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História Deux Personnes - Quando Duas Pessoas Se Odeiam


Escrita por: ssespinoza

Capítulo 1 - Quando Duas Pessoas Se Odeiam


Riley Edwards e Stephany Morgan. Como não conhecer esse casal? Melhores amigas de infância, cresceram juntas, eram da mesma escola e da mesma sala, sempre defendendo uma a outra, se assumiram aos pais - que eram melhores amigos - juntas, elas se conheciam melhor que ninguém e eram inseparáveis, é claro que sempre houve pequenas e insignificantes brigas mas sempre se resolviam.

Riley se descobriu lésbica antes de Stephany, quando se apaixonou por uma garota da sala delas, a Edwards ficou temerosa com a reação da melhor amiga mas contou para ela, se fosse para ser seria. Ao contrário do que esperava, Stephany a aceitou muito bem e isso as deixou ainda mais próximas, por isso, não tiveram problemas quando a Morgan descobriu sua atração por ambos os sexos.

Elas passavam o dia conversando, falando sobre a escola - agora sobre os trabalhos - ou besteiras. Era tanta intimidade que foi impossível não se apaixonar, pensava Stephany. 

Riley era linda, tinha a pele branca, o rosto era redondo, seus cabelos curtos e castanhos, os olhos verdes, os lábios eram finos e tinham um piercing de argola e possuia curvas suaves.

A Morgan percebeu que havia se apaixonado pela amiga no último ano da escola, não contou para a Edwards pois não queria estragar a amizade. Só se declarou no segundo ano de faculdade quando Riley disse que sairia com Megan, uma garota que trabalhava junto da amiga numa cafeteria. 

"Não." Disse Steph ao ouvir a garota.

"Não o quê?" Perguntou confusa. 

"Você não vai sair com ela." Respondeu firme. 

"Claro que vou, porque não iria?"

"PORQUE VOCÊ É MINHA! PORQUE EU TE AMO RILEY EDWARDS, MAIS DO QUE COMO AMIGA." Gritou em no campus da faculdade.

"Você... o quê?"

Lembrou-se que demorou semanas para voltarem a se falar, Riley a fez contar que Stephany gostava dela desde o terceiro ano do Ensino Médio e quando soube que a amiga tinha escondido isso dela por três anos, ficou furiosa. 

Foi uma espera longa, porém, boa para ambas. A castanha passava o dia pensando na amiga, em seus cabelos pretos cacheados, sua pele era morena tão linda, os olhos castanho claro,  nos lábios cheinhos e brilhantes pelo brilho labial, as curvas tão maravilhosas.

Elas sentiam muito a falta da outra mas foi nesse tempo de espera que Riley retribuiu os sentimentos da melhor amiga.

"Riley?" 

"Eu... Eu te amo também Steph! Muito!"

Depois disso se beijaram e só pararam no dia seguinte. 

Agora fazia sete anos que estavam juntas, passaram por muita coisa: homofobia, amigos falsos, acidentes de carro, discussões horríveis, quase términos, desconfiança. Mas tudo se resolveu e hoje elas estavam ali, juntas.

Era aniversário da morena da vida de Riley e ela queria mais que tudo agradar a amada, comemorar com ela e fazê-la ainda mais feliz. 

A morena dormia serenamente de barriga para cima ao lado da noiva, Riley aproximou seu rosto do dela e começou a distribuir selinhos por todo seu rosto até que ela acordasse.

- Hã? - resmungou.

- Bom dia e feliz aniversário, amor. - desejou a mulher.

- Mas que porra, Riley. Você me acordou só para isso? Vai tomar no cu e me deixa dormir. - vociferou irritada e virou para o lado oposto da de olhos verdes, voltando a dormir sem preceber em como a magoara.

Horas depois...

Já era meio dia e quinze quando Stephany acordou e desceu, indo para a cozinha comer algo.

Riley decidira não se afetar pelo jeito que a outra lhe tratou, havia acordado ela afinal e sabia o quão mal humorada ela é de manhã, além de que era seu aniversário e tinha que fazê-la sentir-se bem.

- Feliz aniversário, Phany. - abraçou a namorada.

- Já me disse isso hoje, não precisa repetir e pare de me chamar desse jeito. - disse arrancando violentamente os braços da namorada de si.

- Poxa Steph, o que eu te fiz? Só estou tentando te animar. - indaga chateada.

- Pois só está me irritando. - esbravejou.

Ficaram um mês sem se falar, moravam juntas, comiam no mesmo cômodo, dormiam lado a lado mas não se falavam. Foi Stephany que quebrou o silêncio entre ambas.

- Caralho Riley respira mais baixo, está me estressando. - falou enquanto tomavam café da manhã.

- E  você quer o quê? Que eu pare de respirar? - debochou irritada com a atitude estúpida da mulher à sua frente.

- Seria melhor. - disse e se levantou, saindo da cozinha e logo, de casa.

A semana toda fora assim, Stephany criticava tudo em si e a culpava pelo que acontecia de errado, não aguentando mais e necessitando desabafar com alguém, ligou para Rachel, sua amiga desde a escola.

- Ela me trata como um lixo, Rachel, como se eu não importasse mais para ela. - desabafou.

- Que estranho, no trabalho ela está sempre de bom humor. - Rachel pensa alto.

Stephany e Rachel trabalhavam na mesma empresa.

- Então... o problema sou eu? - questionou entristecida.

- NÃO! Você não é o problema Riley, ela te ama mas deve estar estressada com algo e desconta em você. 

- Não sei..  faz tempo que ela está diferente comigo, mesmo antes de seu aniversário. Uma vez fomos ao cinema e ela nem pegou na minha mão, não perguntou o que achei do filme depois que acabou, não fez nada. - queixou-se.

- Dê tempo ao tempo minha querida. As coisas vão melhorar. - disse a loira abraçando fortemente a amiga.

Dois meses se passaram e nada mudou, o relacionamento desandava cada vez mais e discutiam dia sim e dia também. 

- O que acha de terapia para casal? - Riley quebrou o silêncio no quarto.

- Porque? 

- Porque não somos mais as mesmas de sete anos atrás, Stephany, você me trata mal e eu abaixo a cabeça e choro sozinha ou respondo debochada.

- A culpa nem é minha, você que fica fazendo umas coisas que me irritam, se alguém tem que fazer terapia é você.

- Quer saber? Vai tomar no seu cu! Não aguento mais você me destratando desse jeito, me humilhando e rejeitando. - levantou-se e puxou uma mala dourada debaixo da cama.

- O que vai fazer? 

- Vou embora. Não aguento mais isso, não deveria ter me apaixonado por você, só me ignora de meses para cá, qual seu problema? Se você não me ama eu não vou fazer questão de continuar contigo, agora se me ama, me impeça.

Nenhuma resposta veio da outra, a morena queria gritar para ela ficar mas sabia que não seria justo, ela tinha razão afinal.

Edwards terminou de arrumar sua mala após meia hora e abriu a porta - pronta, assim como sua mala.

- Adeus melhor amiga. - sussurrou mas foi ouvida por Stephany. 

Quando saiu da casa desejou que a outra corresse atrás dela, pedisse para ela ficar e dissesse que a amava, que ia mudar. Nada aconteceu. 

- Adeus melhor amiga. - sussurrou Stephany em sua casa.

No meio de sua fuga repentina sob a chuva, uma lágrima solitária escorreu.



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