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História Destruindo Barreiras - Presentes de Natal


Escrita por: Sakura_Rin

Notas do Autor


Mais um capítulo fresquinho para vocês.
Boa leitura!

Capítulo 16 - Presentes de Natal


Haillee pov.

Cheguei à Mansão quase na hora do jantar e mamãe já me esperava em meu quarto.

- Onde você estava e o que estava fazendo? – ela perguntou séria.

Ah, mãe, relaxa! Eu estava no apartamento de Sirius, com ele, na cama! Mas não se preocupe, ficamos apenas no amasso mesmo ele estando sem roupas. Isso. Completamente sem roupas, e eu joguei a toalha dele longe e quase fiquei sem as minhas também, porque ele é ótimo em abrir vestidos. Você não tem noção do quão rápido ele é com botões e zíperes!”

Óbvio que eu não poderia dizer algo daquilo.

- Fui convidar o Sirius. Ele disse que vem. – falei em tom neutro.

- Por, sei lá, quatro horas? – questionou.

- Ele ofereceu suco. – dei de ombros.

- E vocês beberam um barril de suco, claro. – falou irônica. – O que vocês estavam fazendo?

- Nada. – resmunguei.

- Haillee, eu não quero que você acabe grávida! – exclamou.

- Mon Dieu! – exclamei irritada. – Eu não estava transando com ele, mãe! – gritei.

Ela me olhou desconfiada por longos minutos.

- Saberei se estava. – disse – Seu tio chegou e trouxe Charlotte. – acrescentou e saiu do quarto.

- Que maravilha. Eu estava morrendo de saudades dela. – ironizei.

Tomei um banho e pus uma roupa simples, mas muito bonita e passei meu batom vermelho, porque quando você odeia alguém tem que estar sempre maravilhosa na presença dela. E eu odiava minha prima Charlotte.

Na verdade, ela era filha do meu tio avô e tinha uns vinte e dois anos. Thierry Evans era viúvo há muito tempo. Ele conheceu sua falecida esposa numa copa mundial de quadribol. Ela era de Porto Rico e meu tio morou lá até sua morte. Quando ele voltou para a França, ficou solitário e passou a morar na Mansão Evans. Minha avó se juntou a ele quando ela mesma ficou viúva e, sendo mais nova, isso foi bastante cedo. Thierry se apaixonou por uma francesa com quem teve uma filha insuportável e invejosa. O romance não durou muito, mas o fruto foi bem elaborado para testar minha paciência.

Desci as escadas com meus saltos marcando minha chegada.

- Bonsoir! – exclamei ao entrar na sala de visitas.

- Haillee! – exclamou Thierry. – Está cada vez mais linda, chérie.

- Merci. – sorri para ele nos abraçamos.

Na sala também estava Javier, um primo de uma ramificação Evans que havia se perdido como a de Lily, e Letícia, a cunhada de vovó.

- Primo Javier, é muito bom vê-lo. – cumprimentei.

Ele era o tipo de pessoa bastante calada.

- Digo o mesmo, Haillee. – disse ao me abraçar.

- Bonsoir, Letícia. – cumprimentei-a com um abraço apertado. Eu gostava bastante dela. – Onde está Marina? – perguntei.

- Minha irmã está muito grávida para viajar. – falou.

- Oh, sim. – lembrei-me imediatamente. – Espero que seja um jogador ou jogadora de quadribol. – comentei.

- O pai adoraria. – Letícia disse e riu.

- Haillee. – ouvi Charlotte chamar. Havia tanta falsidade em sua voz que me enojava.

- Lottie. – falei com um sorriso debochado. Ela odiava ser chamada daquele jeito. – Parece menos magra que da última vez que a vi.

- Não acho que seja verdade, tenho mantido o peso. – disse estreitando os olhos. – Você parece...

- Maravilhosa, eu sei. Obrigada. – interrompi e virei para conversar com Letícia que disfarçava com esforço o riso.

O dia seguiu tranqüilo, eu saí com Letícia e compramos algumas coisas de bebê, como brinquedos e roupinhas que servissem para ambos os sexos.

- Como vai seu coração? – Letícia perguntou de repente.

Olhei-a por um momento.

- Leve. – dei de ombros.

- Essa leveza tem nome? – quis saber com um sorriso.

Apesar de ter quase 45 anos, Letícia era muito moderna com essas coisas.

- Talvez. – fiz charme.

- Sua mãe está surtando! – exclamou caindo na gargalhada em seguida. – Eu disse que ela devia relaxar e confiar em você.

- Ela não vai sossegar, Letícia. – revirei os olhos. – Não é nada demais, de qualquer forma.

- Você não namora há um ano. – comentou. – Devia abrir mais esse coração.

- Ele não é o tipo de cara que namora. – dei de ombros. – Está bom assim. Não ter que me preocupar com detalhes e responsabilidades de namoro.

- Ok, então. – ela disse e deixou para lá. – Elena me disse sobre seus amigos aparecerem no baile.

- Sim, ela vai buscá-los no dia 26 pela manhã. – confirmei.

- E você comprou presentes de natal? – perguntou e eu estanquei no lugar.

- Não! – exclamei surpresa. – Esqueci completamente disso.

- Ainda dá tempo. – garantiu. – Eu vou com você.

- Ok.

Letícia e eu saímos caminhando até eu achar uma loja que tivesse o máximo de opções possíveis.

- Então, são dois rapazes e uma garota? – Letícia perguntou para confirmar.

- Isso mesmo. – respondi. – Lily é bem delicada e feminina. Acho que consigo achar algo facilmente.

- E os rapazes? Acha que vai ser difícil? – quis saber.

- Talvez. Não tenho muita intimidade com James. – falei andando por entre as araras de roupa.

Procurei por minutos a fio até achar um belíssimo vestido azul para Lily.

- Vai ficar incrível nela. – sorri.

- Esse é maravilhoso. – elogiou Letícia. – Agora, rumo aos rapazes. O que acha de perfume?

- Pode ser uma boa tentativa. – assenti. – Vamos.

Paguei o vestido e mandei entregar na minha casa, eu daria a Lily quando ela chegasse à Mansão.

A perfumaria estava lotada de pessoas, mas conseguimos ir para um local mais reservado, porque eu era cliente com privilégios.

- O que procura, senhorita Evans? – perguntou-me a vendedora.

- Perfume masculino. – respondi. – Ele é bem ousado e tem essa atitude displicente que o deixa charmoso, e também tem aquele sorriso de lado convencido. – expliquei.

- Acho que tenho sugestões bem interessantes. – a vendedora falou e pediu-nos que a seguisse.

- Não acho que você descreveu o seu amigo James. – Letícia comentou.

- Eu estava falando do Sirius. – confessei e tentei não parecer alterada ao perceber como eu o descrevi.

Espero não ter sorrido como uma idiota

- Bem, aqui tem esses perfumes, - a vendedora exibiu cinco frascos. – que eu acho que se encaixa na personalidade do rapaz.

Fui sentindo a fragrância dos perfumes até achar um que era muito marcante. Ele tinha um fundo amadeirado e o corpo era indescritível.

- Esse. – falei assim que senti o delicioso cheiro.

- Vou embrulhar. – a vendedora falou sorrindo para mim

- Obrigada. – murmurei. – Acho que algo relacionado a quadribol será um bom presente para James.

- Então encerramos com ele. – Letícia concordou.

- Oh, droga! – exclamei. – A irmã de Lily vem junto com ela.

- Não parece gostar da garota. – Letícia comentou.

- Eu não gosto. Vou comprar uma pulseira e pronto. – dei de ombros.

Natal

O que nós, Evans, chamávamos de festa de natal não era muito mais do que uma reunião de família no dia 24 de dezembro, onde jantávamos, conversávamos e ouvíamos música. Às vezes, havia dança. Vovó e Thierry eram excelentes dançarinos e eu adorava olhá-los se movendo pela sala. Também era comum que me pedissem para tocar piano, então eu ia e animava a festa com algo romântico.

Naquele ano não foi diferente e eu me diverti muito com minha família.

- Seus amigos chegarão quando mesmo? – tio Thierry perguntou a mim.

- Depois de amanhã. – respondi.

- É a primeira vez que convida amigos para sua casa. Fico feliz que tenha encontrado pessoas tão confiáveis. – ele disse.

- Como sabe que são tão confiáveis. – perguntei querendo saber seu ponto de vista.

- Eles não viriam aqui se não fosse. – foi sua resposta.

O dia seguinte amanheceu mais frio, apesar do céu sem manter tão azul quanto o mar. Levantei da cama ainda sonolenta e fui de pijama até os presentes de natal. Minha família raramente me presenteava com roupas, pois sabiam que na semana seguinte ao natal eu faria compras. Logo, era muito comum me presentearem com jóias e isso explicava minha coleção de brincos, colares e anéis. Peguei a caixinha elegante que tinha o nome de Thierry na etiqueta.

“Combina com seus olhos e sua delicada pele alva. Com amor, Thierry.” Dizia o bilhete. Abri a caixa e vi, aninhado, um belíssimo anel de platina com turmalina e diamantes.

- Lindo! – exclamei ao colocar no dedo.

Letícia me presenteou com um delicioso perfume cítrico e Marina, sua irmã, enviou-me uma carta pedindo desculpas junto com um bracelete de ouro branco. Vovó e mamãe sempre me presenteavam com as compras, então eu não tinha do que reclamar. Agradeci a todos e nós passamos o dia na praia, mesmo com o vento um pouco mais frio que o normal.

Fui dormir ansiosa com o amanhã.

 

- Haillee, acorda. – mamãe me chamou no dia seguinte.

- Estou indo. – murmurei.

- Você não vai comigo. – ela disse.

- Como assim? – perguntei sentando imediatamente. – São meus amigos! – protestei.

- Eu sei, mas você precisa ensaiar a valsa com seu tio. – ela argumentou. – O Vestido é volumoso, precisa praticar com saias e uma armação.

- Mãe, eu escolhi um vestido verde de pedrinhas muito confortável. – retruquei.

- Não vai dançar sua grande valsa com aquele vestido. – replicou. – Eu escolhi um muito bonito e você vai usá-lo.

- Não quero usar uma armação! – reclamei.

- Mas vai. – ela disse e eu percebi que não adiantaria discutir. – Agora levante que as roupas estarão aqui.

- Vovó! – exclamei saindo do quarto.

No fim, nem minha avó pode me salvar daquela tortura. Precisei vestir uma saia de armação e uma saia de ferro. Era flexível e, segundo minha mãe, tudo junto ficou com o mesmo peso do vestido.

- Estou indo, volto em breve e não deixe de ensaiar. – mamãe falou antes de aparatar.

- Vamos, chérie. – tio Thierry me convidou para dançar.

Sirius pov.

Cheguei à casa de James após o café da manhã e ficamos esperando as meninas.

- Só vai levar essa mochila? E o terno? – James quis saber.

- Nada que um feitiço ou outro não resolva, Prongs. – respondi.

Ele sorriu e balançou a cabeça. Não demorou muito para que Elena chegasse acompanhada de Lily e sua irmã, Petúnia. Fiquei visivelmente decepcionado quando Haillee não apareceu.

- Ela precisa treinar valsa, infelizmente não ficou feliz com isso. – Elena explicou revirou os olhos de um jeito que lembrou sua filha.

- Entendemos. – falei.

Demos as mãos e aparatamos. Assim que a terrível sensação acabou, o cheiro salgado do mar nos envolveu. Estávamos num átrio onde uma belíssima fonte era o centro da decoração.

- Por aqui. – Elena chamou.

James e Lily iam de mãos dadas, Petúnia vinha logo atrás e eu pus as minhas no bolso do meu jeans. Tocava música clássica no outro cômodo e eu vi Haillee girando nos braços de um homem de cabelos brancos e barba aparada da mesma cor. Ela estava muito séria e parecia irritada.

- Está indo bem, chérie. – Elena disse.

- Isso é verdade. – o homem falou. – Você a ensinou bem, Elena.

- Obrigada, tio. – Elena sorriu como uma garotinha.

- Eu sou a única não feliz aqui? – perguntou Haillee, ácida.

- Sim. – sua mãe resmungou. Prendi o riso diante da cena. – Seus amigos chegaram.

- Eu vi. – ela comentou. – Tenho mesmo que usar todas essas coisas? – Hai apontou para as saias.

- Sim e talvez um corpete. – Elena respondeu.

- Mãe, – Haillee falou lentamente parando de dançar. - se me obrigar a usar um corpete, eu vou pôr fogo no vestido.

- Você não está louca. – Elena ameaçou.

- Quer testar? – Haillee disse sorrindo diabolicamente.

- Não. – sua mãe resmungou.

- Ótimo. Sem corpetes. – ela sorriu. – Eu adoraria estar usando roupas mais práticas. – disse para a gente.

- Tenho certeza que sim. – Lily comentou.

- Estou me sentindo um bolo. – lamentou Haillee.

- Ora, querida, você vai escolher as jóias. – Elena disse sorrindo cínica.

- E o sapato ou eu jogo o vestido no mar. – outra ameaça da parte de Haillee.

- Eu não deixarei o vestido perto de você. – Elena falou.

- Posso encontrá-lo. – Haillee sorriu.

- Nada vai para o mar e isso inclui você. – Elena disse irritada. – Olhe seu cabelo como está armado!

- Mãe, meu cabelo é assim! – Haillee exclamou.

- Mas fica pior. Você estava na praia ontem e olhe como está. – retrucou Elena.

- Estou irritada. – Haillee disse passando a mão pelos cabelos.

- Tem até o ano novo para sua irritação passar. – Elena avisou.

- Eu não quero mais ensaiar. – reclamou Haillee.

- Mas faz apenas uma hora que você começou. – a mãe de Haillee replicou.

- Tempo bastante. – Haillee disse.

- Não.

- Sim!

- Haillee Evans! – repreendeu Elena.

- Não adianta gritar! – Haillee disse entre dentes.

- As coisas estão ficando tensas. – Lily murmurou para mim e James.

- Qu'est ce qui se passe ici? – a avó de Haillee disse entrando na sala.

Haillee e sua mãe começaram a falar ao mesmo tempo em francês e suas vozes foram se elevando até chegarem a gritos.

- Silence! – exclamou Madame Evans. – É assim que se comportam diante de convidados? – perguntou em inglês. – Deviam se envergonhar.

Elena corou e pediu desculpas, mas Haillee deu de ombros.

- Eu cansei dessa saia. – ela disse e pegou sua varinha. Haillee tirou a saia branca e quebrou a saia de ferro bizarra que tinha por baixo. – Estou indo trocar de roupa, já volto. – falou para nós quatro.

Ela estava usando um short curto por baixo que me fez morder o lábio antes que falasse alguma coisa inapropriada.

- Desculpem-nos por isso. – o homem de barba branca falou. – Haillee tem um temperamento esquentado, mas creio que já sabem disso. – assentimos e ele sorriu. – Eu sou Thierry, o tio avô de Haillee.

- É um prazer conhecê-lo, senhor. – Lily disse pelos quatro. – Essa é minha irmã, Petúnia, meu namorado, James Potter e Sirius Black nosso amigo.

- Fico feliz em conhecer os amigos da minha sobrinha neta.

Petúnia pov.

Após a discussão entre Haillee e sua mãe por um motivo ridículo, fomos levados até nossos quartos, onde a avó dela deixou que trocássemos de roupas, pois ali parecia não ter inverno.

A francesa perfeita voltou a nos encontrar numa sala muito bem decorada que tinha um piano. Ela usava roupas curtas e de verão. Sirius sorriu para ela que o abraçou por último, trocando um beijo rápido nos lábios.

- Posso mostrar-lhes a casa se quiserem. – Haillee ofereceu.

- Seria ótimo. – Lily disse. – Aqui é lindo.

- Gerações e mais gerações fizeram dessa casa o que ela é hoje. Eu particularmente amo meu quarto. – Haillee disse com um sorriso.

Ela nos guiou e andamos pelo que pareceram duas horas. Havia de tudo um pouco na Mansão. Desde outra sala de receber convidados até uma sala de treinar duelos, seja lá o que isso fosse. A sala de dança era repleta de fotos de Haillee em roupas de estilos que eu desconhecia. Mas algo não mudava, ela sempre estava linda ou sensual ou ambos.

- Esperem até verem a varanda dos fundos. – Haillee comentou.

- Deve ser incrível. – Lily se animou.

- É fantástico. – garantiu.

Andamos mais um pouco e chegamos a tal varanda. Era enorme e feita do mesmo mármore branco do resto da casa. A vista era o mar, azul como o céu e com as ondas quebrando na praia. O vento soprou os cabelos de todos nós e Sirius abraçou Haillee pela cintura, beijando seu rosto, fazendo-a sorrir. James sussurrava algo para minha irmã que também sorria. Eu era a única sobrando ali.

O dia passou rápido depois daquilo e tivemos tempo de descansar um pouco antes do jantar. A comida francesa era boa, mas eu preferia estar longe de todos aqueles bruxos metidos. Não bastasse minha irmã e seus amigos, agora tinha quase toda a família Evans reunida. Todos se vestiam com roupas mais do que casuais, e Haillee nos avisou sobre isso. Eu tinha levado as minhas melhores roupas, mas Lily acabou por usar um vestido emprestado. Haillee usava um tão justo que era impossível comer bem com ele, ou assim pensei eu.

- Você está uma perdição. – Sirius sussurrou ao ouvido dela e eu ouvi por estar perto.

Após a sobremesa, a querida prima de Lily nos reuniu na sala do piano, sem os adultos.

- Eu comprei presentes de Natal. – ela anunciou feliz.

- Nós também. – Lily disse feliz e os meninos assumiram terem feito o mesmo.

Lily e James sentavam juntos e eu preferi ficar no outro sofá, perto de Sirius. Haillee sentou ao meu lado.

- Espero que gostem. – Haillee disse e fez um aceno com sua varinha. Caixas decorados flutuaram até seus donos e eu fiquei muito surpresa ao receber uma também.

Abri a caixinha e senti minha boca formando um “o”. Aninhada lá dentro estava uma linda pulseira de diamantes...

- Nossa. – sussurrei tirando-a da caixa.

Era linda.

- Não há de quê. – Haillee murmurou sem me olhar.

Olhei em volta e vi o belíssimo vestido que Lily ganhara. James tinha alguma espécie de kit para o esporte bruxo ele jogava e um cachecol elegante que foram presentes de Haillee e Sirius, respectivamente.

- Feliz natal, meu anjo. – ele disse para Lily entregando uma caixinha prateada.

- Que lindo, James. – minha irmã exclamou e deixou que ele colocasse o anel em seu dedo. Eu não podia ver bem de onde estava.

- Vocês são uma gracinha. – Sirius brincou.

Sua voz rouca me causou um arrepio.

- Pelo visto ganhou um presente também. – James falou. – Espero que ela... aprecie o seu.

- Apreciação é uma palavra muito bem escolhida. – Sirius falou e eu não era a única confusa.

- O que vocês aprontaram? – Lily perguntou.

- Nada demais, Lils. – Sirius respondeu. – Hai, você tem muito bom gosto. – ele piscou para ela.

- É o que costumam dizer, Black. – ela piscou de volta.

- Para você. – ele entregou uma caixa vermelha com um laço prata em cima. – Leia o bilhete antes.

Haillee pegou a caixa e olhou desconfiada para Sirius. De onde eu estava, pude ler o bilhete.

Abra quando estiver sozinha e se quiser... use comigo. S.B”

Corei só de imaginar o que poderia haver ali dentro diante de tal frase.

- Você não presta, Black. – Haillee disse, mas sorria.

Ela gostava disso.

- Não está curiosa? – ele quis saber e tinha um sorriso malicioso nos lábios.

- Siga-me. – ela pediu e levantou.

- Esses dois não têm jeito. – James comentou.

- Eu vou dormir. – falei já de pé com meu presente entre os dedos.

- Boa noite. – Lily sorriu para mim.

Sirius pov.

- Vai dizer como escolheu o presente? – Haillee perguntou.

- Você não abriu ainda. – falei.

Ela sorriu e destampou a caixa.

- Você se superou, Black. – murmurou para mim.

Hai colocou a caixa em cima de uma mesinha de canto que havia no corredor que estávamos e tirou de dentro a lingerie. Primeiro ela viu o sutiã e depois a calcinha. Seus olhos percorreram cada detalhe e ela sorriu para mim.

- Usar com você, é? – repetiu o que eu escrevera.

- Estou curioso para saber como vai ficar. – comentei. – Então, o que acha?

- Vou deixar você curioso por um tempo... Eu vou comprar lingeries também. – falou para mim. – Quero que você escolha. – sussurrou em meu ouvido. – Usarei todas para você.

- Vai me deixar com desejo. – sussurrei também, pegando-a pela cintura. – Desejo do seu corpo.

- Você sempre está com desejo, mon amour. – ela disse e mordeu minha orelha.

- Não provoca, Evans. – alertei.

- Mas você quer. – ela falou.

- Esse vestido... – falei mordendo o lábio. – Não basta ser tão justo e curto, tinha que ser aberto nas costas, Hai?

- Deixei você empolgado, Black? – provocou roçando a perna na minha.

- Só de escolher o seu presente eu já estava me empolgando. – confessei.

- Fiquei curiosa. – ela disse.

- Foi assim:

Flashback On:

- James, você comprou algo para as meninas? – perguntei assim que passei pela porta da casa dele no dia 24.

- Eu estava indo comprar algo para Lily. – confessou sem jeito.

- Você é um idiota. – acusei e saí puxando-o porta afora.

Andamos por várias lojas, mas James não decidia se queria comprar roupa ou algo diferente para Lily.

- Hai disse que fará compras. – contei para James. - Acho que alguma jóia ou... Aquilo! – exclamei.

- Lingerie? Não é muito íntimo? – James perguntou.

- Para você, sim. Eu já a vi usando menos. – dei de ombros.

- Sirius, menos que isso é nada. – James comentou.

- Exato. – falei e segui pelo corredor.

- Eu não precisava saber disso. – meu amigo protestou.

Olhei diversas peças e nada me agradava até que cheguei a duas e fiquei indeciso.

- O que acha? – perguntou a James mostrando as duas. – A ousada ou a divertida?

- Padfoot, ela é sua garota. Eu não quero saber como Haillee fica de lingerie. – James respondeu.

- Você também não ajuda. Se for comprar algo para Lily vá à joalheria do outro lado da rua antes que feche. – alertei.

- O que acha se eu... – ele começou, porém interrompi.

- Ela vai matar você só da vergonha.

- Eu vou à joalheria. – James disse e saiu da loja.

Depois de muito pensar, decidi que preferia ver Hai numa lingerie transparente. A vendedora depositou na caixa que escolhi e me entregou. Ao chegar à casa de James, peguei pena e pergaminho e escrevi o bilhete.

Flashback off.

- Pobre James. – Haillee disse.

- Deixando meu amigo de lado,- falei e a encurralei entre a parede e eu. - quero você.

Lily pov.

Ao ficarmos sozinhos, James e eu aproveitamos para namorar um pouco, porém esse pouco se tornou muito... muito quente.

Os beijos suaves ficaram profundos e logo James me puxou para seu colo. De frente para ele, passei as mãos pelos seus cabelos enquanto ele apertava minha cintura. Beijei seu pescoço e o senti mordendo o meu.

- Oh. – me surpreendi e ele riu ao meu ouvido.

Suas mãos me provocavam tocando minhas coxas, apertando, arranhando e depois parando. Com o tempo certo disso, acabei excitada. Eu queria que James me tocasse em todos os lugares. Sentia-me pegando fogo.

Agarrei James pela nuca e beijei sua boca com toda a vontade que eu sentia. No começo, ele ficou assustado, mas depois retribuiu no mesmo nível. Logo estávamos deitados no sofá, o corpo dele se moldava ao meu.

- James! – gemi num sussurro.

- Você é minha perdição, Lily. – ele sussurrou para mim.

TOC, TOC

Ao ouvir as batidas, James e eu demos um pulo e nos ajeitamos o mais rápido possível. Passei a mão pelos meus cabelos e tentei parecer normal quando a porta abriu.

- Está tarde. – disse a avó de Haillee.

- Perdemos a hora. – falei tentando respirar menos arfante.

- Onde estão os outros? – ela quis saber, desconfiada.

- Petúnia foi dormir. – respondi. – E Haillee quer me mostrar um presente que ganhou. Uma... jóia.

- Ela ganhou jóias bonitas esse ano. – Madame Evans comentou. – Não demorem a dormir. – pediu e se retirou.

- Devíamos esperar por eles? – James perguntou.

- Eles não vão lembrar. – respondi. – Esperamos mais... meia hora e depois vamos para nossos quartos. – sugeri.

- Não quer ir para o meu quarto? – James disse todo sedutor.

- E o Sirius na cama ao lado? – lembrei-lhe. – Ele não vai poder dormir com a Hai aqui.

- Tem razão. – suspirou. – É possível fazer muitas coisas em meia hora. – ele falou já vindo me beijar.

- Você está certo. – concordei e sentei em seu colo novamente.

- Onde estava essa Lily antes? – James disse me beijando em seguida.

Petúnia pov.

Acabei não conseguindo dormir, mesmo após tomar um banho que deveria ser relaxante. Saí do quarto e fui caminhar pela casa. Vi diversos quadros de antepassados dos Evans, eles pareciam respirar e isso fez com que eu andasse mais rápido, indo para bem longe dali. Não sabia por onde estava, mas era um lado fracamente iluminado da casa.

- Ah! – ouvi alguém gemer e me escondi atrás de uma estátua que havia perto de mim.

Espiei da melhor forma que pude e consegui identificar Haillee. Ela estava contra a parede, de frente para o corredor onde eu me escondia. Sirius tapava a maior parte do seu corpo enquanto beijava sua boca. As mãos dele estavam sabe-se lá onde e ela cravava as unhas nas costas largas... que não estavam usando camisa.

Ele a ergueu do chão e colocou sobre uma mesinha que havia ali. Distribuiu beijos pelo seu colo, roçando o queixo em seu pescoço. Sirius tinha a barba por fazer essa manhã e ainda devia estar assim. Fiquei imaginando como deveria ser aquela sensação e mordi o lábio com a ideia.

Então aqueles olhos verdes encontraram os meus. Haillee sorriu ao me reconhecer e gemeu alto o bastante para que eu ouvisse.

- Oh, Sirius. – ela disse. – Mais. Eu quero mais.

- Não fala assim, Hai. – eu o ouvi dizer com a voz rouca.

Ela riu e tornou a beijar a boca dele.

Meus olhos estavam tão arregalados que deveriam parecer um par de bolas de golfe. Eu não sabia que eles estavam fazendo... aquilo. Mas então ela envolveu a cintura dele com as pernas e começou a rebolar. Sirius gemeu.

Saí dali rapidamente e de alguma forma encontrei meu caminho de volta. Suspirei de alívio ao reconhecer o corredor, porém quando estava dobrando a esquina, estanquei.

Minha irmã estava na maior pegação com seu namorado. Ela tinha uma das pernas envolvendo a cintura dele, deixando-os colados um ao outro. Não bastasse isso, eu reparei na alça abaixada do seu vestido e a mão dele tapando seu seio. James apertava e acariciava enquanto beijava a boca de Lily.

Aquele não podia ser o meu dia.


Notas Finais


Então o que acharam? Cena hot em dose dupla, eu sei que vocês amam isso! Não neguem, safadinhos. No próximo o clima vai esquentar de outro jeito, porque eu sei que vocês também amam um barraco. ;)
Links:
Roupa que Haillee recebe a familia: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=168286977
Roupa de Haillee no jantar: http://www.polyvore.com/dinner/set?id=171088093
Roupa de Lily no jantar: http://www.polyvore.com/dinner/set?id=171089271
Vestido que Hai presenteia Lily: http://www.polyvore.com/lily_boutique/thing?context_id=2479884&context_type=user_fav&id=142834882
Anel que James presenteia Lily: http://www.polyvore.com/discover_ruby_heart_ring_rings/thing?context_id=4440365&context_type=lookbook&id=12005765
Pulseira que Hai presenteia Petúnia: http://www.polyvore.com/effy_gemma_14k_white_gold/thing?context_id=2479884&context_type=user_fav&id=142900064
Lingerie que Hai ganha de Sirius: http://www.victoriaslingerie.co.uk/vl_imgs/ranges/249_1_2.jpg


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