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História Dias de Guerra - Dia XX - Poseidon e sua vida mortal moderna. Parte I


Escrita por: KimonohiTsuki

Capítulo 20 - Dia XX - Poseidon e sua vida mortal moderna. Parte I


Fanfic / Fanfiction Dias de Guerra - Dia XX - Poseidon e sua vida mortal moderna. Parte I

Dia XX – Poseidon e sua vida mortal moderna Parte I

Poseidon havia começado as guerras santas milênios atrás.

Para enfrentá-lo, catorze guerreiros vestiram armaduras douradas criadas pelos legendários lemurianos. Liderados por Sólon de Áries, Polidoro de Touro, Pollux e Castor de Gêmeos, Mortalha Estirpe de Câncer, Citerão de Leão, Eniato de Virgem, Quilón de Libra, Astéria de Escorpião, Caristo de Sagitário, Tales de Capricórnio, Erisictão de Aquário, Narciso de Peixes e Asclépio de Serpentário enfrentaram o deus e seus marinas e subjugaram Atlântida.

Nesse conflito, Athena além de triunfar sobre o reino do imperador dos mares, também destruiu seu corpo original, forçando-o a se refugiar nos corpos dos descendentes de seu Dragão Marinho, Pytheas Solo. A cada pouco mais de dois séculos, acordava de seu sono e selo para possuir o filho mais velho de seus protegidos, e assim enfrentar Athena uma vez mais.

Isso se repetiu milhares de vezes, e muitos pereceram nessas batalhas, dos dois lados.

Até que entre o fim de 1993 e início de 1994, Shun Kido, unido com a alma do próprio Hades, enfrentou seu irmão mitológico no mundo dos sonhos, conseguindo convencê-lo a finalmente deixar para trás suas guerras intermináveis com Athena, em troca de algo muito importante.

Mas isso é outra história.

Seja como for, pela primeira vez em milênios, Poseidon teria um corpo apenas seu, sem estar possuindo ninguém, ou tendo seu poder usado para ressuscitar falecidas irmãs de traidores.

E esse corpo era o de Neroda Solo, irmão mais novo de Astrapí Solo, um receptáculo que havia ficado sem alma, e que o mesmo Shun havia dedicado-lhe uma parte de seu próprio espírito para que simulasse que tinha uma vida operante.

Agora, 16 anos depois, aproveitava com luxos, muitos luxos, realmente bastantes luxos, uma infância como uma criança normal, como não teve a oportunidade de viver em sua primeira vida, pois assim que nasceu foi imediatamente engolido por seu pai Kronos.

Os Solo haviam se tornado muito mais ricos do que já eram na ocasião que Julian Solo, ainda um jovem adulto, pediu a mão de Saori Kido em casamento em uma exuberante festa.

Toda essa riqueza possuía uma ligação direta com os planos do atual imperador do submundo, que com o apoio de Sorento, conseguiu traçar um caminho de grandioso sucesso financeiro para a família que aceitou, de bom grado, milênios atrás, abrigar a alma de um deus particularmente instável.

Não podia reclamar dos desfechos que esses planos ardilosos do imperador dos mortos tinham, não podia negar que a vida de um menino rico tinha sido o melhor que tinha experimentado em sua existência até agora, mesmo que ainda sentisse falta de um pouco de ação, em sua vida completamente segura.

Porém, conseguia aliviar um pouco essa saudade de brandir seu tridente no meio de um campo de batalha com uma invenção moderna que muito chamava sua atenção desde que ganhou seu primeiro exemplar, aos cinco anos, quando recém começava a recobrar suas memórias através das visitas de Shun ao mundo dos sonhos, um Nintendo DS lite.

Basicamente, um Vídeo Game.

Vídeo Games, ao menos aqueles que não eram portáteis, usavam TVs para funcionar, formando assim cavernas de Platão com sombras coloridas e interativas, nelas podia ser um aventureiro de gorro verde que era amigo de homens peixes, ou mesmo um encanador que cruzava mundos através de canos, uma bolinha rosa que poderia engolir e se transformar em qualquer coisa, as possibilidades eram infinitas!!

Por isso, quando se encantava com esses mundos imaginários e tão criativos, conseguia até mesmo esquecer seus anseios de guerreiros, se deixando levar por uma aventura que não possuía consequências mortais e mundialmente catastróficas.

Nesse dia especial, como muitos outros, estava sentado em seu quarto ridiculamente grande jogando um desses vídeo games com seu melhor amigo, e futuro Dragão Marinho, Havok, filho de seu marina Sorento e de sua general Thetis, um amigável metamorfo, que beirava apenas os seus seis anos, seus cabelos curtos chegando retos até seus ombros, enquanto sua franja era presa numa presilha de peixinho para trás, um detalhe dado por sua mãe.

- ISSOOOOOOO!! EU GANHEI DE NOVOOO! – Pulou de felicidade em sua cama macia, que fazia o pular sobre os lençóis soar como um movimento de uma cama elástica, forçando o mais pequeno a se agarrar na lateral do leito para não cair – LIIDEEE COM ISSOOOOO!! NINGUÉM É MELHOR DO QUE O GRANDE NERODA NUMA BATALHA MORTAL!

-... Mas é só Mario Kart – Disse a voz infantil inclinando a cabeça – Não tem nada de mortal em Mario Kart.

- E aquele casco com raios que eu enviei DIRETAMENTE na sua cabeça quando você estava em primeiro lugar? – Refutou, cruzando os braços com expressão arrogante. – Aquilo definitivamente, DEFINITIVAMENTE matou você!

- Na verdade só me tirou do primeiro lugar – Desceu do leito com cuidado, já que seus pés ainda não alcançavam o chão, pois a cama de dossel estava há pelo menos meio metro do chão.

- Você diz isso porque nunca recebeu um raio daqueles na sua cabeça – Disse em um murmúrio sombrio, que o mais novo não escutou – O que foi? – Seguiu em voz mais alta vendo como seu amigo deu alguns pulinhos para conseguir abrir a porta.

- Senhor Solo, Senhor Havok, mestre Io os espera no salão de vídeo do terceiro andar. – Uma jovem empregada disse com educação e poupa, ainda assim, sorrindo para eles – Ele tem um presente para vocês.

- UUUM PRESEEEENTEEE!! – Berrou dando um salto realmente preocupante para o chão, quase levando seu vídeo game consigo no processo – VAMOS HAVOK!! VAAAMOOOS!!

- Obrigado Helena – Disse educadamente o pequeno filhote de dragão, antes de ser imediatamente arrastado pelo mirim dono da mansão.

Ambos correram em direção ao terceiro andar, quase atropelando um homem de aspecto frágil, apesar da aparência jovem, que recém saía de um dos cômodos.

- Cuidado ao correr assim, podem acabar se machucando – Dizia a voz suave do homem de longos cabelos azuis e pele levemente morena.

- FOI MAL ASPÍ!!! – Exclamou seu irmão mais novo quase derrapando na porta que dava para o salão mencionado, que ficava  antes de uma grande janela.

Se esforçou para não arrancar a porta das dobradiças quando abriu a entrada para o lugar, e seu coração quase saiu para fora como quando seu pai Kronos conseguiu acertar-lhe com um golpe certeiro no peito durante a titanomaquia.

- NÃO PODE SER!!!! – Correu e se jogou de joelhos em meio a dezenas de almofadas que se encontravam naquele salão, seu olhar fixo num gigantesco projetor que mostrava uma impecável computação gráfica em alta resolução.

- Eu sabia que você ia gostar – Comentava um de seus marinas, Io de Scylla, com um sorriso arrogante, as mãos na cintura vendo como o irmão mais novo de seu senhor quase tinha um ataque enquanto passava seus dedinhos pela negra carcaça de um Playstation 3. – Viu só Kasa? Você me deve 10 euros.

Um homem de corpo corpulento, dentes afiados e cabelos negros curtos e espetados virou o rosto, grunhindo baixinho.

- Por que você achou que ele não ia gostar? – Questionou confuso outro homem, alto, de porte elegante, longos cabelos castanhos e pele alva, Bian de Cavalo Marinho – Você sabe que ele ama vídeo games.

- Eu achei que ele preferia coisa da Nintendo – Resmungou o português. – Achei que não ia gostar de ganhar um Sony.

- Ele só tem nove anos – Apontou com ironia, como se fosse óbvio. – Duvido que ele saiba ou se importe com a diferença, veja – E apontou para o caçula.

- ÉEEEEE UM PLAAAAAAAAAAAY TRÊEEEEEEEEEEEEEEEEES!! – Gritava saltando em círculos pelas almofadas do cômodo, levando consigo um atrapalhado Havok que tropeçava em seus próprios pés.

Io ria da satisfação do pivete, não era o fã número um do menino travesso e mimado, excessivamente mimado, principalmente por seu pai e Sorento, que o tratavam quase como se fosse o próprio Poseidon, ainda assim, era engraçado ver como se animava com algo que seu dinheiro seguramente podia comprar.

- Papai não tinha me dado um porque empurrei minha professora da escada – Resmungou o pequeno, cruzando os braços – Como ia saber que isso era errado?!

-...Isso é meio óbvio – Colocou exasperado Kasa.

- Mas ela me proibiu de continuar brincando na piscina, eu AMO nadar, ninguém pode me proibir de nadar quando eu quero!

- Não é assim que as coisas funcionam Neroda – Disse Bian com paciência, chamando a atenção do garoto – Ela te proibiu porque sua aula de natação tinha acabado, há regras nesse mundo que precisam ser respeitadas.

A criança fez um muxoxo com a boca, sentando-se de braços cruzados, claramente irritada.

- Bian tem razão – Reforçou Io – Isso que você fez foi muito errado, e seu pai está certo em te castigar - Colocou, tentando simular um tom de reprovação - Mas como você vem se comportando desde então, e até pediu desculpas para sua professora, nós conversamos e achamos que você merecia o presente, não apenas isso - Seu sorriso abriu ainda mais, mostrando que atrás de suas costas vinha escondido um título de vídeo game - É claro que não te daríamos apenas um console sem nenhum jogo, não é? Considere esse um presente de aniversário de todos nós para você.

Os olhos azuis do menino brilharam radiante, pegando em suas mãos uma caixinha de dvd que possuía na capa um homem de corpo branco, musculoso, em que se lia God of War III.

- Do que é esse jogo? - Perguntou Havok curioso, tentando ver por entre os dedos de seu amigo.

- Sinceramente eu não sei - Io deu de ombros - O vendedor me disse que era sobre mitologia grega, então vocês vão gostar.

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