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História Dias pálidos. - Fear or courage


Escrita por: KarlaOuverney

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 4 - Fear or courage


Fanfic / Fanfiction Dias pálidos. - Fear or courage


10:00 am.

As dez horas, o sinal avisava o intervalo.

Lil sentada do outro lado da sala, perto de Josh, e de mais alguns colegas, e eu do lado contrário da sala. Ela se levantou com entusiasmo e veio em minha direção...

Ei, vamos para a quadra? Preciso fumar!

 — Cigarros... Quantas vezes terei que te lembrar que isso é uma merda pra saúde?

Ela riu com as sobrancelhas franzidas, como se discordasse mas aceitasse o que eu disse.

 Você e sua mania de querer proteger as pessoas...

Eu dei um sorriso falso, tão falso que ela o ignorou e pegou na minha mão esquerda e me arrastou pra fora da sala, até a quadra.

Eu e Lil éramos amigos a alguns meses, ela era tipo a "bad girl" da cidade, fazia tudo que dava vontade.

10:10 am. 

Nos sentamos na grama ao lado da quadra, o vento estava tão forte que ela quase não teve sucesso em acender o cigarro.

Meu cabelo batia inquietamente em meus olhos, eu precisava cortar aquilo! Olhei de canto para Lil. Seu batom vermelho escuro impregnava o filtro do cigarro, o deixando todo manchado. Nossas pernas estavam cruzadas; ela olhava para o céu enquanto a fumaça saia pelo seu nariz e sua boca, vindo sempre em minha direção.

 Vou morrer intoxicado daqui a pouco.

Ela riu da minha piada fracassada.

Me conte, como cê está? Não deu para eu falar com você nos últimos dias, não responde minhas mensagens...

Olhei para ela, e para seus joelhos aparentes pelo rasgo da sua calça jeans desbotada.
Respondi:

Eu estou com sonhos perturbados. Não consigo dormir... essa noite eu poderia jurar que eu não estava no meu quarto, enquanto eu dormia.

Ela passou a mão pela testa, como se aquilo fosse tenso. E deu uma risadinha ao soltar a fumaça do cigarro.

Tem certeza? Acho que tudo isso está te deixando um pouco... "paranóico", não acha?

Olhei como se fosse ignorar aquilo, mas, eu não ia.

É sério. Sei que não costumo falar sobre como me sinto, mas estou bem, sinto falta de James, mas ainda sinto ele perto, enquanto durmo, tive pesadelos constantes antes dele se suicidar. Coisas estranhas vem acontecendo desde ontem.

Ela me olhou um pouco incrédula.

Quais coisas? Sabe que eu me interesso por isso, né?

As mãos dela percorriam sua calça, enquanto ela levantava da grama, limpando as folhas agarradas na mesma. E eu respondi à pergunta enquanto fazia a mesma coisa.

— Sim... Mas não acho seguro falar aqui, não sei o que é exatamente!

Ela me puxou novamente para sala, eu parecia mais um saco de batatas arrastado por um feirante, do que realmente uma pessoa.
Alguns metros dali, Ana avistava aquilo, mas estava mais preocupada em beijar algum aluno qualquer da faculdade.

Pare de olhar para ela! Você parece que gostar da palavra "corno". Não é possível!

Eu ri fortemente daquilo.

Já parei! Já disse, dela distância faz bem...

Ela respondeu revirando os olhos.

10:45 am.

A aula ainda tinha mais 2 infinitas horas.
Peguei um dos poemas amarelados e li novamente... Aqueles poemas pareciam ter anos, décadas. Minha curiosidade aumentava cada vez mais, porque James também tinha um?!

11:20 am.

Eu estava perdido nos meus pensamentos relacionados a James, quando sinto uma bola de papel amassada batendo na minha cabeça.
Hmm... era de Lil! Abri em seguida.

"Fiquei curiosa sobre suas experiências sobrenaturais. Passa lá em casa hoje à tarde."

Olhei para ela, e dei uma piscada em resposta.

Ela passou a língua entre seus lábios vermelhos e deu um sorriso. Revirei os olhos, mas sorri em seguida.
Ela gostava do Josh, mas gostava ainda mais de provocar. Ele era tão tapado, que não entendia aquilo, tudo que eu podia fazer era rir mesmo.

12:30 pm.

A aula tinha tido um fim, finalmente! Que demora, pareceu anos dentro daquela sala.

Pelo menos a Ana não frequentava minha sala. Ela era da sala que James frequentou...
Todos saíram em direção à porta, e Lil foi também. Ela me viu e mandou um "beijo" de longe, eu acenei e fui para o ponto de ônibus, eu não estava querendo usar o carro por uns dias, não estou me concentrando o suficiente para isto.

12:45 pm.

Me sentei em um dos bancos ali.
Bancos brancos, e o chão acizentado pelo cimento. O local estava deserto, cidade pequena é assim. O vento era predominantemente na cidade inteira, estava tão forte que eu quase me sentia arrastado pelo mesmo.

Espera... que barulho foi esse?

Olhei para o chão, lá estava um papel! Amarelado como de costume. Abaixei rapidamente antes que o vento levasse ele arrastado também, aí seríamos eu e o papel.
Nesse não tinha mariposa, apenas um poema um pouco mais sombrio:

" Toque em mim. Sinta o medo que evapora pela minha pele pálida e fria. "

 

Assinado novamente como "—Lucy".
Tais fatos nunca ocorreram comigo antes, eu não sei se eu estava sentindo medo ou coragem ao extremo.
O ônibus chegou, botei o papel em meu bolso, e fui para casa.


Notas Finais


A continuação dos próximos será extremamente importante, então, se puder, leia em seguida! <3


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