História Diário de uma funcionária da Umbrella - Página 2: a mansão Spencer

.




                         16 de fevereiro de 1998!

Hoje faz uma semana que fui transferida para Raccon e estou me dando bem nos laboratórios subterrâneos, as minhas análises e pesquisas estão indo bem, Annette parece que esqueceu que eu existo (graças à Deus) e William está me tratando muito bem, como se fizesse parte da equipe há anos. Enfim, hoje conheci também a parte do Serviço de Segurança da Umbrella (também conhecido como U.S.S), e uns dos soldados que chamou minha atenção foi um tal de Hunk, estranhamente ele me chamou a atenção pelo fato de ser frio e não querer nenhum contato, todo o restante da equipe me tratou bem (recebi até cantadas), mas enfim ele é um soldado, precisa se mater distante das pessoas mesmo.

Ah quase esqueci de contar, amanhã irei conhecer a mansão do grande Spencer e também vou conhecer o famoso Albert Wesker, não tive o privilégio de conhecê-lo, o dr.Birkin me disse que ele estava muito ocupado esses dias... mas apesar de tudo, estou com mau pressentimento sobre essa mansão, sei algumas coisas da empresa e me fizeram jurar que não iria contar sobre o lance das pesquisas com armas biológicas, tecnicamente não estou quebrando as regras, afinal estou escrevendo. 

         Quando conseguir tempo, escrevo mais. 

           --------------------\|/-----------------------

Julie estava tomando café quando viu Mag chegar e a cumprimentou com um beijo no rosto.

- Então, gostando da parte dos laboratórios e dos novos parceiros de trabalho?

Mag pegou um copinho com café.

- É, são legais. William está me tratando bem e Annette finge que nem existo, prefiro assim... ah, ontem conheci a parte da U.S.S e eles são incríveis.

Julie franziou as sobrancelhas.

- Que estranho isso, eles nunca aparecem por aqui... o que será que eles estão fazendo?

- O que isso quer dizer?

Julie deu um sorriso amigável para Mag, pois não queria assustar a novata.

- Nada não, deixa para lá... então, hoje você vai conhecer o bonitão do Wesker, né?

- Não sei se vou gostar dele, William fala que ele é meio sistemático.

- E ele é, mas é inteligente, você disse que gosta de homens assim, certo?

   - Cala à boca.

Mag deu um soco de leve no ombro da mais velha e ambas começaram à rir, mas pararam subitamente quando viram a dra.Annette se aproximando.

- Margarett, me encontre na sala de documentos daqui a pouco. Preciso conversar com você.

- Sim senhora.

E Annette se foi. Mag tinha um certo medo dela, mas terminou de tomar o seu café tranquilamente e se despediu de Julie.

- Boa sorte Mag e não liga para ela.

- Valeu, vou tentar ignorar ela.

E ela foi para a sala esperar Annette, não sabia o que a doutora queria, mas rezou para não ser nada demais.
   

              -----------------\|/------------------

Assim que deixou aquelas duas para trás, Annette ligou para Wesker através do interfone da empresa.

- Enfim, ela parece ser confiável e bastante esperta, aposto que ela daria uma boa aluna.

- Sendo tão boa aluna assim, por que você e William não ajudam ela? 

Annette ficou sem palavras, falar que estava com ciúmes? Nunca. Não admitiria isso para Wesker.

- Bom, William e eu estamos ocupados com as pesquisas e você sabe disso, não temos tempo para ajudá-la... você, por um outro lado, tem tudo o que esse menina gosta.

- Parece ser uma boa oferta, mas infelizmente já tenho meus planos e trabalhos. Infelizmente não posso aceitar essa garota como "aluna". 

E Wesker desligou. Maldito seja! Ele mal dera ouvidos à ela. O que ele tinha de tão importante para não poder aceitar a garota?

- "Enfim, eles vão se conhecer hoje e quem sabe Wesker não goste dela e... a Julie não trabalha com ele? Posso tentar conversar com ela sobre isso..."

Seus pensamentos foram interrompidos pelo batido na porta. 

- Pode entrar.

- O que a senhora queria conversar comigo?

Annette ficou pensando no que poderia falar, afinal Albert estragou os seus planos.

- Você vai a mansão do Spencer hoje, certo?

- Sim senhora. Por que à pergunta?

- Margarett, você já está quase uma semana conosco e apesar de você jurar que não ia falar nada sobre a empresa, tem certas pesquisas que não podemos falar abertamente... mas você sabe do T-Vírus, estou certa?

Annette não deixou Mag falar ou confirmar.

- Em todo caso, eu quero que você pegue algumas informações sobre os animais estudados lá... animais e plantas. E é só isso mesmo.

Mag concordou pois não poderia falar nada, afinal esse é seu trabalho. Dito isso, Annette se foi. No fundo Mag ficou se perguntando se era realmente só isso que a doutora queria com ela.

                         ---------------\|/-----------------

Mag pegou seu material de estudo, se dirigiu para fora e achou estranho, mas ao mesmo tempo legal ver um soldado da U.S.S lá. 

Ele estava usando uma máscara de gás e Mag quis pedir para ele tirar aquilo, afinal não tinha nenhum risco ali. Não dava para saber, mas parecia que o homem estava encarando-a.

- Senhora, venha comigo.

- O que? Por quê?

Mag recuou, estava ficando assustada com aquilo.

- Sou Hunk, nos conhecemos ontem e vou levá-la para mansão Spencer.

- Ah me desculpe. É que por conta da máscara não consigo diferenciar vocês, rapazes.

Hunk apenas a ignorou e mostrou um carro da empresa. Mag entrou no lado do passageiro e deixou seu material no banco de trás. 

E se surpreendeu quando Hunk tirou a máscara, parecia ser um homem de uns 28 ou 30 anos. Sério e focado, tinha o cabelo castanho claro e uma barba por fazer. Maggie o achou bonito mas ficou quieta o caminho inteiro. 

- Então você é a nova estagiária da empresa.

Mag tomou um susto, estava nervosa.

- Hã... sim... sou...sou uma bióloga.

- Futura bióloga, né?

Mag concordou e ficou quieta pois do modo como ele falou, achou melhor ficar na dela. Durante o caminho ficou observando o lugar, afinal a visão era linda, as montanhas, as árvores e se recordou que fora por isso que decidirá ser bióloga, a natureza a seduzia e era encantada pelos animais.

- Estamos quase chegando, doutora.

- Por favor, me chame só de Mag...não gosto dessa formalidade.

Parecia que Hunk deu um sorriso, mas preferiu não comentar nada, ela definitivamente havia gostado do agente. 

Chegando na mansão, tinha entendido do porquê Hunk a levará. O lugar era deserto e não era de fácil acesso para motos.

- "Nem mesmo para os carros, mas ele parece que já está acostumado com isso".

Mag ficou encarando o lugar, parecia mal assombrado ou algo relacionado com demônios.

- Então, já pode descer do carro. Chegamos.

Mag olhou para ele e concordou.

- Você não vai entrar?

Ela se sentiu muito besta por ter feito esse tipo de pergunta e ficou se xingando em silêncio. Hunk deu um risada baixa e disse: 

- Olha, desejo boa sorte para você, moça. Sou um soldado e negócio de pesquisas são com vocês.

Hunk fechou a janela e se foi. Mag não sabia se ficava puta da vida consigo mesma ou se entrava na mansão.

- "Enfim, não vai adiantar nada eu ficar aqui como idiota e..."

- Seja bem-vinda Margarett, me chamo Albert Wesker. Prazer em conhecê-la.

Wesker se aproximou e a cumprimentou com um aperto de mão. Ambos adentraram o local e foram em direção aos seus trabalhos.