História Devil son - Stiles Morningstar - Conhecendo o inimigo

Beacon Hills 

Acordou empapada em seu próprio suor outra vez, os pesadelos agora eram constantes e mais assustadores. Mas todos detinham a mesma essência animalesca e perversa. Mortes brutais causadas por ela. Em um solavanco levantou da cama e em um pulo correu para a banheiro. Fazia dias que essa rotina acontecia, acordava assustada e nauseada, sem contar os outros sintomas estranhos que sentia, tonturas e um mal estar. O que era muito estranho, coiotes como todos os outros seres sobrenaturais não ficam doentes.

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Lúcifer e a pequena trupe estavam a dois dias em Beacon, apresentou Matt a boate e os seus novos afazeres como gerente. A Katherine incumbiu a missão de vigia, ela espionaria  e se aproximaria da antiga alcatéia de pulguentos. Stiles não poderia ter escolhido alguém melhor para esse serviço, Katherine Pierce era manipuladora e tinha um excelente jogo de cintura. Lúcifer se sentia orgulhoso,  seu filho era bom, um bom aprendiz, seu pequeno diabinho.

Luci estava satisfeito, conseguia sentir o medo e o pânico crescente de todos aqueles que fizeram mal ao seu filho, seu demônio do sono realizava um ótimo serviço. Satisfeito também por mexer seus pauzinhos e reunir toda a alcatéia em Beacon novamente.

Lúcifer conheceu Noah, Stiles sempre falava muito a respeito do homem para si, no fundo sentia uma pontada de ciúmes, Noah havia criado Stiles, esteve lá em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins, o homem jamais havia desistido de seu filho, Luci era agradecido por isso. Sabia também de alguns acontecimentos, coisas  que Noah cometeu com seu filho. Julgar uma criancinha pela morte da mãe não era algo muito maduro de um adulto fazer, Lúcifer sentia raiva é claro, mas seria incapaz de fazer algo contra Noah. Sabia que Stiles jamais o perdoaria por isso.

Conheceu também Melissa, ela era bem famosa, a famosa tia Mel. Stiles a amava como uma mãe, a mulher foi a figura materna de seu filho em vida, o protegeu e o amou incondicionalmente, então Luci já adorava a mulher. Com toda a certeza Noah e Melissa seriam arrebatados por Amenadiel até o céu, e ele seria muito grato por isso.

Umas das primeiras coisas que Luci sentiu ao pôr os pés naquela cidade foi a presença de um Hellhound, um cão do inferno habitava aquele lugar, em seu interior sentia que isso seria algo bem interessante, um dos seus "bichinhos de estimação" o ajudaria na vingança de seu filho.

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Katherine bufou pela milionésima vez, Lúcifer a fez ir às compras,  deveria achar um bom vinho e outros ingredientes nada modestos e fáceis de se encontrar naquela cidade. Julgava um desperdício de dinheiro. A idéia brilhante de Lúcifer de convidar o prefeito e sua esposa para um jantar, com o pretexto de discutir sobre a Lux, mas Katherine sabia da real intenção, se aproximar da banshee e do próprio prefeito, este que segundo Luci era algo sobrenatural. A duplicata achava estranho, Stiles nunca mencionou que esse tal Parrish era alguma coisa. Se perdia em meio às compras até esbarrar em uma moça de descendência asiática, Katherine conseguiu observar sua aura, ela era uma Kitsune. Ela se lembrou, a moça se chamava Kira.

Tirando um bom humor do vazio das trevas, Katherine mostrou simpatia para com a moça, assim fazendo as duas engatarem em uma conversa animada. Stiles tinha razão, Kira era uma fofa, um doce de pessoa. Katherine agora se perguntava como alguém assim se casou com o babaca do Scott? Ela assim como Stiles sentia que tinha algo errado ali e foi investigar.

Ao chegarem no estacionamento do supermercado, após as compras terem sido realizadas, Katherine usando seus dons vampirescos invadiu a memória da Kitsune. Para a sua surpresa não havia memória alguma sobre a morte de Stiles ou sobre aquele dia no México. Alguém tinha roubado suas memórias. A vampira já desconfiava de um certo alpha, ela sabia sobre esse poderzinho dos lobisomens. Stiles ficaria bem furioso com essa revelação.

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Esperando até a hora do entediante jantar a duplicata perambulava pelas ruas de Beacon, a cidadezinha era bem parecida com a sua Mystic Falls, caminhava lentamente aproveitando o sol do fim da tarde até avistar alguém que chamou sua atenção.

Malia.

Discretamente se aproximou da moça que estava discutindo com alguém no celular. Ela ouviu.

"Eu não irei assumir essa criança Malia, eu sou casado!" 

"Mas….."

A ligação foi encerrada, a moça estava entre um misto  de tristeza e raiva. Katherine sorriu diabolicamente, se fez de boa moça e foi consolar a coiote.

Conversa vai, conversa vem, Katherine descobriu o motivo da discussão e quem era a pessoa do outro lado da linha. Informações que seriam bem úteis para mais tarde.

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Chegado o jantar. Lúcifer preparou toda a refeição, Matt arrumou a mesa e Katherine….. bem Katherine estava ao telefone trocando mensagens entre Derek e Peter. Foi extremamente fácil entrar na vida dos dois lobisomens, não demorou pouco mais de algumas horas do primeiro dia na cidade para isso. Atravessou as barreiras impostas pelos dois homens como se fosse um cercadinho de palha.  Fez o que sabia fazer de melhor, os seduziu. Começou com o seu joguinho, iria jogar um contra o outro e estava dando certo. Mas brincar com os Salvatores na sua humilde opinião foi muito mais divertido. Com aqueles dois tudo era fácil demais.

Com a chegada do prefeito e sua esposa, Katherine observou que os dois agiam superficiais demais, os sorrisos, os gestos entre os dois. Agiam como se tudo fosse planejado e acertado. Eles não eram o casal que demonstravam ser. Lúcifer também parecia ter percebido. Com um simples arquear de sobrancelha ela entendeu o recado. Foi se fazer de "amiguinha" da ruiva.

Podemos dizer que a duplicata tinha um charme especial de fazer todos lhe contarem seus segredinhos, que Lúcifer nunca a veja se gabando disso, rapidamente descobriu os podres daquele casamento. Pelo visto o grande prefeito Parrish tinha vergonha da esposa louca e se recusava a ter filhos com ela. A ruiva parecia que iria desabar a qualquer instante em prantos, Katherine não tinha paciência para isso, por isso jogou o prêmio, digo a ruiva para Matt a consolar.

Lúcifer observava atentamente a banshee, ele percebia o descontrole dos seus poderes, como também percebia que a presença da vampira só piorava a situação. Ser uma precursora da morte cobrava seu preço, ainda mais com a morte, literalmente falando, ao seu lado, vampiros, criaturas magníficas.

Parrish parecia adorar a sua companhia, sempre que podia o tocava, sorria a cada palavra dita, seus olhos se iluminavam a cada pequeno gesto do Diabo. Parrish parecia um cachorrinho feliz com a volta de seu dono, o que de fato,não era mentira.

Em um determinado tempo, Parrish se sentiu tão compelido a ficar próximo de Luci, que inconscientemente apoio a cabeça no ombro dele. Lúcifer não esbanjou reação alguma, apenas acariciou os cabelos do homem como se fosse um cachorrinho.

Lydia observava e estranhava toda aquela interação bizarra, mas deixou para lá, se preocupou apenas com a atenção que recebia de Matt.

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Já era de madrugada, após o jantar na residência do Morningstar,  Parrish não quis ir para casa foi direto ao seu escritório na prefeitura, iria trabalhar. Se sentia estranho, a presença do Sr. Morningstar mexia de uma forma estranha com sigo.

Estava tão concentrado em seus trabalho que não notou os brilhantes olhos vermelhos que lhe observavam do canto escuro da sala.

-Cérbero. - a voz grave retumbou por seus ouvidos. Em poucos segundos Parrish sentia seu corpo mudar, seus ossos se expandiram e se curvaram, fogo envolvia seu corpo. Ficou entre quatro patas, pelo negro chamuscado, presas afiadas e retorcidas, garras longas, olhos vermelhos.

-Bem vindo de volta Cérbero - Luci se abaixou e fez carinho em seu "bichinho".

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Fazia três dias que Lúcifer e cia haviam partido para Beacon, Stiles estava animado e apreensivo, sua vingança seria concluída. Foi também nesses três dias que dois vampiros fizeram morada em sua residência. Não havia apenas sexo entre eles, havia troca de carinho, afeto. Era algo estranho para os três, principalmente para Damon e Klaus que passaram de inimigos para amantes. Stiles adorava a interação birrenta entre os dois, trocavam farpas a maior parte do tempo, mas se você analisasse direito veria que a uma nuvem de tensão sexual pairando entre os dois, certeza que se  tivesse chegado ou não na cidade, Stiles sentia que em algum momento os dois compartilhariam a mesma  cama de qualquer jeito.

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Tudo parecia bem, tudo estava bem, menos para uma certa duplicata sem sal. A gêmea xing ling odiou o castanho desde o primeiro momento, mas agora queria sua morte de uma forma ou de outra. Sondou de longe o castanho, sabia que nem ele e nem Maze estavam em casa. Como a boa ratazana que era se esgueirou pela mansão Morningstar, ela havia à invadido. Elena tinha noção do perigo e do que procurava, havia escutado a conversa sobre as armas que foram usadas para matar o Original, em sua mente vazia tinha certeza que aquilo também mataria Stiles. As encontrou no quarto de Maze, desceu até a sala e esperou.

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Stiles estava feliz, voltava para casa depois de um passeio com Damon e Klaus ao seu encalço , Maze estava passando um tempo com Amenadiel então não voltaria  para casa hoje, Stiles aproveitaria isso.

Ao abrir a porta foi surpreendido por uma adaga no peito.

-Te vejo no inferno aberração - Elena cravava a adaga em seu peito, Stiles quis rir, ele realmente a encontraria no inferno, mas não da forma que a duplicata paraguaia achava.

-O que pensa que está fazendo? - Damon avançou na moça a segurando pela garganta.

Elena apesar de estar sendo sufocada sorriu - Horas Damon acho bom me soltar, sabe que Klaus jamais permitiria que algo acontecesse com sua preciosa duplicata. 

Stiles arrancou a adaga do peito assustando Elena. - Ele pode até não fazer nada mas eu vou. -  Stiles brilhou seus olhos, antes mesmo de chegar a Elena, Klaus arrancou seu coração. O corpo sem vida da duplicata agora só era sustentado por Damon, este que logo a largou no chão.

-Duplicata burra, nunca irá tocar em algo que é meu novamente. - Klaus tinha uma expressão furiosa no rosto.

Stiles se atirou em cima dos dois homens - Meus heróis - deu um selinho em cada um. - mas sabiam que ela não machucaria nem uma lasca de unha minha né? Eu posso me defender muito bem sozinho.

-Sabemos disso. - Damon beijou o pescoço de Stiles.

-Mas ninguém toca no que é nosso - Klaus disse e Damon apenas concordou. Klaus agarrou a cintura de Stiles com possessividade.

Stiles sorriu ele havia tirado a sorte grande no amor.