História Dinastia - Uma nova rotina

Enquanto um estava submerso em um sono profundo outros estavam agitados naquela manhã ensolarada de quinta-feira. Na cozinha, os funcionários estranharam como o jovem de cabelos brancos estava desanimado. Eles supuseram várias coisas, mas só na hora de uma pequena pausa no serviço foi que os amigos se juntaram para saber o que estava incomodando Kakashi. 

-Que cara é essa Kakashi? - Tsunade, que nunca gostou de enrolação, perguntou sendo direta. 

-O menino já está te dando trabalho, não é? - Danzou perguntou querendo confirmar o que todos ali pensavam.  

-Ele me enviou mensagem quatro da manhã. Deve achar que eu sou um escravo dele. - Kakashi responde chateado. “De todos que moram aqui. Por que justo eu tive que ficar com o mais complicado?” 

-Quatro da manhã? É um demônio que não dorme. - Iruka falou com desprezo. 

-Isso não devia ser permitido. - Asuma falou espantando. 

-Eu estou perdido. - O jovem de cabelos brancos falou derrotado. 

-Então o que falavam dos pais dele deve ser verdade. - Kurenai falou lançando um olhar de pena para o amigo. 

-E ele é igual. - Asuma falou se pondo ao lado da morena. 

-Não falem isso. Eu já estou apavorado com a quantidade de trabalho que está por vim. - Kakashi falou o que o desanimava.  

-Fora que ele é bem estranho. Ele praticamente não saiu do quarto ontem. - Iruka falou lembrando que dois dias já tinha se passado e ele não tinha visto o loirinho. 

-É claro que ele seria um menino difícil de lidar. Sendo criado por aqueles pais que ele tinha. - Tsunade falou com desprezo. “Eu gostava da Kushina, mas era inegável que ela era um pouco revoltada. E ela piorou quando começou o relacionamento com aquele estrangeiro.” 

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Enquanto os funcionários falavam do loirinho na cozinha, Fugaku e Hagoromo estranharam a demora do menino. 

-Onde está o Naruto? - O moreno perguntou e o pai o olhou desanimado. 

-Sabia que aquela pontualidade não iria durar. O menino é como o pai dele. Só faz o que quer. 

-Papai, pelo amor de Deus, para. - Fugaku repreendeu o Hagoromo mais uma vez. “O papai tem que aceitar o Naruto. Se ele ficar com essa implicância as coisas aqui vão ficar péssimas. E eu não vou permitir que isso afete o Naruto. Ele é o sonho da minha irmã.” Ele pensa respirando fundo e se controlando para não brigar com o idoso. - Kakashi, onde está o meu sobrinho? - Fugaku completou ao ver o mordomo do sobrinho ajudando a servir o café da manhã. 

-Ele pediu para avisar que não iria ao desjejum hoje, vossa alteza real. - “Com certeza daqui a pouco esse menino vai me dar trabalho. Até o rei reconhece que o neto é um problema.” 

-Entendo. Obrigado. - O moreno falou olhando para o pai. “Será que o papai fez alguma coisa?” 

-O que foi? - Hagoromo perguntou estranhando o olhar do filho. 

-Será que ele está bem? O senhor fez alguma coisa? - Ele perguntou preocupado. 

-Não me culpe dessa vez. Eu não fiz nada... Por que ele não estaria? Esse menino só claramente despreza as regras dessa casa.  

-Eu vou dar uma olhada nele. Nós quase não o vimos ontem. - O filho fala se levantando para a surpresa do pai. 

-Fugaku. - Hagoromo fala antes de se levantar e seguir o filho. “Será que aconteceu algo que eu não vi?” 

Assim os dois foram ao quarto do loirinho. Fugaku bateu na porta algumas vezes, mas como não recebeu respostas ele resolveu entrar. 

Ver o neto dormir surpreendeu Hagoromo. Ele não esperava ser invadido pelo sentimento nostálgico que foi. E sem percebe o idoso sorriu para o neto desacordado. 

-Ele só está dormindo. - “Ele dorme como a minha filha.” O velho fala ainda sorrindo perdido em lembranças da época em que ele e a filha não estavam brigados. 

Enquanto o avô analisava o neto que dormia profundamente, Fugako olhou para a mesa do menino. Ela estava preenchida por alguns livros, cadernos, mas o que mais chamou sua atenção foi o planejamento dele preso na parede. 

-Eu já sei porque ele está dormindo. - O homem fala e o pai vai até ele. “Esse horário é uma loucura. Não é saudável para o Naruto.” 

-Como assim? - Hagoromo pergunta baixo para não acordar o menino. 

-Olha os horários dele. - O moreno responde apontando para a parede. 

-Ele teve aula no fuso do país da Água. - O idoso fala surpreso. “Ele é organizado como o Minato.” 

-Eu vou falar com ele mais tarde. Eu tinha esquecido de resolver os estudos dele. 

-Hum. - O avô falou olhando para o menino.  

Vendo que Naruto dormia profundamente decidiram voltar a sala de jantar para tomar o café da manhã. Eles discutiram a situação do menino, decidiram o que seria o melhor a ser feito e combinaram de falar com ele na hora do almoço. 

Assim, as horas passaram e quando faltava cerca de meia hora para o almoço, Naruto acordou e se arrumou. Ele tinha acabado de sair do quanto quando seu olhar cruzou o olhar temeroso de Kakashi. 

-Boa tarde, vossa alteza real. - O homem falou tentando esconder a insatisfação que sentia. 

-Boa tarde, Kakashi... - Naruto falou tentando decifrar o que o mordomo pensava. “Por que ele sempre me olha assim?” - Você avisou ao vovô e ao tio que eu não ia ao desjejum? - Ele completou tentando quebrar o silêncio estranho que sempre ficava. 

-Avisei sim. - Kakashi falou sendo direto. 

-Obrigado. - Naruto respondeu lançando um leve sorriso. - Vou almoçar agora. 

-Boa refeição. 

-Obrigado.  

Chegando na sala de jantar, Naruto se sentia estranho, pois no trajeto entre seu quarto e a sala ele teve a impressão de todos os funcionários olhavam para ele da mesma forma que o mordomo. O menino não queria admitir, mas isso já estava o incomodando. “Na minha vida toda, eu nunca vi ninguém agir assim comigo. Eles parecem ter medo de mim. Será que eu fiz algo errado?” 

-Naruto. - Hagoromo fala olhando para o neto distraído. “Ele deve estar muito cansado ainda.” 

-Boa tarde, vovô, tio. - O menino falou com um leve sorriso ao se sentir analisado pelo tio e pelo avô. 

-Boa tarde. Como você está? - Fugaku perguntou preocupado. 

-Bem. - O menino apenas falou antes de se sentar à mesa. 

-Você não veio ao desjejum hoje. - O avô falou e Naruto olhou para ele. 

-Ah, eu pedi pra Kakashi avisar. Não tem problema se eu não tomar o café, não é? - O menino quis confirmar. “Será que ele ficou com raiva?” 

-Você pretende não fazer essa refeição todos os dias? - O avô fala num tom ríspido e o filho o lança um olhar de repreensão. 

-... - “O papai sempre fala com um tom tão grosseiro com o Naruto. Isso claramente assusta meu sobrinho. Assim não vamos conseguir nos aproximar dele.” 

-Pelo menos por duas semanas. Meu semestre letivo acaba em duas semanas. - O menino falou pensando em como explicar a situação da melhor maneira. “Com certeza o vovô está com raiva.” 

-Era disso que eu queria falar com você. - Fugaku fala e o loirinho olha para ele. - Eu não acho uma boa ideia continuar com as aulas no fuso do país da Água. O que você acha de estudar na escola com o seu primo? 

-Eu... - Naruto falou surpreso e pensando a melhor forma de recusar a proposta do tio. “Como ele soube disso?” - Eu agradeço a sua preocupação tio, mas eu gosto dos meus professores e só falta pouco mais de um semestre para eu acabar o ensino médio. 

-Você termina esse ano? - O avô pergunta surpreso. “Ele só tem 16.” 

-Sim. 

-Pensei que seria ano que vem. Você é quase um ano mais novo que o Sasuke. - Fugaku falou também surpreso. 

-Meus pais decidiram me deixar estudando com o pessoal que nasceu no mesmo ano que eu. 

-Entendo, mas ainda não gosto do seu horário. - O tio insistiu e o menino pressionou os lábios e respirou fundo. 

-Se eu sentir que está muito pesado eu troco o turno das aulas regulares e de aulas extras. 

-Tudo bem. - O moreno falou sentindo que o sobrinho não ia mudar de ideia. "Muita coisa já mudou na vida dele. Melhor deixar pelo menos isso como antes. Se é isso que ele quer."

-Vamos almoçar? - Hagoromo falou e todos foram servidos. 

-Ok. - Naruto falou olhando para o prato a sua frente. 

Dessa forma se passou mais uma refeição onde quase ninguém conversava e em alguns minutos Naruto estava de volta ao quarto. Ele ainda estava pensativo quando uma notificação o chama de volta a realidade. 

-Hinata. - Ele falou sorrindo e respondendo a mensagem dela.  

Não demorou muito para que ele ligasse para ela e os dois começarem a estudar juntos.  

E assim, sem que os dois sentisse, a tarde passou. Eles fizeram uma prova antiga, conversaram, completaram algumas missões no jogo e de repente já era hora de se despedir.  

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Enquanto isso, na cozinha, Kakashi estava desanimado sentado em uma banqueta. 

-Kakashi. O que você está fazendo aqui? - Tsunade perguntou preocupada com o amigo. 

-O filho da princesa te dispensou, não foi? - Asuma falou brincando querendo animar homem de cabelos brancos. 

-Ele passa o dia preso naquele quarto. A faxineira me falou que não conseguiu nem entrar para limpar. Eu falei para ela não o incomodar. - Kurenai falou querendo que todos soubessem da sua ação. “Espero que o menino não reclame que não estamos fazendo a manutenção do quarto dele. Tomara que o Kakashi fale com ele sobre isso.” - Você pode falar com ele quanto a isso?   

-Tudo bem. - O mordomo falou e respirou fundo. “Eu tenho que arranjar o que fazer. Desse jeito vou ser demitido.” - Ele é estranho de mais. 

-Ah, falando nisso. O Danzou me falou que chegou uma encomenda estranha para ele hoje. - Asuma falou olhando para o amigo. 

-O que era? - Kakashi perguntou curioso. 

-Ele disse que era uma roupa esquisita. Parecia uma fantasia. - O coordenador respondeu. - Não espalhem que eu disse isso. 

-Esse menino não deve ser normal. - Tsunade falou se lembrando de Minato.  

-O que será que ele está aprontando? - Kurenai se perguntou. 

-Falando no demônio. Ele está me chamando. - Kakashi falou olhando a mensagem que acabara de receber. 

-Avisa a ele da tal encomenda? - Asuma pediu não querendo se aproximar de Naruto. - Vai que não foi ele que pediu e isso é alguma coisa ruim que enviaram para ele. 

-Tudo bem. - Kakashi exausto falou se levantando. 

Indo ao encontro do menino que atormentava seus pensamentos, Kakashi pensou em como falar o que os amigos tinham pedido de forma que isso não os prejudicasse. Entrando no espaçoso aposento reservado ao loirinho o jovem de cabelos brancos se surpreendeu ao o ver sorrindo e olhando para o celular. 

-Oi, Kakashi. - Naruto ainda sorrindo. 

-Vossa alteza está precisando de alguma coisa? - “Ele parece mais animado agora. Isso não deve ser bom pra mim.” 

-Eu... Bem... - O menino começou perdendo o sorriso e as palavras ao receber o olhar estranho do mordomo. - Eu preciso ter esse frigobar sempre preenchido. Eu sempre como antes de dormir e não posso passar muito tempo sem comer. Minha pressão abaixa. - Ele completou sem jeito. 

-Eu vou falar com a governanta. -  Kakashi simplesmente falou pensando em como passar a mensagem de Kurenai. “Agora eu falo sobre a limpeza.” 

-Certo. 

-Hoje a servente veio para limpar o seu quarto, mas vossa alteza ainda estava dormindo. 

-Entendo. - Naruto falou olhando nos olhos do homem que deu um passo para trás inconscientemente. - Ela pode limpar na hora do almoço e aproveitar e abastecer o frigobar? - O menino sugeriu. 

-Eu vou ver com ela. - Kakashi falou se recompondo. “Está sendo fácil. Agora é dar a mensagem do Asuma.”  

-Obrigado. Era só isso. - Naruto fala sem graça antes de voltar atenção ao celular. 

-Certo. - O homem falou e juntou coragem para continuar quando o loirinho olhou para ele. - Príncipe Naruto, chegou uma encomenda para vossa alteza. O coordenador do castelo falou que era algo estranho. 

-Ele abriu? - Naruto perguntou surpreso.  

-Temos que saber o que entra no palácio. - Kakashi falou assustado. “Essa não. Era só o que me faltava ele dá um chilique por causa de um procedimento padrão. O rei mesmo falou que o neto despreza as regas desse local.” -Procedimento padrão.   

-Tu...Tudo bem. Você pode trazer aqui? - Naruto fala sem entender o porquê o mordomo parecia nervoso. 

-Trago em alguns instantes. - Kakashi falou aliviado pela discursão que não houve. 

-Obrigado. - Naruto falou e viu o funcionário sair do seu quarto rapidamente. 

Então alguns minutos se passaram e Kakashi deixou a caixa em cima da cama do menino. Vendo o objeto lá, Naruto rapidamente foi abriu e sorriu quando viu o que tinha dentro. 

-Perfeito. - Ele falou contente. “Agora eu tenho roupa para ir à convenção.”  

-Príncipe Naruto, falei com a governanta e ela falou que a servente pode ficar responsável pelo abastecimento do frigobar e pela limpeza do seu aposento na hora do almoço. 

-Obrigado. - Naruto falou sorrindo por tudo está dando certo naquele dia. - Vou jantar agora. Daqui a pouco começa a minha aula. 

-Boa refeição, vossa alteza real. - Kakashi falou e Naruto, que estava indo em direção a porta, parou de andar. 

-Kakashi.  

-Pode falar. - O homem fala temeroso.  

-Pode me chamar de Naruto, se você quiser. - O loirinho fala com um pequeno sorriso. “Acho que assim é um passo para ele não me olhar com medo.” 

-Como assim? - O jovem de cabelos brancos fala confuso. “Será que eu entendi direito?” 

-Não precisa ser tão formal e me chamar de príncipe ou vossa alteza. Pode me chamar de Naruto. Só Naruto.  - O dono dos olhos cor do mar fala gentil. 

-Eu... Eu prefiro continuar te chamando de príncipe. - Kakashi fala e o sorriso do menino diminui. “O que ele está aprontando? Todos sabem que ele é inacessível como os pais dele. Eles não querem aproximação com ninguém.” 

-Tudo bem. Como você quiser. - Naruto falou com um sorriso sem graça. - Eu... Eu já vou. - O menino completou sem saber o que falar.