História Diário de uma Malfoy - Décima primeira página

P.O.V Carena Malfoy

Lembrando: nunca, jamais, faça as coisas que Carena Malfoy fez. Ela é retardada, você, provavelmente não.

Eu estou ferrada. Onde eu estava com a cabeça quando eu fiz isso? Eu destruí o quarto dos meus queridos pais. Acabei com todos os pertences deles, e eu estarei forevermente lascada. Disso eu tenho certeza. Eu poderia passar o dia todo explicando o quanto Astoria e Draco são raivosos, mas eu não vou fazer isso, vou dar apenas um aviso: considerem-me uma garota morta.

Rose começou a correr como uma barata tonta pelo quarto com uma lagosta na cabeça. Até Scorpius e Luke pararam para ver, obviamente rindo, e muito. Principalmente quando ela bateu fortemente de frente com o guarda-roupa e caiu no chão com um "galo" na testa. Isso sim é hilário.Sim, eu ri como uma doida varrida até o siri se mexer na minha cabeça. Siri dos infernos!

Coloquei a mão em meu cabelo rezando para Mérlin que o bendito siri não arrancasse meu dedo; consegui tirar o siri endiabrado com um pouco de dificuldade: o ser dos infernos segurou meus cabelos com tanta força que achei que teria que fazer reposição capilar. (N/A: Imagine uma menina loira correndo pelo quarto com as mãos na cabeça, rezando para Mérlin e gritando com medo de perder o dedo. Pronto, você acabou de imaginar a Carena! kkk!) (N/Carena: Olha aqui, Duds, pra início de conversa, eu nem...) (N/A: Quem escreve a fanfic? Quem te criou? Quem é autora mais diva do socialspirit!? Okay, aí não sou eu. Mas se eu quisesse colocar na fanfic que você estava dançando macarena, eu colocava. #3bjs) (N/Carena: Mereço...)

Assim que arranquei o siri da minha cabeça, corri para ver como Rose estava. Me surpreendi ao encontrá-la desmaiada. Pobre Rose. Meu irmão estava debruçado sobre ela, com o olhar perdido; Luke estava sentado no chão, perto apenas assistia a cena com certa vergonha, ele estava assistindo a um momento meio constrangedor entre Scorp e Rose. Sentei-me perto deles também.

– Scorpius, ela só bateu a cabeça. Não é como se fosse morrer. – Expliquei a Scorpius. Meu Mérlin! Que menino dramático. Não sei a quem ele puxou.

– Ah, é? Mas ela não acordou até agora. O que vamos fazer? – Perguntou-me rudemente.

– A namorada é sua. Se vira. – Respondi naturalmente. O pessoal arranja namorado e não quer ter responsabilidade. É grave.

– Ela é sua melhor amiga! – Scorpius gritou. Vai cry, meu filho?

– Gente? – Luke chamou-nos. Nem liguei. Esse acéfalo só nos trás problemas.

– É, mas as regras do jogo eram claras. Para cada menina, apenas UM menino. Você não é surdo. – Respondi com bastante raiva. Se ele está achando que pode me culpar por isso, está muito enganado.

– Quem conjurou o feitiço, genia? – Ah, agora ele quer me culpar pelo feitiço?

– Gente? – Luke chamou novamente.

– Quem me irritou, estúpido? – Perguntei ao asno do meu irmão.

– Você não é a Katy Perry, Carena. Desista! – Ele falou zombeteiro.

– Gente! – Uma jujuba pra quem acertar que ser ridículo falou isso.

– O QUE É, LUKE? – Gritamos eu e meu irmão de uma só vez.

Luke apenas apontou debilmente para a porta, onde estavam parados o senhor e a senhora Zabini, tia Hermine e tio Rony e meus pais. Todos estavam com caras de poucos amigos. É. Estávamos ferrados. Muito ferrados.

Tio Rony, ao perceber que Rose estava desmaiada, foi correndo raivosamente para o Scorpius;

– O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA FILHA, DONINHA JUNIOR? – Gritou enfurecido com Scorpius, que apenas se encolheu. Meu Deus, que veadagem.

Alguém tem que resolver isso logo, porque eu não quero perder meu irmão. Olhei para todos e meus pais me fuzilavam com o olhar. Ah, é. O quarto.

– Tio Rony! Que bom ver o senhor aqui!– Corri até ele e o abracei, ele pareceu bastante surpreso com meu ato. – A Rose estava correndo de mim, ela escorregou e acabou batendo a cabeça no guarda-roupa. Estávamos brincando de pega-pega. Desculpa. – Fiz um carinha de cachorro molhado. As vezes eu até me surpreendo! Sou uma ótima atriz.

– E a lagosta no cabelo dela? – Perguntou-me desconfiado.

– Nosso aquário explodiu! – Mamãe falou surpresa, mas tio Rony levou aquilo como uma resposta.

– Carena, querida! – Tia Mione me abraçou com força. – Creio que teremos que levar a Rose para o St. Mungus. Vamos, Rony? Obrigada pela festa, Draco e Astoria! – Falou e se agachou perto de Rose, indicando para tio Rony se aproximar, em seguida, eles aparataram.

Ficamos apenas eu, Scorpius e Luke no quarto. Junto com nossos pais. Todos nos olhavam como se fossemos morrer neste exato momento. Juro que não tive dúvidas de que isso fosse mesmo acontecer.

– Podem nos explicar tudo agora!

...

Ficamos de castigo! Dá pra acreditar nisso? Eu mesma não acredito! QUEM COLOCA O FILHO DE CASTIGO EM PLENO SÉCULO XXI? Pois é, meus pais. Não, eu não aceito isso. Qual é?! Era só um quarto! E não, não precisava desse drama todo! Eles gritaram tanto conosco que meus ouvidos estão doendo. Jesus, meus pais gritam demais.

Pansy e mamãe nos olharam reprovadoramente e concordaram com o castigo que Blásio e meu pai disseram. E o pior: a Rose se livrou dessa! Não duvido que ela esteja fingindo que estava desmaiada só para não ter que ser castigada. Traíra.

Como se não bastasse, o nosso castigo seria arrumar e limpar o terreno da nossa propriedade. Que saco! Lavar os pratos? Tudo bem! Arrumar a casa? ÓTIMO! Mas catar todo o lixo, de uma das maiores propriedades da área era pra f*der a coisa toda.

Se você visse a cena, juro que riria. Estamos eu, Scorpius e Luke com luvas nas mãos e carregando sacos plásticos pretos. Virei gari agora? Parece que foi.

Parece que convidamos porcos para a festa, sério! Tem lixo por todos os cantos. E quando eu digo por todos os cantos, é todos os cantos mesmo. Achamos até dentro da piscina. Me lembrem de nunca mais deixar meus pais fazerem uma festa!

Estava catando as latinhas de refrigerante calmamente, amaldiçoando até a última geração de Mérlin quando o abestalhado do Luke se aproxima de mim com uma peruca rosa nas mãos.

O olhei sarcasticamente. Eu já desconfiava há um bom tempo que ele era gay.

–Toma, Katy Perry. Pode começar a cantar! – Jogou a peruca para mim.