História Differences - "Accident"

POV'S CAMILA

Las Vegas é um lugar realmente lindo, pena que já não estou lá. No aeroporto de Nova York um frio gélido soprava, pus as mãos no bolsos do sobretudo preto que eu trajava para de algum modo me aquecer. Fazia alguns minutos que eu estava a espera de Garrett, o meu motorista e amigo. Um chofer a qual eu confio a minha vida. Logo o carro preto de vidro escuro chega em meu campo de visão e eu sorrio em alívio. Pego a mala preta que estava junto a mim e caminho em passos rápidos.

— Srta. Cabello – Garrett cumprimenta abrindo a porta em seguida.

— Garrett – deixo um sorriso caloroso para o mesmo e antes de entrar aceno para Bob e Sean que estão em carros diferentes.

Logo atrás. Bob e Sean são dois dos meus seguranças que me acompanha para todo os lugares.

Sento no banco de couro e relaxo completamente, logo estaria em casa, depois no escritório.

— Posso lhe perguntar como que foi em Las Vegas? – Garrett pergunta ajeitando o espelho do carro.

— Claro, foi ótimo. É bom trabalhar com pessoas competentes, alguns não são o caso, mas em Las Vegas deu tudo certo. – sorri para o homem que se deu por satisfeito.

Peguei o meu celular discando sem muita pressa o número de Dinah. Chamou uma, duas, três vezes até ela atender.

— Issartel, como é bom ouvir a sua voz – falou em um tom brincalhão.

— É bom ouvir a sua também, Jane, mas sei que enjoarei a qualquer momento. – ela riu e suspirou em seguida.

— Eu preciso que você venha diretamente para o escritório, o caso do mês passado tem que passar pelas as suas mãos. – Dinah disse séria, o espírito profissional logo tomou conta de mim e pedi para Garrett mudar a rota.

             * * *

— Srta. Cabello, chegamos. – Garrett avisa, ele sai do carro dando volta no veículo abrindo a porta para mim. Sorrio em forma de agradecimento e pego a minha maleta e colocando o óculos escuro em seguida. Ajeito o sobretudo e me viro para Garrett.

— Peça para Sean deixar o carro e mande-o voltar com Bob. Serei rápida, então, não preciso que me espere.

— Entendido, senhorita. — Encaro o grande prédio à minha frente e sorrio satisfeita por todo o duro que eu e minha equipe passamos, tive dificuldades para erguer esse escritório e hoje ele é um dos mais famoso de NY.

Cabello Issartel. O escritório de advocacia onde se encontra os melhores advogados dos estados unidos, tanto Criminal, familiar, fiscal e entre outras áreas. Cruzo a porta de entrada e todos ali presente me encaram e em seguida voltam a trabalhar.

Austin, o manobrista salta da cadeira onde estava relaxado e fica de pé. Lhe lanço um olhar rápido e duro e vou para o elevador, a caixa de metal me leva para o último andar onde Dinah me recebe com os seus braços calorosos.

— Não acredito que você cortou o cabelo, ficou linda. – Dinah sorriu e me entrega os documentos.

Pego os papéis necessários e vou para a minha sala, deixo o sobretudo no sofá de couro que tinha alí. Pedi a Hannah para não me passar ligações ou me perturbar.

Não deu nem trinta minutos o telefone tocou, levo um pequeno susto e deixo as folhas de lado pronta para dar um bom sermão em Hannah.

— Maninha, diz para essa sem sal da sua secretária me deixar entrar – A voz fina de Keana soa do outro lado. Sento bufando na cadeira.

— Mais respeito com Hannah. Passe o telefone. – o breve silêncio se faz antes da voz tremula de Hannah se desculpar.

— Tudo bem, Hannah. Deixe-a entrar. – digo sem humor e desligando em seguida. Pego um copo e me sirvo uma boa dose de whisky.

Keana não demora a entrar em minha sala, repouso o copo na minha mesa e encaro a minha doce irmãzinha.

— Preciso de um favor seu – joga a bolsa cara em cima da mesa e senta em uma das cadeiras. — Mamãe cortou a minha mesada e isso é o cúmulo!

Sento em minha cadeira e encaro a jovem infeliz a minha frente. Nego com a cabeça rindo em seguida.

— E você espera que eu possa dar dinheiro para você sair por aí gastando loucamente com esses adolescentes que você chama de amigos? – perguntei abismada pela a cara de pau de Keana.

— Não vai lhe fazer falta, Camila – respiro fundo e pego o bloco de cheque. Um sorriso grande se faz presente em seu rosto.

— Ok, de quanto você precisa?

— Cinco mil e quinhentos já tá ótimo. – diz simples.

— Cinco mil e quinhentos? Ficou louca? – pergunto perplexa, onde essa garota ta com a cabeça? — Cinco mil já tá ótimo.

— Nah, cinco mil e quatrocentos?

— Cinco mil e duzentos e não falamos mais nisso – assino o valor e a minha assinatura e entrego o cheque em sua mão.

— Brigada, Maninha. Adorei o corte de cabelo – Solta beijos e uma piscadela antes de pegar a bolsa e ir embora.

Volto a sentar e assinar os documentos.

        * * *

— Eu já vou indo, tenha uma ótima manhã. – Desejo a Hanna e coloco o meu óculos escuros. Destravo a minha BMW 750Li M Sport e antes de entrar na mesma, olho para os lados.

As ruas de NY estão tranquila e tempo estava meio nublado que, para mim é perfeito. Troco a rota que eu faria até a minha casa e entro em alguma rua que me levaria a um café. O meu celular toca, pego os meus fones e logo atendi sem olhar quem era.

— Mila, já está em casa? – a voz de Dinah saiu rápida sem me dar chances de dizer um "alô".

— Não, vou parar para tomar um café.

— Bob e Sean estão com você, certo? – pergunta e eu mordo o lábio inferior.

— Não... Vai ser coisa rápida, juro – respondi nervosa e dei um sorriso amarelo mesmo ela não vendo.

— Camila! Você sabe que é perigoso andar sem um deles. – censura ríspida. — Enfim, você pegou a folha três do caso do mês passado? Não estou encontrando...

— Oh, sim, sim, deixa eu conferir se é essa mesmo... Droga!

— Algum problema? – Dinah pergunta do outro lado.

— Não, tudo sobre controle – Encaro a folha no chão do carro e suspiro, olho para a estrada e não vejo ninguém na rua. Abaixo rápido e pego a folha, eu poderia parar em algum acostamento? Poderia, mas eu não arriscaria de novo.

Quando voltei a atenção a estrada levei o maior susto da minha vida. Pisei no freio e rezei para não machucar a pessoa que estava a poucos metros. O carro parou e a caixa que essa pessoa carregava foi para o chão com o susto, era uma garota.

Me desfiz do cinto de segurança e abri a porta do veículo rapidamente, fui nervosa até a garota que ainda estava em choque.

— Machuquei você? – perguntei apreensiva, ela negou e pegou a caixa juntando alguns ursos que estavam no chão. — Me desculpa eu não vi você.

— Tudo bem, eu só... Você quase me matou – murmurou com os olhos baixos. Engoli em seco e encarei ela. Ela era linda...

Ela me fitou e depois saiu andando indo ironicamente para um café do outro lado. Acompanhei ela em silêncio, abri a porta para que ela passasse e pedi licença antes de pegar a caixa que ela tinha nos braços. Ela sorriu e em anos eu me derreti com aquilo.

— Lauren, está atrasada! – uma linda negra chama a atenção dela que encolhe os ombros. Logo a mulher me encara, não deixo intimidar. — Desculpe, estamos fechados, volte em algumas horas.

— Mani! Essa moça me ajudou – diz docemente e me encara sorrindo.

— Eu sou a Camila, Camila Cabello. – estendo a mão em sua direção, ela pareceu surpresa, más logo apertou a minha mão em cumprimento. — Peço perdão mais uma vez pelo o incidente.

— Sem problemas, mas tenha um pouco mais de atenção. Pode evitar acidentes. – ela diz e eu fico envergonhada. Uma menina que devia ter uns quinze anos estava me dando um sermão mais que merecido.

A sua amiga lhe chama atenção e pede um segundo antes de arrastar a garota para trás do balcão.

Resolvo observar o lugar, era rústico e tinha uma bela aparência. O cheiro de café em minhas narinas era maravilhoso.

Olhei o meu relógio e já passava das horas que eu estava acostumada a passar sem algum segurança.

— Esse é o meu cartão, se eu puder ajudar com algo não exite em me procurar. Peço perdão mais uma vez – estendo o cartão dourado e sorrio culpada. Ela pega e sorri, os seus dentinhos maiores eram fofos...

Deixo o café com a cabeça cheia e destravo o meu carro dando partida em seguida.

Lembro da jovem que tinha os olhos lindos e sorrio. Eu certamente voltaria à esse café.

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