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História Destiny - Confusão Vercy


Escrita por: BellaJauregui2

Notas do Autor


Halloooo como vamos?

Let's Go!

Capítulo 21 - Confusão Vercy


Camila POV

 

Lauren teve que ir embora, pois tinha coisas pra resolver. Antes de sair me fez jurar de pé junto que se por acaso a “doutorazinha” atrapalhasse o meu raciocínio em algum momento, bastava olhar pro Monkey para que eu me lembrasse dela e tudo ficaria bem. Sim, ela apelidou um panda de pelúcia de Monkey por que segundo a mesma eu sou uma macaquinha. Em outro momento contestaria isso, alguém sentindo ciúmes de mim era completamente inesperado e mais inesperado ainda tinha sido aquela abraço da Drª Dobrev. Dinah um tempo atrás torrava o meu juízo falando que ela tinha uma queda por mim e que me secava sempre que podia. Nunca dei importância pra isso e o assunto foi esquecido no dia em que a Nina chegou ao hospital acompanhada de um moreno alto e musculoso. O cara era quase um Deus grego, era Thor só que na versão morena e com os mesmos músculos. Se Dinah duvidava da sexualidade da doutora, tudo acabou no momento em que aparentemente ela soltou que o tal galã era seu noivo. Eu não entendia o sentido daquilo tudo, mas também não queria perder tempo pensando. Sofia estava fazendo uma tomografia e esse era o último exame, o mais importante de todos também. Enquanto esperava, liguei para tia Maggie informando as boas novas e lhe garantindo que a pequena estava bem e que não era necessário que ela viesse ao hospital hoje, Sofi precisava descansar, amanhã ela viria passar o dia com ela. Assim que encerrei a ligação a Drª Dobrev se aproximou.

 

- Mila, tudo certo. Não encontramos nenhum dano no local da pancada. A pequena Sofia está livre de lesões. – suspirei aliviada, aquilo sim era uma ótima notícia. – Recomendo que procure um psicólogo, ela pareceu bastante abalada.

- Ah sim, não se preocupe. Conversei com o Dr Bowman, ele fará o acompanhamento dela. – acenou a cabeça em concordância me olhando como se estivesse tomando coragem para falar alguma coisa.

- É... – pigarreou – aceita um café? Sofia ainda vai passar pela ortopedia para ver como anda a recuperação da costela. Eu pensei que você poderia me acompanhar. – Ela estava corando? Não pode ser.

- Eu realmente adoraria Nina, mas vou aproveitar que ela vai demorar mais um pouco para encerrar alguns relatórios. Acabei ficando ocupada antes de a Sofia acordar... – disse um fôlego só.

- Tudo bem... É, aquela tatuada que estava com você é alguma parente? – ela estava com interesse demais na minha vida. Isso não estava me cheirando bem.

- Não mesmo. Eu não quero ser grosseira Nina, mas não gosto de sair por aí falando sobre a minha vida pessoal e se me der licença preciso realmente ir.

- Claro, me desculpa Camila. Peço para te avisarem quando a Sofia terminar a bateria na ala ortopédica.

 

Concordei e saí dali indo para a minha sala. Menti quanto aos relatórios, mas não sobre não gostar de falar sobre a minha vida pessoal. Nunca me permitir ter nenhum tipo de relação mais íntima com ninguém daqui além da Dinah que nem conta muito por que já éramos amigas. Pra mim sempre existiu uma linha tênue que separa “ser cordial” com “dar liberdade” e isso eu prezava muito. Entrando na minha sala não foi surpresa ver Dinah sentada na minha cadeira a minha espera.

 

- Sofia já acabou os exames? – perguntou sem tirar os olhos do computador.

- Já, está apenas passando por uma reavaliação para saber como está a recuperação da costela. E você, tá fazendo o que mesmo? – arqueou as sobrancelhas ainda sem me olhar.

- Não se faça de cínica, Karla. Nós duas sabemos o que eu estou fazendo aqui. – a impressora deu sinal e alguns papéis começaram a sair da mesma. – Primeiro eu quero que você me explique que porra foi aquela com a Lauren e depois que porra foi aquela com a Drª Dobrev. – encerrou sua fala e agora passou a me olhar.

- Ok... Bom, com a Lauren foi exatamente aquilo. Nos excedemos e as coisas ficaram um pouco quentes aqui. – suspirei me lembrando dos seus toques. – e com a Drª Dobrev eu também gostaria de saber. E nem adianta você me olhar com essa cara. – disse quando um sorriso malicioso surgiu no seu rosto.

- Tudo bem, aceito as justificativas. Só tranca a porta da próxima vez tá? – cerrei os olhos enquanto ela pegava rapidamente os papéis na impressora.

- Deixa de loucura Dinah, não vai ter próxima vez e que papéis são esses daí?

- Nada demais.

- Dinah... Você está me escondendo alguma coisa. – ela revirou os olhos se levantando e dando a volta na mesa para pegar um envelope.

- E eu estou mesmo, mas não posso fala agora. Vou te contar, só me de um tempo para processar as coisas.

- Processar que coisas Dinah? – pude ver a morena respirar fundo antes de me responder.

- Walz, talvez eu tenha feito as escolhas erradas nos últimos dias e nós precisamos conversar muito sério, mas eu não posso falar disso nem aqui e nem agora. Tenho que ir, me liga se precisar de qualquer coisa. – me deu um beijo no rosto e saiu da sala sem ao menos esperar que eu respondesse. Aquilo estava muito estranho. Dinah não conseguia guardar as coisas por muito tempo.

 

 

Lauren POV

 

Saí do hospital em direção ao meu apartamento ainda pensando naquele maldito abraço. Camila pode me dizer que não tenho motivos pra ter ciúmes, mas mesmo assim não gostei daquilo. Calma Lauren, elas são colegas de trabalho... Cheguei em casa e o primeiro pensamento que me veio foi que eu preciso mesmo arrumar isso aqui. O Rick e o Toni ainda não vieram definitivamente para Miami, então coube a mim tomar a frente de tudo e isso tem me deixado sem tempo pra fazer algumas coisas. Parece que um furacão passou pelo meu escritório de tanto papel jogado que tem. “Merda” isso só vai fazer com que eu me atrase mais ainda. Ouvi batidas na porta e bufei irritada. Ótimo, vou ter que parar de novo e preciso achar logo os documentos. Abri a porta e tomei um susto vendo Lucy parada me olhando com um sorriso divertido no rosto.

 

- Para de me olhar assim, eu quem deveria me assustar com essa sua brancura reluzente. – revirei os olhos dando passagem para que ela entrasse. – Uool, isso aqui tá uma zona ein?!

- Nem me lembre... A que devo a honra de tão nobre visita? – disse já me sentando no único espaço vazio no sofá.

- Precisava conversar com alguém. – disse ainda em pé. – Apesar de imaginar que você já saiba o teor da conversa.

- Realmente, Verônica andou me falando coisas. Mas sinceramente Lucy, não quero ficar no meio desse fogo cruzado. – as duas são minhas amigas, mas minha ligação com Vero é mais forte.

- Prometo que você não vai ficar. Apenas preciso colocar pra fora. – suspirei e concordei com a cabeça. Lucy se aproximou do sofá onde eu estava sentada tirando as coisas que estavam em cima e colocando no chão mesmo. – Eu sei que você não vai me julgar Laur, mas sei também que Verônica é quase sua irmã e eu não te culpo se vier a defender ela ou coisa parecida. Só, por favor, prometa que vai me ouvir até o final sem interromper. – dizer que estava gostando do rumo que aquela conversa estava tomando seria mentir pra mim mesma. Mas uma história sempre tem mais de um lado e eu já tinha ouvido o lado de Vero.

- Tudo bem, sou toda ouvidos.

- Eu a amo, você sabe. As vezes até penso que mais do que deveria, mas nunca soube esconder o que sinto. Eu estive com ela em todos os momentos Laur, inclusive nos que ela não merecia. Sempre coloquei Verônica em primeiro lugar na minha vida. – concordei com a cabeça, a relação das duas era muito mais do que as pessoas podiam ver. Era intenso e algumas vezes chegava a ser palpável. Vero nunca foi flor que se cheire, mas com Lucy ela encontra sua paz. – Desde que nos conhecemos eu a quis com todos os seus defeitos e mesmo ela aprontando poucas e boas, era eu quem estava lá no final das contas. Só que tem essa pessoa... – me olhou receosa, segurei suas mãos assegurando que estava tudo bem. – E ela trabalha comigo. E... Eu não sei explicar. Acho que estou encantada, mas não no sentido romântico da coisa. Eu estou encantada por que sinto que ela me deixa ser quem eu sou sem ter que fazer nenhum esforço. Com ela eu não preciso ter medo das minhas ações, eu não preciso ficar enviando mil sinais para que ela perceba do que eu preciso naquele momento. Ela apenas faz e eu tenho gostado disso. Não posso mentir Laur, não pra você, ela é linda e atraente. O tipo de mulher que chama a atenção e que no caso tem chamado a minha. Não sei se posso dizer pra você que estou apaixonada ou coisa assim, mas eu olho pra ela e vejo as atitudes que eu queria que Verônica tivesse comigo. Com Verônica eu sinto que estou apaixonada por uma amiga que nunca vai mudar e a Shay faz com que eu me sinta mulher, me deseja como mulher e nem precisou me levar pra cama. Eu... – suspirou fundo apoiando os braços nos joelhos. – olho pra ela e fico tentando achar Verônica. Você me entende? É como se uma me completasse sentimentalmente e a outra estivesse me fazendo sentir o que por anos eu busquei.

- Calma, é muita coisa pra processar. – disse tomando fôlego com todas aquelas informações.

- Eu sei, desculpa.

- Deixa ver se eu entendi. Você está se sentindo atraída por uma idealização da Verônica em outra pessoa? – verbalizar aquilo era mais confuso ainda.

- Eu deveria ter dito isso ao invés de dar todo esse discurso. Nos pouparia tempo. Eu só não sei Lauren.

- Se você não sabe imagine eu Lucy. Isso tá bem confuso mesmo. – encostei a cabeça no sofá ainda tentando entender aquilo.

- Acho que eu não consigo romantizar as coisas com a Shay porque olho pra ela e fico querendo que fosse a Vero fazendo tudo aquilo, sendo tudo aquilo. – disse agora se encostando no sofá também.

- É confuso, mas justificável. Verônica não pode ser parâmetro de comparação com nada e nós duas sabemos. Você espera dela algo que ela não consegue dar e acho que pra você tem sido difícil olhar pra outra pessoa e perceber isso. – eu poderia ter feito psicologia. Acho que agora sim estávamos chegando a algum lugar. Lucy queria solidez e Vero é tipo água de rio. Não se firma.

- É óbvio que não trairia ela, mas também não sei se posso continuar nesse relacionamento me sentindo incompleta dessa forma. – fechei os olhos suspirando fundo.

- Lucy, qual foi a ultima vez que vocês fizeram algo juntas?

- É relativo, mas juntas por que ambas queriam foi no dia em que ela me pediu em namoro. Depois disso parece que até dormir na mesma cama com ela virou obrigação e isso quando ela quer dormir comigo. – duas estranhas juntas...

- Se você ainda pensa em salvar alguma coisa desse amor todo a primeira coisa é passar a agir como casal. Sei lá, vão passar um fim de semana num motel e se reconectem como casal, não como duas pessoas que querem apenas transar loucamente. Mesmo que isso não resolva nada, o fato é que vocês estão se distanciando e deixando outra pessoa ficar no meio dessa pequena crise. Eu posso não ser a melhor pessoa para dar conselhos desse tipo, mas terminar uma relação com tanto amor assim também não vai resolver os seus problemas Lucy. Até porque em nenhum momento você pensou em terminar com ela para se abrir pra Shay, certo? – ela acenou em concordância. – Então, pensa nisso. Se tem algo te incomodando e você se fecha automaticamente Verônica também se fecha. Eu sei que você odeia discutir as coisas, mas pelo menos dessa vez faça isso. Se abra novamente pra pessoa que você mais ama antes de ficar enxergando ela em uma pessoa que pode não te oferecer metade do que você tem hoje. – afaguei seus cabelos e ela permaneceu em silencio absorvendo tudo o que eu tinha falado. – Olha, se quiser pode ficar aqui. Eu preciso voltar pro galpão. Tome um tempo pra você mesma longe de tudo, esqueça Shay e Vero e se concentre no que você quer. Pode ficar no meu quarto, ninguém vai te incomodar. Eu aviso a Vero para não te ligar, tudo bem?

- Obrigada Laur e desculpa te atrapalhar. – me olhou e lançou um sorriso torto.

- Me agradeça pensando no que eu falei. – dei um beijo rápido na sua testa e me levantei pra sair, depois iria procurar com calma aquele maldito documento. Fique a vontade, sorvete e Netflix é o que você vai precisar. [...]

 

Saí daquele apartamento com a cabeça cheia, era muita coisa pra um dia só e não tinha como escolher um lado. São duas complicadas tentando dar certo e fazendo tudo se complicar mais ainda. A dor de cabeça que me deu foi tanta que entrei no galpão feito um furacão. Verônica precisava esquecer o passado e se concentrar no que queria pro seu futuro, tomar uma atitude ao invés de se lamentar por Lucy estar olhando pra outra pessoa. Passei direto pra minha sala sem ao menos cumprimentar o pessoal que trabalhava no andar de baixo, peguei uma garrafa de água tomando tudo num só gole. Vero entrou na sala logo atrás de mim me olhando confusa.

 

- Vi um vulto branco e achei que fosse um fantasma, o que houve? – balancei a cabeça negativamente.

- Senta. – Vero se acomodou no pequeno sofá que fica no canto da sala. – Primeiro, não ligue pra Lucy hoje. Ela me procurou e precisa colocar as ideias no lugar. Segundo, você tinha razão em dizer que estava percebendo algo a mais na relação dela com a tal Shay. Mas sabe de uma coisa? Isso só esta acontecendo porque você esqueceu que Lucy é a sua mulher e continua tratando ela como uma amiga colorida. – ela fez menção de falar, porém a interrompi. – É isso mesmo. Você precisa assumir a culpa por suas ações Vero e vá por mim, se você ainda pensa num futuro com a Lucy corra atrás do que é seu.

 

Verônica apenas me olhou sem saber o que dizer. Saí da sala a deixando sozinha para que ela refletisse um pouco. Antes de se entregar ela precisava lutar, fazer alguma coisa e se não funcionasse pelo menos tinha tentado. 


Notas Finais


Me digam se acharem algum erro, eu estou com dor no pescoço e foda pra ficar no note.
Casal Vercy vai ser casal problema. Uma hora bem, outra mal mas sempre se amando pq no final é isso o que importa ne non? Então tá certo! Nos vemos no próximo e por favor COMEEEEEEEENTEM!!! Continua sendo importante pra mim saber a opinião de vcs.
Eu sei que é chato ficar pedindo isso toda vez, mas é o ultimo incentivo que tenho para continuar.


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