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História Dias de Paz - Dia XXVIII O começo do Partenon Parte II


Escrita por: KimonohiTsuki

Capítulo 28 - Dia XXVIII O começo do Partenon Parte II


Dia XXVIII – O começo do Partenon Parte II

-...Eu queria-

Porém foi interrompida, quando uma exclamação de dor latente, por parte de Escorpião chamou a atenção de ambos.

Sem dizer nada, o aquariano rapidamente entrou no quarto, a chinesa, um pouco surpresa, apenas ficou observando da porta.

Camus ajoelhou-se e levou a mão para a testa de seu amigo, fazendo uma expressão de desgosto.

-  O que houve...? – Se aventurou a perguntar, levando as mãos ao coração.

- Ele está com frio – Respondeu sem se virar. – A febre causa mudanças de temperatura constantes. Se fosse ao contrário, eu poderia ajudar mais...- Então levou a mão ao próprio pescoço, passando-a por uma corrente que parecia pertencer a um colar, que levava oculto embaixo da camisa. Ponderou, até se voltar a Shunrei – Eu vou cuidar dele, assim que a febre baixar irei procurá-la e ajudar no que puder.

- Talvez eu possa fazer algo para ajudar. Com licença – Insistiu a chinesa, entrando no quarto, e ajoelhando ao lado do aquariano -  Sempre que Shiryu gripava, eu fazia um remédio caseiro com extrato de ervas chinesas, ajuda bastante quando o paciente sofre com variações de frio ou calor. – Dito isso, ela colocou as mãos numa bolsa lateral que levava, e de lá tirou um potinho transparente com um conteúdo entre esverdeado e bege – Eu costumo andar com alguns desses comigo quando saio com Shoryu, ele tem uma saúde muito boa, ficou doente poucas vezes, mas uma mãe tem que ser preparada.

Camus pareceu hesitar, retirando a mão de seu colar.

- Não precisa se preocupar, eu já dei o remédio que Kiki preparou há pouco tempo.  

Ia desistir e se levantar, mas logo lembrou-se de seu voto após o casamento. Tinha que aprender a se impor melhor.

- Eu realmente acredito muito em Kiki, mas sem querer diminuir a medicina ocidental, a medicina tradicional chinesa funciona por meios naturais, não entraria em conflito com o remédio, só ajudaria ele a melhorar. – Insistiu, educadamente.

Camus respirou fundo, acabando por acatar com um aceno de cabeça, recebendo o pequeno pote em mãos.

- Você só precisa colocar uma colher de chá na boca dele.

Desse modo, Aquário. mediu usando-se da tampa e inclinou-se até o grego, com uma das mãos abriu seu maxilar sem encontrar resistência e logo fechou, inclinando sua cabeça para ajudá-lo a engolir, o que aconteceu naturalmente. Para então voltá-lo ao travesseiro.

Enquanto fazia isso, Shunrei observava a preocupação no rosto normalmente estoico do aquariano, que observava as reações do amigo, enquanto voltava a verificar sua temperatura.

Por um momento, a chinesa não pôde deixar de se lembrar da relação que Shiryu tinha com seus meios irmãos, uma relação que se viu muito perturbada depois da morte de Shun.

 - Vocês são muito próximos. – Atreveu-se a comentar.

Aquário voltou-se novamente a ela, dessa vez sentando-se no chão.

- Nos conhecemos desde os cinco anos, creio que é natural. – Se limitou a dizer.

- Entendo. Como Hyoga era próximo de Shun, imagino. – Observou – Deve ser muito bom ter amigos assim, minha vida sempre foi apenas eu, Shiryu e nosso mestre, poucas vezes eu ia para o vilarejo próximo. Foi muito surreal começar a viver no santuário.

- Imagino.

Apesar das respostas mínimas, a chinesa já se sentia vitoriosa de conseguir iniciar e manter razoavelmente um diálogo com alguém tão isolacionista como Camus. Havia sido tão difícil quanto foi com Shura, mas tinha conseguido.

Após isso o outro levantou-se, apenas para juntar alguns cobertores de um velho armário que o quarto possuía, e distribui-los com a ajuda de Shunrei.

Aos poucos, a expressão de Milo foi suavizando, até que pareceu estar simplesmente dormindo.

- Obrigado pela ajuda – Tornou a falar Camus, voltando a se sentar próximo ao leito de seu melhor amigo, ela o acompanhou.

- Não se preocupe com isso, agora, mais do que nunca, eu também me sinto um pouco responsável por todos vocês. – Confessou, sentindo-se um pouco envergonhada por isso – Todos são pessoas simplesmente incríveis, que eu possa fazer o mínimo para ajudar me deixa muito feliz, na verdade, é sobre isso que queria falar com Milo.

O aquariano nada disse, apenas seguia observando-a, então resolveu seguir.

- No meio de abril, terminarão as reformas do Partenon. – Explicou – Shiryu tem o objetivo de fazer daquele lugar um templo de conhecimento, instruindo as futuras gerações não apenas na arte da guerra, como também nos conhecimentos do mundo.

- Sim, ele já nos disse isso.

- Eu e Shiryu estivemos pensando em começar com aulas de grego, os aprendizes que o mestre e o senhor Shion trouxeram para disputar as armaduras de prata ainda tem muita dificuldade para se comunicar, e Milo parece ter muito conhecimento sobre seu idioma – Resumiu, vendo com certo orgulho que Camus a ouvia atentamente. – Eu queria que pudéssemos começar a ensinar os menores juntos, eu e ele.

- Ele tem – Confirmou Aquário – Quando éramos crianças, ele me ajudou a alfabetizar-me no grego, e agora faz o mesmo por Soleil – Voltou-se ao escorpiano – Milo sempre foi um heleno muito orgulhoso de seu País de origem, sua linguagem, seus costumes, seus escritores e pensadores. Além da arte das palavras fazer parte de seu treinamento como cavaleiro da oitava casa.

- Acha que ele iria aceitar? – Questionou, um pouco ansiosa – Ele parece...Difícil de convencer.

- Não vou negar quanto a isso – Simplesmente respondeu – Milo pode chegar a ser muito teimoso quando quer. Porém, se você elogiar seu idioma, sua forma de falar, qualquer coisa grega, ele facilmente aceitará, afinal, sempre se deixou levar muito por seu orgulho.  

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Continua.  



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