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História Destruindo Barreiras - Trabalhos e o Clube de duelos


Escrita por: Sakura_Rin

Capítulo 4 - Trabalhos e o Clube de duelos


Lily pov.

 

Uma semana se passou e eu já estava ficando louca. As aulas de transfiguração e DCAT estavam se provando um desafio para mim.  Não bastasse isso, James ainda ficava me olhando com um enorme sorriso quase três vezes ao dia. Tudo culpa da minha gagueira quando ele me abraçou!

- Você sentiu o cheiro dele na sua Amortentia? – repetiu Alice.

Eu decidira contar a elas. Ao estar abraçada a James percebi o familiar cheiro que sentira mais cedo naquele dia.

- Eu já disse que sim! – quase gritei. – É tão estranho! Nunca imaginaria que aquele cheiro desconhecido era do James! E não é o perfume em si, é o cheiro dele. Adoraria que não fosse verdade.

- Será? – perguntou Lene e eu fiquei sem resposta. Se ela não estivesse tão séria eu provavelmente reviraria os olhos e negaria outra vez, mas não consegui dizer palavra diante do seu olhar.

Talvez Haillee tivesse algo para me dizer. Algo que me fizesse ver que estava ficando louca. Eu não podia estar me apaixonando por James Potter. Não depois de ele ter me tirado o Sev! E não depois dele pegar um terço das garotas de Hogwarts!

Era sábado e fui procurar pela minha prima na biblioteca. Ela havia me dito que estaria lá pesquisando antídotos, como pedira Slughorn.

- Haillee. – sussurrei.

- Bom dia, Lils. – sussurrou de volta. – Está com uma cara estranha.

- Eu... Quero conversar. – falei tensa.

Olhamos em volta e fomos nos esconder por entre as estantes mais distantes.

- James me abraçou na segunda. – comecei. –E... Quando fizemos Amortentia... senti um cheiro... E o reconheci no James!

- Já fizeram essa poção no sexto ano. – ela comentou. – Porque parece surpresa afinal?

- Eu não tinha reconhecido o cheiro dele até segunda! – exclamei.

- Não grite! – reclamou. – Eu notei como ele olha para você, Lils. Não parece ser brincadeira.

- Ele estava rindo como um maníaco! – argumentei. – Só porque viu minha cara vermelha.

Ela riu baixo.

- Claro. Ele descobriu que mexe com você. – disse.

- Ele não... – comecei a negar, mas ela me lançou um olhar sinistro. – Ok. – desisti.

- Você não parece o tipo que se recusa a gostar de alguém. Ele te fez algo? – ela perguntou.

- No quinto ano ele fez uma brincadeira de mau gosto com meu melhor amigo, Severus Snape. – suspirei. – Tentei ajudá-lo, mas... Sev estava tão furioso que... Ele me chamou de... – tomei fôlego. – Ele disse que não precisava da ajuda de uma sangue-ruim.

- Não é algo que amigos diriam. – comentou.

- Sev foi para Slytherin e noto que as pessoas o têm envenenado contra mim. James e ele se odeiam, Haillee. – expliquei.

- Talvez ele goste de você. Severus, eu quero dizer. James é notável a 10 km de distancia. – falou.

- Nunca pensei assim. – fiquei chocada.

- Você não notou que James sente algo verdadeiro por você. – ela revirou os olhos. – Eu vou analisar a situação. O que acha de fazer as pazes com seu amigo?

- Seria ótimo, mas sei que não vai acontecer. – falei sem esperanças.

- Não desista. – ela me disse e segurou minha mão. Seu aperto foi reconfortante. – Os Slytherin não são tão ruins quanto parecem ser.

Aquilo me deixou pensando.

 

Haillee e eu passamos a manhã na biblioteca. Preenchemos os dois rolos de pergaminhos e fomos para o almoço em seguida.

- Arrumou alguém interessante para conversar? – perguntei.

- Andrômeda Black. – respondeu sorrindo.

- Acho que os Black se atraem por você. – brinquei e nos separamos.

Quando sentei com minhas amigas observei Haillee conversando com Andrômeda. Procurei por Sev. Ele estava num canto com um livro. Talvez houvesse mesmo pessoas que valessem a pena naquela casa.

 

Haillee pov.

 

Minha primeira semana em Hogwarts foi desconfortável. Eu adorara as aulas, mas isso já era de se esperar. Nunca fui aluna ruim, agora eu só me esforçava como faria em qualquer outra escola. Até parei de chegar atrasada!

O problema quem causava eram as pessoas. As minhas colegas de quarto não foram muito receptivas, ao menos duas delas. Narcisa e Bellatrix Black me odiavam sem motivo e incitaram Lucius Malfoy, Crabbe e Goyle contra mim. Eles tinham laços antigos e não queriam me integrar. Na minha primeira noite fui ameaçada.

- Se você se meter em meu caminho vai acabar muito mal. - disse Bellatrix Black.

- Então não me dê motivos para estar no seu caminho. – retruquei e ela estreitou os olhos.

Sua irmã, Narcisa, estava visivelmente irritada com minha presença. Parecia ter sentido um cheiro ruim. Patética!

No dia seguinte, quando saí do banheiro elas já tinham ido para o café da manhã.

- Sabe, talvez você queira ajuda sobre as pessoas daqui. – Andrômeda falou.

- Seria bom. – admiti.

Conversamos um bom tempo, ela me disse quem namorava quem, quem se pegava, quem odiava um ao outro dentro e fora da nossa casa. E quais grupos eram como os das irmãs.

- Narcisa soube que você envergonhou o namorado dela. Estão quase noivos. – disse Andrômeda.

- Não quero imaginar um filho criado por eles. – falei e ela riu discretamente.

- Você é divertida. – disse tímida.

- Dê-me motivos e serei a melhor amiga que você pode encontrar. – pisquei.

- Prometo que você os terá. – assentiu.

Ficamos em silêncio comendo até que ela falou:

- Meu primo não para de olhar para cá. É estranho.

- Regulus ou Sirius? – perguntei olhando para o rosto dela.

- Regulus. – respondeu. - Conhece Sirius? – ela parecia surpresa.

- Sou prima da Lily, esqueceu? – sorri. – James vive atrás dela e Sirius está sempre com o James. – expliquei.

- Ah, claro. – ela corou diante da minha lógica. – Eu devia ter prestado atenção.

- Relaxa. – falei. – Sabe, sinto que estou sendo minada. Algumas pessoas estão evitando falar comigo.

- É porque você passa mais tempo com os Gryffindor. Não sabem se você gostou de estar conosco. E nos orgulhamos da nossa casa – ela explicou.

Fazia sentido.

- Até você? – perguntei.

- Até eu. – garantiu.

 

Naquela noite, Andrômeda e eu estávamos sozinhas na biblioteca fazendo uma atividade de Herbologia e Poções.

- Eu nunca entendi como alguém se atrapalha com Poções. – comentei aos sussurros.

- Eu já me atrapalhei. – ela riu baixinho. – Mas me esforcei muito e agora vejo que, exceto por dificuldade extrema, não é difícil aprender se você se dedica.

- Concordo. – sorri.

- Parece perdida, Evans. – Sirius sussurrou ao meu ouvido. Meu pescoço arrepiou.

- Nunca imaginei vê-lo entre os livros, Black. – sussurrei de volta, levantando a cabeça. Nossos lábios bem próximos.

- Fazemos certos esforços para ter uma profissão. – disse com os olhos fixos na minha boca.

- Eu sei. – sussurrei para ele.

Não estávamos prestando atenção no que dizíamos. Não mesmo. Esqueci a presença de Andrômeda, até ela pigarrear.

- Ah, prima! Você está aí. – ele disse todo cínico.

- Olá, Sirius. – ela disse balançando a cabeça.

- Não vou atrapalhar. – Sirius disse e foi andando, não sem antes piscar para mim.

- Ele já magoou muitas garotas. – comentou Andrômeda.

- Eu nunca me apaixonei. – dei de ombros.

O assunto encerrou ali mesmo eu não tendo sido rude. Era a verdade. Eu nunca tinha me apaixonado, como poderia ser magoada?

 

Na sexta à noite alguém fixou no quadro de avisos que os testes para o time de quadribol seriam no sábado da semana seguinte. Fiquei animada, pois sempre fora boa e amava quadribol.

- Parece determinada. – alguém comentou. Não precisei me virar para saber que era Regulus. A voz dele parecia a de Sirius, exceto por não ser rouca.

- Estou de fato. – falei.

Eu tinha que praticar o feitiço de desilusão para a próxima aula, então acabei ficando até tarde na sala comunal Slytherin.

- Aquele dia que você estava com meu irmão... – ele começou e eu sorri sem que ele visse. – Você me ameaçou.

- Desculpe por isso. – eu disse. – Não queria uma detenção. – virei para encará-lo.

- Você conhece o meu irmão há muito tempo? – perguntou.

Eu não sabia por que ele me perguntava aquilo.

- Não. – admiti. Ele arqueou uma sobrancelha. – Está me julgando. – acusei e ri.

- Sim, estou. – falou encabulado com meu riso. – Vocês estavam se engolindo!

- Eu sei. – minha voz mudou. O beijo de Sirius era delicioso. – Bem, acho que vou para a cama. Boa noite. – sorri para ele.

Seu rosto ruborizou o que me fez rir ainda mais.

 

Almocei com Andrômeda naquele sábado, depois segui para a biblioteca novamente. Eu tinha uma difícil atividade de Astronomia, que era minha matéria teórica preferida.

Entrei na biblioteca e fui direto para a seção. Peguei cinco livros e me sentei procurando o que precisava para construir um mapa.

Sirius pov.

 

- Esse ano vai ser puxado. – comentei com James no almoço.

- Sim. – suspirou. – Tenho que praticar o feitiço de desilusão.

- Eu preciso fazer a atividade Poções. – falei. – Estou indo para a biblioteca.

Ele assentiu e voltou a comer. Fui direto para a biblioteca.

Depois de pegar um livro de antídotos fui procurar uma mesa vazia. O máximo que encontrei fui uma ocupada apenas por Haillee. Ela estava muito concentrada no pergaminho que tinha aberto diante de si. Passei por ela e espiei pelo seu ombro.

- Constelações? – sussurrei próximo ao seu ouvido.

Ela se sobressaltou e errou feio no mapa.

- Black! – exclamou. – Eu preciso desses mapas perfeitos!

- Desculpe. – sorri. – Posso? – apontei para a cadeira e já fui sentando.

Ela revirou os olhos e afastou alguns livros para que eu tivesse espaço.

- Não sabia que estava na turma de Astronomia. – comentei.

- É porque você não está lá. – ela riu baixo. – Estou em algumas disciplinas com poucas pessoas, na verdade.

- Tipo? – quis saber.

-  Runas antigas. – respondeu.

- Faz sentido. – falei.

- É sempre bom acumular conhecimento. – deu de ombros com um sorriso lindo no rosto.

Observei enquanto ela pegava a varinha e consertava a mancha no pergaminho. Era graciosa demais.

- O que vai fazer nesse mapa, miss Slytherin? – perguntei.

- Miss Slytherin? – perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

Dei de ombros.

- Que seja, Monsier Gryffindor. Estou fazendo as constelações do sul. Tem uma previsão que trabalharemos na aula. – respondeu. – Achei você dentre as estrelas. – debochou.

- Tradição de família. – resmunguei.

- É uma tradição bonita. – ela deu de ombros. – Pretende mesmo achar antídotos para dois rolos de pergaminho em um único livro? – perguntou apontando para minha mão.

- Não é o bastante? – chutei. Ela balançou a cabeça negando.

- Vou pegar reforços. – falou.

Quando ela voltou seus braços carregavam uns cinco livros.

- Divirta-se. – disse com um sorriso irônico.

- Deixe-me adivinhar: você fez com a Lily hoje de manhã? – falei.

- Exato. – piscou.

Tentei me concentrar e até consegui por meia hora. Enchi meio pergaminho, mas então fui espiar o trabalho de Haillee e ela estava parada olhando o próprio trabalho. Seu rosto estava impenetrável, mas havia uma mancha de tinta na sua bochecha e seu cabelo estava um pouco mais armado que o normal. Aquilo me fez olhar para ela uns bons dez minutos. Como ela poderia ser Slytherin? Haillee não era doce, mas também não era má, não parecia praticar artes das trevas, ou qualquer coisa típica deles. Sacudi a cabeça e voltei ao meu trabalho.

Mais meia hora: eu ainda não tinha preenchido o primeiro pergaminho. Bufei frustrado.

Olhei para Haillee outra vez. Ela tinha terminado outra constelação e anotava o nome das estrelas em uma letra pequena e cursiva. Era meu nome.

- Não precisa escrever meu nome com tanto carinho. – provoquei.

- Faço carinho em você mais tarde, Black. – devolveu. – Todo cachorro adora carinho.

- Ai! – fingi mágoa e ela riu.

- Preciso de outro livro. – resmungou.

- Quer ajuda? – sugeri.

- Que tipo de ajuda, Black? – sussurrou com um olhar malicioso.

- Você já sabe. – falei sorrindo de lado.

Ela levantou da cadeira e piscou para mim. Olhei em volta e fui atrás dela. A seção de Astronomia estava livre. Puxei Haillee pela cintura e tasquei um beijo na sua boca macia. Ela envolveu meu pescoço com os braços e arranhou minha nuca. Haillee tinha gosto de pasta de dente. Mordi seu lábio e ela me apertou ainda mais contra si. Fui para seu pescoço, beijando e mordendo. Cheirei seu cabelo profundamente e o aroma era familiar.

- Seu cabelo tem um cheiro engraçado. – sussurrei ao seu ouvido.

- Cheiro de mar. – respondeu. – Nunca sai completamente então desisti de usar xampu com qualquer aroma. Prefiro esse cheiro salgado.

Congelei no lugar. Claro que era familiar. Eu sentira na minha Amortentia.

Ela mordeu meu lábio, depois disse:

- Parece distraído.

- A culpa é sua. – brinquei e voltei a beijá-la.

Sua boca era tão deliciosa.

- Acho que temos que voltar. – disse enquanto eu beijava seu pescoço novamente.

- Só mais um pouco. – pedi e não esperei sua resposta.

James pov.

 

- Acorda, Sirius. – sacudi meu amigo. Ele parecia um morto. – Qual é, cara? Hoje é quarta! Temos aulas de Duelos.

- Estou quase de pé. – resmungou.

Desisti de tentar acordá-lo.

- Eu estou indo para não me atrasar. – comentou Remus.

- Encontro você lá. – prometi.

Tomei banho e quando saí enrolado na toalha, Sirius tinha levantado.

- Você está horrível. – comentei.

- Muitos rolos de pergaminho para um final de semana. – falou. – Não sei como ela consegue.

- Ela? – perguntei fingindo não saber de quem se tratava.

- Haillee tem aula de Runas Antigas e Astronomia além das disciplinas que temos. – explicou.

- Ela é tão boa quanto a Lily em... Tudo. – dei de ombros.

Acabamos atrasados como sempre. Quase não havia o que comer na mesa quando sentamos. Comemos o que sobrou e depois Sirius e eu corremos para o clube de duelos. O professor de DCAT estava lá junto com o de Duelos.

- Todas as quartas serão reservadas para Duelos. – anunciou o professor. – Então venham com roupas mais condizentes com a atividade.

Diversas meninas estavam de saia e reclamaram, ao mesmo tempo, que não haviam sido avisadas.

- Agora, aqueçam-se e logo vamos começar a chamá-los em duplas. – disse o professor mais alto que elas.

- Bom dia, anjo. – sussurrei ao ouvido de Lily. Ela estremeceu num arrepio. Aquilo me animou.

- Preciso me concentrar, Potter. – retrucou.

Sorri.

Sirius e eu começamos a treinar. Isso se alongou por quase uma hora até que o professor voltou à passarela.

- Frank Longbottom e Haillee Evans. – chamou.

Sirius procurou por ela e foi encontrar quando Haillee estava subindo as escadas. Mais sensata que as outras garotas, ela usava calça.

- Já sabem como fazer. – disse o professor.

Os dois assentiram. Depois se curvaram numa mesura sem desviar o olhar um do outro. Ao voltarem à postura ereta,  Frank atacou.

- Expelliarmus. – disse.

Porém Haillee se protegeu sem uma palavra sequer. Um jato vermelho saiu de sua varinha e Frank se assustou, mesmo tendo conseguido desviar. Ela era silenciosa. Não demorou muito para que a varinha dele voasse. E ela sequer tinha movido muito o braço.

- Você vai perder. – falei para Sirius. Ele nem retrucou.

- Muito bem. – o professor retornou. – Longbottom, você precisa apenas melhorar sua postura e agilidade. Pratique feitiços não verbais com mais afinco.

- Sim, senhor. – Frank disse.

- Até agora, sem conselhos para a senhorita.

Vários duelos se seguiram e alunos foram se destacando, dentre eles: Haillee, Bellatrix, Lily, Ranhoso, Sirius, eu, Remus, Frank, Alice.

- Severus Snape e Haillee Evans. – anunciou o professor.

- Isso vai ser interessante. – Remus comentou.

- Ranhoso vai perder fácil. – falei.

Mas não foi bem assim. Foi o duelo mais longo que tivemos naquele dia.

Haillee deixava o oponente atacar primeiro sempre, mas daquela vez a espera foi longa e ela atacou com um feitiço estuporante, facilmente defendido por Ranhoso. Ele devolveu com uma azaração de perna presa que foi ricocheteada. Os dois se moviam rápido, feitiços voavam de um lado para o outro e os eles nem falavam.

Em um determinado momento, Ranhoso pegou Haillee de surpresa e ela quase foi acertada.

- Protego Maxima! – disse em voz alta. O impacto do feitiço com o escudo foi grande o bastante para fazer seus os cabelos voarem para trás como se atingidos por um vento forte. Ela sorriu.

- Ela está sorrindo? – gaguejou Peter.

- Sim, ela está. – respondeu Sirius, chocado.

Os professores olhavam interessados. Comentavam coisas entre si e assentiam em alguns feitiços bem executados. A turma não desgrudava os olhos deles. Sirius estava quase de boca aberta.

A luta recomeçou e dessa vez Haillee se movia para frente. Ranhoso notou e franziu a testa. Tentou afastá-la com feitiços, mas ela se mantinha firme sempre que dava um passo adiante. Então, ela recuou a mão e levou para frente rápido. A face concentrada. A varinha dela virou um chicote. Ranhoso lançou um feitiço, mas isso não impediu que sua mão fosse açoitada e sua varinha voasse dela. O feitiço passou raspando pelo rosto de Haillee.

- Fantástico! – exclamou o professor de Duelos. – Faz muito tempo que não vejo tanta criatividade, senhorita Evans. E você, Sr. Snape, foi excelente.

Os dois assentiram. Estavam arfantes. Trocaram um aceno de cabeça camarada e desceram da passarela.

- Hora do almoço. – anunciou o professor de DCAT. – Terão uma hora meia de descanso para que voltem.

 

- Isso foi incrível! – ouvi Lily exclamar para Haillee. Elas estavam andando bem na minha frente. Andrômeda Black acompanhava calada.

- Obrigada. – Haillee respondeu. – Eu estou tão animada! Pratiquei muito esse feitiço.

- E deu certo! – exclamou Andrômeda.

- Completamente! – concordou Lily, sorrindo para a prima de Sirius.

- Quer duelar com ela? – perguntei a Sirius.

- Vale à pena. – sorriu.

Lily pov.

Naquele dia, Sev sentou perto de Haillee e eles conversaram. Eu estava bastante curiosa para saber o assunto, porque nunca o vira se aproximar de ninguém tão espontaneamente. Severus Snape era tímido.

- Sirius parece que vai explodir. – comentou Lene ao meu ouvido.

Fiquei assustada de tão distraída quando ela falou. Vi que Sirius estava muito irritado e olhava fixamente para Haillee.

- Não há motivos. – murmurei.

- Ele está com ciúmes, Lily. – disse Lene. – Homens não costumam ser racionais para sentir ciúmes.

Assenti e voltei a comer.

Haillee pov.

- Você foi muito bem! – elogiei Severus Snape. – Adorei ter um adversário a altura.

- Obrigado. – disse.

Severus Snape decidiu conversar comigo naquele dia. Ele não começara  a conversa, mas sentou perto e isso foi o bastante para me fazer puxar assunto. Eu estava muito curiosa sobre a pessoa que quase me derrotou.

- Ficou surpresa ao vir para Slytherin? – perguntou para mim.

- Não. – eu disse. – Eu me conheço e sei o que quero. O chapéu seletor disse-me que alcançaria meu objetivo aqui. Concordo com ele.

- Nossa casa é muito famosa. – ele disse. – Temos uma inteligência muito grande, apesar dos alunos Ravenclaw se gabarem como se somente eles fossem capazes de ser espertos.

- Todas as casas são inteligentes. – disse Andrômeda. – Nós somos uma das que mais se destaca.

- Gostamos de vencer os Gryffindor. – Severus disse. – Principalmente no quadribol.

- Você joga? – perguntei animada.

- Não. – ele pareceu chocado com minha pergunta.

- Oh, eu jogo. – falei. – Adoro quadribol.

- Acho que arrumamos a pessoa que trará a taça de volta para nós. – disse Andrômeda.

- Sim, precisamos disso. Três anos perdendo. – lamentou Snape.

- Deixe-me adivinha: Gryffindor ganhou de nós. – falei.

- Sim. – Andrômeda assentiu. – Nossos dois melhores jogadores se formaram. O artilheiro e o batedor. Trocamos todo ano desde então. Precisamos de dois jogadores tão bons quanto os que saíram.

- Sou artilheira. – falei. – Ou era na outra escola. Mas joguei como batedora por dois anos, quando eu tinha 14 e 15 anos.

- Você deve ter muita força para ser batedora quando era tão jovem. – espantou-se Andrômeda.

- Tenho um braço forte. – admiti. – Mas na época eu usava meu cérebro. – sorri.

- Isso faz de você uma de nós antes de qualquer coisa. – disse Severus. – Estratégias. – explicou quando o fitei confusa.

- Estratégias facilitam nossa vida. Instinto também, mas não em tudo. – concordei com ele.

- Ainda temos meia hora antes de a aula ser retomada. – disse Andrômeda.

- Vou dar uma volta. – falei ficando de pé.

- Não vá se perder. – ela riu.

- Ficarei longe das escadas. – prometi.

Eu entendi porque Lily gostava de Severus Snape. Havia nele uma simplicidade e inteligência grandes. Era um cara legal.

Eu estava pensando em ir aos jardins ou apenas ficar no pátio quando fui puxada pela cintura.

- Evans. – Sirius sussurrou ao meu ouvido me arrepiando na nuca e braços. Eu reconheceria sua voz em qualquer lugar, mas naquele momento ele parecia irritado.

- Parece irritado, Black. – falei em tom de provocação.

- Não estou. – retrucou e me fez ficar de frente para ele.

- Ah, não? – provoquei. – Se você diz. Estou indo para o pátio. – falei me soltando dele e seguindo pelo corredor.

- Direção errada, Evans. – ele disse debochado.

- Talvez eu precise de um guia. – falei virando para encará-lo.

- Será um prazer, Evans.

Seu olhar brilhou malicioso e ele veio até mim. Sirius me pegou pela cintura e beijou minha boca no meio do corredor, não muito longe da porta da sala comunal estava Severus Snape e Andrômeda Black.

- Não quero uma detenção, Black. Preciso de todo meu tempo extra para estudar. – falei me afastando dele, sem graça.

Os meus amigos desciam o corredor como se nada tivessem visto.

- E onde eu me encaixo nesse tempo livre? – perguntou Sirius.

- Nos corredores. – falei.

Ele riu e me beijou de novo em seguida. Era difícil resistir a Sirius Black.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Bjs.


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