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História Devil's blood (bakudeku) - Cinzas das chamas


Escrita por: giovana_bane

Notas do Autor


Fiquei acordada a noite inteira e decidi postar esse capítulo antes de ir tentar dormir espero que esteja bom
Desculpa qualquer erro ortográfico ou gramatical e tenham uma ótima leitura ♥️

Capítulo 11 - Cinzas das chamas


Midoriya estava recuperando a voz mais rápido que cogitaram. De acordo com a médica que era responsável por seu acompanhamento, a regeneração da sua traquéia e cordas vocais era a mais rápida que já tinha visto na vida.

Ao longo da semana, sua mãe lhe visitava quase todos os dias. Ela levava maçãs picadas, as vezes pratos mais elaborados e conversava sobre tudo. No começo, Midoriya só escrevia, mas com o passar dos dias ele começou a falar. Sua voz estava muito fraca, mas já era um começo.

As visitas dos seus amigos não eram todo dia por não serem familiares, mas sempre que podiam, iam. Midoriya pensava em como ninguém tinha tentando atacar o hospital, nenhum vampiro sequer, pelo menos não que ele sabia.

As coisas estavam tensas na unidade treze. Não tinha só Camie envolvida com toda aquela loucura, haviam mais pessoas envolvidas com uma organização secreta, que ajudava a Liga Escarlate a obter informações e aparecer em locais importantes, conseguir vários aliados.

O pai de Todoroki passou a fazer parte da equipe que monitorava a atividade do hospital. Era diferente dos normais, construído apenas para casos como o seu, casos de ataques de vampiros, drenagem de sangue, coleta, doação e entre várias outras coisas que Midoriya não conseguiu gravar.

Midoriya começou a perceber que Endeavor tentava ter alguma aproximação, as vezes parecia querer falar algo, mas nunca abria a boca. Ele era um senhor estranho.

– O seu nome é mesmo Endeavor? — Midoriya perguntou, sua voz tão rouca que Enji quase não ouviu.

– Não, é um codenome. Usamos para manter o nome em segredo — explicou rapidamente — Só minha família e alguns amigos próximos sabem meu nome verdadeiro.

Midoriya analisou a sua face séria, lembrando de como Todoroki o odiava. Ele não sabia totalmente porque, mas tinha uma ideia. A marca no olho esquerdo do seu amigo já dava uma pista considerável.

– Você quer me perguntar alguma coisa? — Midoriya teve que forçar um pouco mais a garganta para conseguir falar de forma mais clara.

Endeavor arregalou os olhos, coçou a nuca, olhou para o chão e pensou. Ele tinha tantas perguntas, mas Midoriya não conseguiria responder todas. Ele mediu bem suas palavras.

– Do que o meu filho gosta de comer?

Midoriya piscou. Ele estava falando sério.

– Ele ama soba, mas também gosta de pizza e... — Midoriya respirou fundo, pegou o copo disponível de água ao lado da cama e bebeu rapidamente — Sorvete de Napolitano, Soba, muito Soba...

Endeavor parecia esperançoso. Seus olhos brilharam de curiosidade.

– Como ele era na faculdade?

– Ele...era muito inteligente, estudioso, as vezes tinha dificuldades em certos conteúdos, mas sempre conseguia se sair bem — Midoriya pensou em mais detalhes. Ele coçou o cabelo bagunçado e olhou para Endeavor — Todoroki se parece com você em certos aspectos, mas ao mesmo tempo é completamente diferente.

Endeavor apenas ouviu com atenção.

– Ele te odeia e deve ter boas razões pra isso.

Midoriya observou ele franzir as sobrancelhas vermelhas e parecer remoer alguma coisa dentro de si. Parecia triste.

– Ele tem sim, tem várias — concordou com tristeza.

– Você...parece querer mudar e isso é bom, mostre a ele que você quer mudar, mudar por ele.

Endeavor arregalou os olhos e levantou as sobrancelhas, observando Midoriya com surpresa.

Mirio entrou no quarto e se pôs numa pose formal.

– Senhor, precisa ir lá fora!

– Por que?

– Atividade suspeita!

Endeavor e Mirio saíram e Midoriya ficou sozinho. Ele não gostava mais de ficar sozinho em lugar algum. Com todos os acontecimentos recentes, ficar em qualquer sem alguém familiar por perto faz seu coração acelerar e ficava pior a noite, quando os pesadelos vinham.

Bakugou e Rumi entraram no quarto, para sua felicidade. Ela sentou no canto da cama ao lado das suas pernas e observou Bakugou ir até a janela alta a direita.

– Ele tá irritado porque não conseguiu entrar sozinho — Rumi sussurrou para Midoriya.

– Tá achando que eu sou surdo desgraçada? — Bakugou saiu de perto da janela e se aproximou deles, olhando-a deitada nas pernas dele  com raiva.

– Talvez.

Midoriya riu, a voz rouca dando indícios de ser uma risada e Rumi riu também, achando engraçado o som que ele fazia.

O céu estava escurecendo e a cada dia que passava, Bakugou ficava mais preocupado com Midoriya. A preocupação afetava até suas habilidades, deixando-o mais lento, mais tenso, hesitante.

– Quando a sua garganta estiver melhor, vê se não transa com ele logo, vai aliviar o estresse de vocês — Rumi sussurrou novamente e Bakugou arregalou os olhos furioso.

– Não quer tomar no cu não? — as bochechas de Bakugou ficaram vermelhas.

A audição do vampiro captou um grito do andar de baixo, chamando sua atenção. Rumi parou de rir ao ver sua expressão. Ela também começou a ouvir.

– Vamos ficar aqui — ela disse antes que Bakugou pensasse em sair — Qualquer coisa, alguém vai nos avisar.

– Oque foi? — Midoriya quis saber.

– Ouvimos alguém gritar.

Uma onda de medo aumentou as batidas do coração de Midoriya. As coisas estavam indo bem demais. Claro que algo tinha que dar errado.

Um barulho vindo da janela os assustou e Bakugou foi até a vidraça para verificar, mas não havia nada ali.

– Vai se danar! — Bakugou desconectou os fios e curativos e tirou a coberta de cima de Midoriya — Vamos!

Ele conseguia andar, só era um pouco constrangedor sair só com a roupa de hospital, sem mais nada por baixo e sua bunda ficava de fora.

Um dos agentes deu uma calça preta simples para Midoriya, que vestiu com pressa. A maioria deles estavam armados e Endeavor tinha sumido.

– Mas que merda — Bakugou murmurou para si mesmo — Onde aquele infeliz se enfiou.

– Não seria melhor a gente ficar aqui?! — Rumi sugeriu — Se decermos, pode ser que as coisas piorem pra nós.

Bakugou escutou mais berros de vários lugares. Não importava para onde iam, os vampiros sempre acabavam os achando. A situação só confirmava oque Hawks tinha dito sobre um tipo de grupo secreto estar infiltrado na unidade treze, passando informações e cuidando de tudo para a Liga, inclusive dando a localização do hospital onde estavam.

– E se descermos pelas saídas de emergência?! — Midoriya propôs, apontando para as portas vermelhas que tinham em qualquer lugar público mais a frente no corredor.

– Vamos tentar! — Bakugou agarrou sua mão e correu.

Eles eram rápidos demais para Midoriya e isso irritava o vampiro. Ao passarem pela porta, Bakugou o pôs em sua costa e ele segurou firme. Para descerem mais rápido, os dois foram pulando de parede a parede. O prédio possuia 20 andares, mas isso não diminuiu a velocidade deles.

Ao chegarem na porta de emergência do último andar, Rumi colocou a cabeça para fora para verificar se haviam pessoas ao redor. Ao ver que não tinha ninguém por perto, eles saíram e Bakugou pôs Midoriya no chão para correr sozinho.

– Indo a algum lugar?

Toga, Stain, Dabi e mais três vampiros apareceram a esquerda, na saída do térreo. 

– Nem adianta brincar de gato e rato, vocês não tem saída — Dabi disse ameaçador — Decidimos que matar vocês de uma vez por todas vai ser melhor pra Liga.

Eles avançaram como animais em cima de Bakugou e Rumi e Midoriya fugiu. Dabi decidiu deixar seus amigos cuidarem da situação enquanto ia atrás do rapaz.

– Vem garoto, eu não mordo! — sua voz ecoou pelo espaço vasto — Eu vou te pegar do mesmo jeito!

Midoriya corria feito um desesperado, e ainda sim ouvia os passos de Dabi como se estivesse bem perto. Talvez estivesse, mas tinha medo de olhar.

De repente, ele foi empurrado e o impulso o arrastou pelo chão. Dabi se agachou ao seu lado e segurou seu corpo, abraçando-o.

– Já tinha esquecido como você é cheiroso, Izuku Midoriya — disse com malícia.

Os braços de Dabi simplesmente prenderam seu tronco contra o dele, nem se chutasse, batesse com seus braços funcionaria. Os olhos de Midoriya arderam e lágrimas começaram a embaçar sua vista. Ele não estava nem um pouco afim de morrer. Gritava, esperniava, mas quanto mais tentava sair, mais apertado ficava.

– Você parece até uma criança assim — Dabi analisou sua face molhada pelas lágrimas — Não chora moleque, não vai doer nada, pelo menos se você não resistir...

Por um instante, Midoriya ouviu o som da voz alta de Bakugou, o ouviu berrer seu nome, mas ele parecia estar em um sono profundo. Dabi olhou a marca que Stain fez e sorriu, retirando o curativo e vendo os pontos já sarando. Seus dentes rapidamente saltaram para fora da boca, prontos para abocanhar a veia principal e beber do sangue delicioso.

A dor foi insuportável no começo, trazendo Midoriya de volta a realidade, aos sons altos e os seus gritos de agonia. Suas mãos agarravam o casaco de Dabi com força, enquanto sentia os dentes dele perfurarem profundamente, rasgando a pele. Gradativamente, seu corpo foi enfraquecendo, seus braços perdendo o peso e caindo, as pernas não chutavam mais e sua cabeça estava caída. O mundo escureceu lentamente.

Bakugou lutava com ódio, chutando e socando qualquer um que aparecesse a sua frente. Ele não podia olhar para trás ou sua garganta seria cortada por unhas enormes. Rumi saltava para lá e para cá feito um coelho, ela era muito ágil. Bakugou chamou por Midoriya diversas vezes, até poder checar sua retaguarda.

Seus olhos vermelhos viram Dabi beber o sangue dele como se estivesse morrendo de sede. O tronco de Midoriya no colo dele, enquanto o mesmo o segurava nos braços queimados. Era a coisa mais feia que ele já tinha visto em toda a sua vida.

Dabi soltou o corpo de Midoriya e levantou do chão, pisando no líquido vermelho que se espalhava rapidamente pelo concreto. Seus olhos azuis cintilavam e seus lábios estavam sujos de sangue. Ele ria feito um louco e suas mãos estavam estendidas no ar, formando chamas azuis.

– Não é possível... — Bakugou observava com horror Dabi adquirir um poder.




– Eu vou queimar esse lugar até as cinzas.





Notas Finais


MEU DEUS O DABI BEBEU O SANGUE DO MIDORIYA KK eu lasquei tudo sou do mal me perdoem
COMENTEM OQUE ACHARAM e até o próximo capítulo 🥰♥️


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