Narradora
Os pés da jovem moça fraquejaram levando seu frágil corpo ao chão. Suas pequenas mãos entram em contato com as folhas úmidas da floresta, com o resto forças restante no corpo de um metro e meio, a menina consegue se levantar, antes de seus pés começarem a correr ela avista os dois pontos vermelhos no meio da escuridão.
A noite mal iluminada impedia a jovem de olhos verdes identificar o predador a sua frente, seu coração bate aceleradamente, como se a qualquer momento fosse sair do seu peito e deixa-a sozinha nessa imensidão preta. Ela tenta procurar algo para se proteger do que fosse, mas a única coisa que vê, é um par de olhos azul e dois com coloração amarela cercando-a, já sabendo assim do que se tratava.
- Eu juro que não sei de nada.- Finas lagrimas escorrem pelo seu rosto.- Meu pai que faz esse trabalho, eu sou apenas uma garota que trabalha em uma lanchonete para sustentar a mãe doente.
- Não se finja de inocente, Olivia, sabemos que sua família tem um dos nossos.- a voz masculina podia ser ouvida perfeitamente, provavelmente do Alfa que indicava que sua alcateia não estava para brincadeiras.- Diga logo aonde ele está e você sairá viva dessa.
- Vocês acham que eu sou burra? Sei muito bem como os lobos se comportam.- encara rapidamente os olhos azuis turquesa que esbanjavam fúria e dominação.- Olhos azuis não significam boa coisa.
- Fale logo.- profere a mesma voz masculina, desta vez com um pouco mais de raiva.- Ou então, eu deixarei que lhe matem antes de você poder gritar.
- Por quê? Tudo isso por causa de um lobinho? Deixem ele sofrer, abandonem e fujam antes que os caçadores achem vocês.
- Nunca deixamos um lobo dos nossos para trás, ele faz parte da nossa alcateia e da nossa família.- passos são ouvidos, e a jovem pode, enfim, ver o belo Alfa em sua frente.- você tem exatamente três segundos antes da minha permissão para minha irmã lhe matar.
A jovem loba aparece das sombras, o nariz estava modificado , as orelhas eram mais pontiagudas assim como as unhas, sem esquecer de citar os dentes caninos maiores e a mudança do cor dos olhos, essas eram as principais mudanças ao se transformar em um lobo.
- Tem apenas um segundo.- a jovem prende o folego.-
- Me façam o favor de ao menos matar meu pai também.- após tais palavras, o sangue jorra dos cortes feitos pelas longas unhas da jovem loba, deixando o corpo cair no chão já sem vida.-
- Terminem o serviço, deixem tudo como combinado.- diz a jovem encarando os outros dois betas.- já sabem como devem agir correto? – ambos assentem e a mesma direciona o seu olhar ao vermelho do irmão.- Estou ficando cada dia melhor, já pode se aposentar.
- Não se gabe tanto maninha.- as unhas da mesma voltam ao normal indicando que já assumirá seu rosto de humana.- melhor nós irmos, os outros terminam o trabalho.
-Amanhã eu preciso mesmo ir à escola? – ambos começam a se afastar da cena do crime.- não curto muito isso sabe?
- Irá me agradecer maninha, um dia ainda vai me agradecer.
E então, os dois corpos se perdem na escuridão.
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