História Destiny - Nesse natal o meu presente é ter você

Entrei em casa e minha mãe quase me matou, ela correu na minha direção e gritou meu nome bem alto quase me deixando surda enquanto Mands ria no fundo. Tive que explicar para ela umas mil vezes que estava na casa do Paulo junto com sua família e ela começou o drama “Preferiu ir passar o Natal com a família do seu ex namorado? Que bela filha eu tenho”

- Mãe eu já te expliquei mais de mil vezes, agora deixa eu comer! – Peguei o prato da mão da minha mãe e ela o puxou novamente da minha mão – Mãe! – Reclamei –

- Você não vai comer nada aqui, vai comer a comida da sua Ex-sogra! – Colocou o prato de volta no armário e cruzou os braços –

- Mãe, fazia tempo que eu não via a Dona Rosangela, e estava nos meus planos voltar logo depois da meia noite porque eu sabia que a senhora iria ficar brava, mas Rosangela me deu um chá de cadeira! – Fiz biquinho –

- Ela roubou minha filha! – Minha mãe fez biquinho e saiu da cozinha, com certeza ela não esta sóbria –

Dei risada, e abri o armário pegando o prato novamente e colocando maionese – na boa nenhuma maionese supera a da minha mãe. Amo-te mãe – Peguei um copo enorme de refrigerante e fui para a parte de trás da casa, não tinha ninguém lá e eu só queria comer em paz e pensar no tal beijo que tinha acontecido minutos atrás.

- Saiu e nem me avisou né sua vagabunda! – Mands sentou na cadeira do lado da minha e me olhou com uma cara feia – Eu te entendo, se o boy que eu amo chegasse na minha casa e me chamasse para ir para a casa dele eu iria na hora – Sorriu maliciosa para mim – Como foi lá? – Ela continuou com o sorrisinho na cara –

- Que foi? – Ri fraco – Eu fiquei o tempo todo com a mãe do Paulo – Mands revirou os olhos – Tava pensando o que? Que ele me chamou aqui para o que?

- Ah pelo amor de Deus! – Gargalhei – Pensei que tinha rolado alguma coisa, se é que você me entende!

- Você pensou que eu iria para a cama com ele com a família dele lá? – Ela negou – Que bom que você não pensou nisso!

- Eu pensei que você estava mentindo – Arregalei meus olhos – Pensei que a família dele não estava lá – Rimos juntas – Família empata foda! – rimos novamente –

***

- Acorda! – Alguém puxou o meu edredom de cima do meu corpo e acendeu a luz do meu quarto fazendo eu me encolher toda em minha cama – Baby acorda – Abri meus olhos automaticamente e Caíque estava parado na ponta da minha cama me olhando sorrindo – Você é fofa dormindo – Faço um coração com minhas mãos –

- Porque você esta aqui? – Me sento e passo a mão em meu rosto –

- Minha linda e adorável mãe, chamou geral para ir almoçar lá em casa e esse geral inclui você – Sorri – Ela quer conhecer você, eu falei que não precisava que ela iria se arrepender de conhecer você mas minhas mãe e insistente – Joguei meu travesseiro em sua direção – Agressiva! – Mostrou língua para mim – Vai se arrumar você esta estranha

- Você falou que eu sou fofa dormindo e agora eu sou estranha? – Fiz biquinho –

- Você é fofa dormindo não acordada – Mostrei o dedo do meio para ele, que deu risada – Vai se arrumar, vou te esperar aqui!

- Feliz natal – Engatinhei na cama e o puxei para um abraço –

- Vai se arrumar depois você me da um feliz natal descente sua estranha! – O empurrei e corri para o banheiro –

Fiz minhas higienes matinais e corri para tomar um banho rápido, não queria deixar Caíque esperando muito tempo, ele odeia esperar. Sai do banheiro com uma toalha em volta do meu corpo!

- Caíque fecha os olhos! – Gritei antes de sair totalmente de dentro do banheiro, Caíque negou – Para de ser chato, só vou sair quando você estiver com seus lindos olhos fechado.

- Nossa depois desse elogio eu fecho meus olhos. – Caíque se deitou de barriga para baixo na minha cama e colocou sua cara com tudo no meu travesseiro –

- Obrigada – Dei risada e sai correndo do banheiro –

- Não sei pra que essa frescura – Caíque reclamou –

- Porque você namora e eu respeito pessoas que namora – Dei de ombros mesmo sabendo que ele não iria ver –

Abri a porta do meu guarda roupa e vesti minhas roupas intimas, peguei um macaquinho florido que eu tinha deixado aqui antes de viajar e me vesti.

- Pode abrir os olhos gato – Caíque levantou sua cabeça e respirou fundo –

- Ainda bem, estava quase morrendo sem ar!  - Respirou fundo novamente – Esta linda com esse negocio – Apontou para o meu macaquinho –

- Nossa obrigada pelo elogio – Rimos –

Penteei meu cabelo e coloquei uma tiara simples em meu cabelo, comecei a fazer minha maquiagem e Caíque começou a reclamar, ele consegue ser chato quando quer, que saco!

- Cala a boca! – Gritei – Coisa chata, só reclama – Ele me olhou incrédulo – Obrigada por ficar quieto.

Voltei a minha atenção para o espelho e voltei a passar minha maquiagem. Terminei de passar minha maquiagem e abri minha mala e peguei uma sapatilha vermelha com bolinhas brancas e vesti. Peguei meu celular e troquei sua capinha colocando uma dos meninos que Meg me deu, pelo o que eu entendi ela mandou fazer.

- Vamos? – Sorri para Caíque que me olhou com uma cara feia – Que foi?

- Agora eu posso falar? – Revirou os olhos e levantou da minha cama indo em direção da porta –

- Iih ficou bolado – Fui atrás de Caíque e o abracei por trás – Feliz Natal! – Gritei em seu ouvido o fazendo colocar a mão em seu ouvido. Gargalhei –

- Sua retardada feliz natal para você também! – Riu fraco – Vamos logo!

É muito engraçado sair de carro com o Caíque, ele não para de falar nenhum minuto, grita igual um louco por causa do transito de São Paulo e sem tirar das vezes que ele quase bateu seu carro em outros carros e fica em pânico.

- Vem cá tira uma foto comigo! – Caíque me puxou e olhou novamente para o sinal para ver se estava fechado mesmo – Anda logo! – Ri fraco –

Passei meus braços em volta de seu pescoço fechei meus olhos e fiz biquinho, escutei barulho da foto sendo batida e o soltei rapidamente e logo em seguida o sinal abriu fazendo vários carros buzinarem assustando Caíque, ri fraco.

- Odeio mexer no celular enquanto dirijo, já bati meu carro por causa disso! – Puxei o celular da sua mão – O que você vai fazer?

Pelo o que eu entendi, ele não iria postar nossa foto em nenhum rede social, mas eu quero que ela esse postada. Abri seu Instagram e postei nossa foto com a legenda “Sem nenhuma duvida, ela é a melhor amiga que eu posso ter – vários emojis de coração –“ me marquei na foto e bloquei a tela.

- O que você fez? – Puxou o celular da minha mão e desbloqueou a tela entrando em seu instagram rapidamente – Nossa, minhas fãs sabem que eu não sou fofo com meus amigos, elas irão saber na hora que não foi eu que postei essa foto. – Dei de ombros – Sua idiota – Jogou seu celular em cima do meu colo –

Mudei a musica que estava tocando no radio e começou a tocar “Out Of Town Girl” do Justin, olhei para Caíque e dei risada.

- Qual é? – Ele riu fraco –

- Fã do Justin encubado! – Troquei de musica novamente e a próxima era “Sorry” também do Justin – Amigo, tem amor platônico é?

- Tenho, mas fica quieta porque quando eu conhecer ele eu vou roubar ele para mim, eu viro Gay pelo Justin querida – Deu beijinho no ombro me fazendo rir –

Caíque estacionou seu carro na frente de uma casa que só podia ser da sua mãe. Sai do carro e logo em seguida ele saiu.

- Bruna já esta ai? – Perguntei e ele assentiu –

- Daqui a pouco sua mãe esta ai junto com a Mands e com a Meg – O olhei estranho – Minha mãe mandou chamar geral – Rimos juntos – Cheguei mãe! – Caíque gritou tão alto que fez meu ouvido dar aquele barulho irritante “piiiiiim” –

- Porra Caíque! – Coloquei a mão em minha boca em seguida – Ops, tenho que passar a imagem de boa moça.

- Relaxa minha mãe não liga para essas coisas, ela já esta acostumada. – Deu de ombros –

- Mesmo assim, tenho que passar a imagem de mulher responsável, que não fala palavrão.

- Só a imagem mesmo! – Mostrei o dedo do meio para ele – Esta vendo! – Apertou meu dedo – Vou quebrar deu dedo!

- Sai! – Mordi sua mão – Idiota.

- Ele é um idiota mesmo – Uma mulher de cabelo curto loiro, entrou na sala dando um susto em mim e no Caíque – Priscila né? – Assenti e sorri tímida – Eu sei que você não é tímida – Caíque riu e recebeu um olhar mortal meu e da sua mãe – Ok vou lá com o meu pai. – Saiu correndo e entrou em um cômodo que eu acho que é a cozinha -

***

 A mãe do Caíque é muito fofa, um amor de pessoa, pelo o jeito os meninos tiveram sorte no quesito de mãe. Depois de meia hora que eu cheguei, Paulo e Nathan chegaram, Juh veio junto com o Nathan, Mile só iria vir depois porque foi passar um pouco na casa da família do Rafael.

Mands chegou junto com a minha mãe e com a Meg, a família de Paulo viram junto com Paulo e rapidamente minha mãe se enturmou junto com Rosangela, Sibele e com a tia Lex – que veio com o Nathan – A casa da mãe do Caíque estava cheia.

- Então quer dizer que você foi para a casa do Paulo ontem? – Juh sorriu maliciosa para mim e eu mostrei o dedo do meio para ela –

- Ela foi e não rolou nada! – Mands revirou os olhos e Juh me olhou incrédula –

- Rolou nada? – Assenti  - Nada de nada?

- Um beijo é alguma coisa? – As duas assentiram rapidamente e me olharam atentas – Quando ele foi me deixar em casa a gente se beijou

- E depois? – As duas perguntaram juntas –

- Depois eu simplesmente sai de dentro do carro dele e entrei em casa – Suspirei – E agora eu estou correndo dele, por que? Porque eu sou uma idiota

- Idiota mesmo – Mands revirou os olhos – Ele deve estar achando que você tem problema

- Deve ter mesmo – Juh completou –

- Hey vocês tem que me ajudar e não me deixar para baixo, eu sei que eu me comportei igual uma garotinha de doze anos mas poxa eu não sabia o que falar para ele, o que fazer.

- Você deveria ter agarrado do boy e ter feito loucuras com ele dentro do carro – Mands falou e Juh concordou –

- Eu estava a meses sem beija-lo, quando eu beijei eu fiquei em choque e simplesmente não sabia o que fazer – Coloquei minhas mãos em minha testa – Ai que raiva.

- Sabe o que você faz, agora nesse exato momento? – Juh perguntou e eu neguei – Vai lá, puxa ele pela a blusa e da o maior beijão nele.

- Eu não consigo!

- A gente vai com você! – Mands levantou da cadeira que estava sentada e me puxou me fazendo levantar – Vamos gatinha!

- Isso mesmo! – Juh levantou e ajudou Mands a me empurrar para fora da cozinha –

Todo mundo estava no jardim que tinha no fundo da casa, quando eu digo todo mundo eu falo todo mundo mesmo, menos eu e as meninas que estávamos na cozinha. Os meninos estavam sentado no chão, Caíque estava com um violão, eles estavam cantando. Sentei do lado da Meg que também estava sentada no chão. Caíque começou a tocar uma musica no violão que rapidamente Meg sorriu e começou a se mexer do meu lado.

- Trezentos dias passei, e esperei você chegar. – Caíque começou – Ano que vem ver onde errei e consertar.

- Nas cartinhas, pedi pra iluminar cada caminho teu, e onde você quer chegar. – Nathan continuou – Eu vou mudar ano que vem a chance de recomeçar

- Nesse natal o meu presente é ter você – Paulo começou a cantar o refrão e olhou para mim. Serio mesmo Paulo –

Por favor, alguém manda o Paulo calar a boca, antes que eu comece a sorrir igual uma idiota e todo mundo perceba a nossa troca de olhar, esquece acho que todo mundo já percebeu mesmo. Meg passou um braço em volta do meu pescoço e sorriu maliciosa para mim, revirei os olhos. Tentei me concentrar em outra coisa, na formiga que passava do meu lado carregando um pedaço de comida, em como o céu estava bonito, mas não estava dando certo. Concentrei-me na voz do Caíque do Nathan, alguém, por favor, pode dar um Oscar para eles, a voz deles estão perfeitas. Meg começou a cantar baixinho do meu lado e eu a acompanhei. Eu lembro quando saiu essa musica dos meninos, eles fizeram de presente para as fãs, fiquei morrendo de raiva por causa do atraso deles em soltar o vídeo, quando o vídeo saiu eu chorei, chorei de orgulho deles, e chorei de ver o Paulo lindo no vídeo cantando lindamente. Meg riu muito da minha cara quando viu que eu estava chorando, a filha de uma boa mãe não chorou e ficou me zoando.

Os meninos terminaram de cantar, e eu sorri igual uma idiota, primeiramente meus amigos cantam muito, segundamente o Paulo é um perfeito, e terceiramente é segundamente. Paulo olhou para mim e sorriu, alguém deveria proibi-lo de sorrir assim.

Caíque começou a tocar outra musica “Nocaute” do Jorge e Mateus, levantei e passei a mão em minha bunda para limpar, com certeza tinha grama ali. Entrei novamente para dentro da casa, iria beber alguma para me recompor da linda voz de Paulo Castagnoli.

- A gente pode conversar? – Me assuntei com a voz dele atrás de mim. Virei-me e Paulo estava com suas mãos na bermuda vermelha que ele estava usando. Nossa ele ficou lindo com essa bermuda vermelha. Foco Priscila –

- Claro que podemos – Desistir de beber água – Que foi? – Dei um pequeno sorriso e ele revirou os olhos –

- Por que você é assim? – O olhei confusa – Assim perfeita. – Sorri igual uma idiota – Eu não aguento mais ficar longe de você Priscila.

Paulo se aproximou e me puxou lentamente pela mão, levou sua mão até minha nuca e ficou olhando para meus olhos, umedeceu seus lábios e sorriu para mim, aquele sorriso, sorri junto.

- Nesse natal o meu presente é ter você – Paulo sussurrou em meu ouvido –

Passei meus braços em volta da sua cintura e o puxei para mais perto. Sua mão saiu da minha nuca e foi para o meu rosto o acariciando, sorri boba.

- Por favor, para de enrolar – Paulo gargalhou e em seguida juntou nossos lábios –

Levei minhas mãos até seu pescoço e aprofundei mais o beijo. Paulo levou sua mão vaga até minha cintura e a apertou.

- Estava com saudade desses nossos momentos – Sussurrei assim que finalizamos o beijo -