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História Diga que eu, sou seu! - Café preto


Escrita por: Rannael96

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 21 - Café preto


Fanfic / Fanfiction Diga que eu, sou seu! - Café preto

   Chegamos à casa dela, que não era muito longe de onde estávamos. Ela abriu uma garagem, onde guardava uma moto, e o carrinho de churros, logo depois abriu a porta da sala.

Entramos rápido para dentro, e ela trancou tudo.

_ Bom, se você não for um ladrão, um assassino, ou qualquer coisa do tipo... Pode ficar a vontade.

Eu ri para ela, e me sentei no sofá.

_ É serio essa história de "toque de recolher"?

_ Sim, é serio! Muita gente já morreu por aqui quando isso começou, eu moro aqui a anos e já vi muita coisa acontecer...

_ Senhora, cadê a polícia numa hora dessas?

_ A polícia aqui tem parceria com os bandidos, não ia resolver nada...

Fiquei chocado com as revelações.

_ Meu deus! Isso é terrível.

_ Esse é um dos bairros mais perigosos da cidade, como veio parar aqui, assim sozinho? Alias, como é seu nome?

_ Hm. Meu nome é Vinícius, tenho 17 anos e tive uma confusão na minha escola, dai sai andando sem rumo...

_ Meu nome é Ana, Vinícius. Bom, brigou com alguem? Pode me contar o que houve se quiser...

Me doia pensar naquilo, mais desabafar era algo bom, e ela não conhecia ninguém, então era melhor ainda...

_ Tudo bem... Bom, eu sempre fui mal tratado na minha escola, e la só tinha mesmo duas amigas... Minha professora de história pediu um trabalho em dupla e eu fiz par com um dos meninos que eu acreditava ser hetero ( tive de explicar o significado de " hetero " para ela )... eu não gostava dele, dai agente foi se conhecendo e tal...

Contei tudo a ela, que me escutou com paciência. Ao terminar ela indagou sua opinião.

_ Bom, eu não entendo esse negócio de gays, fiquei muito tempo na igreja... Mais se tratando de amor, você não deixou ele se explicar, não é!?

_ Não tinha que deixar nada, peguei eles juntos e ela me contou tudo...

_ Você pegou eles conversando, não viu nada demais. Eu acho que ela pode ter aproveitado a oportunidade para provocar você.

_ Mais porque ele não me disse nada? Porque escondeu tudo isso de mim?

_ Vinícius, eu já levei chifre também, isso é ate comum hoje em dia... Meu ex marido me traiu com outra, todo mundo via ele agarrando ela nos pagodes por ai, e eu não queria acreditar. Ate o dia em que cheguei para ele e perguntei se era verdade, ele confessou tudo.

" Tentei continuar com ele, mais toda vez que eu olhava para ele, me lembrava dela, de tudo que os outros me falaram... Foi assim por dois meses, ate não aguentar e pedir para ele ir embora. "

" E adivinha! Ele foi morar com ela agora, já tem ate filho... "

Ela se levantou e foi ate a cozinha, pegar um copo de café para nos nos dois.

_ Talvez ele não disse nada para você, porque se dissesse sabia que você iria fazer um escândalo como fez...

_ Você tem razão. Mais eu não consegui me controlar, sinto muito ciúmes dele... - Ela riu dessa última frase.

_ Não entendo... Um rapaz novo, tão bonito...

_ Dona Ana, acho que é melhor não entrarmos nesses assuntos, estou morrendo de fome e cansado...

Ela se desculpou e se levantou para preparar uma janta para nós. Eu me levantei e a ajudei também.

Nós janta - mos na sala, assistindo TV como eu e minha mãe. " Minha mãe deve estar muito preocupada comigo...".

Ela me arrumou uma coberta, eu me ajeitei ali no sofá mesmo e dormi, tão rápido que me surpreendi ate.

A ameaça dos bandidos não me encomodava tanto quanto os pernilongos me picando, de vez enquanto acordava todo me coçando, era terrível!

Quanto aos meus problemas, procurei não pensar sobre, queria esquecer para dormir tranquilo.

...

No outro dia acordei com dona Ana mexendo em umas vasilhas na cozinha, me levantei na hora e fui ate ela.

_ Nossa, já ia te acordar para tomar o café!

_ Bom dia. - Disse bocejando. _ Quantas horas são agora?

_ Deve ser umas sete e pouca... Vai tomar seu cafe.

Me sentei na mesinha com duas cadeiras dela, e tomei o café super amargo que ela havia preparado.

_ A senhora vende churros todo dia?

_ Sim eu vendo. As vezes não ganho muito, mais não posso deixar de trabalhar...

_ Não tem filhos senhora?

_ Não. Não posso engravidar...

_ Me desculpa, não sabia.

_ Tudo bem, a vida é assim, sempre correndo atrás dos sonhos...

"Sonhos", isso me fez lembrar da apresentação de dança hoje, e eu estava longe demais alem de atrasado.

_ A que horas a senhora vai me levar em casa?

_ A hora que você quiser, só estou esperando por você.

_ Ah meu deus! Desculpa por te atrasar!

_ Não! Fique tranquilo...

_ Mais é que eu devia estar na escola hoje, tem uma apresentação e não posso perder...

_ Bom, se você quiser podemos ir andando, ainda há tempo de chegar em sua apresentação?

_ Sim, eu acho. É depois do intervalo. Acha que chegamos a tempo?

_ Da sim! Então vamos.

Me levantei arrumei meu cabelo mais ou menos, ela já estava pronta para trabalhar, apenas fechou a casa rápido e tirou o carrinho de churros para fora.

Fomos andando rápido, me ofereci para empurrar o carrinho mais ela não deixou, ficou com medo de eu enfiar com ele na frente de um carro pelo caminho.

_ Olha o churros! - Ela gritava pelas ruas, e algumas pessoas paravam para comprar.

Eu estava ate me divertindo com o passeio, ela contava piadas nos momentos em que não estava atendendo alguem, e eu dava altas gargalhadas. 


Notas Finais


Obrigado, por ler!
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