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História Different World - Capítulo I (1)


Escrita por: 0Heartbreaker0

Notas do Autor


Oieeee

Sério, me desculpem a demora, eu não esperava que fosse demorar tanto assim, mas eu me enrolei com tudo que fui possível

Bem, sem mais demora vamos ao capítulo :3
Espero que gostem!

Capítulo 2 - Capítulo I (1)


Fanfic / Fanfiction Different World - Capítulo I (1)

O feixe de luz solar entrava no quarto, porém a baixa luz criada no ambiente não fazia-a parar de dormir. Apesar das circunstâncias, ela continuava enrolada em seu cobertor quentinho, a única coisa que foi capaz de fazê-la se mover fôra o alarme de seu celular, que voltava a tocar mais uma vez naquele dia.

A morena se remexeu um pouco na cama, até que finalmente decidiu que estava na hora de acordar, afinal, teria que fazer isso alguma hora e já tinha prolongado bastante. Esticou o braço e desligou o irritante barulho que ecoava pelo quarto.

Segurou o celular e trouxe para perto de si, para então poder ver suas novas notificações e no meio de algumas que não acrescentariam nada a sua vida, uma se destacava. Uma quantidade anormal de mensagens em um grupo específico.

Ela abriu o grupo e começou a passar o olho por cima da conversa, lendo algumas mensagens, as do início, para entender o que estava acontecendo, as do meio que pareciam se destacarem mais por estarem em caps lock e as últimas para ver no que acabou.

⋆ Três é Demais ⋆ 

[08:41] Dona do Maternal: Espero que vocês não tenham esquecido que marcamos pra hoje.

[08:41] Dona do Maternal: Porque se vocês tiverem esquecido, eu vou meter a porrada em vocês.

[08:42] Rainha da Razão: Amorosa como sempre você ein.

{...}

[09:01] Dona do Maternal: SENHORITA ROSE, VOCÊ ESTÁ ATRASADA.

[09:01] Rainha da Razão: Acho melhor você vir logo, porque se continuar assim ela vai quebrar uma mesa, uma cadeira ou algo do tipo.

[09:01] Dona do Maternal: Eu vou quebrar alguma coisa mesmo

[09:01] Dona do Maternal: VOU QUEBRAR A CARA DELA

{...}

[09:59] Dona do Maternal: Se você chegar aqui atrasada e falar que era porque estava dormindo.

[09:59] Dona do Maternal: DE NOVO.

[10:00] Dona do Maternal: Você irá se arrepender.

[10:13] Rainha da Razão: Estamos te esperando ainda, entretanto, vê se não demora muito viu.

[10:13] Rainha da Razão: Estou mantendo o monstro calmo, por enquanto. ❞

A morena acaba por ficar confusa com o acontecido, se perguntava o que estava acontecendo, não havia entendido muito bem, até que leva os olhos ao horário, presente no topo do lado direito da pequena tela, e nesse exato momento, tudo parecia começar a se encaixar. 10:45 era o horário que marcava o aparelho.

No desespero ela acabou dando um salto da cama, não entendia como isso poderia ter acontecido, havia colocado um alarme para às 8:00 e só colocou o mesmo no modo soneca três vezes, nada mais que isso, então como teria se passado quase três horas?

Com essa dúvida em mente a morena teve que seguir pra fazer todas as suas atividades matinais o mais rápido que pudesse, óbvio que algumas coisas teriam que ser cortadas e então feitas em outro horário, ou apenas sendo levadas pela procrastinação para o dia seguinte.

Depois de saltar da cama, abriu a janela e pode confirmar o horário pela posição em que o Sol se encontrava, andou até seu armário e selecionou a primeira roupa útil que encontrara, desprezando os itens formais e os pijama.

Seguiu as pressas para o banheiro, onde fez apenas o necessário. Suas necessidades, escovou os dentes, trocou de roupa e então arrumou seu cabelo.

Saiu do banheiro e só voltou ao quarto para colocar o sapato que havia esquecido de pegar antes, assim se irritando um pouco consigo mesma. No fim estava com uma meia ¾ rosa com várias baleias desenhadas, um tênis all star preto de cano alto, uma calça jeans clara rasgada e uma blusa preta que cobria apenas um de seus ombros, deixando o outro a mostra. Seus cabelos castanhos, que eram levemente ondulados, estavam presos em uma trança embutida, coisa que pra ser sincera era bem desnecessário, afinal só gastou tempo.

Com os sapatos colocados e o celular pego, ela saiu do quarto e foi andando, logo descendo as escadas da grande casa, desnecessária, afinal fora os empregados, só tinha dois moradores. Seguiu rumo a cozinha, onde encontrou Matilde, uma das empregadas de seu pai, ela que era sua grande amiga e sempre a ajudava, agindo até mesmo como sua Mãe, visto que a dona desse cargo não estava exercendo esta função direito a um bom tempo.

– Por que tanta pressa assim? – Perguntou ainda de costas a não tão velha senhora, que mantinha os cabelos castanhos, com alguns fios brancos, presos em um coque e segurados por uma rede de cabelo, para que não caissem na comida.

– Combinei de sair com as garotas. – Respondeu abrindo a geladeira e procurando qual seria a coisa mais fácil de levar e comer no caminho, estava pensando em pegar uma banana mesmo.

– Imagino que esteja atrasada novamente. Da próxima vez pede que eu te acordo. – Sugeriu finalmente se virando enquanto enxugava suas mãos em um pano de prato. – Não sei se reparou mas tem um sanduíche em cima da mesa.

A morena mais nova finalmente levou seus olhos castanhos para o móvel de madeira que estava no centro do ambiente, pegando o último sanduíche que estava no prato, já enrolado em papel filme, foi até próximo da empregada e mesmo que seu pai não gostasse e reclamasse toda vez que a via fazendo tal ato, ela abraçou a empregada e foi retribuída.

– Muito obrigada por cuidar de mim. – Falou e logo se separou, pondo um fim no abraço. – Mais tarde eu volto. – Disse com um sorriso enquanto dava tchauzinhos com a mão e seguia para fora do cômodo, já sua outra mão segurava o sanduíche.

Enquanto seguia para fora de casa, a morena pega o celular para checar o horário uma última vez e então já poder ter uma ideia de quantos xingos iria levar.

Alguns minutos depois já andava pelas ruas, passava perto de pessoas diferentes, estava cercada de seres de diversas raças. Muitas raças não possuem distinções visíveis, porém em muitos casos era possível saber de qual raça eram, apenas pelos seus comportamentos e, às vezes, até mesmo por suas roupas.

No meio da multidão haviam pessoas tentando conseguir seus sustentos, muitos trabalhavam tentando vender Dexter, que são semelhantes a aparelhos auditivos, porém eles permitem que o ouvinte entenda o que o falante diz, sem importar qual língua que eles estão falando, somente uma língua não é traduzida pelo aparelho, a língua interna de uma raça chamada Doppelganger. Quando menor, um dos sonhos da jovem era comprar um desses, porém depois de aprender a falar Infirmari, a língua universal, que era a original dos Inrita, isso deixou de ser necessário.

Após andar por algumas longas dezenas de minutos, a morena finalmente chegou em seu destino, a biblioteca, uma das poucas que ainda existem funcionando nesse planeta, pois algumas outras se tornaram museus, que ninguém vai... Infelizmente, são uma sociedade que não dão valor a esse tipo de coisa.

Ao entrar na biblioteca, dois par de olhos se voltaram em sua direção e ela conhecia muito bem a quem pertenciam.

– Olha, eu posso explicar. – Disse logo de cara.

– Pode mesmo? Pode mesmo, Rose? – Perguntou Anne com cara de poucos amigos.

Anne Evans, a famosa "Dona do Maternal", chamada assim por mal passar dos meros 1,50 de altura. A bela, porém facilmente irritável garota possui cabelos loiros onde na parte de trás estam cortados quase que na raíz, entretanto, enquanto seguem para a frente vão ficando maiores até chegarem na altura do ombro, tendo como conjunto um par de olhos castanho claro. 

– A senhorita estava dormindo, não estava? – Perguntou cruzando os braços e encarando a amiga com uma das sombrancelhas levantadas.

– Estava... – Respondeu não querendo e nem ao menos tentando esconder a verdade, a morena se aproximava aos poucos das duas amigas enquanto se esforçava ao máximo para evitar o contato visual.

– Mas uma força anormal te prendeu na cama, impossibilitando que você levantasse? – Questiona Emily com seu costumeiro sarcasmo. 

Emily Antonelli, a "Rainha da Razão", a que no dia em que estiver errada o universo explode. Sua aparência se resumia em um cabelo liso, de cor castanha, que atingia o meio de suas costas e, para finalizar, um belo par de olhos azuis.

– Exatamete. Como eu posso levantar se braços invisíveis me impediam? – Perguntou Rose, a única humana do trio.

Aliás, já ia esquecendo-me de mencionar isso, Rose é a única humana, já Emily e Anne, pertenciam a uma raça chamada de Clarevidência, no português bem claro, os que pertencem a essa raça são, basicamente, videntes ou telepatas. Anne era uma das telepatas, enquanto Emily era uma vidente. Uma curiosidade é que os videntes só conseguem prever um tipo de coisa, coisas como sorte ou amor, o tema se resume sempre a algo bem específico, não sendo eles que fazem a escolha do que. Emily, por exemplo, consegue prever apenas catástrofes, sejam elas naturais ou não.

– Vamos continuar logo o que iamos fazer antes que eu meta o murrão na cara de vocês. – Pediu a loira batendo impacientemente os pés no chão, esperando que as outras duas fossem logo pois estava ansiosa para falar sobre o livro que havia lido. É isto mesmo que vocês estão pensando, as três amigas se reúnem para agir como um clube do livro.

[...]

Após horas que ficaram conversando, o que não gerava nenhum problema com a regra do "Silêncio na Biblioteca", pois, além da bibliotecária, as três eram as únicas pessoas no local. A única coisa que realmente não podiam fazer era comer no local, por conta disso durante o horário do almoço elas foram a um restaurante self-service perto de onde estavam e por lá comeram, mais tarde retornando à biblioteca e tendo o foco em ler mais livros para discutirem sobre eles depois.

Emily tirou seu celular da mochila, que estava jogada em cima da mesa, para que pudesse verificar que horas eram. 16:42 constatou a morena.

– Acho melhor já ir indo, daqui a pouco vai ficar tarde, não quero que fique escuro antes que eu tenha chegado em casa. – Falou a mulher enquanto lançava olhar discreto para uma de suas amigas, neste caso, a pequena loira.

– Você tem razão. Acho que por hoje podemos acabar aqui e bem, sabe, certas pessoas deveriam chegar no horário da próxima vez. – Disse Anne enquanto se levantava de braços cruzados, evitando contato visual com a pessoa a quem essa indireta estava direcionada.

– Pode deixar senhoritas, a bela dupla do "É do meu jeito ou não pode acontecer". – Disse Rose fechando o livro que lia, pegando os das amigas também e levando todos para as estantes.

– Até a próxima. – Emily falou por uma última vez antes de se retirar do local.

Após as duas amigas sairem de lá, Rose encarou a porta de maneira pensativa, algo estava acontecendo e ela tinha percebido. O olhar de Emily para Anne, enquanto Anne evitava contato visual. Emily é discreta em relação a sinais, entretanto, quando se convive com alguém por tanto tempo é fácil perceber o que é e o que não é habitual nas ações de uma pessoa e Rose sabe que Emily não faz parte das pessoas que olham profundamente para alguém sem que tenha um significado por trás disso e Rose sabe muito bem que Anne não solta indiretas sem encara-la, a pequena não perderia oportunidade de olha-la com puro ódio. Em uma rápida análise ela pode perceber, "aquelas duas desgraçadas estavam escondendo alguma coisa".

Rose então se direcionou à saída do local, abriu a porta e olhou para os dois lados, procurando onde suas amigas estavam, ela iria segui-las até descobrir o que elas estavam tramando.

Avistou as duas próximas da esquina e então, misturando-se entre as pessoas, se aproximou, mantendo certa distância enquanto tomava cuidado para não perde-las de vista. Dobraram a esquina e seguiram até um bar, o local estava incrivelmente pouco movimentado, levando em conta que poucos segundos atrás haviam vários indivíduos andando pelas ruas.

Emily e Anne, pararam em frente ao bar que já havia fechado, deram a volta no empreendimento e seguiram até a porta dos fundos, abriram a mesma, já que estava destrancada, e entraram.

Rose, sem entender nada, apenas as seguia, tomando cuidado o máximo de cuidado para ser discreta.

As luzes do local estavam todas apagadas, porém o barulho de passos indicavam que as perseguidas haviam seguido para o porão, provavelmente onde o estoque estaria, pensava a morena, entretanto, ao chegar lá embaixo pode ver que não era nem perto do que imaginava, o local se tratava do quarto de um gigante. "Deve ser o dono do bar" pensava Rose. 

Talvez vocês estejam se perguntando coisas como "Mas se o bar tem tamanho normal, o gigante sai do porão?" e a resposta é sim, pois a avançada tecnologia dos Inrita, permitiu a fabricação de remédios para tornar os gigantes pequenos, por isso o gigante pode sim sair do porão. Já respondendo a uma próxima pergunta que pode nascer, o grande quarto não tem nada a ver com a possibilidade dele esquecer de tomar o remédio, mas sim pois o comprimido faz com que eles fiquem em forma reduzida por apenas 18 horas, para que possam passar a noite em seu estado normal, tudo porque os gigantes tinham a expectativa de vida reduzida se eles ficassem pequenos o tempo todo.

– Você disse que não iria contar para ninguém, mas pela cara a Anne parece já saber. – Perguntou uma voz masculina que denonstrava ter uns bons anos de vida.

Rose se inclinou um pouco para poder ver com quem falavam enquanto permanecia escondida na parte da escada, conseguiu de relance ver um homem com uma altura próxima a de Emily, a cor de seu cabelo e de sua barba era branco, aparentava ser forte, apesar da idade perceptível.

– Querido, vamos lembrar que esconder algo de mim não rola. – Falou a loira se aproximando de braços cruzados.

– Faz sentido. – Falou o homem com um leve sorriso, que logo sumiu ao se virar e encarar diretamente Emily, que, no momento, se sentava em uma cadeira. – O que tinha para me dizer?

– Eu tive uma visão – A morena começa a explicação. Ela estava em uma cadeira de madeira, inclinada para frente, apoiando os cotovelos no joelho e a cabeça na palma de uma de suas mãos. A sua frente o homem se mantinha sentado olhando curioso e ao seu lado Anne ficava em pé escutando tudo de braços cruzados. – Como foi minha segunda, eu ainda não vejo as coisas direito, vi apenas flashes.

– Mesma coisa da última vez? – Perguntou o senhor.

– Acho que terei que te lembrar que a primeira vez eu tinha cerca de um ano de idade só, só vi uma imagem, comecei a chorar e meus pais vieram falar comigo... Dessa vez foi diferente... Eu não sei dizer como, mas aparentava ser culpa dele novamente... – Falava Emily encarando o chão, seu semblante era puro desespero.

– O anjo da morte... – Murmurava o homem levando uma mão a boca enquanto pensava quais as chances da cena se repetir em sua frente, pela terceira vez.

"O anjo da morte...?" pensava Rose entrando em colapso. Ainda evitando fazer barulho, ela se encostou na parede e foi escorregando, até estar sentada no chão, olhava um ponto fixo enquanto tentava manter a calma e não soltar um grito. "Sam Salvatore" completava ainda em mente.

– Consegui ver prédios caindo, pessoas tentando fugir, enquanto outras morriam, uma porção de pessoas tentavam proteger o planeta e... A última coisa que vi foi uma amiga minha morrendo... – Completou a vidente.

– Pera, essa parte você não mencionou quando te forcei a contar. Só me diga que dessa vez eu vou estar errada... É a Rose de quem você estava falando? – Perguntou Anne segurando na gola da blusa de Emily, obrigando a amiga a olha-la.

– Sim... Foi a pior parte de toda a visão, eu não queria isso, pelo menos não essa cena. – Respondeu encarando a loira nos olhos enquanto os olhos lacrimejavam, ameaçando deixar com que lágrimas escorressem pelo seu rosto.

Os três conseguiram ouvir um barulho próximo, que não conseguiram identificar o que era, porém a cena seguinte esclareceu tudo.

– Quando iriam me contar?



Notas Finais


E ai o que acharam?

Se eu fosse resumir o capítulo em uma palavra, essa palavra seria "Tenso" skhssk
Estão curiosos para saber o nome do dono do bar? :3
Por enquanto vão ter que apenas imaginar sobre Sam Salvatore
E uma perguntinha, entre o trio, Rose, Emily e Anne, quem vocês seriam?

Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo :3


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