História Destiny Wild - I Love Bitches!

No tempo certo, tudo dará certo.

Estava na frente da porta de embarque, me despedindo da minha mãe, por mais que seja difícil me distanciar dela, eu não iria me mudar de novo, alias esse emprego que ela arranjou nem é permanente ainda, pode ser que ela fique só um ano e volte, nada definitivo.

- Vou sentir saudades mãe! – falei limpando as lagrimas.

- Para de ser besta menina, vou ficar só alguns meses, no máximo um ano lá, vai passar bem rapidinho.

- Eu sei, mas mesmo assim vou sentir saudades – eu a abracei.

Uma voz ecoou no aeroporto anunciando o próximo vôo, que iria sair em 10 minutos.

- Filha odeio dizer isso, mas tenho que ir, então por favor cuida bem da casa, cuide bem de você, não quero nenhuma ligação do seu colégio falando que você esta tirando notas ruins, ou algo do tipo, não quero voltar antes da hora, se cuida ta?

- Claro mãe, não se preocupa vou me sair muito bem no colégio, e espero que você volte logo – dei um abraço nela, e a vi caminhando até desaparecer da minha vista, me virei e fui para a saída do aeroporto, peguei um táxi e dei o endereço de minha casa.

Ver minha mãe indo embora sem mim não foi nada fácil, nunca pensei que iria ficar longe dela, nem por um segundo, ela foi meu porto seguro enquanto eu estava traumatizada, desmoronando, ela ficou do meu lado quando eu não tinha mais ninguém, ela foi a única razão de eu não fazer uma besteira, acabar com minha dor, uma dor que sem ela eu definitivamente não iria agüentar.

- Chegamos senhorita – sai do meu transe, dei o dinheiro para o taxista e fui até minha porta. Peguei minhas chaves e destranquei a porta. A casa pareceu tão vazia só comigo ali, parecia que estava faltando algo, como se eu tivesse perdido algo e agora estava me dando conta do quanta falta ela estava fazendo.

Caminhei até a cozinha e vi as horas, ainda estava cedo pra eu me arrumar pra escola, subi pro meu quarto e me deitei na cama, aquela casa estava muito quieta, já estava acostumada a ouvir o barulho das panelas na cozinha, aquele silencio estava me matando. Olha só pra mim nem faz muito tempo que minha mãe foi embora e eu já to choramingando com a ausência dela. Bufei de raiva, como vou conseguir viver um ano sem ela, da aonde tirei a idéia que iria conseguir ficar sozinha nessa casa?

No momento que pensei isso, a resposta veio instantaneamente!

Josh. Só por ele eu iria pensar nessa loucura, nunca vivi sem minha mãe, mas agora não tem volta ela já esta no avião não tem mais como voltar atrás, eu não posso simplesmente resolver que a quero aqui de volta, ela já se foi.

Vi o relógio de novo, e já estava na hora de eu me arrumar.

Vesti uma calça, e uma blusinha leve. Não estava com vontade de me produzir toda, estava triste, triste com a partida da minha mãe.

Desci e tomei meu café lentamente, não comi nada de especial só um cereal com leite, queria minha mãe aqui pra fazer meus ovos e meu bacon, não que eu pensasse que ela fosse minha empregada, mas acordar de manhã com um café maravilhoso não era nada ruim.

Subi escovei meus dentes, peguei minha mochila, daqui a pouco Josh iria chegar pra me levar pra escola. Me sentei no sofá e meu celular apitou avisando que chegou uma mensagem. Era Brad.

De: Brad

Para: Anne

Pequena, soube que sua mãe viajou, espero que você esteja bem.

Você sabe que qualquer coisa eu estou aqui pra você.

Bjos do SuperBrad ;)

Sorri com o apelido que dei pra ele.

De: Anne

Para : Brad

Obrigada por perguntar SuperBrad, rs. Eu estou bem, mas acho que não vou me acostumar de ficar sozinha em casa :(  Te vejo na escola.

Bjos pequena.

Passou uns 7 minutos até ouvir uma buzina.

Sai de casa e tranquei a porta, andei desanimada até o carro, iria ser uma tortura um ano sem minha mãe.

Entrei dentro do carro coloquei o cinto e bufei.

- Anne? Ta tudo bem? – Josh me perguntou.

- Ta sim, é só que minha mãe foi viajar hoje, e eu estou sozinha em casa. Já to vendo um ano de completa solidão!

- Você não precisa ficar assim, vai ficar tudo bem, alias eu to aqui. Qualquer coisa eu posso ficar ai na sua casa com você... mas só se você quiser.

- Você faria isso por mim? – falei sorrindo.

- Claro! E ainda se você quiser podemos revezar, ficamos uns dias na sua casa e uns dias na minha, você decide.

- Nossa! Da onde você tirou essa idéia?

- Ontem estava pensando em você, pensando em nois na verdade. E você acredita que hoje acordei e olhei para o lado da minha cama e imaginei como seria se você estivesse lá comigo. Sua mãe viajou e achei que o momento perfeito de nos aproximar, pra você ver que eu não sou o monstro que você viu naquele dia. – Josh falou me fitando com arrependimento nos olhos.

- Josh... – Falei tirando o cinto e me aproximei pegando seu rosto em minhas mãos. – Eu não acho você um monstro,nunca achei, nunca mais fala isso!

- Mas você disse que... - Eu o interrompi.

- Esquece o que eu disse, vamos viver o agora – falei olhando em seus olhos.

- Eu te juro que vou te fazer esquecer do que eu fiz, ou pelo menos tentar.

- Esquecer? Esquecer do que garoto? Não sei do que você ta falando? – me fingi de desentendida, e sorri e logo ele sorriu também.

- Você é maravilhosa, sabia? – ele me disse sorrindo.

Bati minha mão no peito convincente – Eu sei disso! – sorri convencida.

- Sabe é? – ele me olhou de relance, depois olhou para a estrada novamente. – E também sabe que é uma vadia? – falou levantando uma sobrancelha.

- Vadia? – lhe dei um tapa no braço. – Se eu sou uma vadia, então porque você esta namorando comigo? – cruzei os braços.

- Você é uma vadia, isso é incontestável! – ele se defendeu quando eu dei outro tapa em seu braço. – Mas você já deveria saber...

- Saber do que Josh? – Falei irritada

- Eu amo Vadias! – ele falou sorrindo, e sorri junto.

- Nossa como você é romântico! Babaca...