História Diário de uma Gravidez . Jeonghyo - Diário da Gravidez Versão Jeongyeon

Três meses depois... uh-huh. Bom, por onde começar? Vamos tentar pelo começo.

Jeongyeon, com seu emprego de auxiliar na empresa de construção de seu pai, alugou uma casa pequenina para ela e sua namorada, que ela ainda não conseguia chamar de sua mulher — na verdade, ainda faltava um bocadinho para realmente ser. Como ia dizendo, a casa não era muito grande, mas era perfeita para uma família que estava se iniciando aos poucos. Logo, logo, elas poderiam comprar uma casa ou aquela mesmo, e ir reformando aos pouquinhos, com todo amor que tinham por sua família e onde ela habitava.

Bem, obviamente, essa não é a única novidade. Jeongy abriu um diário pessoal, apenas para contar da gravidez em seu ponto de vista. Também aconselhou Jihyo à fazer o mesmo, mas isso é papo para outra hora.

Até agora, essas eram suas anotações:

Querido diário,

Hoje nos mudamos. Um mês depois de que combinamos, na porta da minha casa, quando Jihyo anunciou sua gravidez e eu quase tive uma crise existencial. Caramba, se eu parar para pensar, vou ter essa sensação toda vez que lembrar que vamos realmente ser mães... Tipo, mães!

Eu pensava que não iria conseguir, pois não consigo cuidar nem mesmo de mim. Mas pesquisei tanto e entrei tão afundo que estou começando a achar que vou dar conta, se tiver o apoio de Jih. Eu espero que sim. No fundo, estou bem ansiosa para conhecer nossa pequena ou pequeno.

Querido diário,

Hoje minha mãe veio aqui e me deu um abraço. Pensei que ela estivesse com raiva de mim por ter me mudado com a Jihyo, mas ela se mostrou perfeitamente solidária conosco. Mas já meu pai... ele mal me olha na empresa. Ainda bem que podemos contar com os pais de Jihyo e, acredito eu, que minha mãe.

Querido diário,

A Jihyo acha que eu estou ficando maluca. Fico tanto tempo enfurnada em livros, pesquisando na Internet sobre como ser uma boa mãe... será que eu estou enlouquecendo? Ou só sendo preocupada?

Querido diário,

Cara, eu nem sei quanto tempo faz desde que nós... acho que deu para entender. Ou melhor, é o meu diário, então, é óbvio que eu vou entender. Está vendo como estou?! Toda vez que eu tento algo, ela fica tipo “Não, amor, eu estou grávida!” — finja que eu não a imitei — e eu não sei como explicar que não faz mal ao bebê. Me sinto uma pervertida. E quando penso no ponto de vista do neném, pronto, acabaram-se meus planos da noite. Ó céus...

Querido diário,

Acho que meu filho ou filha me odeia. Toda vez que a Jihyo sente alguma coisa vinda dele e ela me chama para sentir, eu vou toda empolgada e ele simplesmente para.

É, eu acho que ela tem razão, eu estou paranóica. Mas será que tem como um filho odiar a mãe ainda na barriga...?

Querido diário,

Não existe nada mais satisfatório do que ver a Jihyo feliz com a gravidez. Ela fica horas e horas conversando com a própria barriga, comendo mesmo enjoada, apenas para deixá-lo saudável. Eu amo minha mulher. Até seguro o cabelo dela quando ela... Bom, eu ainda amo ela, mesmo tendo vomitado na casa quase toda. Mas é claro que eu limpo e não deixo ela se esforçar. Nossa prioridade é o bebê.

Querido diário,

Por mais que eu ame minha mulher... ela pode ser um pouco difícil, às vezes... Sabe, quando a gente faz de tudo e ela só consegue chorar, chorar e te xingar? É nessa fase em que estamos. Ó céus, o que eu tenho que fazer para agradar essa mulher? Eu só quero que ela esteja feliz por dois...

Enquanto Jeongy escrevia sobre seu bebê e sua mulher, Jihyo entra na cozinha, pegando uma laranja para comer. Não sabia-se se ela estava de bom ou mal-humor, então, esperou para ver.

Ela sentou-se ao seu lado e ligou a TV. Isso é um não? Então, ela percebeu seu olhar e virou para si, dando um sorrisinho de lado.

— O que foi? — A olhou cheia de intenção.

— O-o que? — fez a coitada até gaguejar. Mas, falando a verdade abertamente, quem consegue aguentar uma encarada de Park Jihyo e ficar de boa?

— Está me olhando... — Deu uma chupada na laranja. — Está afim? — Virou-se para ela, deixando-a um pouco assustada e confusa.

— De quê, meu bem? — perguntou só para ter certeza. Poderia facilmente ser um delírio.

Ela sussurra algumas palavras indevidas em seu ouvido e se senta em seu colo. Jeongy coloca a mão em sua cintura, mas ela faz questão de abaixar mais um pouco. A de cabelos loiros se perguntava o que acontecera à sua mulher, que estava totalmente afastada dela daquela forma e agora estava cheia de vontade. Isso é uma mulher grávida?

— Ah... eu acho melhor não... — Sai de cima de seu colo.

— Ah, mas... — Seu corpo até se ergue sozinho.

— Pode fazer mal ao bebê... E eu estou um pouco enjoada também... — Coloca a mão na barriga e Jeongy já pode prever os próximos movimentos. Era chamar o Raul.

[...]

Querido diário,

Juntamos dinheiro e fizemos nossa primeira ultrassom hoje. O bebê é...