História Destiny - Introdução

13 de junho de 2015

Qual e o dia mais importante para um casal verdadeiramente apaixonado?

Bom, esta pergunta tem algumas respostas bastante relevantes, porem, a resposta desta respectiva pergunta seria o dia do casamento. Bom, aqui não é nem o Bruno, e muito menos a Destiny se casando, e sim o Ari Levine, um dos melhores amigos do Bruno.
A festa esta divertida, a hora do sim foi bastante significativa para o casal, um momento emocionante que certamente selou a vida destes dois por um longo tempo, afinal, infelizmente nada dura para sempre, tudo nesta vida infelizmente tem o seu ponto final, por isso, que sempre temos que ter em mente que o amor, independente da sua cor, crença, ou credo, tem que ser infinito. Assim como diz o poeta Vinicius de Moraes.

...Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure. 

E uma das coisas que ainda dura bastante nas memorias de Bruno, e Destiny, é uma certa temporada de ferias a doze anos atras, onde ele conheceu uma menina mulher linda, livre, e feliz. Uma menina que marcou a sua adolescência da forma mais encantadora, uma forma unica que fez com que a sua lembrança perdurasse por muito tempo em sua memoria, e em seu coração. E ela, conheceu um rapaz intenso, um rapaz jovem de corpo e alma, sonhador, um rapaz que sem saber, mudou muito mais do que ele possa imaginar em sua vida. Um rapaz que nunca, jamais ousou sair dos seus pensamentos, mesmo depois de longos anos, e tentativas falhas.

O tempo se encarregou de separa-los, mas quem sabe o mesmo tempo que os separou, com uma pequena ajuda do destino, um dia pode ser que não os una novamente?

Bruno On

Com um copo de Wisky na mão, eu estava sentado observando a minha namorada, Ariana, com as minhas irmas, posando para as fotos com a noiva que esbanjava um lindo sorriso em seus labios. A felicidade estava estampada na sua face, e na do meu amigo, que volta de um dos cantos da festa ajeitando o ziper de sua calça. 
Ari.
-Vamos tirar fotos Bruno, o meu padrinho não pode ficar fora da foto de álbum!-sorriu acenando com a mão a minha frente.

-Você me ama, só pode, me deixa em paz cara!-sorri, repousando o meu copo na mesa, e me levantando.

Em uma pose divertida, estávamos eu, Ari, os meninos da banda, familiares e alguns amigos. O fotografo enquadrava a todos da melhor forma possível na lente de sua câmera, enquanto todos sorriamos para a sua lente. Uma, duas, três fotos guardadas para a posterioridade de um belo dia em amigos, onde todos celebrávamos a felicidade de um casal muito especial.

Ashlei me abraça pelas costas, e eu sorrio ao sentir o seu cheiro inconfundível, o seu perfume gostoso de flores, e a sua pele macia como pêssego. Eu gosto muito dela, gosto de verdade, ela e gentil, parceira, amiga, educada, tem o carinho de toda a minha família, alem de aturar todas as minhas crises de loucura dentro, e fora do estúdio que tenho periodicamente. Ela tem a pele clara, os cabelos bem negros, os olhos castanhos quase verdes, e um corpo de tirar o folego. O meu folego sempre.

-O que voce tem amor?

-Um pouco de dor de cabeça!-me virei para ela e acariciei a sua face.

-Quando chegarmos em casa eu dou um jeitinho na sua dor!-sorriu maliciosamente.

E como puderam notar, também nos completávamos na cama!

Já era pouco mais de seis e meia, o casamento em si tinha ocorrido as quatro da tarde, um horário não muito interessante, mas a noiva era um pouco mistica, e disse que neste horário, neste dia, seria muito bom para a união deles. Enfim,cada um com as suas crenças.

Eu estava conversando com o Phill, sobre a musica que tínhamos lançado no final do ano passado, ela estava indo realmente muito bem, e eu sentia que ainda ganharíamos muito com ela. 
Estava procurando a Ash, quando olhei para um dos lados, e simplesmente fiquei paralisado. Uma das moças que serviam bebidas na festa me chamou bastante a atenção, fez com que a minha memoria se remetesse ao passado, a um passado de uns dez anos mais ou menos. A sua pele levemente morena, os seus cabelos ondulados presos em um rabo de cavalo, e o principal, o seu sorriso doce, e atrevido ao mesmo tempo, fez com que eu me lembrasse dela. Destiny, na época uma menina, era uma garota incrível que fez com que eu ficasse completamente desnorteado a alguns anos atras, e que depois de pela primeira vez na vida me deixar completamente apaixonado, tivemos que nos distanciar, uma distancia com gosto de ate logo, que infelizmente perdurou por muitos anos. Perdura ate hoje infelizmente.

Ela se locomoveu devagar em nossa direção, e quando a vi de frente, não tinha duvidas, era ela mesma.

Destiny On

Eu sempre fui sonhadora, queria ser advogada criminal, queria colocar muitos marginais na cadeia, e um dos motivos disso era simplesmente por eu ser fruto de uma violência sexual, que a minha mãe muito bravamente não interrompeu a gestação. Mesmo sendo de um canalha qualquer, o meu pai, o homem que continuou com a minha mãe, que me criou como uma filha de verdade, teve o amor em me aceitar em sua vida, em me criar, de me formar uma mulher de caráter, com personalidade, e o principal, guerreira.
E a melhor parte, foi que ele fez isso sozinho, sim, por que a minha mãe infelizmente faleceu no dia do meu nascimento por complicações no parto, e desde então, o meu pai não se envolver de verdade com outra pessoa. Ele teve namorada. Varias na realidade, mas só depois de dezesseis anos, que ele enfim, se firmou com a minha atual madrasta Amber. Ate então, ele era o "tiozão" da galera, ia a boliche, cinema, acompanhava na balada, e até já saiu carregado pela minha turma em uma das festas que inventou de nos acompanhar, mas sempre foi o melhor pai do mundo.
Eu infelizmente não consegui ser advogada como eu sempre sonhei, mas não foi por desleixo, foi por amor, e eu não me arrependo disso, se eu pudesse faria de novo, e de novo. 
Perdi o meu pai com vinte e quatro anos de idade, ele era engenheiro elétrico, trabalhava na empresa a muitos anos, e quando ele faleceu, repartiu toda a sua herança, e bem, ela deu uma surtada, depois que descobriu que ele tinha deixado apenas uma pensão para ela, e o restante da herança sob minha responsabilidade, incluindo a casa. Ela foi embora da casa realmente muito puta.

Com a parte que ele deixou para mim, eu abri o meu próprio negocio com uma amiga. Me mudei de Seattle para São Francisco, com Tathianna, a amiga que ainda esta ao meu lado desde a escola, ela também não seguiu em frente com os estudos, mas topou abrir a empresa de Buffet comigo, que atende a maior parte dos Estados Unidos, e hoje temos vários funcionários.  

Não somos aquelas patroas que ficam atras de uma mesa, nos vamos junto, colocamos avental, e servimos mesa como todos os seus funcionários, e no final do dia vestimos salto alto, e tratamos com cliente o restante do pagamento do dia de trabalho. Esta também e guerreira, também encara a vida de frente, com a cara e a coragem.

-Vamos gente daqui a pouco os convidados começam a chegar, e precisamos estar alinhados!-ela agitava o pessoal para começarmos a servir os primeiros convidados que chegavam a festa.

-Vai precisar de mim aqui dentro, ou la fora Tathi?-a questionei arrumando uma bandeja com salgados.

-Por enquanto na preparação das bebidas amigas, mas se o fluxo ficar muito intenso, teria como voce fazer o salão também?

-E claro que sim!

As mesas começaram a ser servidas, os noivos chegaram, o bolo foi partido, o champanhe servido, e a movimentação aumentou. Duas horas depois eu já estava com uma bandeja de wisky circulando pela festa. O sorriso tinha que ser o carro chefe de todos que serviam a festa, a educação vinha em seguida, o porte e a elegância tinha que fluir nas nossas veias, não queríamos que nada desse errado.

-Aceita mais uma destilado senhor?-ofereci o copo da minha bandeja a um belo homem, não mais de trista anos.

-Não muito obrigado, mas eu aceitaria uma taça de champanhe, talvez duas se quisesse me acompanhar para um lugar mais reservado daqui mais tarde.-sorriu, e mesmo querendo manda-lo a puta que o pariu, eu sorri, e deixei a minha voz mais suave possível.

-O champanhe sera novamente servido em breve senhor. E não, não gostaria de acompanhar o senhor, mas certamente encontrara uma bela mulher que aceitara acompanha-lo!-sorri amarelo, e sai de perto. Idiota!-murmurei respirando fundo.

Voltei a servir algumas pessoas, e do nada comecei a me sentir estranha, observada na realidade, olhei ao redor, e nada me chamou a atenção. Bom, nada ate encontrar um par de olhos amendoados, que me olhavam com intensidade, fazendo o meu corpo simplesmente estancar no mesmo lugar.

-Não e possível!-uma voz extremamente baixa, quase inexistente, saiu dos meus labios.

O tempo, o destino, o acaso, tudo isso sempre me pareceu irrelevante, eu nunca acreditei nestas coisas, mas tem certos momentos que te fazem acreditar ate que papai noel existe. E este e um deles, neste momento os meus olhos estavam se cruzando ao meu passado, se cruzando com um passado bom, um passado que mesmo sendo bom, eu não queria, e nem poderia reencontrar. Ao menos não ainda, não agora.

Quando eu notei que caminhava em sua direção, eu interrompi os meus passos, eu não posso, não encontrar com ele.