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História As Desventuras de Uma Staff - Nem Sempre Encontros Inesperados São Desagradáveis


Escrita por: MariaFlor25

Notas do Autor


Dois encontros em situações completamente diferentes podem gerar resultados surpreendentes. Venha vivenciar junto com Helena desse voo cheio de emoções.

Capítulo 3 - Nem Sempre Encontros Inesperados São Desagradáveis


Ao entrar no avião, Helena estava se sentindo a última bolacha do pacote. Sendo muito bem tratada pelos comissários, mal podia acreditar que estava sentada na classe executiva. Uma vez ou outra se beliscava para ter certeza que estava acordada.

A classe executiva bem diferente da econômica, possuía poucos assentos, bem distribuídos de forma que ninguém se sentisse incomodado por ninguém, a fileira possuía seis poltronas bem confortáveis divididas em pares, duas próximas a janela direita, duas centrais e duas próximas a janela esquerda. Helena foi encaminhada ao seu acento que ficava no corredor central bem na primeira fila. Com espaço suficiente para dormir à vontade, em cima da poltrona tinha um pijama, um lençol, um par de pantufas, toalhinha de rosto e um mini kit de higiene com produtos de uma marca que com certeza era muito cara.

– Maravilha! Vou ter uma noite de rainha!

Logo em seguida a classe econômica começou a embarcar e era notório os comentários e olhares invejosos. Provavelmente Helena teria feito o mesmo, mas não hoje, porque hoje ela era a “Dona do Morro”. Rindo em seus pensamentos, tratou logo de explorar sua Tv particular e ver as possibilidades de entretenimento. Percebeu que havia uma série de filmes que ainda estavam no cinema e que poderia assisti-los a noite toda.

- Ahhhhh.....Lucas iria adorar isso!

O comissário de bordo muito atencioso, ofereceu champagne, o que deixou Helena toda animadinha por um momento, mas se controlou para não exagerar, queria lembrar de cada detalhe desse voo depois que o sonho terminasse. Em seguida lhe foi entregue o menu do jantar onde era possível escolher entre carne vermelha, frango, peixe, frutos do mar e pasta, todos acompanhados de salada grega, frutas frescas, pão italiano e uma farta lista de molhos.

O menu de bebidas era tão diversificado que Helena achou impossível todas estarem armazenadas no avião. Como havia bebido champagne, optou por um chá gelado de pêssego e para jantar Rissole de frango com molho aos quatro queijos. Lhe foi servido também uma mini tábua de frios e algumas nozes e castanhas como aperitivo antes do início do serviço de jantar.   

 

Já tinha alguns minutos que ninguém passar pelo corredor aparentando que o embarque havia terminado, porém a poltrona ao lado de Helena permanecia vazia, assim como quase toda a classe executiva. Ansiosa para desfrutar do voo deitou a poltrona suavemente para trás tentando relaxar um pouco. Segundos depois, um grupo de pessoas começou a embarcar. Um grupo grande. A maioria homens de boné com máscaras pretas que cobriam seus rostos deixando apenas os olhos de fora. Todos passavam rapidamente para seus acentos, uns na classe econômica e uma minoria na classe executiva.

A bolsa de mão de Helena encontrava-se pendurada no braço do seu acento levemente inclinada para o corredor, mas até então não estava atrapalhando ninguém e como foi uma das primeiras pessoas a entrar na aeronave, se encontrava levemente irritada com o atraso do voo, mas tentou não fazer disso algo negativo pois tudo estava indo bem até agora.

Até agora...

 

Com olhos fechados e de fone no ouvido, Helena não entendeu como sua bolsa foi parar sob seu colo arremessada de maneira grosseira e hostil. Helena abriu os olhos e se deparou com uma magricela asiática de óculos escuro (provavelmente para esconder a cara de cú) ao lado de seu assento meio que aguardando alguma reação.

 

- Me desculpe, mas sua bolsa está bloqueando o caminho.

Helena estava pronta para dar uma resposta bem caprichada para a cretina magricela burra que mal sabia falar inglês quando foi interrompida com pedidos de desculpas feitos por um homem que estava logo atrás dela.

- Peço desculpas pelo transtorno. Por favor, perdoe-nos. Tenha um bom voo.

Apesar de Helena ter ficado louca da vida com a infeliz, seu coração derreteu com tanta simpatia daquele homem. Era alto (bem alto), magro, com traços asiáticos e um rosto que “Benza Deus”. Seu sorriso resplandecia. Logo em segui, viu o mesmo Homem Lindo falar em uma língua diferente do inglês com a cretina magricela e no que deu a entender a repreendia sendo que a idiota nem ligava pra ele.

Enquanto seu pensamento imaginava mil coisas que poderia fazer com aquele Homem Lindo, Helena percebeu o quanto estava carente e precisa de um relacionamento, mesmo que só para curtir.

Durante esses devaneios, ao seu lado sentou um rapaz que conseguiu apenas com seu belo rosto fazer com que Helena simplesmente derretesse ao ponto de suspirar ....

– O que é isso? Abriram a fábrica dos Homens Asiáticos Bonitos e enfiam todos nesse voo? – Pensou Helena.

- Boa Noite! – Com uma voz aparentemente muito cansada e com o rosto extremamente abatido, o rapaz se mostrou muito simpático com Helena que lhe respondeu quase gaguejando em inglês – Boa Noite!

Com um inglês bem aplicado o rapaz se mostrou interessado e continuou...- Não fique chateada com ela! Ela faz isso só porque quer atenção.

- Infelizmente não tenho muita paciência para esse tipo de garota. Na minha terra isso é falta de porrada.

O rapaz não entendeu a ironia de Helena, mas mesmo assim sorriu gentilmente.

- Prazer, meu nome Jin.

- Muito prazer, eu me chamo Helena.

- Ahhh, como Helena de Troia!? Belo nome...Helena.

Aparentemente uma conversa agradável que fez Helena esquecer por completo a cretina magricela e mesmo percebendo que o rapaz estava cansado ele se mostrava interessado nos assuntos e muito simpático. Contou de seu interesse por gastronomia e como os sabores do Brasil eram bem intensos. Estava a trabalho e precisava chegar nos Estado Unidos bem cedo pois, tinha uma entrevista importante.

Interrompidos pelo sinal de apertar os cintos, Helena perguntou discretamente se ele viajava com uma espécie de caravana pois notou o número grande de asiáticos no voo. Jin explicou que eles eram da Coreia do Sul e estavam em turnê pelas américas. Helena empolgada informou que iria para a Coreia de férias para passar três meses. Os olhos de Jin se arregalaram surpresos e ao mesmo tempo maravilhados.

- Você vai mesmo para Coreia! Ahhh...sinto inveja, ainda vou demorar um pouco para voltar. Uaaaaaa.....Você vai adorar o pais, há tantas coisas para se fazer, comer e lugares incríveis para visitar.

- Talvez quando você voltar para a Coreia possa me mostrar algum lugar legal. Helena já querendo marcar algo com o Boy Magia. Estava mesmo carente.

- Seria um prazer, mas infelizmente não sei quando vou retornar a Seul e mesmo que soubesse é um pouco difícil para mim andar em público sem apoio dos staffs.

Helena não tinha entendido direito, mas achou melhor não perguntar o porquê, afinal a conversa estava interessante e não queria estragar tudo com perguntas invasivas demais.

O avião finalmente decolou e o papo ficando cada vez mais interessante. Incrível como era fácil conversar com Jin. Ele era simpático sabia conduzir uma conversa e sempre se mostrava interessado pelo o que Helena dizia. Segundo ele, era legal falar um pouco sobre assuntos diferentes do seu trabalho e apesar de Helena esta curiosa para saber o que ele fazia não perguntava.   

Alguns minutos depois da decolagem, um senhor coreano meio sisudo se aproximou de Jin e dizendo poucas palavras retornou a seu acento.

- Oh Helena! Me desculpe, mas eu preciso descansar. Preciso dormir o máximo que eu puder nesse voo. Peço desculpas.

- Imagina! Fique à vontade. Eu é que peço desculpas por atrapalhar seu descanso.

- Para mim foi um prazer. Tenha uma Boa Noite!

- Boa Noite! Prometo não fazer muito barulho.

Com um leve sorriso Jin agradeceu com a cabeça baixou o boné tampando seus olhos da claridade e em poucos minutos já se podia ouvir sua respiração mais profunda e calma.

Helena ainda o fitou dormindo por alguns minutos observando todos os detalhes possíveis de se ver. A frase “Que homem lindo!” não parava de repetir em sua cabeça, foi quando percebeu que poderia ser bem inconveniente se alguém a descobrisse babando pelo vizinho de voo.

Xeretando todos os botões possíveis do acento, Helena descobriu que era possível deitar completamente o acento transformando-o em uma cama muito confortável. Nem pensou duas vezes foi ao banheiro trocou seu pijama, colocou sua pantufa selecionou uma animação bem divertida da Disney para assistir e deitou-se confortavelmente em seu acento- cama da classe executiva.

Daria tudo para que Lucas e Jéssica estivessem com ela neste momento. Completamente aconchegada, minutos depois Helena adormeceu, um sono leve, gostoso e quentinho que não duraria muito tempo.


Notas Finais


Preparem-se! O voo só está começando.


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