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História Deu Match e Nove Meses - ÚNICO: O app, o loiro e o OI


Escrita por: MiniesDream e lynnkiim

Notas do Autor


Olá Babies, mais uma one e agora com o projeto MiniesDream, vou lhes dizer que adorei escrever e que poderia me espelhar nessa história kkk, mas chega de papo e vamos a fic!!!!

Deixem seu amor para os soulmate com seu comentário e seu favorito.

Capítulo 1 - ÚNICO: O app, o loiro e o OI


Fanfic / Fanfiction Deu Match e Nove Meses - ÚNICO: O app, o loiro e o OI

Encalhado. Na seca. Na fossa. Fundo do poço. Sem transar a mais de um ano e com uma libido que parecia um monstro. Sim, esse era eu, Park Jimin, dizendo como era ser um encalhado desgraçado que precisa urgentemente transar, porque não aguenta mais usar a mão e os dedos… Tenho uma dificuldade enorme em sincronizar meus dedos com a minha mão, parece que, se eu usar um, o outro para de funcionar.

Oh, vida de merda.

Também tinha o fato de que os apps de relacionamento simplesmente não eram para relacionamento, pelo menos, para mim. Por quê? Simples, eu faço mais amigos do que amantes, além de morrer de medo de encontrar um traficante de órgãos, ou um estuprador. Além dos tarados que pedem foto do pezinho. Céus, livra de mim essa atração de encosto.

Okay, eu posso ter vendido pack do meu pé, sim, mas foi porque eu queria comprar o álbum novo do Shawn Mendes. Quem nunca passou por perrengue para ter o que quer, né?

Mas, voltando à minha situação de merda.

Eu já havia passado por todos os apps possíveis e todos me deram amigos maravilhosos, como o Yoongi, que, no caso, estava me enchendo o saco:

— Jimin, vai tirar a teia, 'tô vendo as aranhas daqui. — o moreno fez cara de nojo e eu resmunguei, jogando a minha almofadinha tijolo nele (porque ela era dura como pedra). — Ai, seu idiota!

— Eu sei a desgraça que estou passando, seu imbecil! — arremessei outra almofada — Não sei porque eu comecei a conversar com você naquele app!

— Porque eu gosto de Transformers e minha foto de perfil tinha eu com o Optimus Prime em tamanho real — ele me respondeu, como se fosse óbvio. 

Nós dois tínhamos um crush absurdo em Transformers, principalmente no Optimus Prime. Me perguntava se, em algum momento das minhas fantasias sexuais, eu iria transar em um caminhão totalmente parecido com o do filme.

Deus, tira de mim a vontade, porque o homem eu não tenho.

— Vai baixar o Tinder de novo — o Min mandou, apontando para o meu celular — Dessa vez, eu vou fazer seu perfil, vamos colocar aquelas fotos sensuais que você tira.

Puxei meu celular para longe do loiro e ele, prontamente, pulou em cima de mim, para pegar o maldito aparelho.

— Saaaaaaai! — gritei, como uma criança birrenta.

— Para de fogo no cu agora, Park Jimin! — um tapa foi dado na minha bunda, e eu gemi — QUE HORROR, JIMIN!

—  Desculpa. 

Fazer o que, um tapinha não dói.

Bufando, eu me sentei no colo dele — como um bom manhoso que sou — e peguei a merda do celular para baixar o maldito aplicativo.

Eu tô bravo!

Quando o download estava concluído, Yoongi começou a fazer meu perfil, enquanto eu o olhava como um demônio do canto do quarto.

— Não vamos colocar muita coisa, vamos por seu Instagram, se os homens bonitos estiverem interessados em você, e eu sei que você passa o dedo sem olhar, eles vão no seu Instagram e te chamam — assenti perante sua genialidade e conhecimento sobre mim — Então, vamos colocar seus gostos e traços da sua personalidade, eu odeio pessoas que colocam sobre bebida ou churrasco.

— Tem razão, coisa mais chata — concordei, me aconchegando no seu colo — As fotos… Coloca as mais simples…

— O caralho de “simples”! Vai ser aquelas gostosas, que você mostra sua piranha bandida interior. 

Yoongi, eu realmente te odeio do fundo do meu coração.

 Mentira! Eu te amo, desgraça.

Escolhemos as fotos que eu raramente posto no Instagram. Por fim, para finalizar meu perfil, começamos a ver os "partidos" e, como não sou bobo, tenho meu dinheiro e gosto de tudo mais fácil, paguei a merda do negócio. Agora, posso ver quem me curtiu.

— Minha nossa, você colocou limite de idade? — perguntei, vendo um homem de sessenta anos me curtinho — Vamos ver o perfil dele… Ih, olha, Yoongi! Colocou poucas fotos e tem uma que ele riscou o rosto de uma mulher, ele é…

— Casado — pronunciamos juntos.

Yoongi gargalhou, me abraçando apertado.

Ele era um cara legal. Quando nos encontramos pela primeira vez, para ir ao cinema — como bons amigos que viramos, virtualmente —, não parei de falar, e ele me escutava calado e sorrindo pequeno. Eu sou o amigo falante e carente, enquanto ele é calado e desapegado. 

Uma notificação chegou e nós paramos de falar para olhar o perfil.

Minha nossa, coloque aqui a imagem de alguém caindo muito feio.

O homem era lindo demais, lindo daquele tipo ator pornô de pau grande e voz grossa, que fode o inferno na sua vida. Eu sinto que, se eu fosse para cama com ele, iria sair com um bebê e um sorriso de orelha a orelha.

— Kim Taehyung, 33 anos, 1,80 de altura, dono de uma fábrica de alimentos no interior do estado — Yoon leu as informações — Olha esse cabelo loiro escuro dele, Jimin do céu.

— Eu estou vendo, Yoon, não consigo parar de olhar — peguei o celular e comecei a ler mais — Ele gosta de animais de estimação e olha essa: "Confesso que sou um homem muito apegado, mas meus amigos disseram que devo aproveitar a vida pelo menos uma vez antes de casar."

 — Eu casava com ele. — Yoongi disse.

Encarei o moreno mortalmente e puxei o celular para longe, quase rejeitando o homem. Nós dois gritamos e eu tratei de deslizar para o lado certo, ao que suspiramos aliviados.

— Nossa, não passou nem hacker aqui. — falei com a mão no coração. — Será que eu mando “oi”?

Antes que eu pudesse me mexer para isso, Taehyung mandou um oi com uma carinha sorrindo. Suspirei, porque eu me arriei todo por ele? Não me pergunte, nunca me pergunte.

A partir dali, foi minha decadência. Taehyung era e é um homem muito amável, ele sabia conversar e me deixava nas nuvens. Eu nem ligava mais para as curtidas do Tinder, estávamos conversando por mensagem fora dele.

> Teteco <

Fruta preferida, vamos Jiminie e, por favor, não faça piadas pervertidas.

 

Quer dizer que não gosta das minhas piadas? 

Decepção, Kim Taehyung, achei que estava te conquistando.

 

> Teteco <

Jiminie, o cavaleiro sou eu, então quem 

conquista sou eu! ��

 

Horrivelmente debochado e terrivelmente sexy!

Espera, quando começamos a flertar?

 

> Teteco <

Nós sempre flertamos assim… do nada kkk.

 

Vamos nos ver, bem… se você quiser.

             Estamos nessa há um bom tempo e

minha mão não é o suficiente…

MAS NÃO PENSE QUE É SÓ DESEJO,

VOCÊ É MUITO LEGAL E EU QUERO TE CONHECER!

 

> Teteco <

Okay, vamos nos encontrar amanhã? 

Eu vou à cidade grande para pegar uns 

fertilizantes.

 

Okay! Às sete, no restaurante

de comida sueca!

 

Pulei de um lado para o outro no meu quarto. Ok, eu vou encontrar ele, e talvez pudesse finalmente afogar o ganso. Respirei fundo e corri para o quarto de Yoongi.

— Agora vai! — bradei como um guerreiro e ele se levantou.   

— A depilação tem que estar em dia e com a pele macia, não se esqueça do skin care! 

Anotei tudo na agenda para não esquecer, juntamente com o horário de lembrete, pois eu esqueço de tudo e preciso de alguém para lembrar por mim.

[...]

Acordei às dez da manhã com uma preguiça nojenta. Fui dormir tarde pensando no que conversar com Taehyung e como não deixar o assunto morrer. Mas, em todas as minhas simulações, eu estou tremendo como bambu na ventania.

Fiquei de bobeira em casa, já que trabalhava em uma rede de lojas online como controlador de vendas e secretário nas horas vagas. Ao meio dia, eu comecei a me preparar: cuidei da minha pele, me livrei dos pentelhos indesejados e deixei minha pele como a de uma beldade. Porque de bebê que não ia ser.

Quando eu percebi, passei muito tempo me cuidando. O que a gente não faz por um homem como Taehyung, não é? Ele diz “vem” e você vai com tudo.

Escolhi uma roupa casual, calça jeans slouchy clarinha de cintura alta, além de folgada, era confortável, junto com uma camisa cinza claro presa dentro da calça e, por fim, um all star branco. Sim, eu me sentia adorável e confortável, Taehyung me deixava confiante o suficiente para ir vestido do meu jeito e saber que ele vai me elogiar aos montes.

— Nossa, você está muito, muito mesmo, lindo! — Yoongi disse assim que eu apareci na sala — Você está tão fofinho, Jimin do céu.

— Ah… Espero que Taehyung também pense assim — suspirei, apertando minha bolsa contra meu corpo — Cheguei até aqui e, agora, minha barriga está borbulhando de um jeito estranho.

— Não inventa! Fez a chuca? — o Min perguntou e eu assenti — Vai arrasar.

Sorri e o abracei, me despedindo.

[...]

O restaurante era confortável e a comida era melhor ainda. Quando cheguei, disse na recepção que estava à procura de Taehyung, a recepcionista soltou um suspiro que me fez dar um passo para o lado e lhe lançar um olhar de “amiga, pense bem no que está fazendo.”

Ela me guiou até a mesa e simplesmente travei quando aquele homem grande se levantou com um sorriso quadrado único e sexy. Eu e a mulher suspiramos juntos, sim, agora eu entendo. Taehyung se aproximou e abriu os braços, sorrindo tímido — tem que fazer o tímido, né —, e eu o abracei, sentindo aquele cheiro forte que me fez cafungar de um jeito discreto. Minha nossa, que cheirinho bom.

— Você é tão fofinho — ele disse, me apertando como um ursinho de pelúcia. — Podemos pular os encontros e ir para parte do pedido de namoro?

Ouch, que delirante. Eu ri, corando um pouco, não pensei que ele ia ser tão charmoso assim, meu interior formiga por ele.

Como se isso fosse algo costumeiro entre nós há muito tempo.

Tae puxou a cadeira para eu me sentar e logo tomou o seu lugar.

— Espero que sua beleza não me deixe tímido. — o loiro riu e passou a mão no cabelo.

— Okay, estamos invertendo os papéis? Hum, não era você o cavaleiro? — brinquei, ganhando uma gargalhada dele.

A voz dele era grossa e forte, entretanto, nada em Taehyung me fazia adivinhar sua personalidade amável e simples. Conversamos mais do que comemos, rimos e olhamos um para o outro com um brilho no olhar, o calorzinho no meu peito ia se expandindo como o sol de um verão apaixonante.

Sim, eu ainda xingo demais e quero transar com ele, mas, ao mesmo tempo, ele me faz um boiola desgraçado.

— Está tarde — Tae diz, olhando o relógio. Ficamos muito tempo conversando. — Vou te levar para casa.

— Não quero — sorri, vendo ele me encarar com uma sobrancelha levantada. — Vamos beijar e se enrolar por um tempo.

— Uma boa ideia.

Ri soprado e ele pegou minha mão, saímos como adolescentes à flor da pele. Tae estava hospedado em uma pensão perto do parque, me levou para o seu quarto e mal esperei a porta fechar para finalmente beijá-lo.

Meu pai do céu. 

Taehyung me segurava de uma forma forte e sua boca tinha uma agilidade muito gostosa. Não aguentei esperar um segundo encontro, nós transamos e, meus amigos, que transa. Ele fodia com força e a cama batia na parede com a força que ele metia em mim. Fiquei de perna bamba e coração baqueado.

Taehyung me fodeu em todas as posições possíveis e eu só sabia tremer, pedindo por mais. No final, lá estava eu, ofegante, vendo o lindo nascer do sol enquanto minha entrada pulsava.

— Okay — murmurei, manhoso, sentindo o loiro acariciar meu rosto — Não vou te deixar ir tão cedo, Taetae.

— Não me deixe ir, Jiminie.

Ele riu com sua voz rouca de sono e eu abracei, fazendo carinho em seu peito e costelas, sentindo ele parar de se mexer aos poucos e dormir.

Caralho, eu me derreti todo por ele.

E eu realmente não deixei ele ir, foram três meses nessa lua de mel, claro que ele tinha que voltar para o interior para cuidar de seus negócios, porém, nós sempre estávamos conversando e ligando um para o outro. O Tinder foi desinstalado, lembro que, quando completei exatamente três meses desse rolo intenso, ele veio aqui em casa e me deu uma noite apaixonante.

Já falamos em namoro; nenhum de nós estava com pressa de pôr os anéis e também já estávamos em um namoro não declarado, sem pressa e com muito carinho.

Okay, agora eu posso dizer que fodeu tudo?

Um mês depois daquela noite de três meses, eu simplesmente descobri que estava esperando um bebê.

— Um bebê — sussurrei, olhando para o teste — Yoongi, aqui tá dizendo que tem um bebê dentro de mim, por favor, me diz que eu me droguei sem querer.

— Então, a gente tá drogado, meu amigo — ele riu sem humor — Sabia que uma hora ia dar nisso, você esqueceu o remédio ou a camisinha furou.

— Na verdade, ela acabou mesmo — cocei a nuca, recebendo um olhar mortal do Min.

Entretanto, eu murchei como uma rosa sem água. Taehyung não respondia minhas mensagens há uma semana e, agora, acontece isso. O medo tomava conta de mim e eu não sabia o que fazer.

— Você tem que ir ver ele! Não pode deixar ele sem saber, vai que aconteceu algo grave — Yoongi disse, preocupado — Pega meu carro e vai, aproveita que é cedo ainda.

 — Mas e se ele…Não quiser a mim e nem ao bebê?

— Taehyung não é assim, Jimin, vai dar tudo certo!

Assenti e me levantei, guardando o teste na bolsa. Peguei as chaves de Yoongi e parti em busca de Taehyung.

Bem, as complicações vieram.

Uma árvore muito grande caiu na estrada com a ventania que teve, estavam cortando ela e umas pessoas estavam esperando para irem pra casa. E eu, como um ansioso de merda, estava morrendo, o dia ia embora e a árvore ainda estava no caminho, a serragem estava me dando alergia.

— Vocês tem que agilizar, já é o segundo dia! 

Uma voz conhecida soou do outro lado e eu saí do carro.

— Taehyung? — gritei, e o som das serras diminuíram — Pelo amor de Deus, Taehyung, me diz que é você!

— Jimin? JIMIN! — ele gritou e eu suspirei aliviado — Jimin, desculpa não ter falado com você, meu celular queimou na tomada e a árvore caiu, desculpa, bebê.

— Tudo bem, eu preciso falar com você! — gritei, mas fui abafado por um barulho de serra, olhei para o homem mortalmente — PARA COM ESSA PORRA! EU PRECISO DIZER QUE ESTOU ESPERANDO UM BEBÊ, DÁ LICENÇA?!

As pessoas ao redor suspiraram. Eu arregalei meus olhos e, depois, gritei de ódio.

— Nem minha notícia de gravidez é fofa. — choraminguei. 

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, Taehyung apareceu, pulando a árvore todo ofegante. Okay, Tarzan, vamos dialogar.

— Grávido? — ele parou na minha frente, com os olhos esbugalhados — Desculpe, eu sumi e não estava com você para compartilhar a notícia. Oh, meu Deus! Vamos ter um bebê, um beb…

Gritei quando ele caiu para cima de mim, algumas pessoas vieram ajudar a colocar ele no meu carro para descansar. Minutos — muitos minutos — depois, ele acordou em um salto.

— Puta que pariu — ele sussurrou, rouco — Vamos ter um bebê, Jimin, eu vou explodir.

— Não faça isso, é uma cena nojentinha de imaginar. — digo, sorrindo amarelo. — Pulamos muitas casas aqui.

— Pulamos muitas casas, em vez de namorar, noivar e casar, fomos direto para o bebê. — rimos e ele me abraçou apertado. — Estou muito feliz, eu te amo, seu doidinho.

  Meus olhos se encheram d'água. Funguei, apertando o loiro.

— Também te amo, Teteco.

E fim.

Mentira. Começamos aí a nossa fase casal/pais. Taehyung me pediu em namoro com a promessa de casamento assim que o nosso bebê tivesse idade o suficiente para carregar nossas alianças. Decidimos morar juntos, o loiro estava expandindo seus negócios, então, comprou uma casa perto da cidade para poder ficar de olho na fábrica e na sua expansão.

Fiquei porque não iria ficar longe de Yoongi, o autoproclamado padrinho do meu filho. Ele encontrou um homem alto e muito bonito chamado Seokjin. Eita homem gostoso, só não falo isso perto do Taehyung.

— Taehyung eu quero verde e branco — digo, pela milésima vez. — Eu sou o grávido aqui, eu decido.

Estar de cinco meses é uma maravilha, mas o nosso bebê decidiu que não iria mostrar o que tem entre as pernas para nós. Não é como se a gente ligasse para isso.

— Amor, fica calmo, eu gosto mais de laranja. — ele diz com um bico. — Vamos juntar.

— Verde e laranja fica feio — fiz careta, só de imaginar a mistura de verde com laranja, já queria vomitar. Aí, tô ficando nojento. — Vamos tirar pedra, papel e tesoura.

— Já sei! — ele disse, de repente e em voz muito alta. Eu pulei, colocando a mão na barriga. — Desculpa.

— Quase me fez colocar o bebê para fora — suspirei, acariciando minha barriga protuberante —  Agora, me diz sua grande ideia.

— Vamos pesquisar paletes com as cores verde e laranja, para ver como fica.— ele diz e eu aceito.

Achamos uma paleta que combina conosco, escolhemos as cores verde escuro, laranja, amarelo sol e um bege. São cores bonitas e todas pastéis. Resolvemos fazer o quarto em uma parte que o sol não pegue muito forte, para deixar o bebê fresquinho.

[...]

No sexto mês, Kim Taeyong mostrou seu pintinho. Taehyung, como um bom pai babão, se arriou todo pelo nosso filho. Yoongi já começava a comprar os brinquedos e Seokjin me trazer comidas muito gostosas e saudáveis.

No oitavo mês, eu tive algumas complicações. Taeyong estava crescendo rápido demais, e meu corpo não conseguia acompanhar.

— Temo que o senhor Kim dê à luz antes do tempo — suspirei, apertando a mão de Taehyung.

Ele estava aflito com as minhas dores e cansaço excessivo até para um gestante.

— O que podemos fazer? Jimin está com dores e nosso bebê ainda não está no tempo de nascer — a voz amedrontada do meu namorado me fez encolher.

— Vou passar alguns remédios, temos que fazer observações e repouso para que o pequeno Taeyong fique quietinho aí dentro.

Assenti, sorrindo pequeno para o médico.

Uma semana depois, comecei a sentir mais dores e Taehyung deu um tempo no trabalho para me ajudar.

— Tae, esse é o último filho que a gente vai ter! — eu disse, sentado na banheira com água morna para aliviar — Taeyong, por favor, meu amor, papai está com muita dor, pare de chutar tanto.

— Calma, meu anjo — Tae ficou só de cueca e sentou atrás de mim, fazendo carinho na minha barriga, que ficou dura como pedra. — Eu te amo tanto, Jimin, você é o amor da minha vida. De todas as minhas vidas.

— Eu também te amo, seu desgraçado — a forma dele ser boiola é diferente da minha.

Comecei a sentir impulsos que me faziam querer empurrar. Olhei para minhas pernas, vendo o sangue sujar a água. Apertei a mão de Taehyung com força, chamando sua atenção.

— Oh, Deus, Jimin. — O loiro levantou rápido e pegou o celular. — Vou ligar para o médico.

— Okay — disse, sentindo as contrações aumentarem e a vontade de empurrar ficar mais forte. — Taeyong, você tá me fazendo de bola? Pare de me chutar tanto.

Taehyung entrou em desespero total, enquanto eu simplesmente respirava fundo. Estávamos planejando um parto humanizado em casa, mas era aos nove meses, não aos oito. Taeyong era apressado.

— O doutor está vindo, amor, enquanto isso vou te tirar da banheira e pôr no chuveiro. Você precisa se mexer.

Assenti estendendo os braços para ele me ajudar a levantar.

— Coloca aquela blusa em mim, por favor — pedi, gemendo baixinho pela dor.

Escolhi uma camisa que ele sempre me dá para dormir, como eu queria estar confortável, iria usar aquela blusa, mesmo que a molhasse. Tae ajudou a me vestir e fiquei em pé, no chuveiro, enquanto o loiro massageava os lados da minha barriga.

— Isso dói.

— Eu sei.

— Sabe nada.

— É, eu não sei.

Gargalhei e o Kim sorriu, me dando um beijinho na boca. A campainha tocou, tirando a gente daquela bolha gostosa.

— Vai atender, vou ficar aqui um pouco, antes de sair coloca aquela música. — mandei e ele assentiu.

Os primeiros segundos de Habits of My Heart ecoaram pela caixinha de som e eu cantarolei, enquanto balançava meu corpo de um lado para o outro. As dores ficaram suportáveis à medida que eu ouvia a música; não liguei muito para a letra que, em alguns momentos, me identifiquei, porém, agora, as coisas estão certas.

Dá até medo.

Entretanto a frase é: arranjou um cara bonito, vai ter um filho e tem casa própria… Então, foda-se o resto.

Respirando fundo a cada contração, Taehyung apareceu com a equipe médica, meu obstetra, Dr. WonWoo, e as enfermeiras.

— Tudo bem, Jimin? — o homem perguntou e eu assenti, sorrindo tenso. — Está relaxado? Temos que ver sua dilatação e os batimentos do pequeno Tae.

Taehyung me ajudou a sair do banheiro e me secou um pouco para que eu sentasse na bola de pilates que trouxeram. Meu namorado ficou me abraçando e eu suava e respirava profundamente. O médico pegou o aparelho para verificar os batimentos de Taeyong e, logo, o coração forte do meu bebê estava preenchendo o quarto.

— Eu te amo tanto — funguei, sentindo os beijos de Taehyung em meu rosto.

— Vocês são os amores da minha vida — ele riu, em meio ao choro. — Nunca agradeci tanto por baixar um aplicativo como agora.

— Nem eu, acredite — gemi, baixinho — Isso dói, mas vai valer a pena. Acho bom esse garoto vir a minha cara escrita, Kim Taehyung!

— Se não vier, a gente faz outro — o Kim piscou, malicioso.

— O caralho que você coloca outro bebê em mim! — dei um tapa no seu braço.

— Mais tarde a gente resolve isso.

Doutor WonWoo se aproximou para checar minha dilatação.

— Pronto, chegou aos dez centímetros, vocês escolheram fazer na banheira, certo? — eu e o loiro assentimos. — Respire fundo, preparamos a água morna e uma bóia para ajudá-lo a se sentir mais confortável.

— Okay.

Tae me pegou pelas mãos e me guiou de volta para o banheiro. A banheira era grande pois, quando compramos a casa, já estávamos pensando sobre o parto. 

Me sentei na água, sentindo meus músculos relaxarem. Taehyung beijou minhas bochechas — que eu apostaria minha alma estarem super vermelhas — e acariciou meus fios morenos. As contrações voltaram mais fortes e eu chorei baixinho.

— I just wanna be happier, chagaun nal nogyeojweo — a voz rouca começou a sussurrar em meu ouvido, ao que as mãos delicadas faziam carinho na minha barriga — Vem filho, papai tá sentindo muita dor e eu quero te ver. Vem logo meu amor.

Me contorci, porém, mal senti Taeyong passar entre minhas pernas; suspirei alto e peguei meu bebê. Taehyung soluçou, me apertando e beijando meus lábios.

— Oi, meu pitico. — ri, trêmulo, ouvindo os resmungos do meu pequeno Taeyong. — Diz oi para os papais.

— Oi, amor da minha vida — Taehyung cumprimentou, entre sorrisos. — Como você é lindo, meu anjo.

Taeyong nasceu muito saudável para uma criança de oito meses, faminto até demais, o médico o limpou ainda no meu colo e, então, eu lhe dei sua primeira refeição.

Com os cuidados feitos e após eu e o bebê estarmos limpos,  me deitei na cama morto de cansaço.

— Hey — a figura loira apareceu no meu campo de visão com um sorriso largo. — Como você tá? Yoongi ligou e disse que vai vir amanhã para te ver e trazer mais presentes para o nosso menino.

— Tudo bem — sorri de forma miúda —  Acabei de dar de mamar para ele, agora tá dormindo quietinho, vou acompanhar nesse cochilo.

Tae se deitou na outra ponta da cama e segurou minha mão com firmeza.

— Eu amo tanto você — ele beijou meus dedos — Você me faz feliz a cada segundo, Jiminie.

— Eu também te amo, Teteco — rimos, baixinho — Sua sorte que eu dei match.

— Tudo bem, eu te dei nove meses com o serzinho mais perfeito desse mundo. — lhe dei a língua — Estamos quites.

Antes que digam, Taeyong é minha cara sim! Me imagine loiro! Esquece, eu sou perfeito para ser imaginado. Nosso pequeno Kim é loirinho como o pai e tem meus olhos, puxou minhas bochechas, porém, o nariz e boca são de Taehyung. Uma mistura muito perfeita entre nós.

Se eu estou feliz? Claro que sim, tenho o homem dos meus sonhos e uma família que pode crescer a qualquer momento. 

Então, fico feliz em dizer que sim… Deu match, nove meses e final feliz.


Notas Finais


Então? Bom né, eu vou ler também porque ninguém é de ferro, principalmente eu.
Gostaram? Me digam e vejam o projeto, vocês vão adorar Babies.

Quero agradecer a capista: @girixoy
E a betagem: @notthingblue
Beijos!!!!!


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