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História Desventuras dos Digiescolhidos - Descobertas - Passado de um amor sincero (part 1)


Escrita por: Gabriel778

Notas do Autor


Oi oi gente, acharam que eu não vinha né?

Desculpa galera, sei que oficialmente já é sexta, então estou atrasado. Mas como foi feriado, aqui em casa foi uma loucura, e minha Beta/esposa linda de maravilhosa também merecia uma tarde de descanso né?

Bem, como já é de costume dedicar a alguém, dedico esse cap a diva da Mai que ta voltando e com projeto novinho em folha, link para a nova filhota dela (e acho que posso dizer, minha neta haha) nas notas finas

Sim, eu tenho que responder os comentários ainda, é verdade. Mas primeiro eu postarei esse e amanha durante o dia vou respondendo vocês, ok?

Obg Lu, pela linda cap, nela temos nossa heroina com seu novo crush...

Chega de papo,
LERI GOU

Capítulo 19 - Descobertas - Passado de um amor sincero (part 1)


Fanfic / Fanfiction Desventuras dos Digiescolhidos - Descobertas - Passado de um amor sincero (part 1)

Todos viam os vídeos que o ruivo trazia da outra dimensão. No momento, assistiam ao vídeo da greve de sexo que a Sora fez com Matt.

— Ahhh, se essa moda pega aqui ! — Tai provoca os casais.

— Sora, nem pense nisso! — Joe alerta a namorada.

— Hum? mas a ideia não é ruim! — A ruiva faz cara pensativa

— Acabou de entrar nesse mundo e já querem enlouquecer o cara; que maldade! — O loiro da amizade cutuca

— Não sei pra que tanto desespero... — Yolei toma a palavra — Não é nenhum, fim de mundo, ficar sem.

— Como não? — Takeru se choca — Ainda bem que a Cathe não pensa como você

— Na verdade, gatinho… Penso que os meninos exageram mesmo — A francesa opina.

— Fácil vocês falarem, que se pegam direto — Matt se manifesta de novo — Eu não sei o que é isso desde quando começou a missão — revela cansado

— Um record pra você, se bem me lembro — Yolei comenta pra provocar

— Não começa… — É tudo que ele se limita a responder causando risos na violácea

— Já experimentaram ser interrompidos toda a hora? — Davis sugere — É frustrante

— Eu que os diga. — Izzy suspira

— Gente, mas o que fizeram ali foi sobre-humano — Kari comenta horrorizada

— Ah, falou a luz em pessoa — debocha Mimi — Vai dizer que não deu vontade de aprontar uma dessa? — Então um sorriso maldoso brota no rosto da castanha mais nova como resposta, fazendo a sincera rir e Davis se desesperar

Yolei vendo tudo aquilo rio e ficou pensando: “Quanto tempo será que eu consigo ficar sem, caso fosse tentar?”. Bem, já estava a um ano, mas nunca foi por tentar e sim… Só aconteceu. Ela sentia falta? Muita, na verdade, já subia pelas paredes.

Sim, ela já teve uma vida sexual ativa, e bem ativa, diga-se de passagem. Embora na frente de Sora e dos digimons tenha dito que nunca, ela já teve sua primeira, segunda, terceira e muitas vezes.

Ah, aquele garoto… Quanto tempo não se via pensando nele e naquela épocas. Apenas Kari, sua melhor amiga, Izzy, Matt e Ken, por um acaso sabiam da existência dele. Foi algo que a violácea preferiu guardar para si; não se sentia à vontade para compartilhar com os amigos, mas vendo aqueles vídeos e ouvindo aquelas conversas… Foi impossível não relembrar de sua própria história…

 

Flash back on…

 

— Koushiro Izumi, eu não acredito que você vai furar comigo… DE NOVO!

— Yolei, seja um pouco compreensiva, é aquele projeto que eu falei do Digimundo. Se eu não entregar esses relatórios e nem terminar esse sistema, vai ser mais um ano jogado fora — o ruivo argumenta

— Estamos esperando esse evento a 1 ano. 1 ANO PRA VOCÊ NÃO PROGRAMAR SEU TEMPO DIREITO! — berrava via Skype

— Foi de última hora — sorri amarelo recebendo um olhar mortal

— Eu vou jogar no regional de Mortal Kombat e você nem vai estar lá pra me acompanhar — choraminga — Belo amigo você — acusa

— Você vai arrasar! — Tenta animar — É a melhor jogadora de Mortal Kombat do mundo. Além disso, o evento vai ser transmitido “online”, e eu prometo fazer muitos Twitter te incentivando e apoiando

— Você não está nem louco de não fazer isso. É mais que sua obrigação já que vai furar comigo. FURÃO!

— Yolei… — Já suspira cansado

— Tá bem, tá bem. Vou perdoar dessa vez porque sei que isso é importante

— Valeu. Prometo que no próximo eu vou — Afirma e a garota só resmunga um “aham” do outro lado — E está linda fantasiada de feiticeira negra, quem sabe não conquista algum mago por lá? — Pentelha a amiga.

— Calado! — Cora com o comentário — Preciso terminar de me arrumar, beijos! — Encerra a chamada.

Yolei e Izzy eram uma dupla e tanto. Como dentro do grupo, eram os únicos que tinham gostos parecidos, sempre iam junto para feiras, eventos e tudo mais; claro, sempre de cosplay bem criativos e normalmente em duplas. Já foram de Sheele e Tatsumi, Goku e Bulma, Sakura e Syaoran, Sailor Moon e Tuxedo Mask, Yugi e Tea, Sasha e Tenma. Uma vez foram até de Ash e Pikachu… E a violacea não gostou nada das piadas do ruivo sobre ela ter que obedecê-lo e ameaçou dar um “choque do trovão” nele utilizando um fio desencapado e todo seu conhecimento em eletricidade. Obviamente, o sábio escolhido, preferiu não arriscar

Mesmo com a correria pros vestibulares dela, e as questões sobre o Digimundo do ruivo, sempre davam um jeito de frequentarem os lugares para relaxar. Os encontros caíram um pouco esse ano, e nos últimos dois o ruivo já não estava presente, enfurecendo a herdeira do amor e sinceridade, que tinha que aturar o loiro da amizade sozinha.

Ah sim, Matt estava acompanhando eles, já que acabou conseguindo alguns contrato para se apresentar com a banda, e a dupla de geeks ajudavam com som e iluminação.

Pela primeira vez a violacea conseguiu convencer o músico a fazer seu cosplay, e o rapaz escolheu o Mago negro.

Estava terminando de arrumar-se quando o celular vibra com a mensagem do loiro avisando que tinha chegado. Perfumou-se com algo doce, já que achou ser a cara da personagem, colocou as lentes de contato.

— Vamos minha aprendiz, vai atrasar seu “sensei” — O rapaz fala no intuito de provocar o violácea.

— Eu não quero aprender a ser uma idiota, obrigada! — Sorri cínica. — Babaca. — Resmunga entrando no carro.

O loiro arranca com o carro e a garota logo trata de introduzir seu pen driver no rádio reproduzindo playlist para feiras de cultura nerd, não só animes, mas temas de filmes, games e desenhos animados famosos. Óbvio que Matt implica sobre o gosto, uma vez que sua preferência era voltada para rock clássico pesado, e ela retruca que ele tem que mergulhar nesse mundo, se quer agradar ao público.

Ainda discutiam sobre música, quando o loiro virou uma esquina e achou um engarrafamento gigantesco.

— Droga, deveríamos ter saído mais cedo. — Resmunga — odeio trânsitos

— Eu avisei para virmos de metrô. — Yolei lembra da recomendação —. Muitas ruas foram fechadas, tava na cara que ia estar tudo cheio!

— “Óbvio que ia estar tudo cheio” — Imita a voz da garota — Se você não demorasse mil anos pra se arrumar! — Acusa.

— Calado, que por sua pressa nem deu tempo de colocar minhas botas. — Revela colocando os pés sobre o painel do carro.

— O garota, você está de vestido, esqueceu? — lembra ao ver de canto de olho a posição da menina.

— Sim, idai? — Questiona bem concentrada no que está fazendo.

— Idai que tem muita gente andando por perto e muitos carros do lado — O tom de voz já sai mais irritado.

— O que que tem, garoto? — A violacea não percebe, mas uma veia começa a querer saltar da testa do rapaz.

— VOCÊ QUER PAGAR CALCINHA POR ACASO!? — berra assustando a amiga.

— Quer me matar do coração, rebelde metido a bad boy? — Bronqueia com a mão no peito devido ao susto. O loiro sente sede e decidi pegar sua garrafinha — Além disso eu não estou usando calcinha… — A revelação assusta o loiro que cospe todo a água no vidro do carro tossindo semi engasgado. — Matt!? — Ela começa a dar tapas nas costas do loiro, quando o trânsito anda e logo as buzinas começam. — Parem de buzinar, seus merdas. — Reclama e mostra o dedo do meio, quando o amigo se recupera e começa a dirigir o veículo. — Eu ia dizer que estou de short, porque é mais seguro. Será que só passa bosta nessa sua cabeça enorme? — Reclama.

— A culpa é minha? Você não poderia ter falado de outra forma, não? — Se defende — Vai, me dá um pano que tem aí no porta luvas, pra eu limpar o parabrisa. — A garota pega o pano e entrega para o loiro, resmungando um “pervertido”

Algumas horas, e brigas bobas, depois, ambos já tinham chegado na feira, que estava lotada. Era o maior evento desse tipo em Odaiba, reunindo vários autores de mangás, produtores de animações, dubladas, atores de tokusatsus, stands de vendas de action figures, representantes de franquias de games e bandas tocando aberturas e encerramentos de animes e temas de ficção científica.

Matt e Yolei chocaram com suas, ótimas fantasias. A peruca loira incomodava um pouco a menina, mas nada que não pudesse suportar. O vestido azul claro, com detalhes rosa, realçou bem suas curvas, e sua pele nem precisou de maquiagem.

Já a pose séria do Matt coube perfeito no papel de Mago Negro. A armadura e o chapéu roxo escuro, caíram melhor do que o esperado no loiro, que usava uma peruca roxa escura, quase negra, para esconder as madeixas douradas.

Tiraram muitas fotos, com pessoas que curtiam o visual e estavam chamando bastante atenção,e já fazendo um marketing gratuito pra apresentação do loiro

— Matt, Yugi-oh tá muito em alta mesmo, olha só como nós estamos atraindo atenção! — Observa — Mas acho que nós enganamos de fantasia pra você — Yolei pontua.

— Ué? Por que acha isso? Estamos fazendo um puta sucesso. — Estranha

— É que tem outro personagem que é sua cara... — Controla o riso e o loiro apenas faz sinal pra ela continua — o “Dragão branco de olhos azuis” — Zomba do garoto.

— Hahaha, muito engraçado. — força a risada — Vou ir comprar uma pizza, vai querer?

— Vou sim. Banana com chocolate, please? — Ela pede fazendo o loiro revirar os olhos e ir comprar resmungando algo como “você tem cada gosto estranho”.

A violácea vai em direção ao palco fazer as últimas checagem de iluminação e som. O loiro chega com a comida, ela agradece com um rápido beijo no rosto e sobe para a cabine de controle, colocando seus inseparáveis fones de ouvido, e pelo ponto eletrônico ela se comunica com a banda

— Alguém quer fazer uma última passagem de som?

— Não, feiticeira do meu coração, não tem mais o que melhorar no seu trabalho! — Jenrya, um garoto do grupo que arrastava um tanque de guerra por ela se pronúncia prontamente — Só fique aí falando no meu ouvido que já está perfeito. — A violácea revira os olhos e suspira cansada. Já tinha dispensado o menino tantas vezes que nem contava mais, mesmo assim ele não largava do pé. Matt apenas lançou um olhar feio pro companheiro.

— O show começa em 15 minutos! — O diretor do evento anuncia — A outra banda que ia vir, teve uma emergência e não poderá comparecer, quer pegar os dois horários, Ishida?

— Claro, por mim tudo bem! — Responde prontamente — Não vai te atrapalhar, né Yolei?

— Não vou visitar o stand da Bandai se ficarem... — lamenta —, mas sei que é uma boa oportunidade pra vocês, então faço o sacrifício.

Os integrantes agradecem, com mais uma cantada barata do Lee, e logo o show começa. Para honrar o personagem que está fantasiado, tudo se inicia com o tema de Yugi-oh seguida de “Voice”. As duas músicas chamaram a atenção, e logo um belo público já se faz presente aplaudindo a performance dos músicos.

Foi um show incrível. Depois de tocarem vários sucessos como “The World”, “We are”, “Cha-la head cha-la” e até “Moonligth Densetsu”, Yolei estava exausta de tantos efeitos sonoros diferente que usou para ajudar a banda e os rapazes também estavam próximo do seu limite

— Essa será nossa última música! — O loiro anuncia e o público respondeu com um “Ahhh” — Queria agradecer a oportunidade que foi dada pelos organizadores, a toda a equipe que está de apoio, em especial pela nossa técnica de som que fez um papel incrível e principalmente por vocês que vinheram nos ver. Vocês são demais! — Termina de falar sendo ovacionado pelo público e começando o primeiro acorde de uma música original da banda, baseada na aventura do loiro no Digimundo. Os primeiros acordes de guitarra são dedilhados e então a palavra “BreaveHeart” brilha na tela.

(...)

Ao terminar o show, Matt e Yolei vão correndo para o lugar onde seria a disputa regional de Mortal Kombat.

A violacea está andando, levemente distraída conversando com o amigo, sobre o sucesso da banda, quando esbarra em um garoto usando cosplay de de Raizen que acaba fazendo a garota cair de bunda no chão.

— Ei pirralho, porque não olha por onde anda? — Matt bronqueia olhando feio para o menino e ajudando a amiga a se levantar.

— Ei, calma aí maguinho, vocês também estavam distraídos. — Não se intimida — Tudo bem feiticeira? — Segura a mão dela sorrindo, com uma doce voz A violacea puxa a mão de volta de volta.

— Estou sim! — Responde seca — Matt, eu sei me defender sozinha — Reclama com o loiro. — Ô pirralho, vê se olha por onde anda. Você entrou na minha frente com tudo!

— Desculpe! — Pede sinceramente — É que estou atrasado. Vou competir no torneio de Mortal Kombat.

— Ahhh não, vou ter que olhar mais pra você? — Lamenta.

— Parece que sim. Até porque eu vou ganhar esse torneio. Ninguém é páreo pra mim. — Se exibe, fazendo a violacea serrar os pulsos de raiva, que menino insolente!

— Nem por cima do meu cadáver! — O timbre já sente os efeitos da raiva.

— Quer apostar? — Desafia já com um sorriso no rosto e a escolhida apenas faz sinal para ele continuar. —Eu te achei bem mais que um rostinho lindo... — começa elogiando — Você parece ser interessante, então se me vencer, pode escolher o que quiser. Agora se eu vencer, vai ter que ir em um encontro comigo. — Após lançar a aposta, o escolhido da amizade da uma leve risada da cara do garoto.

— Você não conhece essa garota, NUNCA que ela aceitaria uma aposta dessa, ela é certinha demais pra isso. — Revela enfurecendo ainda mais a violácea.

— Matt, calado, para de ficar me colocando uma placa de “antiquada” antes que eu mande você tomar no lugar que você tá pensando! — Reclama sem olhar para o loiro — Fechado então, pirralho! — Ele sorri e vira a costas saindo — Não vai querer saber o que eu quero? — Questiona.

— Não preciso, eu não vou perder! — Devolve sem olhar pra traz — Até mais minha Feiticeira! — Da um tchau e segue seus caminho deixando Yolei e Matt fumaçando de raiva.

Por causa da pequena discussão, a herdeira do amor quase se atrasou para o torneio. Ao apresentar a credencial a violacea foi a área destinada a competidores, enquanto o loiro ficou na arquibancada.

Tanto Yolei como o misterioso Raizen ganham de vitórias esmagadoras. Em uma das vitórias, Matt tira uma foto da garota comemorando com a pose de invocação da Feiticeira. O loiro logo compartilha com Izzy e aproveita pra contar da aposta, mandando uma foto do “inimigo”.

O escolhido do conhecimento, resolve fazer um Twitter escrito: “Essa não é a Feiticeira Negra mais linda que vocês já viram? <3” seguido da foto da violácea. Em outro post: “Mas o terrível #Raizen está querendo rouba-la em um encontro!”. Logo em seguida ele escreve: “Caso vença o torneio, ele terá direito a um encontro com ela! NÃO PODEMOS Permitir! #TeanFeiticeira”

Ao final dos posts sequenciais, a história, e principalmente, a herdeira do amor e sinceridade, chamam a atenção e dois times se formam na Internet, os #TeanFeiticeira e o #TeanRaizem. As transições online bombam, e outros vão para o evento apenas para ver a linda personagem de “belas pernas torneadas” como muitos a descreveram, afinal a garota também era campeã nacional de games de dança como Just Dance e Pump.

Rapidamente as duas tags foram parar nos TT local. Izzy, pra jogar mais lenha na fogueira, solta uma foto do Matt, que a violácea tinha mandado antes do show e posta: “Mago Negro está lá para ajudar nossa Feiticeira! #TeanFeiticeira”. Foi instantâneo, varios RT’s começam e meninas do Japão inteiro escrevendo: #VemProMeuBaralhoMagoLindo. Tanto que a hashtag também alcançou rapidamente o lugar de mais comentadas.

O evento bombava, e os organizadores, descobrindo a razão, fizeram todo seu trabalho de marketing usando os três personagens. A cada vitória de ambos, as torcidas gritavam, e pouco a pouco a final se aproximava.

Quando a fase de grupos terminou, Yolei percebeu que pela formação da chave, só confrontaria o adversário principal se fosse até o final, ela está encarando o telão quando Matt chega e faz mostra a novidade na Internet.

A violacea fica, primeiro em choque pelo “drama” dela atrair tanta gente, mas ama a foto que o loiro tirou e resolveu entrar na onda. Cria uma conta fake pra sua personagem e resolve fazer alguns post. Alguns são selfies dos bastidores, outras são fotos com o escolhido da amizades, com legendas do tipo: “Meu sensei veio me salvar!” ou a “#EsseMagoJaTemFeiticeira”. Óbvio que a conta bombou, ganhando muitos seguidores em pouco menos de uma hora da sua ativação.

Do outro lado, o misterioso também resolveu entrar na brincadeira, postando coisas como: “Nem o faraó irá te salvar de ser minha”; “Você é a carta que faltava no meu deck”

Enquanto na rede social a guerra tava armada, no torneio os dois continuavam a vencer os adversário um a um, até ambos chegarem na final e se encararem frente a frente. Uma estrutura de áudio foi preparada para ambos terem um momento de provocação antes da batalha, claro, mais um ato de marketing dos organizadores; porém aquilo estava divertido, então ambos não se importaram com esse detalhe.

— Parece que nos encontramos de novo, Feiticeira. — O rapaz começa — Já escolheu a roupa do encontro? — Provoca.

— Nem com o sacrifício de todas as suas cartas você  teria calibre necessário para ter essa carta... — A violácea passa a mão pelo próprio corpo. — no seu deckzinho! — Faz beicinho, zombando do oponente

— Pois garanto que quando conhecer a potência dele, nunca mais irá querer sair. — sorri de lado, irritando a garota.— Não duvide das minhas habilidades, já ativei a carta armadilha e com o Lacre de Orichalcos, sua alma vai ser minha. — Retruca levando o público ao delírio.

— Vamos acabar logo com isso! — a violácea esbraveja já tomando para si um controle. — Vamos ver quem vai zerar os pontos de vida.

O último jogo eram quatro partidas, e uma de desempate caso fosse necessário; sendo cada partida composta por 3 rounds. Nas duas primeiras partidas, vitória esmagadora da violácea por 2 a 0, fazendo os Tean Raizem subitem outra tag,  a “#EuAcredito”. Na terceira, Yolei vacila e quem a esmaga é o garoto, 2 a 0 para ele. Mesmo com a pressão da desvantagem, e com a escolhida vencendo a primeira rodada da 4º luta, o menino respira fundo e consegue virar o jogo em 2 a 1, levando a vitória do ciclo.

No último, e decisivo, jogo, a tensão estava instalada. Kitana, personagem favorita da violácea, iria lutar com o Liu Kang do seu oponente. A torcida fez um silêncio e apenas os sons do jogo podiam ser ouvidos.

A luta começa com Raizen partindo pra cima com seu personagem tentando encurralar a personagem da escolhida. A violacea se defende como consegue, buscando uma brecha para o contra-ataque, porém estava impossível, sequer conseguia se defender. Os torcedores da violácea roem as unhas enquanto a garota soa frio tentando com saltos e rasteiras se afastar do inimigo, e mesmo acertando alguns golpes, não teve jeito, Liu dá um salto para trás desviando da investida da princesa e lança seu air fireball terminado com o HP dela. Há uma explosão na torcida pelo desempenho do misterioso, enquanto o ataque final foi repetido varias e varias vezes na tela.

O segundo round começa e o Miya não se deixa dominar como na primeira oportunidade. A cada ataque do seu inimigo, era duas resposta rápidas, destruindo a estratégia do garoto de ganhar na pressão, e até invertendo por um bom tempo os papéis. Raizen, em uma atitude desesperada ao ver seu HP a 40% enquanto o da violacea ainda estava pra cima dos 65%, tenta executar um Flying Kick combinado com Bicycle Kicks, que embora a fez sofrer algum dano, deu brecha para a violacea contra-atacar com o impiedoso Splitting Headache, finalizando a rodada. Foi a vez da torcida da escolhida entrar em êxtase com a forma que a garota pulverizou o inimigo.

— Bela vitória, minha feiticeira! — Atiça

— Sua uma ova. Ainda temos mais uma partida! — Lembra — Nunca serei sua, sairei daqui com a vitória. — Aponta o cajado para o garoto em uma pose de orgulho que faz a torcida ir a loucura gritando o nome de ambos.

O jogo se inicia novamente e ambos lutam com toda a cautela possível, porém sem deixar de lado as grandes jogadas. O time corria e o nível de HP de ambos estavam sempre proximo, algumas vezes Yolei estava na frente, dando esperança a sua torcida, outras Raizem conseguiu a vantagem. Faltando 5 segundos para o fim, Kitana pula e Liu lança seu High Fireball Dragon e Yolei apenas grita “te peguei” usando o X-Ray Move - Fan Tastic; Raizen consegue desviar dos leques, mas a personagem aparece nas suas costas pronta para finalizar quando… o tempo acaba revelando o vencedor.

Por ter apenas um pouquinho de HP a mais que sua oponente, Raizen leva a vitória, o título e vence a aposta com a violácea.

Yolei se ajoelha no chão, sendo amparada por Matt que reclama da comemoração do garoto, dizendo que pelas regras era proibido comemorar antes de saudar o oponente.

— Volte pro cemitério, Mago Negro. Eu venci o duelo e a Feiticeira agora é minha! — Sorri para ele levando o público que assistia, tanto presencialmente como pela rede, agitados pela resposta.

— Até agora você negou a dizer seu nome. Agora que a competição acabou, será que pode nos revelar? — Uma repórter que estava no evento fazendo a cobertura para a Internet, questiona.

— Sim, claro — responde com um sorriso simpático no rosto — Sou Haru, Shinkai Haru, da 9 série!

— Aí meu Kami, vou ter um encontro com um garoto do ginásio? — se apavora quando o choque da derrota passa — Minha vida social acabou — dramatiza se levantando.

— Também não é o fim do mundo Inoue, não seja tão dramática — Matt tenta animar a amiga — Fora que você pode dar o número errada, inventar várias desculpas, dar uma bolo — lista uma série de atitudes que a amiga pode ter.

— Ou só ser um desastre — ela diz sorrindo — Shinkai Haru, né? Se prepare pra ter o pior encontro da sua vida!

Alguns dias depois (...)

 

Yolei e Haru tinham trocado telefone e depois tinham marcado o encontro em uma lanchonete com tema de jogos que tinha na região.

A garota até se arrumou, perfumou-se, mas tinha em mente: “Vou fazer de tudo para ser o pior encontro da vida dele”. Deu uma última olhada no espelho, pegou seu celular com os fones, seu digivice e chaves, deixando a residência com incríveis 45 minutos de atraso proposital.

Mais tarde ainda (...)

 

Já faziam 20 minutos que a garota tinha chegado ao local e nada do garoto de cabelos verdes. Usando o perfil fake do Raizen, ele disse que estava ansioso pro encontro de hoje, prometendo até foto. Via Skype e SMS ele tinha confirmado presença para a violácea, e ela não podia acreditar que estava tomando bolo de um garoto do ginásio… Ela, uma adolescente quase formada no colegial… Isso não podia ser verdade!

Mais 10 minutos e ela já tinha desistido de esperar. Ia pedir a conta quando o garoto chega como se nada estivesse acontecendo

— Oi, feiticeira! — comprimeta animadamente — Chegou cedo, estava ansiosa também? — A veia salta na testa da menina

— Primeiro, já falei pra não me chamar assim, pode me chamar de Yolei, ou até Inoue, mas use o meu nome. Segundo, eu tô aqui a 30 minutos, fora a 1 hora que eu já cheguei atrasadas, e você diz que “cheguei cedo” — Bronqueia imitando a voz dela.

— Mas ainda falta 30 minutos pro horário que marcamos. Eu cheguei mais cedo por pura empolgação. — Conta normalmente olhando o cardápio.

— Nós não marcamos 13:00h, Haru? — Questiona irritada.

— Sim, mas você mesmo pediu pra ser um pouco mais tarde, às 15h. Esqueceu foi?

Puts que vacilo, ela tinha mudado porque a mãe pediu algo pra ela ela, mas depois cancelou. Acabou confundindo tudo e chegou mais cedo atoa.

— É verdade… Disfarça! — sorri sem graça — Bem, vamos comer porque eu estou com fome. — Sorri já com o plano em mente.

— Pode pedir o que quiser — sorri simpático — seu dia hoje é por minha conta.

Então Yolei sai em uma disparadas de doces diferentes para comer e alguns lanches também, afinal tem que manter a dieta equilibrada.

Mesmo uma amante da comida japonesas, a jovem optou pelo comida ocidental, então mandou caprichar no x-bacon com cheddar extra, uma porção grande de batata frita e um copo gigantesco de refrigerante. Mandou reservar pra mais tarde um pedaço do bolo de sensação, com decoração do Iron Man, vários beijinhos e brigadeiros.

— “Vou falir ele de um jeito que se arrependa de sair comigo” — pensava a garota

Mesmo com o pedido assombroso, e o rombo já se formando, Haru continuava com uma expressão serena, pedindo um x-salada simples com água gaseificada. O garçom estranhou os pedidos, mas preferiu não se meter, enquanto a violácea sorria pensando que o seu plano tinha dado certo.

Eles comem e a garota até pensa em fazer umas nojeiras, mas além de estar realmente com fome, não acha que conseguiria fazer isso.

— Quer mais alguma coisa? — A pergunta continua com o mesmo tom sereno.

— Por Kami, eu não aguento mais nada

— Garçom! — chama o rapaz — pode trazer um antiácido e a conta, por favor? — Pede e a garota o olha com uma interrogação na cabeça — É pra você se sentir melhor.

— Er… Obrigada — Agradece sem jeito

Então eles deixam o estabelecimento e vão para um parque de diversões. Como tinham acabado de comer, primeiro vão apenas nas barracas de prêmios. Yolei assumiu o papel de menina mimada e tudo que via, pedia para o esverdeado entrar na disputa. O problema é que o rapaz não era bom com nenhuma dessas coisas.

No tiro ao alvo, ele acertou a lâmpada e tiveram que sair correndo. Na pescaria, só conseguia pescar as varas dos outros. Na boca do palhaço ele acertou a quina fazendo a boca voltar e acertar sua testa, e no teste de força… Ali nem mexeu. Todas essas coisas acabam arrancando boas risadas da violácea.

A última máquina que foram, era a de pegar o bichinho. Tinha uma pelúcia que simula um app de pesquisa, mas em forma de animal que a garota logo fez questão de exigir. Pelas contas dela, ele já deveria estar sem a mesada do resto do ano, fora as vergonhas alheia, certeza que nunca mais ele iria querer sair com ela.

A surpresa veio quando ele conseguiu pegar o pelúcia, entregando para a garota com um sorriso de satisfação

— Toma, é todo seu! — A garota olha espantada, mas sorri — Pode chamar ele de Gatchmon... — Sugere, a deixando curiosa o porque — Sabe… “gatch” pesquisa… mon, monstrinho… acho que combina. — explica aumentando o sorriso da menina… Ele poderia ser um pirralho irritante mas fazia de tudo para deixa-la feliz — Esse está sendo o melhor primeiro encontro da história

— Espera — Para bruscamente — Haru, esse é seu primeiro encontro? — Recebe uma afirmativa com a cabeça.

Então uma sensação ruim toma a boca da garota. Nunca parou pra pensar que esse poderia ser o primeiro encontro do garoto e ela fazendo de tudo para arruiná-lo por um mero capricho…

— Me desculpa por te levar quase a falência! — Se desculpa sincera olhando o chão.

— Ahh, não foi nada! — Sorri sem graça — Na verdade ainda temos muito dinheiro pra gastar... — revela chamando a atenção da garota — Meu pai é militar, e ele diz que sempre temos que andar com a carteira cheia para sair com uma garota e fazer tudo que ela quer, então ele me deu o cartão dele — mostra o objeto sorrindo sem graça, deixando a garota com uma gota na cabeça, devido ao conselho bizarro do pai. — Que tal ir na Roda gigante para ver o pôr do sol? — Sugere, e a garota leva a mão ao queixo pensando

— Não… clichê de mais, vamos pro salão de jogos eletrônicos, porque eu vou acabar com você dessa vez! — desafia

— Valendo outro encontro? — ele questiona já sorrindo sugestivo.

— Apostado….

(...)

 

Mais tarde, Yolei chega em casa e logo recebe mensagens do Izzy, Matt e Kari querendo saber do encontro. Para os meninos não são revelados tantos detalhes, mas no final todos zoam ela por perder de novo e ser obrigada a outro encontro.

Embora preferiu não admitir isso em voz alta, a herdeira do amor e sinceridade estava querendo realmente sair e dessa vez levar a sério. Mesmo tentando estragar se divertiu muito… Por que não tentar pra valer?

Na outra semana, foram a um festival tradicional japonês, não sabem o porque foram confundidos com artistas que iam se apresentar e acabaram sendo vestidos com fantasias fofas de pandas e empurrados para o palco para dançar, eles não sabiam o que fazer, mas ambos eram viciados em jogos de dança e tiveram a idéia de dançar uma música da Hatsune Miku, deu muito certo e se divertiram muito. Na semana seguinte, foram a uma nova casa de jogos e praticamente zeraram todos os jogos do lugar e no 4° encontro foram fazer um piquenique em um belo parque cheios de flores lilases.

A garota estava encantada com o tanto que se divertiam juntos, Haru era tão doce, tão fofo e engraçado, ele via diversão em tudo e isso a contagiava, mesmo quando não se encontravam trocavam mensagens e videos engraçados, praticamente competiam para ver quem mandava primeiro as novidades zuadas da internet, memes, videos de tombos e pessoas fazendo vergonha alheia. Ela estava prestes a entrar em uma fase tão séria de sua vida, mas ele estava lá para lhe mostrar o lado divertido e ela se deixou levar. Porque não? Era um garoto tão meigo e fofinho, agradável… Era bom ter alguém mandando mensagens de bom dia, boa noite ou  em meio a uma aula chata, talvez só para perguntar como foi o almoço e mandar um meme idiota.

No 5° encontro a menina estava muito ansiosa; tinha dito ao rapaz que o levaria para um lugar incrível. Kari estava na sua casa, a preparando e tentando acalmar a amiga que não parava de se mexer

— Yolei, por amor de Kami, fica quieta! Vou acabar estragando sua maquiagem… De novo! — a castanha bronqueia

— Ahhh Kari, eu tô muito nervosa. Hoje eu vou apresentá-lo ao Hawkmon e também contar sobre os digimons e comer no restaurante do Digitamamon que cobra em Yens… Eu tô pilhado — revela mexendo as mãos de nervosismo

— Yolei, relaxa porque tensão gera espinha — Ri da violácea que mostra a língua — E outra, tudo que vem de você esse garoto ama. Se tem alguém que é seu fã, e está demonstrando interesse é ele.

— Eu sei. — Concorda — Mas é complicado demais… Ele ano que vem, vai para o colégio, enquanto eu estarei na faculdade… Essa diferença me assusta pra seguir mais um passo. — É sincera nas palavras — É também tem o Ken e.. — tentava falar quando é interrompidas pela castanha.

— Ahhh amiga, desculpa, eu sei que ele é seu crush, mas não dá. Você livre, leve e solta e o cara não toma atitude, fica só na demonstração de interesse, não manda um torpedo, não te liga, nem dá sinal de vida e ficarem na troca de olhares quando saímos todos juntos, é coisa de criança, francamente! — Bronqueia — Se tem algo que aprendi com esse dor que estou vivendo, é que não dá para prender a pessoa só com filetes e pouca atitude. Já esperou tempo demais pelo Ken e ele não se tocou, pelo seu bem, parte pra outra.

— Uau, belas palavras amiga — elogia, e a castanha infla o peito — Porque não aproveita e vive ele também, e deixa de ser urubu no namoro e Davis? — brinca sorrindo a menina de luz cora com o comentário.

— Er… Bem…. Ahhh, faça o que eu digo, não faça o que eu faço — ordena rindo — Enfim, você merece ser feliz amiga, e o Haru é quem te faz feliz agora, porque não dar um chance? — O questionamento faz a violacea pensar.

— Bem… Tem razão — Confere a hora no relógio do quarto — Está na hora. Me deseje sorte amiga.

— Com certeza — Abraça a parceira de DNA — Tomara que hoje role um beijinho! — desenha ouvindo um sonoro “Kari!” — Que foi? Depois de 5 semanas saindo sem tentar nada… O garoto merece uma recompensa não acha? — Sorri saindo junto com a amiga.

Haru estranhou quando chegou ao lugar do encontro, e descobriu que era um galpão antigo e aparentemente abandonado. A violácea estava na porta o esperando e sorriu quando viu o esverdeado se aproximar o abraçando em seguida

— Estava ansiosa te esperando. — O garoto sorri com a confissão

— Quase não dormir a noite pensando no que você queria me mostrar hoje! — Revela sincero.

— Hummm, curioso — zomba brevemente — Preciso que coloque essa venda. — Mostra o objeto.

— Yolei… Er… Pra que a venda? — Questiona meio inseguro e corado.

— Calma, não… Ahhh, e só pra você não ver nada, só o lugar. — Informa meio sem jeito.

Quando finalmente concorda, o garoto é vendado e a herdeira do amor e sinceridade guia-o por dentro do galpão que já está com o notebook pronto para enviá-los ao Digimundo. A garota prefere nem falar nada, apenas estendia seu D3 e logo é sugada.

Haru se sente envolvido por uma forte luz, que mesmo sem conseguir ver o faz colocar a mão no rosto por instinto. Ele ouve a menina sussurrar no seu ouvido “como desejar me ver?” Seu estômago gela, e borboletas o tomam sentindo as quentes mãos da violácea segurando as suas.

— Chegamos, pode tirar as vendas — informa e quando ele abre os olhos, não está mais no galpão abandonado, e sim em um belo campo com grama bem verdinha e um lago de águas cristalinas. A visão é deslumbrante, mas o rapaz é retirado do transe quando ouvi:

— Haru, porque estou vestida de Feiticeira Negra? — o encara e ele sorri amarelo.

— Bem, você falou pra eu desejar como queria que estivesse vestido, e eu amei a fantasia então… Mas como saiu do meu desejo pra realidade? — pergunta tímido — E como viemos parar aqui?

— É um poder especial desse mundo, e meu desejo era que sua visão de mim se concretizasse. — revela — Eu estar de Feiticeira Negra ok, mas porque estou usando a máscara da da Kitana?

— Er… não sei! — Sua frio. Imagina se a garota descobre que ele brevemente imaginou ela vestida assim, mas depois foi tomado pela visão da monstro de duelo. — Pode ter sido algum bug do lugar. — Sorri amarelo

— Humm, sei — desconfia — Não quer saber onde você está? — Sorri animada.

— E como quero, porque… — Olha admirado a paisagem verde e calma — É lindo o lugar. Só lembro de ser envolvido por uma luz e — Olha para as próprias roupas — Espera, porque estou vestido com essas roupas — Observa o moletom vermelho acompanhado da bermuda azul, óculos de aviador com bordas amarelas e um belo relógio da mesma cor que da peça inferior.

— Como eu disse, esse mundo realiza nossos desejos de vestimentas na hora que entramos. — Lembra mais uma vez — E sim, você está em outro mundo

— Co...como assim? — Choca-se — Pr… Pra onde você me trouxe? — Com os olhos arregalados, ele pergunta e o pânico, embora previsível, assusta um pouco a violácea.

— Ei! Yolei, você vai comer ou não? — O parceiro digimon chega voando e Haru dá um grito de susto colocando as mãos no rosto para se defender da ameaça — Ihhh, qual é do seu crush menina? Ele viu um Bakemon?

— Hawkmon, eu não mandei você esperar lá embaixo — bronqueia com a ave — Ai Kami. Haru eu posso explicar

— Como se explica isso? — questiona — Só… — O garoto respira fundo — Me garanta que estou seguro aqui.

— Oh garoto, vê se fica esperto, que enquanto estiver com o Hawkmon, nenhum inimigo chega perto! — Recita um versinho criando gotinhas nas cabeças dos dois humanos.

— Hawkmon, menos querido! — Yolei recomenda — Haru, sei que tudo é muito chocante, e novo, mas… — Respira fundo tomando coragem para as revelações a seguir — Eu faço parte de um grupo de pessoas chamadas de digiescolhidos. Nós lutamos, por muitas vezes em segredo, contra digimons maus, que queriam interferir na harmonia entre os mundos. Todos temos parceiros digimons, que quando estamos em perigo, evoluem para nos proteger. Não que seja uma via de mão única, porque são nossos sentimentos de ajudar ambas as realidades que fazem nossos parceiros chegarem as fases mais poderosas e... — A violácea falava tudo ao mesmo tempo tentando se explicar quando o esverdeado apenas sorri com o desespero dela a fazendo parar — Haru! Não acredito que estou toda desesperada tentando fazer você entender enquanto ri da minha cara — Coloca a mão na cintura e bate o pé fazendo o garoto rir mais ainda.

— Desculpa Yolei, não pude deixar de fingir estar com medo e te deixar desesperada como você é — revela — Eu sei sobre os digimons, essa é uma vantagem de ter pai militar. — Explica criando gotinhas na cabeça da garota — Eu estou um pouco surpreso de você fazer parte deles, lembro do meu pai comentar em casa alguma coisa sobre “crianças que salvaram o mundo com um dragão branco segurando uma espada”. Você estava no meio disso?

— Ahhh sim, você deve estar falando do Imperialdramon modo paladino. — A menina comenta — Eu estava nos bastidores com o Izzy, aquele meu amigo que te falei — O rapaz acena indicando que lembra de quem ela está falando. — Então, estava com ele buscando uma solução de mandar aquele digimon enorme para a lixeira em pequenos digimonzinhos. — Conta a estratégia.

— E esse é o seu parceiro digimon? — Pergunta curioso, apontando para a ave vermelha.

— É isso aí garoto. Meu nome é Hawkmon. Você deve ser o Haru certo? — O garoto confirma com a cabeça. — A minha parceira fala todo o dia de você, as vezes até dormindo, deve ser alguma coisa sobre “ser especial “— delata.

— HAWKMON! — Esbraveja contra o digimon a herdeira do amor e sinceridade — Agora chega! Vai entregar todos os pontos assim, de mão beijada?

— Foi mal ai Yolei, não sabia que não podia falar sobre o como você acha ele fofo e lindinho — Dá mais uma vez com a língua nos dentes fazendo a garota corar e gemer de frustração enquanto Haru ri levemente envergonhado.

— Acho melhor a gente só comer. — A violácea sugere — Vamos Haru? No caminho de conto mais detalhes.

— Ok, mas… — Parece receoso com a pergunta — Aqui passa algum ônibus, ou a gente vai a pé mesmo? — Ao ouvir aquilo a garota e seu digimon riem dele.

— Vou chamar um táxi. — brinca — Observe. DigiArmadura; energizar! — Então a ave é tomada uma ventania muito forte, sendo erguido e brilhando, transformando-se em Holsmon.

— Uau! Que maneiro! — O garoto parece encantado com a digievolução do parceiro da menina — Nós vamos voar nele? — Parece animado.

— Vamos sim, seu óculos vai ganhar alguma utilidade. — Sorri, vendo o garoto já colocar o acessório — Vamos? — estende a mão e ambos sobem nas costas do digimon armadura.

— Segurem-se firme! — A imponente voz da besta voadora alerta, e logo eles alcançam voou.

 

(...)

 

10 minutos depois eles chegam até o restaurante de Digitamamon, e Yolei logo pede os pratos especiais da casa; uma bela sopa missoshiru. Chegando os pedidos, a violácea conta das aventuras ao lado de Hawkmon, das inúmeras batalhas. Contou sobre o imperador digimon, que era ninguém menos que Ken Ichijouji, mas que após ter as semestes desativadas entrou para o grupo. O garoto desconfio que a menina estivesse fantasiando um pouco para deixar ele mais impressionado; já que mesmo ela mostrando uma foto de todo o grupo, o que incluia o popular gênio, era meio difícil para Haru assimilar que a violácea conhecia alguém tão importante, mas preferiu não comentar isso com a menina.

Eles comiam e riam das histórias, estava sendo um momento muito agradável, mas a violácea queria mostrar mais daquele mundo maravilhoso para ele. Subiram mais uma vez nas costas do Holsmon e foram explorar o digimundo pelo resto da tarde. Brincaram na cidade dos brinquedos, viram o desenvolvimento da cidade das máquinas, cuidaram dos digimons bebês na cidade do principio e ao final da tarde pararam sobre uma vista incrível, no topo de um monte olhando a paisagem da ilha arquivo em um lindo pôr de sol.

— Obrigado por me apresentar esse lugar maravilhoso e por me fazer ver coisas incríveis, me contar histórias fantástica e comer uma comida muito gostosa. — O esverdeado agradece segurando na mão da violácea e olhando dentro dos olhos da menina, que sorri arrancando um sorriso dele. Como as coisas foram chegar a esse ponto para os dois estarem ali, sobre o por do sol, naquele clima clichê de comédia romântica? Ela não sabia dizer, mas com certeza queria mais daquilo, queria se jogar nos braços daquele doce e meigo menino, que aos poucos foi conquistando seu coração e dominando sua mente. Ela pensava tudo isso quando seu parceiro resolve abrir o bico.

— Yolei, tem uma TV aqui, pode me mandar pra casa da Kari? — Pede a ave indicando o aparelho com a asa.

— Ué Hawkmon, o que você quer fazer na casa dela? — Questiona curiosa.

— Ela falou que eu tinha que dar privacidade pra vocês darem uma amasso aqui ao pôr do sol! — Revela como se fosse a justificativa mais natural possível.

— HAWKMON! — Berra tão forte que com o eco, alguns Flymons voam de uma árvore. O rosto chega a esquentar de tão corado, e Haru parece está na mesma situação.

Mesmo com vergonha, a escolhida saca seu D3 enviando o parceiro para a residência dos Kamiya antes que fale algo mais constrangedor.

“Hawkmon já chegou aqui e está seguro. Deixei três camisinhas nas suas coisas, de surpresa, caso precise tá bom? Ahh, também tô te enviando a localização de uma cabaninha… nunca se sabe

Kari. “

 

Ao ler a mensagem no DTerminal, a herdeira do amor e sinceridade não tem mais ao que corar, apenas ri sem humor olhando em seguida para sua companhia que parece estar um pouco desconfortável.

Sentando ao seu lado, ela apenas olha para o horizonte, e um silêncio se faz entre eles enquanto o sol vai se ponto e logo escurecendo em uma linda noite estrelada.

A lua recebe o papel principal, sendo refletida pela água do oceano digital, encantando a ambos.

Yolei encara aquela visão, maravilhada, mas inquieta devido ao silêncio que fazia-se presente. As mãos soavam e as borboletas voavam de um lado para o outro no estômago.

— “Qual é, você já beijou antes e não foi pouco. É só fazer como as outras vezes, não tem nada de mais” — Falava consigo mesmo, quando olhou de canto de olho e percebeu os olhos grandes e curiosos do rapaz a olhando, como se pudesse ler sua mente, fazendo a garota corar mais uma vez.

— Você fica linda! — Comenta segurando a mão dela.

— Co… Como? — A voz falha pelo nervosismo.

— Você fica linda, assim tão corada! — Repete sentindo o rosto esquentar.

— Ahh er… — Tenta buscar uma forma de sair daquela situação. Ora, ela era a mais velha e deveria tomar o controle. — Então só fico linda quando com vergonha? — Usa o tom de ofendida.

— Não, você é linda até quando acorda descabelada depois de dormir de mal jeito no trem. — Lembra do episódio durante um encontro deles fazendo a violácea rir e quebrando de vez o clima silencioso de momentos atrás.

— Desculpa pelo que o Hawkmon disse mais cedo. — É sincera no pedido — Não queria te constranger.

— Então não vai ter amasso? — Finge frustração.

— Haru! — surpreende-se — Onde está o doce e fofo, menino de semanas atrás? — Acaba rindo o contagiando.

— Só… estou ansioso pro meu primeiro beijo. — Revela olhando para o oceano.

— Você… Nunca…? — Começa a formular a pergunta, mas logo recebe a negativa e um riso sem humor.

— Quando não se é atlético, nem descolado, andando com livros pra cima e pra baixo, ou acompanhado de um novo game, não se chama muito atenção das meninas no primário nem no ginásio — Abre o coração para de violacea. Que acompanha sua vista, mas logo faz olhar para ela segurando gentilmente seu queixo.

— Elas não tem ideia do garoto incrível que estão perdendo. — Sorri para ele que devolve — Mas você, assim… Já se apaixonou por alguém?

— Já sim, pelo Yujin Ozora — Trás a tona de forma natural e a violacea tem uma gota na cabeça — Mas aí ele era uma IA do mal e acabou morrendo.

— Er…. É algum colega de turma? — Arrisca perguntar, vendo o garoto sorrir.

— Não, é o personagem de um anime que assisti e acabei criando uma leve paixonite — leva as mãos a cabeça meio embaraçado.

— Ahh, que susto! — Ri junto com o garoto.

— E você, toda poderosa escolhida salvadora de mundos, já se apaixonou por alguém? Já… Sabe… Beijou? — questiona tímido e corado. O coração da violácea para por uns segundos. O que responderá para o garoto? Bem, melhor ser sincera do que iniciar qualquer coisa com mentira. Se ele foi aberto com ela, tinha por obrigação ser com o rapaz.

— Sim! Já tive minha fase de fangirl do Ken... — expõe esperando a reação dele que foi surpreendente neutra — Sei que pode parecer ridículo mas…

— Nada disso — Segura as mãos dela — Todos nós temos fases na nossa vida. Eu já fui apaixonado por um personagem, como vou te julgar? — Acaricia o rosto dela com a mão fazendo leves círculos na sua bochecha.

— E sim, já beijei outros rapazes. Claro, o primeiro foi especial e com uma amigo meu.

— O mago lá do evento? — Questiona com uma pontinha de ciúmes que faz a violácea rir.

— Isso não vem ao caso e nem é importante... — Devolve a carícia no rosto sentindo a eletricidade passar por cada célula do seu corpo — O que importa é agora, não acha? — Fala ao pé do ouvido fazendo o esverdeado tremer.

— Yolei... — A voz deixa evidente como as carícias fizeram efeito.

— Sim… — Responde próximo à ele que engole em seco.

— E… Eu quero... — Revela apertando a grama  sob sua mão — Por favor?

— Você se sente preparado Haru? — Questiona seria, mais carinhosa, buscando deixar o rapaz o mais à vontade possível.

— Sim, es… estou!

Era tudo que a escolhida precisava ouvir para o puxar para si enlaçando os braços em torno de seu pescoço selando os lábios, a sensação fez com que uma onda de eletricidade corresse entre eles, um arrepio, misto de frio e calor. A princípio fez apenas uma leve pressão, abrindo levemente os lábios e os sugando, sentindo todo o doce da boca, delicada, do menino, que apenas copiava seus movimentos.

Com os olhos fechados, ambos permitiam-se curtir as novas sensações. Flash das últimas semanas se misturavam ao sabor adocicado que ambos tinham na boca, parte devido ao doce devorados a pouco tempo.

Haru estava em êxtase. Suas mãos apoiavam-se na fina cintura da jovem escolhida, enquanto sua mente sentia como se fogos de artifício fossem lançados comemorando. Tudo era mágico, finalmente seu primeiro beijo e com uma garota tão incrível, tão diferente de todas que ela já tinha conhecido.

Da mesma forma, a herdeira do amor e sinceridade estava feliz. Finalmente tinha conseguido avançar um passo, deixando de vez o fantasma da fangirl para trás e se jogando de cabeça em um relacionamento que, talvez alguns não apoiassem. Mas e daí que ele era bem mais novo? Poderia ter menos idade, mas nunca ninguém a compreende e a fez feliz como esse aluno do ginásio. Nunca se sentiu tão livre para ser ela mesmo.

Quando o ar lembrou que precisava ser respirado, ambos vão parando os movimentos lentamente e com vários selinho acompanhado do mais lindo sorriso…

Flashback off…

 

Yolei estava com um sorriso bobo no rosto e os olhos brilhando olhando o nada, quando é despertada por um peteleco do ruivo do milagre.

— Acorda quatro olhos!

— Kyah! Me erra, seu praga — Reclama manhosa.

— Hummm, esse sorriso bobo, olhos quase formando corações, e distraída — Kari lista — Estava pensando no “Warp Shinka” né? — Faz aspas no ar e olha pra amiga com o olhar 30.

— E… Eu não sei do que você está falando! — Vira o rosto corada.

— Ahhh, do mestre da feiticeira? — Matt entra na zueira — Ahh safadinha, saudade de ter a alma alimentando o “grande leviatã” do garoto?

— Me respeita, loiro azedo! — Bronqueia.

— Para de coisa Yolei — Izzy entra na roda — A gente conhece essa cara, tava lembrando do bebê mesmo. — A violácea cora forte sem saber como sair daquela situação. Ken, que até então estava meio aéreo, se liga no assunto e fecha a cara.

— Do que vocês estão falando? — Mimi questiona, e a herdeira pensa “ok, tudo que eu menos queria era a Mimi Tachikawa sabendo dessa história”.

— Também fiquei curiosa — Sora olha com as orbes brilhando — Foi algum namoradinho? — Izzy, Kari e Matt riem.

— No mínimo alguém muito importante para ela — O bondoso dispara com ironia, não aguentando mais as piadinhas.

— Ou só alguém mais homem, que sabe que um e-mail, torpedo ou até cartinhas é um jeito maduro de demonstrar interesse e não fica só de paquerinha de 4 série — Kari devolve recebendo um olhar espantado do garoto — Faz o que você é especialista, fica fora disso, seu marmita!

— Ui, dava pra viver sem tomar uma dessa — Takeru comenta  — Essa luz ai ardeu nos olhos.

— Ken mandou falar demais? — Até o mais velho entra na onda.

— Tem gente que pensa que amor e sinceridade é sinônimo de ilusão.— Caçoa o mais novo dos escolhidos.

— So digo uma coisa… Não falo nada! E digo mais… Só falo isso! — Matt debocha, seguido de uma risada sacana, fazendo Ken serrar os punhos e trincar os dentes.

— Err... Essa avestruz? De namoradinho? Duvido! — Davis zomba para evitar que o clima feche depois que a namorada deu a mega patada no amigo. A galera não perdoou, ele estava vendo a hora que o Kaiser ia brotar ali e sair quebrando pescoço por pescoço..

— Eu vou é enfiar uma avestruz na sua bunda, seu freador na cueca — Responde ríspida — Fala logo, o que você queria?

— Precisamos conversar, em particular — O ruivo responde já tomando uma postura mais séria.

— Ihh, acho que alguém quer formações sobre o passado esverdeado da minha amiga — A castanha volta a brincar depois de ter apagado a luz do Ken — Mor, nem tenta que aí só o Raizen mesmo para dominar.

— Fica quietinha o srta “major Austrália dos olhos claros” — devolve a altura ouvindo um “hummm” de todos..

— Quem? — Davis já questiona.

— Er… Você não tinha um assunto sério para falar com ela — A mais nova dos Kamiya's tenta sair pela tangente.

— Tenho. — Se aproxima do ouvido da escolhida da luz — Mas depois vamos conversar sobre isso! — Afirma voltando sua atenção para Yolei — Por aqui, por favor — indica o caminho e logo chegam a uma sala. A mente da violácea faz tudo no automático. Será que era sobre aqueles assunto que o líder queria conversar?

— Davis, você quer falar do… — Estava formando a pergunta quando é interrompida pelo ruivo.

— Sim, quero falar do Ken...

Continua…

 


Notas Finais


Eai pessoal, gostaram da primeira parte do passado da violácea? Hummmm, muito mais coisas veem por ai, espero que gostem xD

Mas falando de agora, o que acharam? Digam-me, xinguem-me, mandem-me dinheiro.... Os comentários de vocês tem sido inspiradores xD

Até semana que vem pessoal xD.
Bjos nos cores, e fortes abraços.
Gabriel S

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Fictions super fofa que eu falei: https://spiritfanfics.com/historia/kawaii-love-10608089

Sinopse: Quer uma trama que retrate todas as complicações do primeiro amor? Está no lugar certo...

Como um simples gesto, pode causar tantas alterações? Roubar a fome, levar o sono e trazer milhares de questionamentos tolos?
Era o que, Ichijouji Ken, se perguntava após ter ganhado um, singelo beijo no rosto, de sua amiga e companheira de batalha Inoue Miyako, quando a mesma despediu-se dele após a batalha final.
Teria algo “a mais” naquele gesto.
Até para adultos a descoberta do amor pode ser algo complexo e por vezes atormentador, quem dirá para um garoto de 11 anos do quinto ano e uma garota de 12, do sexto.
Nosso heróis tentam entender e declarar seu amor ao passo que vão lidando com as transformações fisiológicas e comportamentais, paralelo a isso, seus amigos também vão descobrindo o amor e tentando entrar em um relacionamento..


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