Continuei...

- Quando chegamos ao hospital, os médicos me levaram e me atenderam rapidamente. Fizeram vários exames e felizmente eu não tinha nada tão grave, apenas o braço que quebrou e a minha cabeça, que pela batida do carro, ocasionou uma perca passageira de memória, que segundo o médico poderia voltar a qualquer momento, e por coincidência, acabou voltando hoje mais cedo, poucos momentos antes de vocês aparecerem na casa de Vick... – baixei minha cabeça e sorri bobo me lembrando do beijo. - Mais continuando... Ela ficou comigo no hospital por dois dias e depois me levou pra sua casa onde ela e sua mãe cuidaram de mim e me acolheram, pois eu não tinha pra onde ir quando tivesse alta. Ninguém sabia quem eu era, nem mesmo eu sabia, então provavelmente sabe-se lá por onde eu estaria agora, se ela não tivesse se responsabilizado por mim.

Jooheon curioso pergunta:

- E as roupas hyung? Eram do pai dela?

- Não Joo, eram de um amigo dá Vick que é paramédico, ele me emprestou por termos quase o mesmo tipo físico. Ele me socorreu no local do acidente, junto com os outros paramédicos... Vick não tem pai, ele faleceu.

- Ainda é órfã... – Jisoo balbuciou sendo atingida pelo olhar sério de meu pai – desculpe senhor Lee.

- Filho, o pai dela não é coreano? Porque notei que ela não tem traços asiáticos.

- Não pai, ela foi adotada. Nasceu aqui mais os pais são estrangeiros, apesar dela não saber quem são.

- Ela é uma moça muito atenciosa e bonita.

- Sim, ela é. Vick é linda, tanto por fora quanto por dentro...

- Hum... você foi abençoado meu filho, por ter encontrado essa moça. Temos que recompensá-la de alguma maneira. Vamos pensar em algo. – disse meu pai tomando seu suco.

- Duvido que ela ou sua mãe irão aceitar qualquer tipo de recompensa pai. Não são orgulhosas, mas também não são o tipo de pessoas que ajudam interessadas em ter alguma coisa em troca.

- Realmente elas parecem ser muito honestas e simples.

- Sim, elas são. A senhora Won é muito divertida e uma ótima cozinheira. E Vick, bom ela é especial. – Sorri.

- É percebi que ela realmente é especial filho. - Meu rosto queimou ao ouvir meu pai. – bom já é tarde, vou ligar pra sua mãe e acho que você deve descansar agora meu filho. Amanhã iremos ao hospital para você fazer alguns exames e podermos voltar para Seul mais tranquilos, e claro pagar a conta das despesas que tiveram com você. Shownu peça a conta do jantar por favor.

- Claro pai.

Shownu pagou a conta e nos dirigimos aos nossos quartos. Meu irmão me acompanhou e me deu os remédios.

- Como você mal tocou na comida e a sua enfermeira júnior me orientou, come isso aqui pra tomar os seus remédios, e depois vá se deitar Hoseok. – disse Shownu, ao jogar uma barra de proteínas em mim, que estava sentado na poltrona do meu quarto.

- Está bem. – disse meio desanimado.

- Ei, Hoseok, quer conversar um pouco? Afinal você passou por maus bocados meu irmão.

Shownu sabia que eu precisava desabafar.

- Eu queria nunca ter sofrido esse acidente hyung. Só causei problemas pra todo mundo. – disse engolindo os remédios.

- Aish, pare com isso, você mesmo disse, foi um acidente, não fez de propósito. Mas não é só por isso que está assim, não é? Te conheço muito bem para saber que você tem algo a mais. Vamos lá Hoseeok, coloca tudo pra fora, sou eu, seu hyung, você sabe que pode falar qualquer coisa, vou sempre está aqui pra te ouvir!

- Você tem razão, não é só isso, você me conhece bem até demais irmão... Shownu, eu... - Respirei fundo e disse - acho que me apaixonei pela Vick.

Ele arregalou os olhos:

- Como assim se apaixonou Hoseok? você mal conhece essa moça. Não que eu tivesse nada contra, não me entenda mal. Meu sonho é ver você livre da insuportável da Jisso... Sei que a Vick parece ser uma boa pessoa, e por sinal é linda, mas não acha que possa ser apenas pelo fato de você ter se apegado por ela ter cuidado de você? sei lá, você estava num momento frágil e como foi ela quem te protegeu e esteve esse tempo todo do seu lado sendo atenciosa, talvez você possa estar confundindo as coisas...

- Eu entendo você pensar isso hyung, foi tudo tão rápido. Talvez eu pudesse achar o mesmo que você, se não fosse pelo fato de estar sentindo tanta saudade dela já, o que estou sentindo é diferente, não é por gratidão ou apego por seus cuidados comigo, é um sentimento que nunca senti antes na vida. No momento que nossos olhares se cruzaram algo aconteceu hyung, não foi um simples contato, foi mais que isso, foi uma conexão estranha, como se ela fosse alguém que eu pudesse confiar minha vida, alguém que eu senti algo sem ao menos trocar uma palavra sequer. Você pode estar me achando um bobo ou até um louco por pensar assim. Mas esses dias com ela, me fizeram tão bem... senti coisas que em anos de relacionamento com Jisoo nunca sequer cheguei perto de sentir. Vick é uma garota mais que especial, ela é exatamente tudo que eu sempre quis em uma pessoa. Ela é diferente, é doce, gentil com todos, humilde e tem um coração enorme. - Suspirei falando.

- Mas como você pode ter tanta certeza desse sentimento Hoseok?

Suspirei e olhando pra ele emocionado contei sobre o beijo:

- Eu a beijei hyung.

- O quê? Você fez o quê? Ah meu Deus, Hoseok!!!! o que deu em você? esqueceu que é comprometido cara? – meu irmão ficou boquiaberto.

- Não, isso aconteceu antes de eu recuperar minha memória hyung, calma! Jamais eu faria isso, mesmo a Jisoo sendo como ela é. Eu estava com a Vick colhendo flores secas para limpar o campo e me machuquei. Ela fez um curativo em minha mão e eu coloquei uma flor em seus cabelos, como agradecimento... ela tinha os olhos mais gentis e doces que eu já vi. Me senti tão feliz em estar ao seu lado, que quando me dei conta já tinha colado nossos lábios. Mas mesmo estando vivenciando esse momento tão lindo com ela, meu coração doeu, pois bem nessa hora me lembrei de tudo.

- Meu deus Hoseok...

- Ah hyung, foi um momento mágico e doloroso ao mesmo tempo. Estar ali nos braços de uma garota tão especial como Vick, foi maravilhoso... mas quando veio tudo à tona, eu quis morrer, porque o que eu havia acabado de fazer pode ter consequências, tanto pra mim e principalmente pra ela.

- Como ela reagiu? Quer dizer, ela nem sabia de nada então?

- Claro que não. Ela foi pega de surpresa, e quando iniciei o beijo ela retribuiu, como se me dissesse que sente o mesmo que eu. Mas quando a soltei, assim que me toquei da minha condição, ela se assustou e se culpou. Mas ela não tem culpa de nada e agora deve estar muito mal por minha causa. Eu não quero que ela se sinta assim, ela não merece hyung.

- Onde foi que você se meteu meu irmão... - Shownu ficou pensativo, e me olhando me disse. - Sabe Hoseok, ver e ouvir você falando desse jeito, com esse brilho nos olhos, e com o modo que carinhosamente você a descreve, me faz perceber que talvez eu esteja errado, e mesmo achando que tenha sido muito pouco tempo para você ter certeza de alguma coisa, amor à primeira vista acontece e quem sou eu para te julgar... Só não quero que se magoe, e nem magoe essa moça.- disse Shownu sorrindo pra mim, dando um soco leve em meu braço. - Sabe que vou te apoiar em qualquer coisa não é maninho, principalmente se for relacionada a sua felicidade. - Dito isso ele me abraçou de lado.

- Eu sei hyung. - disse pensativo e cabisbaixo.

- E o que você pretende fazer?

- Ainda não tenho certeza. A única coisa que sei é que não consigo pensar em mais nada que não seja Vick, e no quanto ela deve estar magoada comigo.

- É irmão eu não queria estar no seu lugar. Mas se precisar de mim, sabe que pode contar comigo. Só pensa direitinho pra não fazer nada que possa te fazer mal ou fazer mal pra essa moça.

Sorri para ele que me deu um beijo na testa:

- Bom está tarde, vá descansar. Se precisar me chame, tá bem? Estou no quarto ao lado.

- Está bem hyung, boa noite.

Deitei me. Olhava fixo para a janela de frente a minha cama. A luz do luar entrava e deixava o ambiente iluminado, o que me fazia pensar ainda mais em Vick.

Fechei meus olhos, e quando estava quase pegando no sono, o telefone de meu quarto tocou, era Shownu:

- Alô?

- Mano, tem visita para você.

- Visita?

- Sim ela disse que não podia te deixar sozinho essa noite.

Não entendi nada, até ver a porta do meu quarto se abrir e ver Vick ali na minha frente, tão linda e doce como no dia que a conheci:

- O que está fazendo aqui?

- Não podia te deixar sozinho Hoseok. Senti saudades de você...

Vick foi se aproximando de mim aos poucos, quando percebi já estávamos em minha cama, e ela debruçando sobre meu corpo me beijou delicadamente fazendo meu corpo todo reagir em desejos. Seu perfume era suave e doce assim como a flor que eu havia colocado em seus cabelos antes do nosso beijo no campo.

- Eu te amo Hoseok. – ela sussurrava em meu ouvido me deixando anestesiado de tanto desejo e paixão.

- Eu também te amo...

- Então me ame Hoseok, me ame.

A deitei na cama e fui tirando sua roupa com cuidado admirando cada curva de seu corpo. Passando minha mão por seus seios e seu abdômen, depositei beijos leves e molhados em seu pescoço, a fazendo arfar de desejo. Sua pele era macia e a luz da Lua a deixava ainda mais linda.

“Como ela é linda”, pensava enquanto me deitava sobre seu corpo nu e ansioso por pertencer a mim. Aos poucos e suavemente, fui me encaixando entre suas pernas, e sentindo que ela me dava passagem, penetrei em sua intimidade.

Ela arranhava minhas costas ao rítimo de cada estocada que eu dava, sua voz sussurrava meu nome, e eu podia sentir seu êxtase em cada movimento meu.

Acariciava seu rosto e seus cabelos, ao mesmo tempo que  beijava com voracidade seus lábios. Meus movimentos de vai e vem se intensificaram no momento em que senti seu prazer explodir, a ouvindo chamar meu nome com sofreguidão. Não pude mais segurar, e me derramei nela com todo meu amor.

Cai ao seu lado exausto e feliz por tê-la ali comigo. A abracei e dormimos a noite toda juntos, sentindo nossos corpos nus, se aquecerem um no outro, até o dia amanhecer...