1. Spirit Fanfics >
  2. Dirty Dollars >
  3. Acerto de contas (Parte l)

História Dirty Dollars - Acerto de contas (Parte l)


Escrita por: psonhar

Notas do Autor


escrevi o capítulo pelo celular, ignorem os erros ok?
mais uma vez agradeço os comentários <3

Capítulo 7 - Acerto de contas (Parte l)


– Você quer ajuda? – Com Vitório dormindo em seu colo, ele observava os movimentos afoitos de Maria Pia que colocando vários utensílios de bebe em uma mala azul. 

– Não, amor. – Ela para um instante e o encara. – Você não sabe o quanto fico emocionada de ver você segurando o nosso filho. 

– Até agora a ficha ainda não caiu! – Ele sorri, enquanto olha o filho acomodado em seus braços. – Parece que tô vivendo um sonho. 

– Você sempre quis ser pai, não é? 

– Sim. – Ele volta a olhá-la, dessa vez com um semblante mais sério, ainda que emocionado. – Obrigado!

– Vitor. – Sorri, se aproximando dele. – Se tem alguém que deveria agradecer algo, esse alguém sou eu.

– Claro que não, Maria Pia! Você...

– Escuta. – Ela acaricia o rosto dele, dando um beijo rápido. – Você me ajudou a vencer vários medos, a me enxergar como mulher, a me amar em primeiro lugar e depois amar alguém. Esse alguém foi você. Eu começava a chorar sempre que via alguém falando de como era bom ser mãe, porque eu nunca tive o amor da minha, e, quando tiver a chance de poder ser mãe e mudar a minha visão sobre maternidade, arrancaram de mim, sem nem ao menos ver o rosto da criatura que cuidei durante meses, que senti crescendo dentro de mim. 

P.V VITOR

Maria Pia foi barriga de aluguel de Eric e Mirela, por isso ela dizia que tinha feito algo que mulher nenhuma faria por ele. Ela era obcecada por ele, enquanto não recebia nenhum tipo de sentimento recíproco. Por isso foi tão difícil fazer com que ela reconhecesse o quanto eles se amavam, que o que eles tinham era puro, verdadeiro e recíproco. Vitor lembrou da primeira vez que ouviu uma declaração de amor de Maria Pia e o quando a vida deles mudou depois disso. Mas havia algo que eles ainda tinham dificuldades para conversar,  que era a vontade dele ter um filho com ela, porém, sempre que ele tocava nesse assunto, ela desviava, começava a chorar ou mudava de assunto. E ele, em respeito a ela, não insistia.

– Eu te amo, Maria Pia! – Beijou a testa dela. – Você também sabe o quanto foi importante pra mim. Com a vida tão complicada, deve ter sido muito difícil saber que estava grávida de novo, logo depois da minha “morte”, segurar a onda toda sozinha. Ainda com os traumas da outra gestação...

– Eu fiquei com muito medo quando soube que tava grávida, mas foi diferente. Primeiro porque a notícia me deu um gás, eu teria um motivo pra continuar sabe? Eu tinha acabado de perder você, mas agora estaria carregando um pedaço seu dentro de mim, da nossa história. Apesar dos meus medos, resolvi enfrenta-los. Fiquei meio neurótica quando o Vitório nasceu, porque tinha medo que tirassem ele de mim, mas depois eu acabei sendo tão preenchida de amor que recebia dele, que aos poucos fui relaxando e curtindo ele comigo.

– Daria tudo pra ter passado esses momentos com você.  

– Eu também, Vitor. – Beijou-o. – Mas vamos viver muitos outros juntos.

– É o que eu mais quero! – Eles se olharam apaixonados e se beijaram novamente. 

– Vamos? Já terminei de pegar o necessário para o Vitório, depois eu pego mais coisas. 

Quando eles estavam pegando as malas para sair do apartamento, Lígia entra na sala e ao se deparar com Vitor na sua frente, acaba deixando suas compras caírem no chão, assustada. Logo se aproxima do casal para ver se aquilo que via estava realmente acontecendo. Vitor estava vivo. 

– Vitor? – Lígia, ainda sem acreditar, olhava para os dois com a expressão incrédula. – Você? Vivo? Como? 

– Sim, Lígia! É isso mesmo que você está vendo! Vitor, o meu Vitor. O pai do meu filho, seu querido genro está vivo! – Maria Pia se coloca na frente de Vitor, encarando-a furiosamente. – Surpresa?

– Maria... calma! – Vitor tenta segurar o braço dela, que se desvencilha rapidamente.

 – Como isso é possível? Você... Deveria estar morto! Seu carro explodiu! Nem enterro teve porque não tinha corpo a ser velado, você tinha ido pelos ares! 

– Eu consegui escapar segundos antes quebrando a janela do carro, conseguindo destrancar a porta pelo lado de fora. Eu sempre fui um cara muito sortudo, prova disso foi ter conseguido desligar o alarme do cofre do Carioca Palace lançando um dardo no alvo certo. Mas escapar dessa explosão, o acidente que seria minha morte, foi um verdadeiro milagre!

– Acidente não, Vitor. – Maria Pia o interrompe, encarando a mãe com lágrimas nos olhos. – Assassinato. Foi tudo premeditado! Encomendaram a sua morte naquele dia, mas graças a Deus, você sobreviveu. 

– Eu tô impressionada com essa história. Realmente, foi um milagre! – Lígia ainda sem reação com tudo que ouvia, não conseguia esconder seu nervosismo. 

– Ficou feliz, mamãe? – Maria Pia diz com a voz embargada, tentando conter o choro e a raiva que sentia. – Como? Se seu plano deu errado? 

– Do que você tá falando? 

– Não se faça de cínica! Você mandou explodir aquele carro! 

– Você só poder ter enlouquecido de vez! Esse cara já manipulou você de novo, Maria Pia. Será que você não vê o quanto está sendo burra? 

– Eu amo a Maria Pia! Coisa que você nunca fez! – Vitor estava irritado com aquela situação, mas não podia se alterar muito, pra não assustar o filho que dormia em seu colo. Lígia, fica incomodada ao ver o neto no colo dele e tenta se aproximar mas é impedida por Maria Pia. 

– Não ousa a tocar no meu filho!

– Maria Pia? – diz ofendida. – Como você pode acreditar que eu seria capaz de um assassinato? Prefere acreditar num ladrão do que na sua própria mãe?

– Você pode não ter sujado as suas mãos com isso, mas encomendou tudo! E não é a primeira vez que você provoca um acidente com carros, não é? Você quis provocar o acidente da Sabine e acabou envolvendo quem não tinha nada a ver com isso e a Mirella morreu. Mais uma vítima da sua vaidade, Lígia. Você é uma assassina de primeira!

– Você sabe muito bem que sou inocente nessa história! Fui inocentada!

– Porque é rica! Mas o pobre do Anibal ainda ficou preso por um tempo por ser o principal suspeito. Até a Sandra Helena conseguir pagar a fiança dele e provar que ele sim é inocente!

– É inacreditável, Maria Pia. Você prefere acreditar nesse sujeitinho do que na sua mãe!

– A única mentirosa aqui, é você Lígia! – Vitor a encara, que lançava um olhar furioso para o genro. – E você ainda tem que explicar porque fez tudo isso! 

– Eu só não ligo pra policia agora mesmo, porque eu não tenho como provar que você tá envolvida nesse acidente! 

 – Não seja ridícula, Maria Pia. Você só não liga pra policia porque sabe que o primeiro a ser preso seria esse ladrão com quem você resolveu voltar a se relacionar e ainda envolver o meu neto! 

– Por que prenderiam o Vitor? – Maria Pia se aproxima dela, encarando-a. – Um humilde concierge que conseguiu vencer na vida se tornando diretor de uma empresa com prestígio e logo depois sofreu um terrível acidente, mas por um milagre, conseguiu sobreviver? Um pai de família, incapaz de roubar um centavo de alguém? – sorriu irônica. 

– Maria Pia, não seja ridícula! Você mais do que ninguém sabe que o Vitor é o 4º ladrão do Carioca Palace. 

– Vitor, você roubou alguma coisa meu amor?

– Não. – Respondeu, cínico.

 – Viu? Você deve estar ficando gagá, mãe. – Riu, irônica.

– Vocês não enganam ninguém!

– Como assim, Lígia? Você não assistiu os jornais? Não sabe que os próprios ladrões do Carioca Palace disseram que o 4º ladrão foi aquele cara que morreu no acidente de Caminhão há dois anos atrás? Aliás, quantos acidentes de carro né? Você também tem envolvimento nesse?

– Não seja ridícula, Maria Pia! Esse cara pode até não ter roubado o Carioca Palace, mas algum envolvimento tem, Timóteo era pai desse infeliz.

– Infeliz é você! O nome dele é Vitor! V-i-t-o-r!   

– Como você sabe que o Timóteo era o meu pai? 

– Eu sei de tudo. E o que eu não sei, o Ataíde sabe. Somos muito bem informados. E seu pai já foi doleiro do Carioca Palace. – Lígia responde meio tensa, deixando Maria Pia ainda mais desconfiada.

– Você tem alguma religião, Lígia? – Vitor a encarava debochado. – É melhor rezar e pedir pra que eu não encontre nada que incrimine você, porque se eu encontrar alguma coisa, qualquer coisa que seja. Eu vou fazer questão de fazer você pagar cada crime sujo que você tenha cometido, com maior prazer!

– Eu não sei como você consegue acreditar nesse sujeito, Maria Pia! Ele é um mentiroso! Ele mente e engana a todos a seu redor. Um ladrãozinho de 5º categoria, ambicioso e faminto de poder! Não conseguiu casar com a Sabine e aplicar o golpe e resolveu seduzir a filha de um embargador pra não ficar com uma mão na frente e outra atrás, não é? E o plano deu certo! Conseguiu até engravidar você! Um golpe completo, com um herdeiro dos Camargo, que garantiria todo seu futuro medíocre! 

Lígia se cala ao sentir um formigamento ardente em seu rosto do lado direito. Maria Pia havia dado um tapa com toda força na cara dela. Ainda com a mão no rosto, encarou a filha indignada.

– Você enlouqueceu de vez? – Lígia ainda sem acreditar, encarava a loira. 

– Eu deveria fazer coisa pior! Você sempre me feriu a vida inteira, Lígia. Mas agora acabou! Nunca mais se aproxime de mim e nem da minha família! 

– Calma, amor. – Vitor se aproxima de Maria Pia, tentando confortá-la. – Ei, eu te amo! A gente se tem. Não precisamos mais ficar aqui! Vamos? – Ela assentiu. 

– Ama? Ama nada! Se você conseguiu escapar desse acidente, por que nunca procurou a Maria Pia durante esse tempo todo?

Quando Vitor ia responder, Maria Pia aperta a mão dele, ele a encara e entende o pedido dela de silêncio. Resolveu não questionar no momento, apenas se deixou levar por ela que o puxava para sair do apartamento. Eles esperavam o elevador e Lígia voltou a se aproximar deles.

– Espera! Você vai levar o Vitório pra onde com esse bandido? 

– Você acha mesmo que eu deixaria o meu filho passar mais algum segundo sob o mesmo teto da mulher que tentou matar o pai dele?

O elevador chega e eles entram com as malas, deixando Lígia para trás observando aquela cena enquanto as portas se fechavam: Vitor segurava Vitório, enquanto Maria Pia acariciava o rosto do filho que dormia em seu colo. Por mais que Lígia odiasse Vitor com Maria Pia, ela não tinha como negar que havia se apegado muito ao neto. Sentiria falta do pequeno. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...